terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A questão da Vila de São Pedro e a fuga para a frente do presidente da Junta

Carlos Simão, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro há 16 anos, disse no decorrer da Assembleia de Freguesia, ontem realizada, esta coisa absolutamente extraordinária: “Cova-Gala não existe em lado nenhum".
Segundo Carlos Simão, “Cova-Gala é um nome interno, ou seja, não existe em lado nenhum. O que existe é Freguesia de S. Pedro da Figueira da Foz."
O actual presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, culpabiliza os líderes de 1979, de matarem a Cova-Gala: “fala-se de tudo e não se fala do que realmente importa, os líderes de 1979 é que mataram a Cova-Gala.” Na óptica de Carlos Simão, eles é que não souberam defender o que realmente importa, ou seja, o que é nosso. Deixaram parte da zona industrial para a Freguesia de Lavos, assim como, a carreira de tiro da Gala, destaca Carlos Simão.
Carlos Simão, mostra-se indignado com a situação e não é de modas na auto-avaliação do seu desempenho: “Eu tenho sido o presidente da Junta de Freguesia que tem lutado e defendido com dignidade esta Terra e Gentes”.
Relativamente à ascensão da Freguesia de S. Pedro a Vila, Carlos Simão é curto e claro: "fui eu e o Sr. Domingos Laureano que fornecemos informações ao deputado João de Almeida com o intuito de fundamentar o pedido da ascensão da nossa Freguesia a Vila de S. Pedro da Figueira da Foz”.
Carlos Simão, vai mais longe e afirma: “Oficialmente nunca irei representar a Cova-Gala.”
O actual presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, destaca o seu ponto de vista sobre a aceitação dos covagalenses em relação ao nome da Vila : “aquilo que eu sei, é que há pessoas que gostam mais de Vila de S. Pedro do que Vila da Cova-Gala."
E remata desta forma esclarecedora e assombrosa: "Porém, os mais inconformados não se preocupem porque Cova-Gala irá ficar sempre nas vossas cabeças.”

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Já sabemos que a culpa não é da tutela!... Será do Magalhães?...



“Crianças açorianas estão a vender computadores Magalhães por cinco euros ou em troca de brinquedos.”
Que País é este, este nosso Portugal, em finais de 2009?..
“Questionada sobre a questão, a secretária regional da Educação, Maria Lina Mendes, disse à Antena 1/Açores "que, a partir do momento em que os pais pagam o computador, essa responsabilidade passa a ser deles e não da tutela".
O Governo pagou cerca de 200 euros por cada Magalhães.”

Em Portugal, como se pode concluir pelas palavras da secretária regional da Educação, nada vai acontecer.
Ou seja, acontece o normal: “o estado lava as mãos como de costume, não vá descobrir que nos Açores existe fome e profunda pobreza!”

Nos dias que correm, o primado da interrogação na Cova-Gala é...

A Mariana apurou-se para a final…. Quinta-feira, vai estar no Campo Pequeno

Os prémios literários e os políticos que passam pela Figueira

Recordo: Santana Lopes, na sua fugaz passagem pela Figueira, como Presidente de Câmara, decidiu acabar com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.

Através do blogue Lugar para Todos, acabei de ler que “o PSD, na sessão de Câmara, votou contra a instituição do prémio literário João Gaspar Simões, figueirense que se distinguiu como escritor e muito categorizado crítico, com enorme colaboração nos melhores jornais e revistas.”
Na opinião do Doutor Melo Biscaia, “de certo, esse voto resultou, infelizmente, da ignorância do valor daquele nosso distinto conterrâneo.”
Como sublinha o distinto democrata figueirense no seu blogue, “com esse Prémio, pretendia-se substituir o Prémio Cidade da Figueira da Foz, que pela sua natureza tão geral, pouco dizia aos figueirenses, e esse Prémio incompreensivelmente sucedeu ao Prémio Joaquim Namorado, dedicado democrata e grande amigo da nossa cidade, embora não tivesse nascido nela, mas dispensando-lhe um enorme amor e sendo um poeta de muito mérito, que sempre fez da Figueira a sua segunda terra.”
O PSD Figueira, ao não votar favoravelmente a criação de um prémio literário com o nome João Gaspar Simões, o que “é algo de injustificável, até porque Gaspar Simões foi como que o descobridor desse grande homem das letras portuguesas, que é Fernando Pessoa”, limitou-se a estar ao seu nível.
Retornando ao Doutor Melo Biscaia: “Gaspar Simões foi também, como Joaquim Namorado um anti-fascista que alcançou na cena literária portuguesa uma posição de relevo.
Mas a verdade é que ele nunca foi bem tratado pelos vários poderes que passaram pela nossa Câmara, o que o desgostou naturalmente, como sabem os que o conheceram bem.”

Por sua vez, O Movimento Figueira 100% decidiu-se pela abstenção, pelo que a proposta do PS foi aprovada.
“É pena” – como muito bem escreve o velho democrata figueirense no seu blogue Lugar para Todos - “que nem todos, pelo menos os mais responsáveis, conheçam melhor a história da Figueira quanto a vários sectores, mormente o cultural.”
Exemplo disso mesmo, foi Santana Lopes na sua passagem pela Figueira, como Presidente de Câmara: chegou e acabou com o “Prémio do Conto Joaquim Namorado”.
Para um antigo Secretário de Estado da Cultura, nada mau…

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ah ganda Paulo!...

foto sacada daqui

Depois do encerramento da CONFRARIA DAS BIFANAS, a que se seguiu uma pausa, cá temos o Paulo, desde ontem, de regresso à blogoesfera, com “Cão que ladra… também morde”.
O que tem de ser tem muita força. Eu sabia que ele havia de voltar... Até porque “as promessas são como as regras, para quebrar, não são?!”…
Numa altura da vida pessoal do Paulo menos positiva, “devido a problemas de saúde”, ele não entrega os pontos e “arranjou uma nova "janela" para expor pensamentos, ideias, opiniões, desabafos...”
Saúdo com Amizade este retorno do Paulo e prometo ser seu leitor diário.
Um abraço Paulo e rápidas melhoras.

X&Q796


Sames, línguas, espinhaços, punheta!...

Eu sei, aliás todos sabemos, que Lisboa é que é importante. O resto é paisagem...
Mas, agora, apetece-me falar da Figueira…
Na Figueira, aconteceu algo importante!.. Houve um festival de bacalhau, “que mesmo com um período de duração mais reduzido «cumpriu perfeitamente os objectivos», começando-se a tirar «algum proveito dos derivados», nomeadamente com os sames, línguas, espinhaços, punheta, etc.”.
O êxito não cai do céu: "só se consegue com um trabalho de continuidade, qualidade e grande profissionalismo".

O mau tempo e o jornalismo que se faz por aí...

foto Pedro Cruz
Hoje, confirmaram-se as previsões do Instituto de Meteorologia de agravamento do estado do tempo e aí temos a chuva, o vento e o frio, nesta noite do Dia de Natal.
Em princípio, tal como escreveu, um dia destes, Carlos Narciso no seu blogue Escrita em Dia, pode aceitar-se que “ninguém é culpado se o vento sopra com demasiada força, se cai chuva a mais, se a temperatura desce mais do que o habitual. Mas alguém há-de ser culpado por se construírem estruturas débeis e em locais inapropriados, por não se mandarem limpar valas e leitos de cheia, por não haver planos que antecipem soluções para os danos previsíveis em caso de catástrofe. A incompetência pode ser criminosa e está, de resto, plasmada legalmente. Chama-se negligência dolosa.”
E são estas questões que o Carlos Narciso – e eu também - "gostava de ver tratadas nas reportagens sobre o mau tempo de hoje e ontem. Mas não, os jornalistas, hoje, preferem virar-se para a vítima e perguntar banalidades tipo "mas quando se apercebeu, o que é que ouviu?"... Ficamos a saber que a estufa do senhor tal ficou danificada, que a vivenda da dona tal ficou alagada, que a velhota do fundo da rua apanhou um grande susto, que não há luz em Torres Vedras, que ali ficou uma estrada cortada… mas nada sabemos quanto à eficácia e à eficiência dos serviços públicos ou privados que nos devem proteger e ajudar a ultrapassar este tipo de dificuldades. É pena e é mau jornalismo, mesmo se as imagens reais são interessantes. .”
Enquanto este mau jornalismo vai percorrendo o seu caminho, Jornalistas como o Carlos Narciso continuam com “saudades das redacções”.
Estranho país este!..

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Outra perspectiva sobre "a filosofia do Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz para 2010"…

Passando pelo blogue O Ambiente na Figueira da Foz, como aliás é meu hábito, leio que João Vaz "recebeu de um leitor, um documento resumindo a filosofia do Orçamento da Câmara Municipal da Figueira da Foz, apresentado dados e números.
Através da sua leitura nota-se um esforço do actual executivo em reduzir a despesa e introduzir racionalidade e realismo ao orçamento, invertendo os sucessivos anos de ficção orçamental. Não querer perceber isto é não tentar sequer "distinguir o trigo do joio", e permanecer num "bota-abaixo" estéril.A economista de formação e vereadora da CMFF, Isabel Cardoso, realizou em 30 dias úteis, o que os anteriores executivos PSD (e que incluíram membros do Movimento 100% que agora votou contra...) não fizeram em 12 anos: rigor e realismo, ajustando o orçamento à sua efectiva dimensão. Herda dividas, contratos plurianuais e despesas que não contratou, mas mesmo assim reduz 12 milhões ao orçamento anterior.Uma breve pesquisa na Internet mostra que poucos (só vi um, Sines) orçamentos reduziram a despesa em 2010. Haverá mais exemplos de uma redução de 12 milhões de euros ? Onde ? Feita por quem ?”.
Mais pormenores, aqui.

Coisas de Natal...

Papa é derrubado no Vaticano durante Missa do Galo.
Uma mulher de quem se suspeita ter problemas mentais, saltou por cima das barreiras de segurança e derrubou o Papa.
Bento XVI não sofreu qualquer ferimento, ao contrário do cardeal francês Roger Etchegaray, que fracturou o fémur devido à queda.

Coisinhas boas de Natal enviadas por mail

Vídeo enviado pelo Pedro Fernandes Martins, a quem agradeço, e aproveito para retribuir os votos de Feliz Natal e um próspero ano de 2010.

Dia de Natal


Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.