Cova-Gala, aldeia, freguesia, vila, terra de sol e mar, com os seus cinco quilómetros de praias, de areia branca e fina, água transparente de boa qualidade, o pinhal a sul, com o seu magnífico parque de merendas...
Sabem o que colocaram à beira-mar e junto ao parque de merendas?..
Pois, nem mais, nem menos, do que habitação social!..
Brilhantes autarcas, que planearam e implantaram a habitação social virada para o mar, a dois passos da praia, e virada para o magnífico parque de merendas, o ex-libris da Cova-Gala!..
Numa Terra que quer viver, em boa parte, do turismo, chama-se a isto planeamento sustentado...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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