quarta-feira, 19 de maio de 2021

Novas multas nas praias entram hoje em vigor

Foto António Agostinho
A partir de hoje, quem não utilizar máscaras no acesso às praias, desrespeite as normas de distanciamento entre toalhas ou pratique atividades desportivas com o areal cheio será alvo de multas de 50 a 100 euros. O decreto- -lei que regula o acesso, a ocupação e a utilização das praias no contexto da pandemia foi publicado ontem e entra hoje em vigor. 
O primeiro-ministro, António Costa, frisa que, com o novo regime sancionatório, o Governo quer deixar claro que ninguém pode relaxar no cumprimento das regras sanitárias. “Sempre que relaxámos, a situação piorou”
Para além de multas para os banhistas, estão previstas também coimas para os concessionários, mas mais pesadas, de 500 a 1000 euros, se não higienizarem corretamente o espaço ou não afixarem as normas em locais visíveis. 
Em 2021, Portugal conta com 643 águas balneares, às quais estão associadas 574 praias (504 no Continente, 82 nos Açores e 57 na Madeira), onde a vigilância e a assistência a banhistas estão asseguradas por nadadores-salvadores.

Via JN

Alguém anda atentar liquidar o OUTRA MARGEM...

Não sei quem, nem porquê, mas houve recentemente uma tentativa para tentar silenciar o OUTRA MARGEM.
Nada de novo. Ao longos dos anos já ameaçaram com queixas judiciais, já recorreram a hackers, já fizeram denúncias às plataformas das redes sociais Facebook.
Desta vez fizeram denúncias à rede Blogger. 
A  liberdade parece  incomodar aqui pela Figueira.
Contudo, nunca tinha sentido tanto nervosismo e desespero para silenciar o OUTRA MARGEM
Porque querem silenciar e se possível liquidar um espaço com mais de 15 anos de publicação?
A quem desagrada a verdade e a liberdade de expressão?
Podem continuar. No que depender de mim não me calarão.
Não vou abdicar do direito, que qualquer cidadão tem de agir sem coerção ou impedimento, segundo a sua vontade, desde que dentro dos limites da lei.

António Agostinho

Abdique, Rui Moreira

Via jornal Público
«Depois do despacho de pronúncia que leva o presidente da Câmara do Porto a julgamento pelo crime de prevaricação, deixou de haver qualquer argumento do direito, da razão ou da ética pública que sustentem a sua recandidatura. Rui Moreira tem direito à presunção da inocência e a lutar pela justiça que apregoa; mas a gravidade da sua condição vai muito para lá da justa luta de um homem pela sua verdade. A sua recandidatura tem um custo: o do descrédito da política. E um preço: o de ameaçar a imagem do Porto como cidade de valores. 

Ser acusado de prevaricação por, alegadamente, ter defendido os interesses da sua família contra os interesses do município e essa acusação ter sido reforçada com uma pronúncia, deixou de o afectar em exclusivo. Tornou-se um problema da democracia e, acima de tudo, um problema da cidade. Não se pode esperar que os políticos sejam modelos de virtude acima do homem comum; mas deve-se exigir que estejam acima de qualquer suspeita razoável. Não é o caso — como não é o caso de cerca de 20 autarcas do PS e do PSD na mesma situação. 

Rui Moreira pode argumentar que em causa está uma ingerência da Justiça na política, uma perseguição, o acumular de erros grosseiros. Está no seu direito. Mas há que encarar a realidade. As acusações gravíssimas do Ministério Público foram integralmente aceites pela juíza de instrução. Ser pronunciado, diz a lei e a jurisprudência, significa para o tribunal que, face aos indícios apresentados, “é muito provável a futura condenação do arguido” ou que esta será “mais provável que a sua absolvição”

As provas sugerem que, depois de chegar ao poder, o tratamento da sua empresa familiar, a Selminho, mudou. As testemunhas adensam dúvidas. Rui Moreira diz que nada mudou, mas não é verdade. A juíza de instrução validou na íntegra as acusações do MP. E isso faz a diferença. 

Pergunta-se, pois, como pode um autarca nestas condições ser candidato numa democracia adulta. Sem que contamine a campanha com a nódoa da suspeita. Impedindo que a cidade se discuta para lá do ego ou da honorabilidade do seu presidente. Deixando-a na dúvida sobre se a política pode ser um braço do tribunal. 

Rui Moreira não foi ainda condenado por um “juízo de certeza como no julgamento”, lê-se no despacho. É, por isso, inocente. Num assomo de devoção à cidade que o elegeu, deve continuar a lutar pela sua defesa não na qualidade de político, mas na condição de cidadão. A bem da democracia e do Porto que ele diz “amar”, era bom que não se recandidatasse.»

Desconfinem. Vão aos restaurantes e vão ao teatro. O dinheiro público apoia (alguns)...

 Imagem via Diário as Beiras

Podemos passar à frente? Um pica pau e uma mine e tenho o problema resolvido...

CIM-RC paga metade da conta do restaurante aos clientes

Com o objectivo de contribuir para a recuperação da restauração, hotelaria e turismo, a CIM-RC (Comunidade Inter-municipal da Região de Coimbra) apresentou ontem quatro medidas de apoio à restauração, destinadas aos 19 concelhos que a integram. Medidas no âmbito da distinção de “Região de Coimbra: Região Europeia de Gastronomia 2021-2022”, que visam reduzir o impacto da pandemia no sector e que passam pelo “Programa de Selecção Gastronomia e Vinhos”, a criação de um “Passaporte Gastronómico”, de um “Voucher Restauração” e de menus “Prova Região de Coimbra”.
Uma das medidas é um incentivo ao consumo, que consiste na entrega, aos clientes, de vales de desconto. Assim, quem consumir 30 ou mais euros terá um desconto direto de 15 euros. Ou seja, pode representar uma redução da conta para metade. 
O incentivo está limitado a dois mil vales, que podem ser levantados, pelos consumidores, nos postos de turismo dos 19 concelhos da CIM-RC e nas instalações da Turismo Centro de Portugal. 
Quem paga aquele incentivo aos restaurantes aderentes é a CIM-RC, com recursos próprios e fundos europeus. Se a adesão for boa, deverá ser renovado. 
Esta medida poderá vir a ser aplicada, também, à hotelaria, adiantaram o presidente da Câmara da Figueira da Foz e anfitrião da sessão de apresentação, Carlos Monteiro, e o secretário executivo da CIM-RC, Jorge Brito.

terça-feira, 18 de maio de 2021

"Quem tem menos acesso à cultura é quem vai estar a patrocinar a raspadinha do património"

«A 'raspadinha' do Património Cultural chega hoje aos quiosques: custa um euro e terá um prémio máximo de 10 mil euros. A iniciativa não é inédita e está longe de ser consensual. Os psicólogos criticam o Estado por promover um jogo de sorte e azar que pode criar dependência e que visa sobretudo os mais pobres.»

Erosão costeira carece de uma resposta urgente!

Foto António Agostinho

"A necessidade de intervenção na gestão e proteção da faixa costeira tem atravessado diversos Governos. Recordo que a 8 de setembro de 2009 foi aprovada pelo Governo liderado José Sócrates a Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira e que no mandato do Governo liderado por Passos Coelho, foram criados o Grupo de Trabalho do Litoral e o Grupo de Trabalho dos Sedimentos.

Com base nas conclusões extraídas dos relatórios de ambos os Grupos de Trabalho, a APA encarregou uma equipa da Universidade de Aveiro de elaborar o Estudo de viabilidade da transposição aluvionar das barras de Aveiro e da Figueira da Foz.

Recordo também, que paralelemente à normal concretização destes estudos e dado que este problema se tem vindo a agravar, por iniciativa dos deputados do PSD, foi aprovada a 17 de março de 2017 na Assembleia da República a Resolução número 64/2017, que recomenda ao Governo entre outras ações, que “durante o ano de 2017, apresente um estudo que avalie a implementação do bypass na entrada do porto da Figueira da Foz.”

No entanto, à data de hoje a situação vivida da costa sul do concelho da Figueira da Foz é dramática, tendo inclusive verificado o rompimento de vários geotubos, cuja função prende-se com a mitigação da erosão costeira, provocada pela força do mar.
É preciso agir com urgência e não podemos ficar a aguardar paulatinamente por estudos e mais estudos!"

Portugal, um país ao serviço de sua majestade ...

Continuamos a viver na ilusão da monocultura do turismo, dependentes das oscilações globais, até à próxima pandemia, ou outro acontecimento qualquer.
No dia em que milhares de turistas britânicos aterravam no aeroporto de Faro, o director da Região de Turismo do Algarve deixava no ar uma constatação que tanto serve de regozijo, como assusta.
Nada se aprendeu!..
Ontem foi notícia de grande impacto em Portugal a chegada de 5 500 passageiros, repartidos por 17 voos do Reino Unido para o aeroporto de Faro
Vale a pena pensar nisto: algo perfeitamente normal, desde a segunda metade da década de 60 do século passado, voltou a ser de novo notícia, meio século depois.

Cruzeiros no Douro

«Siza Vieira pagou do seu bolso, Cristina foi convidada por ser CEO da AHP. Amigo de Costa esteve como administrador da Mystic Invest.»
 

De ladrão a ladrão

«Escrever é uma maneira de nos escondermos, de não termos de aparecer, de podermos ficar rigorosamente sozinhos — mas podendo à mesma falar. 
Só lendo é que se pode estar com alguém sem ter de o ver ou ouvir. E, para mais, à velocidade que escolhermos, onde quisermos e, já agora, sem ser preciso bateria ou electricidade. 
Ler é uma forma de roubo legitimada por ser um ladrão que é roubado. O escritor-ladrão dispensou a nossa presença e, logo, nós podemos dispensar a presença dele e ficarmos só com o que ele deixou. 
E fazermos disso o que quisermos. 
É por isso que ler é tão bom.»

O almoço que assinalou a abertura da época da sardinha na Figueira, juntou três candidatos à Câmara à mesa...

A época da sardinha começou ontem.
Segundo o que pode ser lido nos jornais de hoje, há sardinha em  quantidade e qualidade. As traineiras regressarem ao porto de pesca da Figueira com o máximo de carga permitido por lei. 
Porém, os armadores querem ir além das 24 mil toneladas anunciadas: 10 mil até 31 de julho e as restantes 14 mil a partir de 1 de agosto e até ao fi m do ano. 
O presidente da direcção da organização de produtores de peixe Centro Litoral, o figueirense António Lé, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, defende que, tendo em conta a reposição do stock e a “abundância desmedida” da espécie, a quota portuguesa “podia ir até às 50 mil toneladas”. Não sendo permitido, advogou, “no mínimo, deve ir até às 30 mil toneladas”. Ou seja, 10 mil mais 20 mil. 
O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, não rejeita esta possibilidade, se o parecer científico o permitir. “Não quero adiantar valores, mas, de facto, houve uma recuperação do manancial significativa, e isso está refletido nos dados que estão na mesa, e, portanto, tenho boas expetativas que tenhamos oportunidades de pesca acrescidas”, ressalvou aquele membro do Governo ao  mesmo jornal.
António Lé acrescentou que a abundância de sardinha permite aos armadores “pedir, com clareza e com justiça, aquilo que [lhes] pertence”. Isto, ressalvou, “respeitando a ciência e as boas práticas de gestão dos recursos e o equilíbrio dos oceanos”

O primeiro dia da safra da sardinha foi assinalado com um almoço, organizado por António Lé num  restaurante da Figueira da Foz. Além de Ricardo Serrão Santos, participaram no repasto a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, Ana Paula Vitorino, ex-ministra do Mar, e o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro. O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, e a presidente do conselho de administração do Porto da Figueira da Foz, Fátima Alves, também marcaram presença no almoço.

Em ano de autárquicas fica o registo: estiveram presentes três candidatos à Câmara da Figueira da Foz: Carlos Monteiro, Pedro Machado e Santana Lopes, este convidado a título pessoal, já que não desempenha nenhum cargo público.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Rio, o inaudito...

Ter capacidade para fazer piadas, sendo o próprio o objecto da piada é digno do registo...

A Esperança e as duas filhas

Santo Agostinho:
"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação ensina-nos a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las."

Autárquicas 2021 na Figueira: ponto da situação em 17 de Maio de 2021

Tal como na vida, também na política, em situações sem retorno possível, agarramo-nos a pormenores.
A cada pormenor, como se fosse a boia de salvação. 
Ávidos de encontrar uma saída. 
Noutras ocasiões, houve a avidez de poder e de dinheiro na luta pela sobrevivência...
Na política, tal como na vida, porém, ninguém quer morrer poderoso e rico.
No fundo, andamos todos ao mesmo: o objectivo principal é não morrer. 
E, se possível, sobreviver...

Horácio, poeta

“A força bruta, quando não é governada pela razão, desmorona sob o seu próprio peso”.

Quinto Horácio Flaco, em latim Quintus Horatius Flaccus, (Venúsia8 de dezembro de 65 a.C. — Roma27 de novembro de 8 a.C.) foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido por ser um dos maiores poetas da Roma Antiga.

domingo, 16 de maio de 2021

Morreu Diniz de Almeida

Fica a saudade e um enorme agradecimento a um "Capitão de Abril"!
Foto via OBSERVADOR

Tendências para o que resta de 2021: andar de bicicleta...

Na Figueira, a mais sólida tendência para o que resta de 2021, ano de autárquicas, é esta: tudo o que está suficiente passará a medíocre. Tudo o que está mau ficará pior. 
Vamos ver a evolução do covid. No que toca à pobreza, o desemprego, à economia, às dívidas, às falências, os ataques aos direitos, às liberdades e às garantias individuais, não vamos melhorar. O direito à opinião vai ter de ser defendido.... 
O "bom povo figueirense" vai ficar azedo: a razão é simples- não vai aguentar a crispação. 
Nem vale a pena perder tempo e palavras com isto. Está escrito nas estrelas.
E quanto às eleições autárquicas de Outubro próximo?.. A ver vamos como diz o ceguinho...
Entretanto, vou continuar a dar umas voltas de bicicleta... E não só na Figueira...
Houve tempo, em que o meu maior desejo era ter uma bicicleta.
Agora, que é tempo em que posso ter todas as bicicletas, não é uma bicicleta que quero.
Este é o tempo de querer a idade de poder ter uma bicicleta, quando não podia ter bicicleta nenhuma.
Em Portugal, houve tempo em que não se podia votar livremente.
Agora, que é tempo de democracia, sinto que é o tempo em que o meu voto não altera nada.
Mas, em Portugal, tem de ser sempre tempo de haver eleições livres.
Espero é poder chegar ao tempo em que o meu voto mude alguma coisa.
Será que chegarei a tempo de saber o que é esse tempo?
Gostaria de ter tempo para viver o tempo de vir a ser um velho sábio.
Seria então o tempo de conhecer o significado do tempo que leva uma vida.
Mas será que todos os velhos conseguem alcançar o significado do tempo que leva uma vida?
É certo que ainda não tenho tempo para ser velho, mas o tempo passa.
Entretanto, passou já tempo para perceber que a luta contra o tempo está perdida.
Também já é tempo de saber que o tempo acontece rápido.
Tenho tentado que o meu tempo não seja uma corrida contra o tempo.
Gostaria de conseguir que o meu tempo fosse uma corrida com o tempo.
Entretanto, sei perfeitamente que já perdi muito tempo.
Mas será que todo o tempo perdido foi tempo inútil?
E terá acontecido que todo o meu tempo útil foi tempo ganho?
 

Há dias para o repúdio presidencial?

«Uma gralha numa notícia da Lusa da responsabilidade de um jornalista motivou o repúdio do presidente. Quanto à vigilância e a agressão a jornalistas só silêncio. É mais do que falta de sentido de Estado. É mais um exemplo da vacuidade presidencial. E assim vai a República»