segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Agora que estou de volta, quero partilhar convosco a experiência magnífica do (ano) passado!..


“O regresso” de Miguel Almeida, consultor para a área do ambiente, como cronista, ao jornal As  Beiras:

“Em março do ano passado escrevi a minha última crónica neste espaço, depois da decisão de me candidatar à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Dez meses depois entendeu o director deste jornal voltar a convidar-me para ocupar esta coluna, o que muito me honra. Assim, voltarei todas as segundas-feiras a ter a possibilidade de reflectir sobre a Figueira e o Mundo.

"Somos pobres mas somos muitos" vai ser apresentado na Figueira

Fernando Ventura e Joaquim Franco apresentam o seu livro “Somos pobres mas somos muitos” na próxima quinta-feira, às 18H30, na Casa Havanesa. 
A introdução será feita por José Manuel Pureza, com a participação do frei Fernando Ventura.

Gostei de ler

“Faço parte dos muitos que gostavam de Eusébio e não nutriam simpatias especiais por Saramago, mas os sentimentos de simpatia não podem iludir a realidade e não é pelo facto de as massas serem mais dadas a ver chutos na bola do que a ler os livros do prémio Nobel que devemos valorizar o primeiro em relação ao segundo.
Eusébio tinha um dom físico natural e a importância do futebol à escala nacional e internacional deu-lhe uma importância e protagonismo que outros dotados não têm. Acresce a isso a personalidade bondosa de Eusébio e a sua dedicação em décadas a Portugal e ao seu clube.
Mas de um Presidente da Republica espera-se mais do que de um vulgar fã do futebol e é impossível não comparar o comportamento de Cavaco Silva aquando da morte de Saramago e a forma como se aproveitou da morte de Eusébio para aliviar a sua pobre imagem política.
Enfim, tanto Eusébio como Saramago mereciam melhor, muito melhor do que este provincianismo cheio de ódios e oportunismos, mereciam ser tratados com classe e com a dignidade que a dimensão de ambos exigia.”

Via O JUMENTO

domingo, 5 de janeiro de 2014

X&Q, nº1195


60

60 já cá cantam. 
Se tudo correr pelo melhor, dois terços estão percorridos.
Pesem embora alguns (muitos...)  erros cometidos e algumas  asneiras de percurso, tem valido a pena.
Todavia, o que mais me custou, foi o engano e a decepção com a natureza.
Nestes 60 já percorridos, tanto quanto me consigo recordar, não me considero enganado completamente  por alguém.
Tive algumas grandes decepções, é certo - sempre com pessoas competitivas, cínicas e agressivas.
Todavia, não posso dizer que fui completamente enganado: eram pessoas que se relacionavam comigo e não ignorava  que fossem competitivas, cínicas e agressivas.
Esperava, isso sim, é que  essas pessoas não tivessem sido competitivas, cínicas e agressivas comigo.
Não me enganei acerca da natureza delas... 
Enganei-me, isso sim,  acerca da natureza.
Mas, isso são das tais coisas que só se conseguem percepcionar claramente com o avançar da idade.
Mas, aos 60, ainda nos conseguem surpreender...
Ontem, por antecipação, curiosamente fui surpreendido à hora de almoço, por estes Amigos com quem convivo regularmente...
Livra: como a foto à direita documenta,  foi preciso chegar aos 60 para, qual Cristiano Ronaldo, ser medalhado... Ainda bem que não foi pelo Cavaco...
Obrigado Fernando, obrigado Pedro, obrigado Olímpio, obrigado Alexandre, obrigado Sílvio. Obrigado Amigos.
Fizeram-me sentir como é verdadeiramente positivo chegar aos 60!.. 
Apreciei, sobretudo, o pormenor VILA DE S. PEDRO 05-01-2014!..
E, ainda, diz o "my friend" Olímpio, que eu não tenho sentido de humor!..
A todos os meus Amigos e Amigas que se lembrarem dos meus 60: desde já, obrigado e aquele abraço...

Despertar desagradável e triste: morreu Eusébio...

Liguei a televisão e a primeira notícia foi: "Morreu na última madrugada o antigo futebolista Eusébio da Silva Ferreira. Embaixador do futebol português, há décadas na galeria dos melhores executantes de todos os tempos, o homem que se confunde também com o emblema do Benfica completaria a 25 de janeiro 72 anos. Conhecido pela velocidade, pela técnica apurada e pela violência dos remates, o “pantera negra” sofreu, nos últimos anos, de alguns problemas cardíacos."

O futebol português está de luto, pois acaba de perder uma das suas maiores referências de sempre.

Bom domingo

sábado, 4 de janeiro de 2014

MEDIDAS DE PREVENÇÃO!..


fotos António Agostinho

Portanto, para fazer face à vaga de frio que está a assolar o nosso concelho, os figueirenses deverão ingerir líquidos, agasalhar-se e permanecer quietinhos...

Erosão costeira em S: Pedro

Situação é cada vez mais preocupante também a norte da praia da Cova, como este trabalho do jornalista Pedro Agostinho Cruz demonstra.

A praga das obras mal feitas... (III)

foto o sítio dos desenhos
Pela leitura do jornal AS BEIRAS de ontem, edição papel, fiquei a saber que as obras de correcção do lago do Forte de Santa Catarina (que integrou o projecto de regeneração urbana da zona do Forte de Santa Catarina e do terraplano ribeirinho, obras inauguradas no verão passado...) estão “praticamente concluídas”. O que falta fazer são acabamentos estéticos - substituir a mangueira que fornece a água, colocada à superfície, por um tubo dissimulado, e analisar a qualidade da água, disse ao jornal  o vereador Carlos Monteiro. 
A intervenção no espelho de água destinou-se a rebaixar o pavimento nas zonas mais altas, para evitar o desperdício de água provocado pela ondulação.
Entretanto, a autarquia decidiu reactivar um poço de água salgada, situado na zona do lago, que forneceu a piscina-mar durante vários anos. 
Com esta solução, a factura da água sofre uma queda acentuada, de 400 euros por mês para 60 euros, disse João Ataíde, na última assembleia municipal, respondendo ao deputado Carlos Rabadão, da coligação Somos Figueira. 

O rapaz não tem culpa

É mais uma vítima das circunstâncias. E do poder político que necessita de banhos de multidão sem assobios, apupos e insultos ao som de Grândola Vila Morena, e assim chutou com o pé que tinha mais à mão:


Assunção Esteves, a segunda figura do Estado a que isto chegou:

"O meu medo é o do inconseguimento, em muitos planos: o do inconseguimento de não ter possibilidade de fazer no Parlamento as reformas que quero fazer, de as fazer todas, algumas estão no caminho; o inconseguimento de eu estar num centro de decisão fundamental a que possa corresponder uma espécie de nível social frustacional derivado da crise."

Via Renascença

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Situação cada vez mais preocupante a sul da praia da Cova


fotos e texto: António Agostinho
Estas fotos e as que podem ser vistas clicando aqui e aqui, foram tiradas cerca das 16 horas e 30 minutos de hoje.
O mar está bravo e as  marés são vivas. Logo mais, cerca das 5 da manhã, teremos outro pico de perigo para este local ultimamente devastado pela erosão, conforme temos vindo a alertar.
De que é que está à espera a Câmara da Figueira da Foz para pedir,  com carácter de urgência, a presença de representantes da Agência Portuguesa de Ambiente para verificar o avanço do mar nas dunas a sul da praia da Cova?
A pergunta aqui feita em 11 de abril de 2008, continua por responder.
“Será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?”

Seguramente...

... esta notícia tem uma moral não despicienda: “Sócrates é o menos visto dos comentadores”...

Posições dos Pescadores, de Portugal, e da Comissão Europeia, sobre a Arte-Xávega

Está a ser divulgada uma tomada de posição da Associação Portuguesa de Arte-Xávega (a qual, pela parte do CEMAR-Centro de Estudos do Mar, agora aqui reproduzimos), na qual se aponta o facto de que, na opinião dessa Associação, a classificação que em Portugal tem sido feita desse tipo de pesca (e que, como tal, tem sido divulgada à opinião pública e às instâncias europeias) é uma classificação errada e que, por isso, tem prejudicado gravemente tal tipo de pesca e as comunidades de pescadores que a praticam. Segundo esta associação representativa dos Pescadores, o quadro legal actualmente vigente, erradamente aplicado, é impeditivo do acesso a apoios comunitários, e tem avolumado nas instâncias europeias e na opinião pública a ideia, errada, de que este tipo de pesca tem um alto impacto ambiental.
Mas, segundo a própria Comissão Europeia (quando directamente interpelada), a "Arte-Xávega" portuguesa é "reconhecidamente, um método de pesca pouco prejudicial para o ambiente, à semelhança de outros tipos de artes de cercar, como as redes de cerco dinamarquesas ou as redes envolventes-arrastantes de alar para a praia" [sic]. E os pescadores portugueses da "Arte-Xávega" podem mesmo "diferenciar os seus produtos, recorrendo a regimes de certificação, valorizando-os e promovendo-os enquanto pescado capturado de forma responsável" [sic]. E Portugal, tal como todos os outros Estados-Membros da União Europeia, pode mesmo, se quiser, conceder “assistência financeira a um determinado número de medidas especificamente orientadas para a promoção de produtos capturados na pequena pesca”... pois “Está disponível financiamento para a promoção de produtos obtidos por métodos pouco prejudiciais para o ambiente, bem como para a certificação da qualidade, incluindo a criação de rótulos e a certificação de produtos capturados através de métodos de produção respeitadores do ambiente”... e “A pesca com a Arte Xávega poderia ser elegível para esse tipo de auxílios" [sic].
Assim se concluindo, portanto, que qualquer má-vontade, ignorância e preconceito contra este tipo de pequeníssima pesca artesanal portuguesa da "Arte-Xávega" (acusando-a de ser especialmente prejudicial para o ambiente…!), não provém na verdade da Europa e da Comissão Europeia!  É em Portugal que há quem cultive e deixe cultivar -- por ignorância, desleixo, rotina, e simples folclore ambientalista -- tal tipo de atitude mental (que, depois, se tem repercutido em graves reflexos na legislação, na regulamentação, na fiscalização, e na opinião pública, e tem originado graves prejuízos para este tipo de pobres pescadores portugueses).
Contra a posição da entidade académica e ambientalista chamada Liga para a Protecção da Natureza, e contra o parecer ("escabroso" [sic]) com que essa entidade contribuiu para os trabalhos da Comissão de Acompanhamento da Pesca com Arte-Xávega, na DGRM do Ministério da Agricultura e do Mar, esta Associação representativa destes Pescadores toma agora uma posição pública, muito firme, de repúdio e de denúncia, devido à total ignorância, acerca da matéria em causa, que transparece do teor desse parecer.
Pela parte do director do CEMAR, Alfredo Pinheiro Marques (que também esteve presente nessa última reunião da Comissão de Acompanhamento, na DGRM do Ministério), esta posição de repúdio da Associação dos Pescadores contra esse parecer que lá foi apresentado em nome da Liga para a Protecção da Natureza foi logo então imediatamente secundada, e apoiada. Pois, de facto, o teor é inaceitável (e, infelizmente, ilustrativo da falta de informação que reina, até nas entidades em que tal não devia acontecer, acerca deste tipo de Pesca, e acerca da sua verdadeira especificidade, e acerca das duríssimas circunstâncias em que tal pesca é praticada no litoral ocidental atlântico português, que nada têm a ver com as circunstâncias do Mar Mediterrâneo).
Em nossa opinião, tudo isto aponta, portanto, para a justeza da posição que, pela parte do CEMAR, foi defendida desde o princípio (desde Julho de 2012): a necessidade de uma LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA ("excepção legislativa") que reconheça a EXTREMA ESPECIFICIDADE e a EXTREMA EXCEPCIONALIDADE deste tipo de pesca ancestral portuguesa, e o seu valor económico, social, cultural e identitário (e a sua pequeníssima dimensão, e insignificância, em termos ambientais), e a necessidade de a sua sobrevivência ser salvaguardada, como elemento significativo do Património Cultural Marítimo Português.

POSIÇÃO PÚBLICA DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ARTE-XÁVEGA (representada pelo seu Presidente, José Vieira):
Exmo.(a).  Sr.(ª) Deputado(a) como já tinha referido na Comissão de Agricultura e Pescas a classificação das nossas artes como um método prejudicial para o meio ambiente estava errada. Na resposta da comissão europeia sobre o que se pode fazer para valorizar a arte-xávega (em anexo) está ela própria a reforçar nossos argumentos. Brevemente, a Comissão de Acompanhamento da Arte-Xávega fará também suas recomendações. Eu, em nome da Associação Portuguesa de Arte-Xávega, venho por este meio, solicitar mais uma vez, que seja revisto o quadro de classificação desta Arte, que nos retirou todo tipo de apoio comunitário. As nossas propostas sobre o que fazer ao peixe subdimensionado são realísticas e aplicáveis. Também, nos Açores não existe tamanho mínimo para o carapau. Esta pesca que está a ser tão malignada por interesses económicos e turísticos alheios a esta realidade merece uma revisão aos impedimentos legislativos actuais.

Este mail foi enviado aos deputados da Comissão de Agricultura e Pescas . Como hábito este mail também vai para a comunicação social; não temos nada a esconder .
Respeitosamente, José Vieira


Recebido por mail

Má sorte (a nossa...) ele não ter sido tenor...

FILIPE LA FÉRIA, numa crónica no Diário de Notícias:
“Na verdade, confesso que em 2002, quando preparava os ensaios para levar à cena My Fair Lady fiz uma série de audições a cantores para procurar o intérprete do galã apaixonado por Elisa Doolittle, a pobre vendedora de flores do Covent Garden, personagem saída da cabeça brincalhona e maniqueísta de Bernard Shaw, genial dramaturgo que no seu tempo se fartou de gozar com políticos. Entre muitos concorrentes à audição, apareceu Pedro Passos Coelho de jeans, voz colocada, educadíssimo e bem-falante. Era aluno de Cristina de Castro, uma excelente cantora dos tempos de glória do São Carlos que tinha sido escolhida por Maria Callas para contracenar com a diva na Traviata quando da sua passagem histórica por Lisboa. As recomendações portanto não podiam ser melhores e a prova foi convincente. Porém, Passos Coelho era barítono e a partitura exigia um tenor.”
O problema provocado por “essa pequena idiossincrasia vocal”, anos depois,  foi um pormenor facilmente contornável com a ajuda da maioria dada pelos portugueses  nas urnas.
Este país, como sabemos,  é o que é:  uma banhada!
Daqui a uns anos vamos perguntar-nos como foi possível termos colaborado nesta imensa estupidez ...
Ou,  então, continuaremos anestesiados e a assistir ao reality show com os herdeiros da família política de Cavaco....
Anos depois, nem todos teremos os  “remorsos de um encenador de teatro” que, em devido tempo, "devia ter proporcionado ao rapaz um futuro mais insignificante mas mais feliz.” 

"...os sacrificados serão sempre os mesmos..."

O plano B.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

“Uma por mês, é mais do que suficiente”, disse Mário Paiva!..

Na foto sacada daqui, temos o Presidente Junta Freguesia de Buarcos/S. Julião
à esquerda, e Mário Paiva, à direita, em primeiro plano.
No início do presente mandato, depois de ter obtido a presente maioria absoluta, o presidente da câmara fechou a primeira das duas reuniões mensais ao público e à comunicação social, invocando a permissão da lei e a necessidade de alguns assuntos serem tratados com privacidade.
Na Assembleia Municipal realizada no passado 30 de Dezembro, Ana Oliveira, da coligação Somos Figueira, propôs  a revogação da deliberação, afirmando a dado passo (edição de hoje do jornal AS BEIRAS): “Por que é que não aplicou esta medida no mandato anterior?  Por que sabia que não ia ser aprovada (por ter maioria relativa)?”
“Não propus, porque tinha a consciência de que essa não era a vontade da maior parte dos vereadores”, respondeu  João Ataíde.
Reacções das outras  bancadas representadas na Assembleia Municipal.
Mário Paiva, do PS:  “A bancada do PS até poderia rever-se neste voto de protesto se os cidadãos não tivessem acesso à câmara. Uma por mês (esclareça-se: reunião camarária aberta),  é mais do que suficiente”.
Silvina Queirós, da CDU: “A democracia fica suspensa uma vez por mês”. “Na Figueira da Foz, é a primeira vez que tal acontece desde o 25 de Abril de 1974”.
João Paulo Tomé, do BE:  “Uma coisa é a lei, outra coisa é o conceito ético de transparência e democracia”.

Em tempo.
“Uma por mês” (esclareça-se, mais uma vez, reunião camarária   aberta) senhor deputado municipal Mário Paiva?!..
Que tal, em 2017, arranjamos um ditador, que proíba a que sobrou, por mês?
Daqui a 191 anos, a Figueira, a Terra do Patriarca da Liberdade, será,  de certeza,  uma potência exemplar, no que à resistência democrática diz respeito... Para mais,  como cidade à beira-mar plantada, que somos, manteremos certamente intacta a nossa capacidade de continuar a boiar...