sexta-feira, 3 de maio de 2024

Uma viagem que começa num sítio bonito chamado Atlético Norte

«Temos um brilhante ministro da Defesa que merecidamente ocupa o primeiro lugar no top das “gafes” governamentais. Aliás, este destaque dá igualmente sentido ao aforismo “poucos mas bons” que se aplica ao CDS/PP. 

Numa penada, o intrépido Nuno Melo (uma espécie de MannyMãozinhas, como se viu quando protagonizou o número de aparafusar aplacado partido numa parede do Parlamento) conseguiu referir-se ao tratado do Atlético Norte e propor que os jovens delinquentes, em alternativa à pena de prisão, fossem obrigados a cumprir o serviço militar obrigatório. 

O primeiro caso indica-nos que provavelmente o Atlético chegou a um acordo com o Oriental, o que é relevante para os alfacinhas no plano securitário, na medida em que a rivalidade existente entre os dois emblemas coloca problemas de ordem pública. 

Já o segundo mostra-se que, em matéria de ideias disruptivas, Nuno Melo situa-se num patamar de rasgo inovador. A simples relação causa-efeito “portaste-te mal vais para a tropa” deve fazer corar de inveja os seus antecessores (porque raio não me lembrei eu disso!), perspetiva-se como um alívio para os diretores prisionais e alcandora-se ao pináculo da excelência. 

Claro que surgiram de imediato uns botas de elástico a destruir a coisa, o que é corriqueiro, dado que os génios são sempre incompreendidos.»

Este governo anda a pisar areias movediças

"... Porquê? Porque espera que Miranda Sarmento goze de suficiente credibilidade perante os portugueses para pôr em causa a de Fernando Medina. É uma jogada deveras arriscada. Podemos desconfiar da competência de Medina para muitas coisas, mas não no que diz respeito a contas públicas. Para mais, foi o próprio Miranda Sarmento que tinha reconhecido a existência de um défice...

... a esmagadora maioria dos portugueses não tem formação em finanças públicas. Não consegue interpretar as recentes declarações do ministro das Finanças e sobretudo perceber se tem ou não razão. O mesmo para os esclarecimentos dados por Fernando Medina. Mas há aqui um padrão que todos podemos reconhecer: quando a direita chega ao poder, tem o costume de anunciar de forma veemente que as contas não estão bem. E a seguir parte para políticas de austeridade. 

Isto já aconteceu várias vezes. Mas houve uma mudança a que o atual Governo não deu a devida atenção e que dficulta, desta vez, o uso da mesma receita, digo da mesma estratégia. António Costa, Mário Centeno e Fernando Medina não fizeram aquilo de que as governações socialistas costumam ser acusadas, ou seja, tiveram uma preocupação — que muitos, onde me incluo, consideraram excessiva — com as contas públicas.

A análise política tem neste momento uma importância fundamental. Digo com preocupação que contemplar o caos não adianta. É preciso encontrar fio à meada e puxá-lo bem."

Venha daí esse tempo novo...

Ontem, foi assinalado a nível nacional o início da safra da sardinha. Na Figueira, tal aconteceu num restaurante de Buarcos, por iniciativa da cooperativa de produtores de peixe Centro Litoral. A cerimónia foi presidida pela secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar.

Oitos anos, sempre são oito anos: há muita fominha no laranjal... (II)

No passado dia 30 de  Abril, no OUTRA MARGEM, tinha  ficado escrito: "50 anos depois do 25 de Abril de 1974, a direita, continua a fazer saneamentos políticos. 
O Governo tem esperança de vida curta e os boys/girls são mais que muito(a)s."
Daniel Oliveira, hoje no Expresso, vai no mesmo sentido ao "chamar os boys pelos nomes"«os cargos de topo são para distribuir jogo pela clientela. Há uma rede de empregos, contactos, parcerias e negócios a tratar. Não é novo, mas a pressa é maior. Ao fim de oito anos, a fome é cega. E nestas circunstâncias políticas, ninguém quer esperar para saber quanto tempo terá para o assalto ao Estado. Não dá para deixar que os mandatos acabem».

Na Figueira os pescadores sabem que é sempre assim: quando as gaivotas vêm para terra, é porque há tempestade no mar...

 Pedro Santana Lopes no Correio da Manhã

Em tempo.

"Reduzir os impostos à lá IL. Aumentar as despesas públicas à lá PCP e BE. E, ao mesmo tempo, reduzir a despesa pública à lá Mário Centeno."

"O importante era chegar ao pote, o resto logo se vê"...

... “se tudo correr bem, no início de 2025 teremos obra” ...

Foto DEZ & 10
Texto DIÁRIO AS BEIRAS
«O presidente do conselho de administração dos portos da Figueira da Foz e de Aveiro afirmou, em entrevista ao Dez&10: “se tudo correr bem, no início de 2025 teremos obra”
As obras em causa visam o aprofundamento da barra, até aos 11 metros, e do canal de navegação, dos atuais 6,5 metros para os 8,5 metros. Incluem, também, o aumento do calado da bacia de manobras. Aquele responsável vaticinou que a empreitada terá um prazo de execução de 18 meses. A empreitada tem um orçamento superior a 24 milhões de uros, 4,5 dos quais assegurados pela Altri (Celbi), The Navigator Company, Operfoz e Yilport. 
“Com as novas condições, teremos navios que calem mais e navios maiores e mais segurança na barra”, frisou o administrador. 
Aquela obra será “acompanhada” pela transposição de três milhões de metros cúbicos de areia, do norte para o sul da barra. Esta é uma obra da Agência Portuguesa do Ambiente comparticipada pelo Município da Figueira da Foz e pela administração portuária, que poderá ser lançada ainda este ano. 
Entretanto, decorre o estudo de viabilidade económica para a concessão da atual marina e a possibilidade de vir a ser construída uma segunda marina, no Cabedelo. Está ainda nos planos da administração portuária um cais para cruzeiros, na margem norte. 
Por outro lado, avançou ainda Eduardo Feio, está em debate interno o prolongamento do cais comercial para a zona da Salmanha/Fontela, em 400 ou 500 metros. Mas só depois de concluídas as obras na zona portuária.»

1º. de Maio de 1974: o dia (e mês) em que a realidade se despediu da inocência

Uma semana depois do 25 de Abril de 1974, aconteceu o primeiro 1º. de Maio em Liberdade. Foi a maior manifestação de sempre no nosso país! No dia 27 de abril 1974 tinha sido decretado o 1.º de Maio como feriado nacional. É considerada a primeira conquista legal após a revolução. Em Lisboa, a Alameda Afonso Henriques foi ponto de encontro e o comício ocorreu depois no Estádio, onde muitos milhares de pessoas se juntaram nesse dia sob o lema “Paz, Pão e Liberdade!”.

...fica a impressão de que foi o último dia em que realidade e inocência andaram a par, despedindo-se depois; em que a alegria, a espontaneidade das expressões e dos rostos dos que por ali desfilavam, trocando vivas e abraços mesmo entre desconhecidos, daria lugar nos dias seguintes a poses mais calculadas, a conflitos de interesses, ao esgrimir de ideologias, à criação de trincheiras onde presumíveis aliados se acantonariam para mais sérias batalhas. Isto porque a concórdia aparente naquele respirar colectivo, naquela ânsia de união voluntária e puramente livre, já trazia no seu interior as sementes de uma inevitável discórdia."

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Prometeram tudo...

Imagem: Jornal Público
Texto: daqui
«Prometeram tudo a todos em campanha eleitoral - polícias, professores, médicos, militares, enfermeiros, função pública, pensionistas e reformados - sabendo de antemão que não podiam cumprir. Com a cumplicidade dos media e dos paineleiros, comentadeiros e especialistas vários, apimentaram a coisa com alarmismo social - caos na saúde, caos na educação, insegurança nas ruas, o diabo a quatro - desaparecido dos telejornais como por artes mágicas logo no dia a seguir ao das eleições. Mentiram com quantos dentes têm na boca. Enganaram uns quantos papalvos e ganharam as eleições, à rasquinha mas ganharam. Agora começa a construção da narrativa que lhes vai permitir não cumprir um avo de tudo o que prometerem, com excepção da redução do IRC para as grandes empresas, para onde um dia hão-de regressar como CEOs, administradores, conselheiros, terminado o consulado no governo da Nação. Que isto se repita sucessivamente, com êxito, diz muito da nossa baixa qualidade política enquanto povo e da nossa fraca exigência cívica, 50 anos que são passados sobre o 25 de Abril.»

"... superespecial do WRC Vodafone Rally de Portugal realiza-se no dia 9 deste mês na Figueira"

 Via Diário as Beiras 

Acervo de Otelo chega ao Arquivo Ephemera

 “É de uma importância enorme”

Porque é que o Governo parece não ter a coragem para afirmar a sua vontade sem rodeios e sem justificações?..

Um saneamento político disfarçado de interesse público na Santa Casa
Para ler melhor clicar na imagem
 

Quem "gosta muito de governar" escolheu... (II)

Da sériejá se sabe quem vai desfraldar a bandeira da União Europeia em Marte: D Sebastião II

Via Revista Visão

Bugalho I 

«Entusiasmado com a sua primeira intervenção pública enquanto cabeça de lista pela Aliança Democrática (AD) às eleições europeias, Sebastião Bugalho, com a habitual humildade, disse acreditar que a primeira bandeira em Marte terá as 12 estrelas da União Europeia e não as “sete quinas” da bandeira portuguesa. Como são cinco, e não sete, as quinas da bandeira, simbolizando os cinco reis mouros que D. Afonso Henriques bateu na Batalha de Ourique, há quem tema que, ao acrescentar mais duas, o candidato tenha dado um pretexto ao Presidente da República para colocar na sua lista de reparações pelo passado de Portugal mais dois reis, vítimas da violência lusitana.»

Bugalho II 

«De Marte, o cabeça de lista da AD fez uma alusão, ainda que sob a forma de citação sem a correspondente identificação do autor, à Lua. A certa altura, no mesmo discurso, declarou: “Mas nós escolhemos fazer estas coisas não por serem fáceis mas por serem difíceis.” Uma frase do antigo Presidente norte-americano John F. Kennedy, dita a 12 de setembro de 1962, a propósito do desafio que era aterrar na Lua. Por cá, Sebastião Bugalho ainda nem chegou a Bruxelas, mas, como se percebe, já pensa noutros voos.»

Contrato-programa para edição deste ano foi assinado na Casa do Paço

 Diário as Beiras

Dia Internacional do Bombeiro dia 4 de Maio na Figueira da Foz

 

Contas da Câmara foram aprovadas na Assembleia Municipal

 Diário as Beiras

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Este país não é para velhos


"
Manuel Cavaco já fez tudo no cinema, no teatro, a fazer vozes em dobragens, na televisão.

Foi ator principal e secundário, vilão e bonzinho, sedutor e boémio, pobre e rico.

Trabalhou com o meu realizador português preferido, o Fernando Lopes. Também com o António Pedro Vasconcelos ou o José Fonseca e Costa"...

Mas...

"Já não há papéis para velhos.

Um dia, talvez brevemente, deixará também de haver papéis para mim.
Eu sei isso."

Desconstrução de mitos no 1º de Maio

"O 1º de Maio é uma boa ocasião para recordar que, nas últimas décadas, os salários em Portugal não têm acompanhado a produtividade, como o Paulo Coimbra tem sublinhado. Ouvimos frequentemente dizer que "é preciso criar riqueza para depois distribuir", mas o que tem aumentado é a desigualdade na distribuição funcional do rendimento."

Vicente Ferreira

Viva o 1º. de Maio

Foi há 50 anos. 
Naquele já longínquo 1º de Maio de 1974, pela primeira vez, celebrei O DIA DO TRABALHADOR, em Liberdade. 
Tinha 20 anos de idade. Na verdura e ingenuidade dos meus 20 anos, acreditei na Liberdade recentemente conquista, na Democracia e nos Portugueses.  
O 1.º de Maio de 1974, levou milhões de portugueses às ruas. 
Celebravam a Liberdade e a possibilidade de uma mudança económica e social que, afinal, continua por concretizar... 
Esses milhões de portugueses foram os verdadeiros protagonistas do primeiro 1.º de Maio, depois do 25 de Abril! 
Passaram 50 anos. Portugal entrou numa nova fase da sua já longa existência de nove séculos enquanto Estado independente e reconhecido como tal. 
Em Abril de 1974, um golpe militar desencadeado por um setor mais activo e consciente de umas Forças Armadas, física e moralmente exaustas com 13 anos de uma Guerra Colonial sem fim à vista, que não fosse o da derrota face aos movimentos de libertação das colónias africanas, derrubou uma longa ditadura de 48 anos e devolveu ao País a liberdade e uma esperança no futuro. 
Muito se tem dito, escrito, filmado e narrado, sobre essa que é a data capital da segunda metade do século XX português (as da primeira metade correspondem à Implantação da República, ao 5 de outubro de 1910, e ao golpe do 28 de Maio de 1926, que impôs a ditadura). 
50 anos depois avançámos muito. Porém, os portugueses foram-se deixando levar por oportunistas que, recorrendo à mentira sistemática, tomaram o poder para destruir as conquistas de Abril. 
No ar, pairam fantasmas ameaçadores de um saudosista regresso ao passado. 
Espero que os portugueses, hoje, consigam vir para rua gritar, sem qualquer problema: viva a Liberdade, viva a Democracia, viva o 25 de Abril, viva o 1º. de Maio!
De recuo em recuo já chegámos aqui, de novo: ao rico tudo é permitido. Não há direitos para o pobre. O Estado esmaga o oprimido. O crime do rico, a lei o cobre!..