sexta-feira, 29 de novembro de 2013
“A política não é para Santos. Mas pode fazer grandes Homens!”
foto Pedro Agostinho Cruz |
Ontem à noite na Biblioteca Municipal da Figueira ad Foz, Louzã Henriques, um enorme
conversador, que esteve várias vezes preso por razões políticas, durante a
ditadura fascista, falou de valores simples, mas tão raros nos tempos que se
vivem hoje no nosso desgraçado País: Solidariedade, Fraternidade, Amizade, Heroísmo,
Luta - persistente e anónima pela construção de um Portugal melhor.
Falou de uma geração
que deu tudo – alguns até a vida – pelo seu
Povo: a dos comunistas e outros
de outras esquerdas, que nos anos negros do fascismo, até ao 25 de Abril de
1974, alguns desde jovens, se arriscavam e afrontavam
a ditadura salazarista e toda a sua mesquinhez quotidiana.
Falou das vidas deploráveis dos trabalhadores portugueses desse
tempo iníquo - época das grandes fomes,
das grandes explorações, da miséria, das grandes greves e repressões do
fascismo, das cisões e das mulheres e do seu importante papel nas casas de apoio.
Falou, também, de casos e coisas reais e humanas de muitos que
viveram aquelas vidas: o tédio, o desconforto, a solidão, a renúncia, o
engenho, a arte, o medo, o heroísmo.
A iniciativa, que juntou várias dezenas de pessoas, aconteceu no âmbito do centenário do nascimento de
Álvaro Cunhal, que está também a ser comemorado na Biblioteca Municipal, até 30 novembro, através de
uma mostra documental sobre a sua vida e obra, que inclui desenhos e
caricaturas realizados por alunos de escolas do concelho.
Hoje, mais do que nunca, é preciso acabar com a mentira que
se vive em Portugal. Hoje, mais do que nunca, continua a ser necessário e cada vez mais urgente
humanizar este País. Hoje, mais do que nunca, é preciso ter memória.
Por isso, fica registado o meu agradecimento e o meu elogio ao vereador António Tavares.
Sessão da Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal da Figueira da Foz, reúne-se hoje, pelas 16H30, no salão nobre da
autarquia figueirense.
Na sessão extraordinária de hoje fazem parte da ordem de
trabalhos, entre outros assuntos, a derrama a cobrar no ano 2014 e o imposto municipal sobre imóveis de
2013.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Quase todos nós temos o mesmo problema...
"Tenho pena de si porque tem de ganhar a vida", disse o deputado socialista, ex-ministro de Sócrates e ex-jornalista, Pedro Silva Pereira, que pelos vistos não precisa de "ganhar a vida", a uma jornalista da CMTV que lhe fazia perguntas.
Problema de imagem!..
A crise que o CDS-PP atravessa está bem patente neste episódio
figueirense que pode ser lido no Figueira na Hora.
Vânia Baptista é candidata à presidência da Comissão
Política Concelhia do CDS-PP.
Com a candidatura,
Vânia Baptista espera “trazer uma nova imagem pública e, acima de tudo um
partido mais interventivo.”
Há dias, como o de hoje, que são chatos e frios “pra caraças”.
Nestas alturas, um
tipo que não seja de ferro, pode desanimar e tudo.
É uma chatice!
Para dias como o de hoje recomendo uma boa dose de internet.
Não há nada que não
cure. A sua generosidade é imensa e sempre pronta e disponível a ajudar a
levantar o ânimo alheio.
Obrigado Vânia Baptista, por também tu usares a internet
para auto-promoção.
Business as usual…
"O governo confirma as suas invulgares aptidões para o negócio. Nunca será de mais relevar a invulgar mestria deste governo na arte de bem vender a coisa pública, uma mestria forjada nas artes do talhante. Desta vez são os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, onde o governo voltou a fazer tudo como bem sabe: pegou na peça, abriu-a e separou carne para um lado e ossos para o outro. Pegou na carne e entregou-a a um grupo privado; os ossos - já se sabe - ficam para nós!
Business as usual…"
Desempregado anuncia
"Quando o povo tem fome, tem direito a roubar", disse
Belmiro de Azevedo em 20 maio de 2010!..
Belmiro de Azevedo, recorde-se, já foi o homem mais rico de Portugal, mas
agora ocupa o quarto lugar. Ainda assim, duplicou a fortuna em relação ao ano
passado, para 1,2 mil milhões de euros!..
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Tony Carreira mostra vida íntima!..
foto daqui |
AVISO:
O documentário fica para melhor oportunidade.
Entretanto, vou ver jogar o Benfica...
Boa noite.
AMANHÃ HÁ MAIS!..
«Uns dedicam-se às exportações e outros a manifestarem-se»...
... disse Portas, o irrevogável - e aldrabão - na televisão.
À conversa com Louzã Henriques
A Biblioteca Municipal, amanhã, a partir das 21H30, é palco de uma conversa com Louzã Henriques sobre Álvaro Cunhal.
A entrada é livre.
Esta economia prejudica gravemente a saúde ...
Durão Barroso sobre a pobreza:
- “Vamos ser honestos: hoje, a
situação é pior”.
Portugal, de 1867 a 2013
"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência
de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso,
e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das
nações.
A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma
rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela
intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.
A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas
vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do
ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo
dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre,
de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena
enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores
ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o
privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se,
destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as
indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.
À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos,
ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos
cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da
vaidade."
Eça de Queiroz, in Distrito de Évora (1867)
“Mais de cem anos depois do seu desaparecimento, mantém-se actual a
análise mordaz tantas vezes citada que Eça de Queirós fez acerca da política
nacional e do comportamento dos políticos.
Ali
elabora, com a ironia que o caracteriza, sobre as motivações que conduzem à
luta política.
Vem
esta referência a propósito das anunciadas candidaturas à estrutura local do
partido que detém o poder absoluto no município da Figueira.
Certamente
que se encontrarão garantidos os direitos de cada um dos candidatos (não opino
sobre isso), mas o facto é que ambos os protagonistas desempenham funções na
Câmara Municipal,
prosseguindo
certamente tendências diferentes, quem sabe se até antagónicas.
Não
é a primeira vez que situação equivalente ocorre na Figueira da Foz. Se para os
partidos, o resultado foi indiferente, o facto é que o concelho perdeu sempre, pelas
graves consequências que
ocorreram na governação da Câmara.
Uma
coisa é a luta política dentro dos partidos, outra será a administração
municipal.
Ao
presidente, na qualidade de mais alto responsável pelas más consequências que poderão
advir de eventuais divisões, competirá evitar que a ciência de governar se constitua
como “uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela
paixão, pela inveja, pela intriga, pela
vaidade, pela frivolidade e pelo interesse”, como, naquele artigo, refere o
Eça.
Separem-se
as águas: Ao partido o que é do partido. À governação municipal o que interessa
aos munícipes.”
Daniel Santos, in As
Beiras (27.11.2013)
Subscrever:
Mensagens (Atom)