Encontra-se em distribuição o número 11, série II, do Boletim do Centro Social da Cova e Gala, referente ao presente mês de Setembro.
Dada a escassez de meios, concretizar cada edição desta publicação, é sempre uma vitória, pois para ultrapassar as dificuldades de vária ordem, é preciso muita dedicação e espírito inventivo da pequena equipa que o confecciona.
Felizmente, se, por um lado, os recursos materiais, técnicos e logísticos são diminutos, por outro, existe um grupo de pessoas que torna possível o autêntico “milagre” que é, de três em três meses, colocar uma edição do Boletim na rua.
Como Coordenador Geral da publicação, por deliberação da Direcção do Centro Social da Cova e Gala, graças à colaboração da equipa, sinto a tarefa, à partida bastante espinhosa, aliviada, pelo que presto o tributo devido aos que, funcionários, ou simples amigos da Instituição, trimestre a trimestre vêm colaborando.
Só assim tem sido possível cumprir a missão.
Por uma questão de justiça, vou deixar um agradecimento especial à funcionária administrativa da Instituição, Cristina Ferreira, não só pela sua competência técnica, mas, sobretudo, pelo seu entusiasmo e dedicação.
Este número de Setembro, sem o seu espírito voluntarista, não teria sido possível.
A Cristina, incarna bem o espírito de uma equipa que, quase sem meios, consegue realizar o “milagre” de, a pulso, colocar cá fora cada edição do Boletim do Centro Social da Cova e Gala.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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