Via Diário as Beiras
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 19 de junho de 2021
Ora cá está um problema que deve colocar a Figueira em estado catatónico!..
Mesmo que o Movimento ainda não esteja formalmente constituído, alguém acredita que o painel vai ser removido?
Imagem via Diário as BeirasAlguém aceitaria que um Movimento liderado por um advogado, ex-lider do PSD, ex-primeiro ministro de Portugal, ex-presidente de duas Câmaras Municipais (Figueira ad Foz e Lisboa) estivesse a cometer ilegalidades?sexta-feira, 18 de junho de 2021
A pandemia tabém serve para isto...
«Neste momento, não temos resposta para estes casos», afirmou o administrador da Figueira Domus, Rui Duarte, ao DIÁRIO AS BEIRAS.
A solução não passará pela construção de novas urbanizações de habitação social, mas sim por alternativas que promovam a inclusão e combatam a estigmatização, advogou o vereador Nuno Gonçalves. «Não faz parte da estratégia actual a construção de novos empreendimentos.»"
12 anos de poder autárquico, não chegaram para nada. Os problemas subsistem. Existem e estão por resolver. Quem quer ver a realidade vê. Quem deveria ter actuado, não actuou. Os figueirenses é que têm de decidir o que querem. Mais do mesmo, ou outra coisa?
Se o poder que está em funções não quis (ou não conseguiu) enfrentar os problemas, um dia outro vai ter de os enfrentar. Na habitação social e em todos os os outros sectores. A alternativa é continuar a definhar.
É para isso que servem os actos eleitorais: para o debate e o confronto democrático, na busca das melhores escolhas para encontrar as melhores soluções.
Importante seria também que a democracia funcionasse para isso.
Em período de campanha eleitoral a malta entusiasma-se...
Autarquia da Figueira da Foz lança campanha para promover o turismo
Imagem sacada daqui |
São mais oito “regras” a seguir, além daquelas que são definidas pela Direcção Geral da Saúde: “Babete ao peito para marisco a preceito”, “Surf à maneira? Vem à Figueira!”, “Caminhadas em beleza? Aventura-te na natureza!”, “Com 30 km de areal, procura o spot ideal!”, “Com tanta animação de rua, a noite é toda tua!”, “Com o barco na marina, diz adeus à rotina!”, “Passear na marginal é fundamental!”, “Espaço sem fim, segurança para ti e para mim!”
terça-feira, 15 de junho de 2021
Santana pode ser uma utilidade...
O melhor que a Figueira pode ter, neste momento, é mesmo ver os pretensos candidatos irem-se chegando à frente. Está a chegar a hora de darem o corpinho ao manifesto. Agora, já é tarde para recuarem. Um pião testa-se rodopiando. Os peões testam-se e são sacrificados e comidos pela rainha.
Santana tem todo o direito de querer ser presidente da República.
Santana tem todo o direito de dizer que foi dos primeiros a avisar que continua a andar por aí. Pelo menos, até 2026.
Santana tem todo o direito a dizer que o PSD vai estar melhor, distraído com ele, do que contraído com Rui Rio.
Santana tem todo o direito a usar a demagogia e os seus amigos na comunicação social nacional para fazer ruído.
A putativa candidatura de Santana Lopes à câmara da Figueira da Foz pode ser útil a António Costa e ao PS. Carlos Monteiro pode ser o sacrificado. Mas, o que vale a Figueira e Carlos Monteiro perante os interesses de António Costa e do PS nacional?
Santana, se for candidato e se for eleito presidente da câmara da Figueira da Foz, vai ser um factor de desestabilização dentro do PSD, mais concretamente à actual liderança de Rui Rio. Se não for eleito, vai continuar a andar por aí...
Isso interessa a quem? Acima de tudo ao PS e a António Costa.
E perguntarão vocês: e Pedro Machado?
Pedro Machado ao fazer o sacrifício de se candidatar não teve, nem tem, nada a perder. Se ganhar, vai ser presidente de câmara. Ponto final.
Com a idade que tem, depois de 2 mandatos como deputado tem o problema dele resolvido.
Anda para aí uma crispação dos diabos na bolha política figueirinhas.
Não se preocupem: vai acabar tudo bem. Como sempre, para alguns. Aconteça o que acontecer em outubro próximo. Tenho pena é dos ingénuos que não se importam de ser idiotas úteis. Politicamente falando, claro.
"Legalidade"? "Estado de Direito"? "Erosão costeira"? Está bem abelha: estamos em Portugal...
O Diário as Beiras está de luto
António Madeira Teixeira, fundador e presidente do Conselho de Administração da Fapricela, também presidente da Assembleia Geral da Sojormedia Beiras, empresa detentora do DIÁRIO AS BEIRAS, morreu na noite do passado domingo.
COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL
O Fundo Azul e os fantasmas da “bazuca”
Via Jornal Público
segunda-feira, 14 de junho de 2021
Viva o comboio
«A CP tem feito grandes progressos e muitos deles têm-se traduzido da maneira mais palpável: em novas viagens que podemos fazer. Quem é que consegue resistir, por exemplo, a ir de comboio da Figueira da Foz até Valença do Minho?
Se calhar, o meu amor por comboios deve-se ao facto de termos ido muitas vezes de comboio para férias — até para a Figueira da Foz.»
O arraial da descredibilização
Porque é que a mudança é necessária na Figueira
Foto via Luís Pena |
É banal ouvir dizer: “todos os anos deveria haver eleições”.
Todavia, meia dúzia de anos depois do 25 de Abril, a cada vitória do PS, até 1997, de 1997 a 2009, do PSD, e daí para cá, novamente do PS, os vencedores a primeira coisa que afirmam é que os figueirenses legitimaram pelo voto democraticamente expresso a sua estratégia.
Com este argumento nunca se corrigiram. Resultado: A Figueira e o concelho foram decaindo.
As vitórias socialistas locais só fizeram a Figueira perder importância no País. O mesmo se pode dizer das 3 vitórias do PSD.
Por isso, é importante que algo mude em Outubro próximo. Estou em crer que uma derrota do PS em outubro traria mudanças. Mais do que as 3 vitórais que aconteceram de 2009 para cá.
Uma derrota deste PS figueirense causaria mudanças: no interior do PS e na governação do concelho.
Na Assembleia Municipal, dada a maioria absoluta, a norma do PS é rejeitar qualquer protesto da oposição.
Quem acompanha o trabalho deste órgão, verifica facilmente que isso não beneficia ninguém, como se viu recentemente num lamentável e triste episódio que envolveu o presidente da Asembleia Municipal e a bancada do PSD.
Por outro lado, a conduta deste presidente de câmara por sucessão, não foi sempre de louvar. Talvez por insegurança ou medo, em vez de tentar unir todo o elenco camarário à sua volta para ter mais força reivindicativa, preferiu outro caminho. Assim só se enfraqueceu perante o Governo. Os atrasos na resolução dos casos da erosão costeira, da linha do oeste (troço Figueira/Caldas da Rainha), das obras do porto e barra e a melhoria do piso da 109, falam por si.
Um verdadeiro líder não agia sozinho. Saberia amarrar os seus adversários ao compromisso de unir esforços para resolver problemas estruturais ao desenvolvimento concelhio.
O medo e insegurança, não são bom conselheiros.
O nervosismo, aliás, é visível na conduta do actual executivo
Em política não há milagres: a obra acelerada, mal planeada e mal pensada, dá o resultado que está à vista de todos.
Os líderes não mostram receio, não segregam, nem censuram: só os fracos líderes usam esta estratégia.
Gostaria de ver a Figueira governada por gente diferente. Com capacidade de liderança, sem medo, sem censurar ou criticar quem manifesta opinião e sem as fragilidades mostradas pelos responsáveis pela condução da Câmara dos últimos anos. Queria um Presidente que pensasse bem os investimentos. Um líder capaz de pôr ao seu lado os adversários para reforçar o poder reivindicativo do concelho, alguém que recuperasse do tempo já perdido e fizesse avançar a Figueira no todo nacional. Desejaria ver a partir de Outubro gente não comprometida com a subserviência e com coragem política na condução dos destinos da Figueira.
Como é obvio, respeitarei qualquer resultado das próximas autárquicas.
No entanto, se dependesse de mim, optaria pela mudança.
Há momentos, em que a exigência é a ruptura que nos conduza à mudança, sem ambiguidades, jogos de bastidores, nem cartas escondidas na manga.