sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Quando a realidade ultrapassa a ficção... (II)
Depois do nada original “Prá frente Figueira”, cá está o
novo outdoor do PSD fotografado por mim na rotunda da Gala.
É, apenas, isto: Miguel Almeida, ladeado pela sua equipa e um novo slogan - "Figueira, todos os dias, todo o mandato".
Recordo, apenas, que na actual vereação o número dois, o ex-“vereador João Armando Pereira Gonçalves pediu a suspensão de mandato a partir de 01/09/2012, pelo período de 120 dias. Posteriormente renunciou ao mandato com efeito a partir de 23/11/2012. Em ambas as situações foi substituído por Ana Lúcia São Marcos Coelho Rolo.”É, apenas, isto: Miguel Almeida, ladeado pela sua equipa e um novo slogan - "Figueira, todos os dias, todo o mandato".
Caros leitores, este
anúncio prova que ainda existem agências de publicidade cujo lema é “there’s no
such thing as bad publicity”.
Mas, é preciso lembrar: este
cartaz foi certamente aprovado pela candidatura
“Somos Figueira”.
Terá
havido, pelo menos, uma pessoa que visionou o cartaz e terá dito, isto, ou algo
de semelhante...
“Sim, senhor, era isto mesmo que pretendíamos...”
Descansem as almas penadas, "tudo pode voltar ao normal"!..
Isto, claro, se os figueirenses quiserem... Descansem as almas penadas, "tudo pode voltar ao normal"!..
Basta votarem Miguel Almeida em 29 de setembro próximo.
A beleza da memória
“Portugal é o país mais pessimista da União Europeia”, pode ler-se na edição de hoje do DN.
E os portugueses, pelo presente e pela memória do passado,
têm razões para serem pessimistas, como muitos de nós sabemos...
Um país velho e de velhos, como Portugal, pode ser
equiparado a uma mulher que já perdeu a
beleza da juventude, mas nunca perdeu a eterna memória da imagem da sua
juventude.
Isso, é algo exclusivo e restritivamente nosso.
Daí, a meu ver, a naturalidade de sermos o país mais
pessimista da União Europeia.
Um país, onde os seus habitantes estão no pelotão da frente entre aqueles que creem na existência do inferno!..
A memória sempre serve para alguma coisa.
Um país, onde os seus habitantes estão no pelotão da frente entre aqueles que creem na existência do inferno!..
A memória sempre serve para alguma coisa.
Relvas insultado em homenagem: emigrantes portugueses chamaram "ladrão" e gritaram "vai estudar"
O ex-ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, já saiu do Governo em abril, mas não se livra dos protestos. No dia 11 de setembro, por ocasião do 102º aniversário da Câmara Portuguesa do Rio de Janeiro, Relvas foi brindado com palavras de ordem de "aldrabão", "vai estudar", ou epítetos como "ladrão". Foi no Rio de Janeiro, à entrada para a cerimónia que o homenageava.
As imagens estão publicadas no YouTube num filme com quatro minutos e que começa com Miguel Relvas a chegar ao evento e a pensar que os jovens o queriam felicitar. Ainda parou, mas logo percebeu que os emigrantes estavam em protesto. "Queríamos agradecer o que fez pelo País", frisou a jovem Linda Miriam, de 28 anos, em tom irónico, para depois lhe recordar o currículo, sem direito a licenciatura. Os seguranças bem tentaram afastar os manifestantes, mas não conseguiram calar os emigrantes portugueses, Linda Miriam, António Ferreira e Nuno André Patrício.
"Este senhor está a roubar o meu País", foram algumas das frases proferidas em grito. "Não se engasguem com os canapés", dizia Linda Miriam, a viver no Brasil desde 2011.
Via Correio da Manhã
GRANDE, ESPECTACULAR E ABONATÓRIO CURRÍCULO...
Domingues Pires ficou neste estado depois da agressão pela qual Rodrigo Gonçalves vai ser julgado |
Rodrigo Gonçalves, o vice-presidente da concelhia de Lisboa do PSD que preside à Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, vai começar a ser julgado a 8 de Novembro, no 6.º Juízo Criminal de Lisboa, por "ofensa à integridade física" do anterior presidente da vizinha Junta de Benfica, também do PSD e 36 anos mais velho do que ele.
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Bem lembrado
Faria hoje 89 anos.
Foi assassinado, em 20 de Janeiro de 1973, pelo fascismo português em desespero de causa.
O mandante, por ironia do destino, e da vergonha de um povo, foi o primeiro presidente da república portuguesa após o 25 de Abril.
Amílcar Cabral pela sua dimensão humana, pelas suas ideias e pela sua acção, tem um estatuto ao nível de um Nelson Mandela ou de um Patrice Lumumba.
No PSD, toda a gente sonha ter um pequeno Marcelo Rebelo de Sousa perto de si...
Jantar de Campanha com Prof. Dr. Miguel Poiares Maduro
"Na noite de domingo, promovemos um jantar no CCR OUCOFRA, na freguesia do Paião, na companhia do Prof. Dr. Miguel Poiares Maduro, Figueirense e eleitor na Figueira, que quis prestar o seu apoio e dar o seu incentivo aos candidatos da nossa coligação. Com a casa totalmente cheia, tive o prazer de contar com muitos dos nossos candidatos aos órgãos autárquicos e tive oportunidade de agradecer a sua dedicação, bem como da estrutura de campanha. Pedi também ao Prof. Dr. Poiares Maduro para ter em conta investimentos fundamentais para o futuro da Figueira que é necessário fazerem parte da estratégia do Governo..."
"Na noite de domingo, promovemos um jantar no CCR OUCOFRA, na freguesia do Paião, na companhia do Prof. Dr. Miguel Poiares Maduro, Figueirense e eleitor na Figueira, que quis prestar o seu apoio e dar o seu incentivo aos candidatos da nossa coligação. Com a casa totalmente cheia, tive o prazer de contar com muitos dos nossos candidatos aos órgãos autárquicos e tive oportunidade de agradecer a sua dedicação, bem como da estrutura de campanha. Pedi também ao Prof. Dr. Poiares Maduro para ter em conta investimentos fundamentais para o futuro da Figueira que é necessário fazerem parte da estratégia do Governo..."
Como estou a ficar velho...
Nasci em 1954.
Tenho bem presente, ainda, a Cova e Gala dos anos 50 e 60 do século passado - o tempo da caridadezinha...
Tenho bem presente, ainda, a Cova e Gala dos anos 50 e 60 do século passado - o tempo da caridadezinha...
Nesse tempo, passaram apenas cerca de 50 anos, apesar de Cova e Gala se encontrarem apenas a três quilómetros da Figueira da Foz, a Cova era um lugar isolado, quase que perdido, onde ninguém se deslocava.
Logo, a realidade contada neste texto do Daniel Oliveira,
que li com atenção, está bem viva na minha memória.
“Nos anos 60, Portugal não era pacato. Era obediente. Como são obedientes
todos os povos que vivem em ditadura. E quem não o era, fugindo à norma
nacional, era vigiado, perseguido, preso, torturado e até morto.
Portugal não era apenas trabalhador. Era escravo. O trabalho infantil era
uma banalidade, os horários, as férias e os fins de semana um luxo
inalcançável. E, no entanto, apesar de se trabalhar para lá da decência humana,
em 1961 a nossa produtividade era, como recorda Raquel
Varela , muitíssimo inferior à de hoje.
Portugal não era poupado. Era miserável. Morria-se cedo, comia-se mal, não
se tinha nem saúde nem educação. Era analfabeto, doente, subdesenvolvido. Quem
sabe como era a vida da esmagadora maioria dos portugueses, sobretudo fora das
grandes cidades, sabe que é um tempo que não pode deixar saudades. As despesas
sociais correspondiam a 4,4% do total do PIB, enquanto no resto da Europa
estavam acima dos 10%. O indicadores de saúde eram de um País do terceiro
mundo. O número de analfabetos era muitas vezes superior ao dos licenciados.
Portugal não era prudente. Era obstinado no seu conservadorismo. Ao ponto
de julgar que poderia continuar a viver como se o mundo estivesse na mesma. O
que o levou, entre tantas outras asneiras que nos deixaram para trás, a desperdiçar
e destruir milhares vidas e a gastar, em média, metade do orçamento de Estado
numa guerra que inevitavelmente acabaria como acabaram todos as lutas pela
independência em África: com uma derrota militar ou política do colonizador.
Depois veio o 25 de Abril. O País "criou autarquias e dinamização
cultural, comprou frigoríficos e televisões, fez planeamento económico, exigiu
escolas e hospitais". Enfim, resume César das Neves, "Portugal
gastou". Sim, de 1973 a 1999 as despesas sociais passaram de 8,7 por cento
para 26,1 por cento e os impostos de 18,6 por cento do PIB para 34 por cento. E
numa e noutra coisa apenas nos aproximámos do resto da Europa. Porque, sem
isso, cinco milhões de portugueses continuariam a não ter cobertura médica, a
mortalidade infantil continuaria na estratosfera e o analfabetismo continuaria
a condenar o País ao atraso. Sim, compraram-se frigoríficos e televisões,
coisas banais em qualquer país europeu. Sim, exigiram-se e construíram-se
escolas e hospitais. Não foi falta de ponderação. Foi o que fez Portugal dar um
dos mais rápidos e extraordinários saltos sociais e económicos na Europa, que
qualquer estrangeiro que tenha cá vindo antes e depois notava com espanto e
admiração. Foi o que nos permitiu consolidar a democracia e entrar na CEE. Foi
das coisas mais ponderadas e inteligentes que fizemos.”
Como estou a ficar velho...
Cá está, possivelmente, a razão de ser de toda a minha actual indignação pelos dias lamacentos que, neste momento, estamos a viver em
Portugal.
“Se é imprudente tudo o que, como povo, exigimos
e fizemos nos últimos 39 anos, talvez seja disso mesmo que estamos a precisar.
Talvez a ideia de que o que conquistámos nunca estaria em risco nos tenha
tornado demasiado pacatos. Ao ponto de aceitarmos, sem uma pinga de indignação,
que nos digam que devíamos ser como "os nossos avós": resignados,
obedientes e pobres.”
“Não valemos nada”...
Ontem à tarde, enquanto tomava café com 3 amigos, no café do
costume, a propósito da morte de um nosso conhecido, ainda jovem, chegámos à seguinte
conclusão: “não valemos nada”.
É bem verdade...
O mundo passa bem sem
qualquer de nós.
Aqui está uma verdade que muitos se recusam a aceitar.
Todos somos dispensáveis.
Sem nós, tudo segue o seu curso - estejamos entre os vivos ou transformados em
pó.
O Mondego continuava a
correr para o mar, a Terra continuaria a girar, a lua teria as suas
fases...
Para além de uma ou outra
vaga memória, nada resta de nós.
Faz sentido, de vez em quando, ter a noção da nossa insignificância.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Que se lixem as eleições...
Passos e Crato inauguram escolas já inauguradas!..
Segundo o Expresso, "o Centro Escolar de Bustos (114 alunos), onde Passos Coelho e Nuno Crato deverão chegar pelas 10 horas, foi inaugurado a 18 de março deste ano, no dia em que esta freguesia comemorou 93 anos de existência.
Por sua vez, "o Centro Escolar do Troviscal (77 alunos), onde os dois governantes estarão pelas 11h10, "abriu portas na manhã de 23 de fevereiro de 2012, após as miniférias de Carnaval", há cerca de 18 meses, conta o "Jornal da Bairrada" de 1 de março desse ano."
A coisa até tem lógica...
"Todas as escolas devem ser consideradas novas escolas, agora que as turmas passaram a contar com um novo limite máximo (para mais) de alunos.
Segundo o Expresso, "o Centro Escolar de Bustos (114 alunos), onde Passos Coelho e Nuno Crato deverão chegar pelas 10 horas, foi inaugurado a 18 de março deste ano, no dia em que esta freguesia comemorou 93 anos de existência.
Por sua vez, "o Centro Escolar do Troviscal (77 alunos), onde os dois governantes estarão pelas 11h10, "abriu portas na manhã de 23 de fevereiro de 2012, após as miniférias de Carnaval", há cerca de 18 meses, conta o "Jornal da Bairrada" de 1 de março desse ano."
A coisa até tem lógica...
"Todas as escolas devem ser consideradas novas escolas, agora que as turmas passaram a contar com um novo limite máximo (para mais) de alunos.
O mentiroso comum é desprezível; o mentiroso político, abominável...
Alguma opinião pública figueirense é incomparável na sua capacidade de fazer descer uma discussão ao seu nível mais básico...
As palavras do Vereador António Tavares publicadas nas BEIRAS deviam fazer pensar...
A questão fundamental, conforme foi muito bem colocada por Morraceira, um comentador, é esta: “as zonas de domínio publico hídrico estão sobre alçada da administração central, entidade que recebe as receitas... A câmara municipal acaba por ter as mãos atadas, com a imposição de efectuar a manutenção...“
Mas, pela quase generalidade dos comentários, constata-se que alguma opinião pública figueirense é incomparável na sua capacidade de fazer descer uma discussão ao seu nível mais básico.
Na continuação da polémica aberta pelo escrito do Jot´Alves, Rui Beja escreveu o seguinte no facebook:
"Sabem quanto dinheiro gasta anualmente a Câmara na manutenção dos espaços verdes do concelho? 300 mil euros, o que corresponde à manutenção de cerca de 50 hectares (sem contar com o custo dos 5 jardineiros municipais... Pois é, um concelho como a Figueira só tem 5 jardineiros disponíveis!). Agora vejam quanto gasta na limpeza e manutenção das praias do concelho, que são utilizadas 3 meses por ano: 250 mil euros! 300 mil euros anuais para 50 hectares, 250 mil para 3 meses de época balnear... Mas reparem: a jurisdição sobre o domínio marítimo pertence ao Ministério do Ambiente; sabem quanto dinheiro o Ministério investe nas praias: nem um tostão! Sendo que é o Ministério do Ambiente quem recebe as taxas das concessões das praias... As cidades e os cidadãos deviam unir-se e exigir do governo - que ganha dinheiro com a praia! - uma comparticipação nas despesas de manutenção e limpeza das praias. E os agentes económicos que, directamente, são beneficiados pela praia, também deveriam comparticipar nestas despesas; é uma questão de justiça!"
E fico por aqui. Isto é, não liguei aos comentários desta postagem do Rui Beja... Evidentemente, com as devidas desculpas aos poucos que andam por aqui a tentar discutir problemas concretos.
A questão fundamental, conforme foi muito bem colocada por Morraceira, um comentador, é esta: “as zonas de domínio publico hídrico estão sobre alçada da administração central, entidade que recebe as receitas... A câmara municipal acaba por ter as mãos atadas, com a imposição de efectuar a manutenção...“
Mas, pela quase generalidade dos comentários, constata-se que alguma opinião pública figueirense é incomparável na sua capacidade de fazer descer uma discussão ao seu nível mais básico.
Na continuação da polémica aberta pelo escrito do Jot´Alves, Rui Beja escreveu o seguinte no facebook:
"Sabem quanto dinheiro gasta anualmente a Câmara na manutenção dos espaços verdes do concelho? 300 mil euros, o que corresponde à manutenção de cerca de 50 hectares (sem contar com o custo dos 5 jardineiros municipais... Pois é, um concelho como a Figueira só tem 5 jardineiros disponíveis!). Agora vejam quanto gasta na limpeza e manutenção das praias do concelho, que são utilizadas 3 meses por ano: 250 mil euros! 300 mil euros anuais para 50 hectares, 250 mil para 3 meses de época balnear... Mas reparem: a jurisdição sobre o domínio marítimo pertence ao Ministério do Ambiente; sabem quanto dinheiro o Ministério investe nas praias: nem um tostão! Sendo que é o Ministério do Ambiente quem recebe as taxas das concessões das praias... As cidades e os cidadãos deviam unir-se e exigir do governo - que ganha dinheiro com a praia! - uma comparticipação nas despesas de manutenção e limpeza das praias. E os agentes económicos que, directamente, são beneficiados pela praia, também deveriam comparticipar nestas despesas; é uma questão de justiça!"
E fico por aqui. Isto é, não liguei aos comentários desta postagem do Rui Beja... Evidentemente, com as devidas desculpas aos poucos que andam por aqui a tentar discutir problemas concretos.
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