terça-feira, 20 de janeiro de 2015

De vez em quando é bom recordar que a Figueira tem atletismo.... (III)

A Figueira da Foz não dispõe de condições para a prática do atletismo.
Já fizemos a denuncia  do facto vezes sem conta neste Outra Margem.
Fonseca Antunes, para vergonha de quem passou pelo poder autárquico figueirense nos últimos 30 anos,  em entrevista ao jornal AS BEIRAS é claro: “penso que os sucessivos executivos camarários não escolheram como prioridade melhorar as infraestruturas desportivas municipais”.
Uma pista de atletismo custaria cerca de 400 mil euros.  “Mas o mais dramático de tudo é saber que tempos houve em que estas infraestruturas custariam à câmara, com apoio europeu, apenas 15 por cento do custo total. Perdeu-se uma grande oportunidade”, afirma Fonseca Antunes.
Se o Estádio Municipal José Bento Pessoa tivesse uma pista de tartan, diz ainda o treinador, “levaria a que todas as modalidades desportivas praticadas no concelho usufruíssem de instrumentos de alto gabarito, a uma melhoria óbvia e evidente do espaço municipal e a um investimento nos jovens estudantes”. Em última instância, defende ainda, “iria potenciar a prática desportiva destes grandes atletas”.
A conclusão é óbvia: “houve falta de visão estratégica, por parte dos governantes locais”.
Todavia deixa uma réstia de esperança para o futuro.
“Actualmente, porém, noto interesse por parte do executivo camarário em criar condições. Já tivemos reuniões neste sentido”.
Contudo, faz um aviso.“investir numa pista no estádio municipal antes de se fazerem obras de fundo não é aconselhável, porque ele encontra-se num estado lastimável, muito degradado. Fiquei desagradavelmente surpreendido com o que constatei”.
No entanto, Fonseca Antunes insiste e realça  utilidade de uma pista, nem que seja sintética, mas perto da zona escolar, pois “ permitira criar uma escola municipal de atletismo com projecção nacional, através dos clubes do país”. E, se calhar, “até poderia competir na 1.ª Divisão nacional, tendo em conta a qualidade dos atletas locais, sem contar com estrangeiros”
Esta nossa cidade tem de deixar de ser uma cidade que tem um atirador olímpico, que ficou sem local para treinar e que tem vários campeões nacionais de atletismo, que treinam na praia!.. 
Como escrevemos anteriormente neste blogue, continua a ter a palavra a autarquia. 
O atletismo figueirense há muito que justifica outro tratamento de quem de direito, pois já fez mais do que o suficiente para o merecer....

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Marcelo sabe muito...

Ontem, na TVI, na sua habitual missa dominical, Marcelo Rebelo de Sousa disse que a esquerda parte "com uma vantagem clara" para as Presidenciais de 2016, tendo António Guterres "em compasso de espera", enquanto "vai pondo António Vitorino em lume brando".  
"É tudo gerido por António Costa", acrescentou...
Marcelo Rebelo de Sousa sabe o óbvio: as candidaturas presidenciais ganhadoras são as que, partindo de um determinado espaço político, conseguem alargá-lo.
É isso que ele quer fazer transparecer: que está com um pé dentro e outro fora do PSD.
O que acontece é que o pé que Marcelo tem fora do PSD - e em muitos dias é esse o "principal pé" -, ao mesmo tempo que ser vai decisivo para tornar a sua candidatura presidencial uma quase inevitabilidade, terá o perigo de amarrar Passos Coelho a uma estratégia que não lhe convém.
Marcelo vai querer demarcar-se deste governo e de Passos: sobretudo, vai querer mostrar que não está refém de ninguém.
O que a meu ver é verdade, pois Passos e o PSD é que vão ficar reféns de Marcelo.
Marcelo vai tentar evitar no espaço da direita uma candidatura alternativa à sua – neste momento, Santana por saber isso já se meteu em “bicos dos pés”... -, que só fraccionaria o PSD, mas, por outro lado, a candidatura de Marcelo a presidente, é uma ameaça ao projecto político que Passos tem levado a cabo nestes anos de governação.
Portanto, a futura putativa cooperação estratégica entre Marcelo e Passos, neste momento, parece mais do que uma miragem, uma utopia distante.
Acontece que, politicamente, não creio ser possível que haja convergência estratégica possível entre os dois.
Como se não bastasse, Marcelo putativo candidato oficial do PSD, não terá o potencial eleitoral de Marcelo candidato com o "pé fora" do PSD.
As presidenciais de 2016 vão servir para muita coisa. 
Por exemplo, espero eu, para confirmar o bloqueio estratégico que, neste momento, existe e é visível na direita.
Nada de grave, pois o PS, como habitualmente, vai dar uma ajuda...
Já apontam para Vitorino.

"Perplexidade, desânimo e tristeza, perante um espectáculo desolador"...

Esta é a posição do Centro de Estudos do Mar, em declarações declarações de Alfredo Pinheiro Marques ao jornal "Diário de Coimbra", sobre a destruição total dos arquivos dos Estaleiros Navais da Figueira da Foz...
para ler melhor, clicar na imagem

No fio da navalha...

«Quem gere os destinos do município, tem de ir à procura de bons eventos para o resto do ano e não se pode contentar com um mês de maior ocupação. Mas a fasquia está tão baixa, que já nos contentamos com pouco. É preciso contenção, mas mais arrojo. É preciso ir à procura de parcerias, reunir vontades e não nos bastarmos com o poucochinho. Não chega falar de contenção, porque “quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”. E o problema está exactamente em saber qual é o destino que se quer, qual o rumo que se pretende, qual o projecto que se tem.»

Miguel Almeida, antigo vereador executivo do PSD, no mandato de Santana Lopes, e actual vereador da oposição, na crónica de hoje no jornal AS BEIRAS.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Dr. Pires de Lima, um verdadeiro artista do CDS

Passo a citar via Expresso:
«Não foi só um mal-entendido: o Ministério da Economia presumiu mesmo que haveria uma discriminação entre os trabalhadores da TAP representados por sindicatos que assinaram o acordo com o Governo e os que ficaram de fora - e nessa discriminação incluía-se a protecção contra um eventual despedimento colectivo, um dos pontos incluídos nesse texto.  Essa foi a ideia veiculada pelo secretário de Estado Sérgio Monteiro no briefing que se seguiu ao Conselho de Ministros. E foi a informação transmitida ao Expresso na tarde de 5ª feira.

Ao que o Expresso apurou, mesmo no Conselho de Ministros essa questão ficou indefinida. Houve quem saísse com a mesma convicção que Sérgio Monteiro exprimiu mais tarde: "Não consigo compreender como é que estenderíamos protecções a quem não assinou o acordo". E Pires de Lima, nas televisões, adensou a confusão.

Ontem, depois do coro de críticas - que incluiu figuras insuspeitas, como Paulo Rangel e António Lobo Xavier - Passos Coelho esclareceu que a protecção contra o despedimento colectivo durante dois anos e meio se aplica a todos os trabalhadores, pois é isso que impõe a lei geral do trabalho. Foi o próprio Pires de Lima quem pediu ao PM, logo de manhã, que fizesse esse esclarecimento, depois de ter percebido, na quinta-feira à noite, que não havia uma única voz que sustentasse a ideia de tratar de forma diferente uns trabalhadores e outros na questão do despedimento.»
 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

As consequências de mais blocos de pedra na "defesa" da costa

Foto de Pedro Agostinho Cruz
Via o blogue O Ambiente na Figueira da Foz, cheguei a este texto.
Segui o conselho do autor do blogue, o eng. João Vaz, e li o artigo com atenção.
Permitam que recomende a sua leitura, pois dá uma explicação elaborada em 1998 para a forte erosão que assola a orla costeira na Figueira da Foz.

A sul do 5º. molhe...

foto António Agostinho
... o mar continua a fazer o seu caminho e a devastação da duna prossegue...
Mais fotos aqui e aqui.

Isto é um país ou uma casa de correcção?..

Ainda antes do 25 de Abril, o regime de então proibiu que se cuspisse para o chão. Quem infringisse a lei ficava sujeito ao pagamento de uma coima que lhe seriam aplicada pelo polícia da ronda. 
A partir de hoje, os utentes dos transportes rodoviários sujeitam-se a multas entre 50 e 250 euros se apoiarem os pés nos estofos, se se pendurarem nos acessórios do veículo em marcha ou se fizerem barulho que incomode outros passageiros
Visando o sucesso da lei, o governo dará 10% da multa a quem a cobrar. 
A reacção à «lei do cuspe» foi engenhosa: quem queria chatear a polícia cuspia para o ar em vez de cuspir no chão, ultrapassando, assim, a eficácia normativa da lei. 
No caso da lei hoje aprovada pelo governo de Passos Coelho, é provável que os motoristas passem por maus bocados à pala disto....

Só podia ser assim...

"Carlos Cruz e Jorge Ritto perdem condecorações".
"É um procedimento automático, que decorre da lei. Sempre que o conselho tem conhecimento de situações, abre o processo, que é quase administrativo", explicou Manuela Ferreira Leite.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Uma postagem difícil!

foto de Pedro Agostinho Cruz
Sou do tempo em que a qualidade de uma fotografia era avaliada por critérios técnicos e por critérios estéticos. 
Porventura – digo eu que não sou especialista na matéria - existem outros critérios de avaliação nomeadamente, históricos, científicos, sociais, políticos, etc., mas para mim são sobretudo os dois primeiros critérios que permitem a alguém afirmar que uma determinada foto é uma “boa fotografia”
Sou do tempo em que a técnica e a visão, eram os alicerces em que a “boa” fotografia se apoiava. 
O domínio da técnica e uma visão apurada, eram “ferramentas” para um fotografo fazer “boas” imagens.
Na actualidade, porém, há quem pense que depois de ter sido introduzida uma terceira componente na “qualidade” da fotografia - o pensamento, muitas vezes designado como conceito - as transformações tecnológicas, sociais, culturais e artísticas do final do século XX teriam tornado o pensamento a componente mais importante de uma fotografia que pretenda assumir uma intervenção artística contemporânea.  
Na actualidade, a meu ver, tal facto não é evidente. Muita da chamada fotografia contemporânea que conheço, paradoxalmente, valoriza pouco a reflexão ou o pensamento e sobrevaloriza os critérios técnicos, ainda que com novas roupagens.  
Foi isso que me fascinou sempre na fotografia de um jovem fotografo chamado Pedro Agostinho Cruz.

E a frota da PSP, os carros dos bombeiros e as ambulâncias podem circular?..

"Diz que é uma espécie de socialismo. 
A partir de hoje, quem tenha carro de pobre deixa de poder circular no centro de Lisboa
Diz que é uma espécie de ecologia. 
A menos que seja por exemplo um táxi, e então já pode. 
A ideia não será, portanto, modernizar a frota de táxis da capital do nosso turismo, pelo menos para já, o que até faz um certo sentido. 
Bem vistas as coisas, observar uma cidade cheia de casas a cair de maduras da janela de um táxi a cair de maduro tem a sua coerência. Mas para já, para já, a mensagem é: “se queres circular em Lisboa, faz-te rico e compra um carro como deve ser, que nos transportes públicos também não te safas, para além de serem caríssimos, também podem poluir à vontade, estão excepcionados”
Não se zanguem. É pelo ambiente, e tudo o que é pelo ambiente é bom. 
Para além do mais, este resumo desta medida do Costa autarca é em tudo igual a este outro das soluções propostas pelo António Governante: “se Portugal quer resolver o problema da dívida, que cresça e se torne um país como deve ser”
Cá está ela outra vez, a coerência. O homem gosta de nos mandar enriquecer. Não tem nada de mal, pois não? Cheira bem, cheira a Lisboa. Uma capital sem pobres. 
É boa ideia."

Texto: O país do Burro
Título: Outra Margem

Uma ideia para promover o carapau...

"O carapau poderia ser a alternativa por excelência à sardinha, mas “não vende”. 
Em vez de ficarmos de braços cruzados, poderíamos agir.
Os nossos eleitos poderiam ter a iniciativa de mobilizar as nossas associações para promover carapau. 
Por exemplo, com a verba que se vai pagar o próximo espectáculo do Emanuel, poderia contratar-se três ou quatro chefes nacionais para promover um concurso, um livro de gastronomia ou um festival dedicado ao carapau. 
É apenas uma ideia e deverão existir por aí outras bem melhores."

Em tempo.
A ideia é de Rui Curado da Silva
Foi exposta na sua habitual crónica das quintas-feiras no jornal AS Beiras.
Para ler melhor a crónica basta clicar em cima da imagem. 

As tragédias no mar

Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar
Sou filho, neto e bisneto de pescadores, e estas tragédias tocam-me profundamente, até porque tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Santana prova "que os políticos não são todos iguais"...

"Pelo passado que lhe conhecemos nos cargos que desempenhou e que demonstra que os políticos não são todos iguais”, Santana é o candidato ideal para Belém. A afirmação, proferida ao jornal i, pertence a Fernando Jorge, presidente da Câmara de Oleiros e membro da direcção do PSD. O actual presidente da Misericórdia de Lisboa é, na opinião deste dirigente “laranja”, “um cidadão comum, a quem não se conhece fortuna”.

Em tempo.
Santana Lopes é o protótipo do político populista. 
Questioná-lo por isso e opor-lhe, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa como antonímia é um rematado disparate: nessa matéria, Marcelo sempre foi o mestre
Uma campanha eleitoral de Santana Lopes tem a mesma base de uma campanha eleitoral de Marcelo - está lá dentro todo o terceiro mundo
Os dois apelam à emoção e não à razão: a diferença é que Santana Lopes o assume e, para o eleitorado alvo a que se destina, assumi-lo é vantajoso.
Marcelo apela à emoção travestida de razão: não o pode é assumir, pois presume que fala para outro eleitorado alvo.

Erosão costeira - as pedras na Praia do Hospital e a devastação das dunas a sul do 5º. molhe...

Foto de hoje de António Agostinho
Lido no blogue Ambiente na Figueira da Foz.
"Será o fim da praia do Hospital? Mais pedras? 
A física ensina que as estruturas imóveis na praia causam ainda mais erosão costeira, e perda de areia. 
Ou as pedras destinam-se a defender o parque de estacionamento?" 
Entretanto, como se pode ver pela foto abaixo, também obtida hoje, a sul do 5º. molhe, a duna está completamente devastada.
Alguém sabe o que está previsto para este local para tentar evitar a catástrofe anunciada?..
foto António Agostinho