Pelo que conheço, em poucos concelhos, deste nosso Portugal, passámos a ser tão mal atendidos como na Figueira da Foz.
Começo a pensar se não passaram a tratar os figueirense
como lixo, de propósito...
Alguns estão de parabéns, a começar pelo presidente, passando
pelos vereadores da maioria e pelos dois abstencionistas do PSD.
Neste caso, honra seja feita ao Miguel – o único que votou
contra e, hoje, como presidente da concelhia do PSD figueirense, emitiu o seguinte comunicado que, graças à Figueira na Hora, tomei conhecimento e divulgo, pois isto "está a começar mal"...
«Comprometendo-se com
a continuidade de uma oposição séria e responsável, na senda do que empreendeu
ao longo dos últimos quatro anos, a Comissão Política de Secção do PSD da
Figueira da Foz, felicitando o Dr. João Ataíde pela sua reeleição à Presidência
da Câmara Municipal da Figueira da Foz, manifesta total estranheza pela forma
como este parece ter depreendido a leitura dos resultados eleitorais do final
do passado mês de setembro.
Assim, e depois de ter anunciado, no ato da tomada de posse,
um programa de intenções em muitos aspectos desfasado do que timidamente havia
anunciado durante a sua campanha eleitoral mas muito próximo do Compromisso
Eleitoral que a Coligação “Somos Figueira” profundamente divulgou e explicou,
eis que somos surpreendidos pela forma autoritária como determinou a proibição
da presença de público e jornalistas em parte das reuniões da Câmara Municipal,
sob o pretexto da reserva que alguns assuntos devem merecer.
A Câmara não deve nem pode viver fechada em si mesma e a
possibilidade das reuniões de Câmara poderem ser descortinadas pelos
figueirenses era um reforço entre a ligação de eleitos e eleitores. Desde que
vivemos em democracia é a primeira vez que tal acontece.
Manifestamos também total estranheza pelo facto do reforço
do Gabinete do Presidente da Câmara da Figueira da Foz obrigar a um
recrutamento externo aos Quadros do Município para o lugar de secretário,
onerando assim injustificadamente o mesmo, quando se verifica que, no seu
interior, há pessoas igualmente qualificadas para o bom desempenho daquelas
funções.
Finalmente, perguntamos: confundiu o Dr. João Ataíde maioria
absoluta com absolutismo? Estes tiques de autoritarismo, claramente contrários
a uma cultura de democraticidade há muito característica da vida municipal
figueirense e exemplo que dávamos ao País, são resultado de desorientação ou de
falta de estratégia?
É caso para dizer: “Está a começar mal!...”









