quarta-feira, 8 de maio de 2013
O director-geral ( sem Visão)
Tarde de uma sexta-feira ainda a cheirar a Verão. Passa pouco das 17 horas quando o director geral se despede da secretária, desejando-lhe bom fim de semana. Pede-lhe que fique no gabinete até às 20 horas, “porque pode vir alguma chamada do gabinete” e nesse caso ela terá de lha passar.
“ Está a ouvir-me? A chamada está má?”
Refeita da surpresa, a secretária responde:
Depois, com a voz irritada, responde:
“Isso é uma maçada! A tabacaria aqui já está fechada e tenho de ir a Cascais”.
“ O sr doutor desculpe, mas não pode pedir ao seu filho, ou à sua esposa que lha levem? A sua esposa telefonou para aqui há cinco minutos a perguntar pelo senhor doutor, ainda está a trabalhar, por isso lembrei-me...”
( Parece ficção, mas não é…esta cena ocorreu mesmo! Na segunda-feira, porém, o DG não pediu o reembolso do preço pago pela Visão. Do mal o menos…)
Desce as escadas do edifício. À porta já está o motorista que o irá levar a casa, nos arredores de Cascais. Enquanto o DG se desloca, a secretária fica a arrumar papéis e a dar umas voltas na Internet.
Cerca das 19 horas toca o telefone. É o DG.
“ Esqueci-me da Visão em cima da secretária! Quando o motorista chegar aí, peça para ele vir cá trazer-ma a casa.”
Estupefacta com o pedido, a secretária fica sem resposta“ Está a ouvir-me? A chamada está má?”
Refeita da surpresa, a secretária responde:
“Estou a ouvir perfeitamente, mas estava a pensar se não ficaria mais barato o senhor doutor comprar aí uma e depois pedir o dinheiro na segunda-feira…”
Silêncio.Depois, com a voz irritada, responde:
“Isso é uma maçada! A tabacaria aqui já está fechada e tenho de ir a Cascais”.
“ O sr doutor desculpe, mas não pode pedir ao seu filho, ou à sua esposa que lha levem? A sua esposa telefonou para aqui há cinco minutos a perguntar pelo senhor doutor, ainda está a trabalhar, por isso lembrei-me...”
“ Boa ideia, não me tinha lembrado dessa hipótese. Vou telefonar-lhe a ver se ainda a apanho… Então bom fim de semana e até segunda-feira”.
Do êxito ao fracasso?..
Não devíamos odiar a política porque a política é feita por hipócritas...
Devíamos amar a política porque a política, tal como o Natal, mostra os hipócritas.
terça-feira, 7 de maio de 2013
Tão fofinho!.. (II)
Gaspar…
Emissão de dívida foi um “grande sucesso”...
O Governo
criou um cabaz que incluía dois funcionários públicos prontos para trabalhar,
laranjas do Algarve e um sortido de queijinhos…
Maquiavel faria melhor?..
Portas, no
domingo passado, querendo fazer crer que o cenário poderia ser bem pior…
Mas, “os fins
justificam os meios”?.. Como se pode ler hoje no no jornal i "Portas vetou a TSU dos reformados, mas escondeu que o Estado vai cortar 18,6% nas pensões até 2015...
Os reformados da função pública vão perder em média
9,3% do seu rendimento em 2014, 740 milhões de euros, e outros 9,3% em 2015,
também no valor de 740 milhões de euros. Esta percentagem, muito próxima dos
20% defendidos pelo FMI em Janeiro, consta do mapa de cortes enviados
juntamente com a carta do primeiro-ministro à troika sexta--feira e corresponde
à rubrica da convergência da Caixa Geral de Aposentações com a Segurança Social
(ver gráfico ao lado).
No total, Pedro Passos Coelho avança com reduções na despesa pública da ordem dos 6,114 mil milhões de euros até ao final de 2016, de que 4,788 mil milhões constam do documento que os peritos da troika começam hoje a negociar em Lisboa. Os outros 1326 milhões correspondem ao chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado deste ano e serão incluídos no Orçamento Rectificativo que será aprovado até ao final do mês.
Omapa, já na posse da troika, abrange o ajustamento da dimensão da administração pública (224 milhões este ano, 1,3 mil milhões no próximo e 1,6 mil milhões em 2015), o ajustamento da política de remunerações no Estado (445 milhões em cada um dos próximos dois anos), medidas sectoriais (505 milhões este ano, 1,1 mil milhões em 2014 e 1,2 mil milhões em 2015) e a reforma do sistema de pensões (1,4 mil milhões no próximo ano e 1,4 mil milhões em 2015)."
No total, Pedro Passos Coelho avança com reduções na despesa pública da ordem dos 6,114 mil milhões de euros até ao final de 2016, de que 4,788 mil milhões constam do documento que os peritos da troika começam hoje a negociar em Lisboa. Os outros 1326 milhões correspondem ao chumbo do Tribunal Constitucional a quatro normas do Orçamento do Estado deste ano e serão incluídos no Orçamento Rectificativo que será aprovado até ao final do mês.
Omapa, já na posse da troika, abrange o ajustamento da dimensão da administração pública (224 milhões este ano, 1,3 mil milhões no próximo e 1,6 mil milhões em 2015), o ajustamento da política de remunerações no Estado (445 milhões em cada um dos próximos dois anos), medidas sectoriais (505 milhões este ano, 1,1 mil milhões em 2014 e 1,2 mil milhões em 2015) e a reforma do sistema de pensões (1,4 mil milhões no próximo ano e 1,4 mil milhões em 2015)."
Portas, tal como Maquiavel sabe que "há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis."
Fica a interrogação: com actores desta categoria
será que há cenário que nos salve?..
PUBLICIDADE INSTITUCIONAL
Três anos depois de tentar implementar, na Figueira, o aforismo "faz politica por ti mesmo", o Movimento, que entretanto se tornou Associação, colaborou, na prática, em tornar a 100%, nos dias que passam no nosso concelho, a politica a coisa mais chata e desinteressante que há para fazer.
No momento de realizar o balanço, se não conseguir suportar o tédio, a meu ver, tem muitas possibilidades de enveredar pelo caminho do suicídio politico...
No momento de realizar o balanço, se não conseguir suportar o tédio, a meu ver, tem muitas possibilidades de enveredar pelo caminho do suicídio politico...
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Quem não os conhecer que vote neles...
No noticiário de ontem da TSF das 15 horas, como pode ser ouvido aqui, ou seja, quatro horas antes de Portas falar, passou a notícia de que uma fonte governamental não identificada mas ligada a estas questões garantia que já tinha sido encontrada alternativa para a taxa adicional sobre as reformas, designadamente através de mais cortes nas «despesas dos ministérios».
Ora, Paulo Portas não pode ter deixado de saber desta notícia (que, ao menos aparentemente, só pode ter sido para esvaziar um ponto importante do seu discurso) mas não lhe convinha alterar uma vírgula à sua comunicação e daí que tenha vindo anunciar o que a taxa sobre as pensões «é fronteira que não posso deixar passar».
Tudo considerado, só vejo duas hipóteses: ou a coligação está mesmo pelos arames e as deslealdades e recíprocas golpaças de um parceiro para outro passaram a pão nosso de cada dia, ou isto é tudo jogo combinado entre uma cambada geral de farsantes.
Via O tempo das cerejas
Ora, Paulo Portas não pode ter deixado de saber desta notícia (que, ao menos aparentemente, só pode ter sido para esvaziar um ponto importante do seu discurso) mas não lhe convinha alterar uma vírgula à sua comunicação e daí que tenha vindo anunciar o que a taxa sobre as pensões «é fronteira que não posso deixar passar».
Tudo considerado, só vejo duas hipóteses: ou a coligação está mesmo pelos arames e as deslealdades e recíprocas golpaças de um parceiro para outro passaram a pão nosso de cada dia, ou isto é tudo jogo combinado entre uma cambada geral de farsantes.
Via O tempo das cerejas
Perante a gravidade do desfecho a que chegamos, muitos já se questionam (imaginem!..) se estamos melhor que no tempo do Estado Novo!..
Porquê isso começa a surgir?..
Afinal, o 25 de Novembro foi uma "revisão" ou uma "alteração" ao 25 de Abril?
Confesso que fiquei incomodado
Não vai ficar pedra sobre pedra.
Passo a passo vão-nos tirando tudo...
Quase já nem vejo televisão.
Cansa andar
sempre com o sobrolho carregado e franzido e a barafustar…
Mas, o que é que eu posso fazer: fingir que não vivo cá?..
Ontem, foi "o dia do filho da sua mãe"...
Por isso, fiz uma excepção e vi e ouvi "o ministro que comenta as medidas por si aprovadas em Conselho de Ministros na sede do partido, saiu apressadamente da sala para se esquivar às perguntas incómodas dos jornalistas, apresentando como justificação ir celebrar o dia da mãe em casa de sua mãe."
Confesso que fiquei incomodado.
“Só há duas hipóteses, sair do euro a bem ou a mal”
As políticas de austeridade fazem sentido quando o problema é estritamente financeiro. Veja-se o caso da Irlanda, em que o problema não estava na estrutura económica, mas no facto de os seus bancos se terem metido em coisas em que não deviam ter metido. Aí faz sentido que as medidas sejam financeiras, embora graduais: há um erro em tentar equilibrar tudo de um dia para o outro. Agora quando o desequilíbrio, como o nosso, é devido a uma situação estrutural do próprio tecido produtivo, a gente pode fazer os sacrifícios financeiros que quiser que os problemas vão continuar lá. E os sacrifícios não vão servir para nada. Foi esse o grande erro da Comissão Europeia, que tinha a responsabilidade de conhecer a situação. Costumo dar este exemplo: se os Estados Unidos tivessem encarado a situação na Europa após a Segunda Guerra Mundial como a Comissão Europeia encara esta crise, ainda hoje a Europa estava destruída. Tiveram o génio de perceber que o plano Marshall tinha como objectivo, não o equilíbrio orçamental, mas o investimento nos sectores produtivos.
João Ferreira do Amaral, via DECLÍNIO E QUEDA, numa entrevista que pode ser lida na íntegra aqui.
João Ferreira do Amaral, via DECLÍNIO E QUEDA, numa entrevista que pode ser lida na íntegra aqui.
domingo, 5 de maio de 2013
O Portas de sempre...
Acabei de ver e ouvir Paulo Portas.
Confirmei o que esperava dele: foi o demagogo de sempre.
Nas próximas eleições legislativas saberemos se o provo continua a premiar os golpes baixos de Paulo Portas ou se volta a meter o CDS no lugar que merece: um táxi...
Concluindo...
O interesse de Portas é o de sempre: tentar salvar a pele dele e do seu partido, mas, evidentemente, como ele gosta, ficando...
“Os Patos”…
Que é feito dos “100%”?..
Lembrei-me deles,
hoje, perto do fim da manhã, ao cruzar-me com o eng. Daniel Santos, que corria
na estrada paralela ao campo de futebol do Cabedelo em direcção à Cova…
Volvidos cerca de 4 anos,
verifica-se agora que os 100% foram dos melhores alunos da escola política
figueirense, tendo cumprido todas as
regras gerais e abstractas que, ao longo dos quase 40 anos anos que leva esta democracia, foram sendo impostas a todos.Todos nos lembramos do caso ainda recente das freguesias…
Não obstante, os 100%
lá continuaram, pequeninos, e agora, ao
que julgo saber, em risco de extinção…
É que, na Figueira,
os partidos do arco do poder, apesar de
não cumprirem todas as regras, perdão, os pactos, continuam no arco do poder.
Para além disso ( óh injustiça
cruel!..), como o status quo é imposto
maioritariamente (pelo menos em percentagem de volume global...) pelos do arco do
poder, não é que estes nunca são castigados
por não cumprirem as regras em vigor!..
Será que os “100%” nunca pensaram
que, numa cidade tão selecta e selectiva tal exemplo de favorecimento pudesse acontecer?..
Nem os 100%, nem outros
da nossa aldeia, que, por serem
assim arranjadinhos e bem comportados e por estarem perto da água vão passar a ser conhecidos como "Os Patos"…
A gente sabe...
foto sacada daqui |
A gente sabe, que cerca de 70% desta dívida é resultante de
especulação imobiliária e apenas 15% deriva da aquisição de bens de consumo...
A gente sabe, que na
hora de pagar as contas da crise foram os trabalhadores, os desempregados, os
doentes e os pensionistas, que são
chamados a expiar os pecados que não cometeram...
A gente sabe, que se
o estado quer diminuir a despesa deveria
reduzir brutalmente os gastos com juros da dívida pública, baixar as rendas
pagas nas parcerias público-privadas ou poupar em custos absurdos como rendas
imobiliárias de favor...
A gente sabe, que se os políticos queriam mobilizar os
portugueses deveriam começar por dar o
exemplo nos cortes salariais e na redução da frota automóvel ao seu serviço...
A gente sabe, que o
governo optou pelo caminho da redução salarial...
A gente sabe, que o governo
implementou políticas geradoras de desemprego, através da dispensa de
professores necessários nas escolas ou até de medidas fiscais que provocam
encerramento de empresas e, por essa via, mais desemprego...
A gente sabe…
Mas, será que não vai esquecer na hora do voto?..
Em tempo.
A gente sabe, como a dívida da Câmara da Figueira chegou aos 90 milhões de euros no final dos mandatos de Santana Lopes e Duarte Silva…
A gente sabe…
Mas, será que em outubro próximo não vai esquecer?...
Em tempo. (II)
Do meu ponto de vista, é sempre positivo e mesmo desejável que, na vida política, a nível local ou nacional, surja renovação de ideias, de métodos e, sobretudo, de nova gente.
Mas, a gente sabe que, na Figueira, em tempos ainda não muito recuados, até o fogo de artificio, pelo S. João, era de encher o olho...
Em tempo. (III)
A gente sabe, que na Figueira e em outros pontos do País, os candidatos autárquicos deste PSD de Passos Coelho estão, em desespero de causa, a fingir descolagens de ocasião ...
A gente sabe...
Em tempo. (III)
A gente sabe, que na Figueira e em outros pontos do País, os candidatos autárquicos deste PSD de Passos Coelho estão, em desespero de causa, a fingir descolagens de ocasião ...
A gente sabe...
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