domingo, 3 de fevereiro de 2013
Ele há dias assim…
foto Jorge Lemos |
Só um instante breve, para vos dar conta de mais um número da grande
produção em cartaz Carnaval Figueira 2013, da nossa brincalhona autarquia, através desse gigante da organização de eventos em final de
carreira, que sustentámos ao longo dos anos, que se designa por Figueira Grande Turismo.
Lembremo-nos sempre de que o povo é quem mais
ordena, e a maioria “corre” para lá
sempre que há Carnaval.
O mesmo povo que vai a correr aos Carnavais, para
o mês que aí vem, Março, primeiro, vai abrir a boca, tal o espanto, e a seguir, lamentar-se, pela conta do IMI que lhe vai aparecer na caixa do correio…
Mas não vai fazer mais que isso...
Lá mais para o fim do ano, vai votar nos mesmos do costume.
Por estes lados, vota-se por fé, pura, autêntica, mais divina do que
aquela que leva os crentes à igreja. Personalidades ou projectos, são irrelevantes,
se não mesmo um problema, porque dão que pensar, e isto de pensar, já se sabe,
pode provocar dores de cabeça ou, coisa pior, em cabeças que cultivam a
felicidade que provém da ignorância e do comodismo.
Em tempo.
Há poucas coisas em que sou realmente bom. Uma delas, ao que dizem, é a dizer mal de quase tudo e mais alguma
coisa...
Sou incapaz de me calar. Não tenho noção de timing, etiqueta,
conveniência que me sustenha…
Acho que está mal: não gosto - é na hora, logo, sem paninhos
quentes, pimba.
Esta minha – digamos assim -, para alguns, “anomalia comportamental”, a que eu prefiro
chamar frontalidade e coerência, já me “lixou”
a carreira várias vezes.
Na opinião de alguns, não sou realista, não sou razoável, espero o impossível...
No entanto, apesar de todo este radicalismo fundamentalista
- sim, também há muita boa gente que me acha um fundamentalista - há uma coisa de que
eu me recuso a dizer mal como um todo: da Figueira.
Para quem conhece a Figueira há muito, é líquido que nos últimos anos a degradação da
classe política, a mediocratização das elites influentes e o progressivo abandalhamento
dos diversos poderes, são factos indesmentíveis.
Do meu ponto de vista, constitui um erro de análise julgar o todo por aquilo que
se vê.
Aquilo que se vê - que não é a realidade - é o que a comunicação
social publica.
Aquilo que a Figueira tem realmente de importante, não é o
passado, não é o presente - é o futuro.
E, essa, é uma luta que tem de ser travada.
Há lutas e causas que eu não sei, sinceramente, se podem ser ganhas, mas também há lutas e
causas que não podem deixar de ser lutadas…
Eu, o tal que alguns dizem, dizer mal de tudo e mais alguma coisa, acredito
que a Figueira ainda tem ponta por onde se lhe pegue!..
Os anos estão a passar. Já tenho alguns cabelos brancos…
Se calhar, continuo o mesmo ingénuo e lírico de sempre...
Se calhar, continuo o mesmo ingénuo e lírico de sempre...
Voto da semana
Que no programa TV Rural - que a maioria aprovou sexta-feira na AR- ensinem a capar coelhos, a cortar relva, a podar pereiras e a fazer estrume com laranjas.
Via Crónicas do Rochedo
Via Crónicas do Rochedo
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Filinto Viana...
... vai inaugurar uma exposição de pintura no Tubo d’Ensaio d’Artes, no número 1A da Rua do Pinhal, na Figueira da Foz, hoje, Sábado, às 16 horas.
Via o sítio dos desenhos
Via o sítio dos desenhos
G.D.COVA-GALA 4 - NAVAL 0
À atenção da maioria paralamentar (PSD/CDS)...
Agora que já não estamos na era do preto e branco, embora a
nostalgia continue a estar presente, e depois dos excelentes resultados obtidos com o regresso da "TV Rural", espero que não se esqueçam do "Museu do Cinema"?..
Boa noite senhores telespectadores...
Oh Melo diz boa noite...
Boa “noote”…
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Regresso da "TV Rural"...
(Cerca de 30 deputados do PS votaram contra a resolução da maioria, enquanto o líder parlamentar, Carlos Zorrinho, e o secretário-geral António José Seguro, se abstiveram.)
Fechou a velha Nau
A Figueira teve cafés míticos, ao mesmo tempo espaços do património cultural e da
história da cidade, que, ao longo doas anos, foram frequentados e coabitados por muitas
gerações ligadas a diversas actividades profissionais: operários, homens do
mar, intelectuais, personalidades de diversas artes, gráficos, sindicalistas, políticos
e de muita outra gente que, apesar de anónima, se deleitava com o prazer dos
convívios e das conversas - as famosas e proveitosas tertúlias.
Entretanto, as coisas foram mudando. A chamada vida moderna
trouxe transformações profundas. Dos
hábitos coloquiais, vividos à volta da mesa do café, acabámos por chegar às patéticas práticas de vida individualista e
solitária dos dias que correm.
Hoje, nos balcões dos cafés, e não nas mesas, mulheres e homens, limitam-se a engolir, o mais rápido possível, tostas
mistas, sandes de ovo com alface, pastéis de bacalhau, folhados - a chamada comida rápida que apenas serve para
enganar o estomago, acompanhada de uma bebida ou de um café.
As poucas palavras
são para a empregada ou o empregado, para fazer o pedido e, antes de se irem
embora, pedir a conta.
Sem capacidade de resistir a esta desumana forma de vida, grande
parte dos cafés da Figueira, mesmo os mais históricos, foram ao longo dos últimos
anos encerrando as portas.
Hoje, chegou a vez do velho café Nau, um espaço que, nos anos exaltantes do prec
fervilhava de vida.
A partir da segunda
metade dos anos setenta, tive o prazer de conviver, nas mesas do café
Nau, na minha opinião, com a nata da
inteligência figueirense de então – Joaquim Namorado, Mário Neto, António
Alves, Cerqueira da Rocha, José Martins, Gilberto Vasco, etc. …
Sou, em muito, um produto desses convívios nas mesas da velha
Nau, com a “malta” que pensava e fazia o
Barca Nova, jornal onde comecei a dar os primeiros e titubeantes passos no
mundo fascinante da escrita…
Tá na hora!..
Segundo O SOL, o secretário-geral socialista, António José Seguro, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, reuniram-se na passada noite, no Largo do Rato, para um trabalho “comum” de “orientação estratégica” que fortaleça o papel do PS, enquanto “alternativa”...
Para os políticos, o cheiro de eleições é como o perfume da carniça para as hienas: desperta-lhes não só o apetite mas, sobretudo, a vontade de se sacrificar pelo país…
Café Nicola
A foto sacada daqui, dá conta do momento "pré" Café Nicola |
À semelhança, ao que julgo, de boa parte dos
figueirenses, o “mistério” em torno do putativo futuro candidato PSD/PPD à
câmara interessa-me tanto como ter uma viola
no meu enterro.
Aliás, reconheço nem saber ao
certo qual é o “mistério”…
Posso estar enganado, mas Miguel Almeida, cuja enorme relevância
começou anteontem a ser inventada, é a escolha "natural" do PSD/PPD local, que se afirma alternativa ao executivo de
João Ataíde.
A coisa, a meu ver, é, de facto, aborrecida e desinteressante... Talvez,
excepto para um psiquiatra.
Fora do manicómio em que os políticos e os fazedores de
opinião indígenas cirandam, os estragos causados nos últimos três mandatos autárquicos na Figueira, antes do actual – um de Santana
e dois de Duarte Silva –, deveriam bastar
para os figueirenses erradicarem o PSD/PPD do mapa político local.
Mas, ao que parece, não...
E o PSD/PPD local, não apenas se acha no direito de reclamar o
retorno ao poder concelhio, como julga ser o mais provável consegui-lo.
Se, neste momento, nada garante que tamanha extravagância se concretize, a sua mera plausibilidade é
suficiente para recear a falta de memória e de juízo do bom povo figueirense.
Uma cidade assim dá vontade de rir. E, ao mesmo tempo, cada vez menos vontade de a habitar.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Esta nossa barra...
foto antónio agostinho |
Para ver o vídeo com a reportagem da RTP, clicar aqui.
Nada acontece por acaso na Figueira...
"... foi tanta a obra feita, que agora estamos feitos com tanta dívida".
Rui Curado da Silva, hoje, na habitual crónica das quintas-feiras no jornal AS BEIRAS.
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