sexta-feira, 4 de abril de 2008

Uma época da lampreia para esquecer



Este ano, a escassez e o preço deixaram os pescadores desalentados.

A pesca já conheceu melhores dias”, é o que já se sabia aqui na Cova-Gala.

O trabalho de reportagem da jornalista Bela Coutinho, hoje publicado no Diário de Coimbra, que pode ser lido aqui, confirma-o.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Será que o homem tem saído de casa?..




... ou andará, simplesmente, a precisar de mudar de óculos:


“ao fim de um ano de saídas do ensino superior”, não existe “ninguém desempregado”.

Dilema ...

X&Q324

Jorge Coelho é o futuro presidente executivo da Mota-Engil


... Porventura, "a pensar nos concursos públicos vindouros"?...
Será que já nem se tenta disfarçar!..
Entretanto, "o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, vai substitui Jorge Coelho no programa «Quadratura do Círculo» da SIC Notícias. A informação foi confirmada pelo gabinete de comunicação da estação.
Esta alteração surge na sequência da saída de Coelho, que vai presidir à construtora Mota-Engil".

Claro que, o director-geral adjunto da SIC Notícias, Ricardo Costa, irmão de António Costa, nada teve a ver com o asssunto.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Figueira, terra perigosa para jornalistas






Este, não foi o único...
Há mais quem seja "suavemente avisado".
Assim, será possível "jogar" limpo? ...
Liberdade. Liberdade ....

Se fosse em Cuba, caía o Carmo e a Trindade ...
Aí este neoliberalismo retrógado ...

Quase 34 anos depois do 25 de Abril de 1974!



(O 25 de Abril foi um acontecimento incómodo. Ele vem encontrar-nos em perfeita sintonia com a rotina instalada, gerada por anos de vivências impostas, de pressões interiorizadas, de frustrações fomentadas, de vidas vigiadas, de negação da cidadania, de silêncios, de prisões. O regime era proibitivo, castigador, ameaçador, violento, desumano, castrador. Por isso, apenas nos era permitido estar de acordo. Daí, a incomodidade de um acontecimento que nos despertou para uma outra realidade emergente, para uma realidade por fazer, para uma realidade a exigir o nosso compromisso com uma participação activa e reflexiva na construção de um outro País, que havia sido suspenso há muitos anos. A Revolução dos Cravos foi, neste sentido, um gesto histórico incómodo pelo “desassossego provocado”. Fomos chamados à discussão, às análises críticas, à participação activa e esclarecida, à militância política ou ideológica, à opção, à adesão ou à rejeição, ao combate, à mobilização em torno de um projecto nascente. E isto incomoda, porque nos força à reflexão e à vigilância permanentes, porque nos exige um olhar atento e descobridor de intenções e caminhos. Teria sido “mais gratificante”, “mais confortável”, a permanência na submissão e no silêncio, talvez. Teria sido mais cómodo o nosso pensamento ter continuado a sua ausência, a sua aposentação compulsiva e “consentida”. Sartre exprimia-se deste modo: “O quietismo é a atitude das pessoas que dizem: os outros podem fazer aquilo que eu posso fazer”).

Maestros em 2009?..

A coisa, de facto, está mal encarada!..
Mas... onde está a alternativa?


Quem avisa amigo é: sabemos, hoje, o que valem Menezes/Santana/Paulo Portas.
Não sabemos, o que podem valer, no futuro, Menezes/Santana/Paulo Portas

UMA QUESTÃO DE HONRA


Baptista-Bastos
escritor e jornalista

“O episódio ocorrido entre António Borges e o ministro Manuel Pinho, em que aquele acusa este de perseguição, digamos económica, por delito, digamos de opinião, constitui um modo mais larvar, mas igualmente insuportável, dos desamparos e das incongruências deste Governo. Adianto, porém, que este pecado capital não é pertença exclusiva do Executivo Sócrates. Os imperativos da moral não são, infelizmente, virtudes que beneficiem a verdade, porque a "verdade" política está ausente do entendimento normal. E a história da II República, saída do 25 de Abril, não representa, propriamente, um modelo de santidade.

A perseguição, por motivos políticos, é prescrita com a recusa do outro, em favor de uma outra "verdade". E alguns preopinantes, dados à indignação momentânea, esqueceram-se, com inaudita destreza, de quando perseguiram ou foram cúmplices de perseguições. Excluir, anular, omitir são sinónimos de sanear. No tempo do fascismo, poetas e prosadores como Sophia de Mello Breyner Andresen, Urbano Tavares Rodrigues, Alexandre Cabral, Alexandre Pinheiro Torres, Manuel da Fonseca, Augusto Abelaira, outros, muitos mais outros, foram riscados pela Censura, e nenhum jornal podia imprimir os seus nomes, sob risco de pesadas sanções. O processo, agora, não é institucional: obedece a birras, a antagonismos ideológicos, a ajustes de contas, à coacção de lóbis - até sexuais. As coisas não vão bem e a irresponsabilidade favorece a propagação de um subdesenvolvimento moral e a degradação da solidariedade. A Imprensa acompanha, zelosamente, as regressões democráticas, e associa-se, na generalidade, à fragilização do sentido ético que a devia sustentar. Conheço casos alarmantes de supressões de nomes de escritores, actores, pintores, arquitectos, em jornais cujos directores posam de impolutos democratas. Um deles, poeta menor, articulista sem perigo, sofre de complexos rancores que tocam a degradação do civismo mais elementar.

A aceleração do tempo parece ter acelerado a ruína da consciência sobre o vivido. Se a afirmação de António Borges é verdadeira, os desmentidos de Manuel Pinho são gravíssimas avarias de carácter. É-me extremamente penoso pôr em causa as evidências aceitas como tal. Porém, há manifestas contradições e embaraços mal cerzidos na defesa de Pinho. Depois, nem o manto diáfano da fantasia cobre, totalmente, a crueza da verdade. Os antecedentes provocam preocupações naqueles que exigem de quem os governa o carácter translúcido das decisões tomadas.

De qualquer modo, a acusação de António Borges parece surgir um pouco fora de tempo - ou, acaso, obedece a uma estratégia de poder. Quanto a Manuel Pinho, escarmentado na praça pública, só lhe resta reabilitar a honra amolgada.”

X&Q322

segunda-feira, 31 de março de 2008

Tempo de pensar

Enquanto não vem por aí mais poeira eleitoral, algo há a questionar sobre desígnios, propósitos, promessas e, claro está, sobre ameaças que nos foram feitas. Peguemos, então, nalgumas:

Apesar dos milhares de euros que foram gastos nas Colectividades da Terra, temos alguma sala com condições para Teatro?

Apesar da demagogia e do dinheiro gasto em “campitos”, temos algum Centro Desportivo com o mínimo de condições para a prática desportiva dos jovens da nossa Terra?

Apesar do dinheiro gasto em instrumentos musicais, temos alguma Escola de Música onde se possa aprender música na nossa Terra?

Apesar das promessas renovadas, temos o problema das barracas resolvido no “portinho da gala”?
Apesar de termos um portinho que custou uma fortuna, temos navegabildade no canal que lhe dá acesso?

Nota: Promessa há: "As instalações terrestres de apoio aos pescadores do Portinho da Gala deverão começar a ser construídas durante o ano de 2008, já que em PIDDAC estão inscritos 400 mil euros para a obra."

Apesar dos custos (até em vidas humanas) que já pagámos, temos a Nova Ponte dos Arcos a abrir ao trânsito para breve?

Apesar das promessas feitas quando derrubaram o Pavilhão que havia na antiga fábrica Sidney, e que poderia ter sido aproveitado, temos alguma perspectiva da edificação de um gimnodesportivo na nossa Terra?

A prometida piscina vem, ou não vem?

Estas e outras questões, têm a ver, quer com as necessidades do dia à dia dos covagalenses, quer com a qualidade de vida do seu futuro.
Por outro lado, quem ganha eleições na nossa Terra e governa há 14 anos, até porque tem amigos poderosos na autarquia figueirense – daí o seu apoio público e incondicional nas últimas autárquicas - tem de ter uma ética de responsabilidade.
Para com quem?
Para com todos os covagalenses, em geral.
Para com os eleitores, em especial.

Para com as promessas eleitorais, em particular.

Com que então sem dizer nada ao velho?...

X&Q321