terça-feira, 9 de julho de 2019

A real e autêntica influência do OUTRA MARGEM



Este blogue tem uma audiência residual. É, notoriamente, incapaz de, sequer, ter influência na escolha de  uma junta de freguesia. É visitado, lido e consumido por um público já politizado que vem à procura de informação  e divertimento.
Da minha Aldeia, com as minhas limitações, consigo ver apenas o quanto da terra se pode ver no Universo limitado em que me movo.
Ninguém é melhor ou mais perfeito, por ter medo de olhar a realidade e calar. Já dei sangue e fui à missa aos domingos. Já fiz voluntariado. Já acreditei nos políticos, nos padres e nos santos. Isso, não fez de mim  melhor pessoa do que sou hoje. Não é por ser herói, ou vítima, que se é melhor.
Importante, é lutar -  ser lutador e sobreviver.
Ninguém é melhor por não pensar, não questionar, não beber, não fumar ou não foder.
Quem assim faz, o que anda cá a  fazer?
Mas, estejam descansadas as almas penadas e aflitas: este blogue tem uma audiência residual.  É incapaz de, sequer, ter influência na escolha de  uma junta de freguesia. É visitado, lido e consumido por um público já politizado que vem à procura de informação  e divertimento.

Porém, uma das constatações dos últimos tempos, é que as árvores, o ambiente e as alterações climáticas são um tema relevante. Para o bem de todos, é melhor que se comece a perceber isso...Também na Figueira da Foz.

Amanhã na Praça Velha


Somos tão paroquiais...

A oitava edição do RFM SOMNII registou uma das maiores enchentes da sua história enquanto festival, contabilizando um total de mais de 130 mil pessoas durante os três dias de festival no recinto.
“A organização pensa ter atingido o objectivo inicial a que se tinha proposto de conjuntamente com a cidade de chegar aos 200 mil visitantes. Uma programação, inovação de espaço e variedade cultural ainda mais ambiciosa, cujo sucesso se traduz em números e nas reacções positivas , garantido uma linha claramente ascendente em relação às edições anteriores do evento e maior diversidade musical”, afirmou a organização em comunicado.

Da série, depois do "lixo", uma bênção para os ouvidos...

Hoje só me apetece passar música...


Foge cão que te fazem barão. Para onde se me fazem visconde?"
- Almeida Garrett

Depois do "lixo", uma “bênção” para os ouvidos...









Espero que tenham gostado.

Sectarismo, voluntariado, generosidade, contradição e preço...

Há uma categoria de sectarismo que passa, simplesmente, por ignorar ou desprezar o passado. 
Porém, todos caminhamos sobre o passado: é bom lembrá-lo e respeitá-lo.
Chegámos depois de outros e o que aprendemos foi com eles.
Se cada pessoa tivesse começado do zero, seria nada.
Um bom conselho contra o sectarismo: não atravessem a rua sem olhar para os lados.


Entendo o voluntariado e a generosidade como algo recompensador por si só.
Isso, para um altruísta, basta.
Do altruísmo, nenhuma recompensa, de qualquer espécie, se deveria esperar. 

O altruísta tem valores, não tem preço.
Há quem, porém, se não for retribuído, se apresse a reagir. E a falar de ingratidão.
Aqui reside a contradição.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

"Os Donos da Figueira"...


Uma crónica de Rui Curado da Silva,  investigador em Física. Escreve semanalmente às segundas no LUX24.

António Calvete: foi apanhado esta semana com quase um milhão de euros em barras de ouro e notas do Banco Central Europeu escondidas dentro das paredes e de um vão de um jacuzzi. Nem num filme de série B se escrevem guiões tão rebuscados como as histórias reais com que nos brinda o administrador do grupo GPS. Estas buscas enquadram-se em suspeitas de que os administradores da GPS se tenham apoderado para seu uso pessoal de 30 dos 300 milhões de euros que receberam no âmbito de contratos de associação. António Calvete financiou várias campanhas eleitorais a órgãos autárquicos, mas também a eleições de concelhias na Figueira.
Aprígio Santos: o império  afundou-se com as crises dos BCP e BPN, com os credores a reclamarem cerca de 600 milhões euros ao empresário figueirense. Pelo meio conseguiu afundar um clube centenário como a Naval 1º de Maio.
Domingos Silva: geriu o Casino da Figueira, uma instituição rentável, como se estivesse a dar prejuízo (que era o caso do grupo a que fazia parte). Cortou nos trabalhadores, cortou nos espectáculos, afundou o jornal Figueirense e só não fez pior porque não o deixaram. Felizmente abandonou o barco e hoje o Casino da Figueira é uma instituição muito mais arejada. 
Paulo Pereira Coelho: arguido já em 2009 no processo de licenciamento do projecto imobiliário da Ponte do Galante na Figueira da Foz e que teve o seu nome envolvido noutras investigações desencadeadas na região Centro foi, na minha opinião, o que melhor se safou, escapando entre os pingos da chuva. Depois de uma retirada estratégica para Angola, soubemos recentemente que teve influência nas escolhas autárquicas de 2017 da concelhia do PSD (será que continua com influência?) e até apareceu num programa da bola de um canal de um clube em 2018.  


Dez (10) anos volvidos, é irónico constatar o destino de cada uma destas personagens. Estes casos demonstram que não há inevitabilidades e que, mal ou bem, a justiça vai fazendo o seu trabalho.
A política figueirense não é um mimo, mas pelo menos libertou-se da sombra de alguns tubarões. Mas não dormimos. Outros interesses e outras ambições que nada tem a ver com o interesse da cidade terão oposição.

Estes, querem continuar a gozar com a maioria dos portugueses...

Rio promete que vai a baixar carga fiscal e aumentar o investimentoRio promete baixar o IRS a salários até €3.000 e reduzir o IRC para 17% até 2021.

O líder do PSD anunciou  sexta-feira passada que o programa com o qual pretende concorrer às legislativas de 6 de outubro, prevê uma redução da carga fiscal, tanto para as empresas como para as famílias. As medidas anunciadas pelo presidente dos sociais-democratas totalizam 3,7 mil milhões de euros.

Para as empresas, a “medida mais relevante” prometida por Rui Rio passa pela diminuição da taxa de IRC, passando dos actuais 21% para os 19% em 2020, até chegar a 17% em 2023. “Esta redução gradual significa que iremos cobrar menos 1.600 milhões de euros de IRC para as empresas”, disse o social-democrata. 


Cristas garante que CDS vai continuar a defender redução da carga fiscal no interior do país.

A presidente do CDS defendeu sábado passado, em Ponte de Lima, que o país “não pode andar a duas velocidades” e por isso o partido vai continuar a “defender” a redução de impostos para pessoas e empresas no interior. 
“Da parte das políticas nacionais há que olhar para todo o território, para serem criadas oportunidades em todo o território porque achamos que não pode haver um país a duas velocidades, nem um país abandonado e esquecido”, disse Assunção Cristas.

Há momentos, em entrevista à Renascença, Costa promete cortar nos impostos sobre o trabalho...

O primeiro-ministro, António Costa, garante que um novo governo PS vai cortar nos impostos sobre o trabalho.
"Vamos continuar a prosseguir a trajectória de diminuição dos impostos sobre o trabalho como tem acontecido ao longo desta legislatura. A classe média em particular precisa de poder continuar a ter um alívio fiscal importante para além da eliminação da sobretaxa, para além da aplicação dos novos escalões de IRS que já fizemos", diz o chefe do Governo.
Nesta entrevista, Costa sublinha que "este ano, os portugueses pagaram menos mil milhões de euros de IRS do que teriam pago com os meus rendimentos em 2015" e que, se for reeleito, a "trajectória de redução dos impostos sobre o trabalho vai seguramente prosseguir".
Na mesma entrevista o primeiro-ministro reconheceu que os salários têm de subir, tanto no público como no privado, mas garantiu que o futuro Governo não vai por em causa as contas públicas.
Costa mantém a recusa em pedir uma maioria absoluta ao eleitorado e não fechou a porta ao estabelecimento de um novo acordo com os partidos à esquerda do PS.
No balanço da legislatura prestes a chegar ao fim, Costa diz que "correu bem". Desafiado a atribuir uma nota à chamada "geringonça", o primeiro-ministro atribui nota "bom".

O caso do processo da urbanização do Montalto e a contradição do advogado e vereador Dr. Carlos Tenreiro

Acusação do processo Montalto recorre para o Supremo

"A queixosa do processo da urbanização do Montalto, em Buarcos, desde 2007 nos tribunais, vai recorrer do acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra, que, em junho deste ano, confirmou a decisão do Tribunal da Figueira da Foz.
A primeira instância, recorde-se, absolveu os arguidos, dois antigos quadros superiores do Departamento de Urbanismo da câmara, Mário Maduro (ex-diretor) e Ana Brilha (ex-chefe de divisão).
“O Tribunal Penal entendeu não se pronunciar sobre diversos aspectos do processo, por ser matéria do Tribunal Administrativo”, afirmou Verónica Mendes, advogada da queixosa, ao DIÁRIO AS BEIRAS, avançando que vai recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça.
Além dos dois técnicos da autarquia, foram ainda arrastados para o processo o construtor e vários proprietários de habitações. O mesmo aconteceu ao ex-presidente da câmara Duarte Silva, que faleceu a 1 de abril de 2011, em França, no dia em que foi feita a acusação pública, deixando pois, naquela data e na sequência do óbito, de ser arguido."
Hoje, na edição impressa do Diário as Beiras, Carlos Tenreiro, que foi advogado do falecido autarca e representa Ana Brilha no processo, esclareceu que não presta declarações sobre processos cuja decisão ainda não transitou em julgado. 
Mário Maduro, por sua vez, não quis pronunciar-se sobre o assunto.
Recorde-se, porém, como se pode elr na imagem acima, que na qualidade de vereador, numa reunião de câmara Carlos Tenreiro anunciou a absolvição dos arguidos, destacando Duarte Silva. E publicou no Facebook a notícia que avançara no órgão autárquico, onde pode ler-se: “Fico com a ideia que o referido processo, iniciado através de denúncia anónima, foi mais uma das muitas patifarias [de] que o engenheiro Duarte Silva foi alvo no período de tempo que exerceu o mandato e que a presente decisão judicial traduz-se, decerto, numa má noticia para os patifes que por aqui continuam a gravitar”.
Há aqui algo de contraditório no comportamento do Dr. Carlos Tenreiro: numa reunião camarária e no facebook o advogado, fez comentários contundentes.  
Neste momento, segundo o jornal Diário as Beiras,  já não faz alegando que o processo ainda não transitado em julgado... 
Eu, que nada percebo de leis e pouco mais sei que ler e escrever, não consigo entender... O que mudou entretanto?...

Da série "os figueirenses gostam de ser gozados?.."

Os figueirenses gostam de ser gozados?..

domingo, 7 de julho de 2019

Depois de fazerem as contas, contem como correu...

Imagem sacada daqui.
"Entre público do festival e visitantes, o concelho deverá ser inundado por cerca de 200 mil pessoas!..
Esperamos a maior assistência de sempre [acima das 100 mil pessoas]. É garantido que vamos ter casa cheia. As vendas de bilhetes nos últimos dias têm sido muito grandes, mais do dobro do ano passado”, disse Marco Azevedo, da Sociedade Lusa de Espectáculos, empresa do grupo Braver, promotora do Somnii."

Via Diário as Beiras

Estratégia é uma palavra que me diz muito.
Entendo estratégia como a  arte de planear.
Se durante anos, este tipo de acontecimento apenas funciona porque está ligado à câmara da Figueira, há-de chegar o dia em que terá de ficar associado apenas  à empresa. Isso,  tornaria mais fácil avaliar os resultados desta estratégia na economia local.
O que, em tese, seria positivo. Ao contrário das empresas, por mais endividada que esteja, uma câmara não vai à falência.
A falência deste projecto, isto é a sua extinção, daria para perceber o óbvio: a morte é sempre uma grande professora.
Só assim seria possível apurar as contas...

“Portugal é o país que menos cumpre as recomendações do Conselho da Europa contra a corrupção”.

 Haverá corrupção no combate à corrupção?

"Por muito que nos tentem convencer do contrário, Portugal é um país onde a corrupção está enraizada nas diferentes estruturas da sociedade, dos serviços públicos às empresas, passando pelas autarquias, onde o compadrio grassa, e, claro, pelas estruturas de poder instaladas em Lisboa. E não, não é um problema inerente à democracia. Em ditadura foi igual, com a vantagem de ter ao seu serviço a censura, que impedia o debate e o acesso que temos hoje à informação."

Nota:
Título sacado daqui.

João Gilberto (1931-2019), «O Barquinho»


O POVO E A FESTA DE S. PEDRO 2019

Álbum de João Pita.

sábado, 6 de julho de 2019

Máquina de fazer dinheiro

Via Diário as Beiras

"Aparentemente voltámos ao despesismo municipal. Os apoios às Festas, as obras sem fim, a renovação de balneários de praia a preço de ouro ( 90 mil Euros), a antevisão de complexos desportivos, piscinas, aumento da fatura energética, privatização de serviços, transferências a granel para as Juntas de Freguesia,…etc., fazem-nos pensar que vivemos numa época folgada. O futuro tem como limite temporal as próximas eleições. Isto, apesar de a Câmara ainda ter uma enorme dívida financeira a pagar. Acrescenta-se o atraso local em termos de sustentabilidade física, no sentido ambiental, populacional e económico.
É claro para os mais atentos que o despesismo só é possível porque ainda temos o “ouro do Brasil”. Ou seja, os Fundos Comunitários que os contribuintes alemães, suecos, franceses,… generosamente nos atribuem para que possamos subir no patamar do desenvolvimento. Mas, certamente que não irá durar para sempre, toda esta bonomia – baixas taxas de juro – perante os já sobreendividados portugueses.
João Ataíde, o ex-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, ficou conhecido pela forma racional como geriu as finanças. Estancou a dívida e as absurdas despesas herdadas dos executivos anteriores. Agora que Ataíde deixou de ser o timoneiro, o que acontecerá? Irá Carlos Monteiro seguir a mesma rota, ou como parece, reeditar o estilo do PSD ( 1997-2009 ) e gastar o que tem e não tem? Terá alguém ponderado no Executivo que se oponha as despesas sumptuosas que nada contribuem para a sustentabilidade do concelho?"

Aproveitem esta recordação: sobretudo, olhem devagar...

Este local era belo.

Perdoai-lhes, porque eles não sabem o que fizeram.
Vou querer acreditar que tudo não passou de uma piada de muito mau gosto. Deus, se existir, já que eles, os tais que não souberam o que fizeram são incapazes disso, deve-nos um pedido de desculpas.
Não foram anormais que fizeram isto. Foram apenas imbecis.
De outro modo, todos os normais não seriam imbecis...

Cartaz 2019 das Serenatas do Mondego: António Pinto Basto (10), Fernando Marques Ensemble (17), Toada Coimbrã (24) e a figueirense Adelaide Sofia

Foto via Município da Figueira da Foz
A edição 2019 das Serenatas do Mondego, a quinta, começa no dia 10, quarta-feira. São quatro espectáculos com entrada livre. Vão decorrer sempre à quarta-feira, pelas 22H00, na Baixa da cidade. Até 31 deste mês, vai acontecer fado de Lisboa e canção de Coimbra nas praças General Freire de Andrade e 8 de Maio, igreja matriz de São Julião e mercado municipal.
O programa abre com António Pinto Basto (10), seguindo-se Fernando Marques Ensemble (17), Toada Coimbrã (24) e a figueirense Adelaide Sofia (31). 
O cartaz junta duas gerações de fado de Lisboa e Coimbra, que se reflectem na tradição e na inovação, como realçou, na apresentação do evento, Ricardo Santos, da Sociedade Filarmónica Dez de Agosto, colectividade que, com o apoio da Câmara da Figueira da Foz, organiza as Serenatas do Mondego. Aquele dirigente associativo disse ainda que, ao cabo de cinco anos, as Serenatas do Mondego são “um projecto consolidado”.
O anfitrião sublinhou, também, que o evento tem por finalidade levar pessoas à Baixa da cidade. As Serenatas do Mondego também se fazem ao ritmo dos pincéis dos artistas plásticos da associação Magenta, que fazem pintura ao vivo durante os espectáculos. As obras inspiradas pelo fado de Lisboa e Coimbra e pela envolvente arquitetónica serão expostas em setembro, num local a definir.

O vereador Nuno Gonçalves, na apresentação, que partilhou, também, com Adelaide Sofia e o presidente da Junta de Buarcos e São Julião, José Esteves, frisou que as Serenatas do Mondego são “uma marca impactante para a Figueira da Foz”. Por outro lado, defendeu que “os eventos têm de ser sustentáveis e perdurar no tempo”, como está a ser o caso daquela iniciativa da referida colectividade centenária. 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Para começar não está mal...

Actuação de Mastiksoul no festival Somnii cancelada por “razões alheias” à organização... 

A actuação do dj e produtor Mastiksoul no festival RFM Somnii, que decorre entre hoje e domingo na Figueira da Foz, foi cancelada por razões alheias à empresa promotora do evento, anunciou a organização.
Em comunicado enviado à Lusa, a Sociedade Lusa de Espetáculos (SLE), empresa do grupo Braver, promotora do Somnii, informa que “por razões alheias a si mesma, não encontrou reunidas as condições para a apresentação e realização do espetáculo do artista Mastiksoul”.
Este motivo, adianta, levou ao cancelamento da actuação do dj e produtor nascido em Angola e que reside em Portugal há vários anos.
Mastiksoul chegou a ser anunciado como um dos artistas previstos para actuar sábado no palco principal do recinto instalado no areal da praia do Relógio.
Todavia, parece que não é bem assim...
Via Mastiksoul

"Até o Padre ajudou"!..

Crónica no Diários as Beiras