sexta-feira, 12 de março de 2010

Leão

Em defesa dos presidentes de Junta

Admito que existam alguns presidentes de Junta que são “boys”!..
Mas, aceitar que as remunerações de presidentes de junta sejam apelidadas como “money for the boys” (dinheiro para os rapazes), quando se permaneceu mudo e quedo perante a nomeação de uma catrefada de assessores para os gabinetes governamentais, ao mesmo tempo que se exige aos portugueses que apertem o cinto, no mínimo, é muito difícil de entender!..

quinta-feira, 11 de março de 2010

X&Q844

A realidade


"Cinco meses e dez dias depois", aí está a realidade, nua e crua, que hoje vivemos. Uma realidade que não fazia parte das realidades previstas pelo Sócrates em campanha eleitoral?...

Grande poeta é o Zé...

O BPP fez batota;

Bcp batota fez;

Bpn sumiu com a “nota”!..

Foi-se a confiança de vez!

A propósito da dívida da Câmara da Figueira: o problema já não é o ontem, o hoje ou o amanhã - é o depois ...

O executivo da Câmara Municipal da Figueira da Foz parece que decidiu encomendar a realização da prometida auditoria às suas contas e à sua situação financeira. Mesmo ainda sem os resultados da auditoria, há já quem estime a divida em mais de 100 milhões de euros!...
A confirmar-se este quadro, o problema já não é só o dia de ontem, hoje, ou amanhã: é o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, e o depois, etc.

Quando Cavaco foi primeiro-ministro Portugal já era assim


Li aqui, que “as medidas de contenção avançadas pelo actual Governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos. De acordo com «O Correio da Manhã», Maria Monteiro, filha do antigo Ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a Embaixada portuguesa em Londres. Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado. Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas. É pena que milhares de jovens deste País continuem a ser, para sempre, filhos do infortúnio.”

Como eu entendo bem a situação porque os jovens de hoje passam. Nos anos 80 do século passado, depois de ter feito um concurso externo para a EDP, onde fiquei em terceiro lugar, entre mais de 7500 concorrentes, admitiram-me para escriturário com contrato a prazo, quando o concurso havia sido para entrada no quadro. Estive nessa situação, contratado a prazo, 5 ou seis anos. Entretanto, como era necessário encaixar um filho de um sub-director, precisamente o sub-director dos recursos humanos da DODC, que trabalhava numa empresa em dificuldades – a Estaco - foi feito um concurso à la carte, e o menino entrou. Houve contestação, a admissão foi anulada, mas entretanto foi dada a volta por dentro e o menino lá reentrou e, tanto quanto sei, ainda lá está... Nesse tempo, era primeiro ministro o Professor Aníbal Cavaco Silva e a situação política então era em tudo semelhante ao que se passa na actualidade. Na ordem do dia estavam as privatizações, o congelamento dos ordenados, a contenção na admissão de pessoal, a subida dos impostos e dos juros bancários, o corte no investimento público, etc. Uma “cunha”, então, como agora, valia muito mais que a competência. Por isso, é que estamos na fossa irrespirável que Portugal, este cantinho à beira mar plantado cada vez mais mal frequentado, se tornou.
“Filhos do infortúnio, somos nós”, os que nascemos desprotegidos da sorte, isto, é das cunhas!.. Porca miséria!...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Pescadores queixam-se do mau estado das instalações no porto de pesca

foto Pedro CruzVia Marcha do Vapor, fiquei a saber que os os pescadores ameaçam "agir judicialmente", caso não haja obras nos armazéns e casas de banho que dão lhes apoio no porto de pesca da Figueira da Foz, sito no Cabedelo.
José Festas, presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, disse à agência Lusa que os pescadores guardam os seus aprestos "em armazéns podres e sem portas, as instalações elétricas são deficitárias, as casas de banho estão partidas e os ratos comem as redes".
Ainda de acordo com José Festas, "o escandaloso desta situação, é que os pescadores pagam rendas, que rondam os 200 euros, por armazéns que não têm condições”.
Os pescadores pretendem chamar a atenção do ministro das Obras Públicas para este caso, que apelidam de "vergonha nacional".
José Festas "exige" que o Governo "tome medidas em relação à administração do porto da Figueira da Foz, que não está a zelar pelos interesses dos homens do mar".
"O ministro, que é uma pessoa de bem, tem que tomar uma posição acerca deste assunto", disse ainda José Festas, lamentando o facto de os pescadores andarem "há um ano nesta luta".
O também armador alega ainda que os pescadores, "apesar das dificuldades económicas que atravessam, não se importam de pagar rendas, mas os espaços têm que ter condições".
Contactado pela Agência Lusa, Luís Cacho, presidente do conselho de administração do porto da Figueira da Foz, disse estar a par da situação e avançou que "estão previstas obras para aquela área" onde estão instalados os armazéns.
"Estão a ser feitas outras intervenções naquela zona marítima e os pescadores têm de entender que não podemos fazer as obras todas em simultâneo. Estão em causa verbas muito elevadas"
, disse.
Luís Cacho lamentou, no entanto, esta posição dos pescadores, uma vez que "usaram os armazéns nos últimos 10 ou 20 anos e nunca se queixaram. Só agora, nestes últimos meses, começaram a reclamar".

aF112



segunda-feira, 8 de março de 2010

X&Q843

Dia Internacional da Mulher

João Ataíde ao jornal As Beiras de hoje: “estamos a levar a cabo políticas que em 12 anos não foram executadas (pelo PSD)"

Que tem a dizer acerca da oposição?

Não há muitas opções a tomar na resolução dos problemas da câmara. Espero dos outros grupos uma colaboração para a solução dos problemas. Temos que evitar estar só, a todo o momento, chamar atenção que podia ser de outra maneira.

Por que falhou o acordo com a Figueira 100%, quando lhe propôs um lugar de vereador a tempo inteiro?

Acho que talvez fosse muito prematuro estar a estabelecer alianças definitivas. O desenrolar dos processos pode suscitar acordos. Não sei que tipo de acordos, só o futuro o dirá.

Só com os independentes?

Por natureza, é capaz de estar mais comprometido um acordo com o PSD, porque estamos a levar a cabo políticas que em 12 anos não foram executadas (pelo PSD).

“Inverno trágico traz à tona falta de segurança dos pescadores”

foto de Pedro Cruz

“Sete naufrágios, 13 mortos, entre corpos encontrados e desaparecidos. Desde 2006 que os pescadores portugueses não davam de caras com um Inverno tão mortífero. Explicações procuram-se. E se alguma culpa pode ser assacada ao rigor da estação, com muitos dias de vento que, no mar, pode transformar uma ondulação buliçosa em vagas traiçoeiras, as vozes escutadas pelo PÚBLICO tendem a explicar também as consequências trágicas destes afundamentos com o tradicional descuido com que a classe lida com as questões da segurança a bordo dos barcos. Uma questão que, contudo, parece ter arribado à consciência de muitos pescadores portugueses.

O mau tempo encosta barcos ao cais e afunda as carteiras de mestres e tripulantes na crise, mas apenas explica, para os responsáveis ouvidos pelo PÚBLICO, a urgência com que muitos se atiram ao trabalho "à primeira aberta", empurrados pela necessidade genuína ou pela ambição de seguir uma lei que sempre lhes disse que, se a oferta de peixe é escassa, quem o procura há-de pagar mais pelo pouco que aparecer na lota. E depois, como o próprio Governo acabou por admitir esta semana, ao anunciar uma simplificação das regras, aos pescadores pareceu-lhes sempre mais fácil chegar a um pesqueiro, mesmo no meio de uma borrasca, do que conseguir ter acesso ao fundo de compensação salarial que foi criado para compensar os dias em que, fechadas as barras, estão impedidos de sair para a faina.”