sábado, 26 de janeiro de 2019

Portugal


Nota de rodapé.
Fernando Pessoa,  em vida, teve pouca sorte. Viu os seus muitos e melhores poemas serem ignorados, troçados ou vigorosamente criticados e sempre pelas más razões. Concorreu a um único prémio e a sua excelente “Mensagem” ficou atrás de um livrinho tosco, desinspirado mas “amigo” das entidades premiantes ou de quem elas dependiam. A sua vida privada foi, também ela, banal e nem a paixão pela bela Ofélia o salvou do celibato.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

"E TUDO PODIA TER SIDO MUITO MAIS FÁCIL (PARA MIM)"....

Fica o exemplo, neste caso mau...

O potencial reside no Cabedelo actual. A obra é mutável e evolutiva. Façam o que fizerem dele, o egoísmo vai-nos encaminhar para o altruísmo, sob pena de desaparecermos. Todos. O Cabedelo e nós.

Vem aí o depois da Figueira das hiper-mercearias...

Recordo-me da Gala e Cova, no tempo em que os moradores se abasteciam diariamente em pequenas mercearias ou no  Mercado improvisado da Remígo Falcão Barreto, onde os pequenos agricultores das freguesias vizinhas, tinham um sítio para esgotar os seus produtos.
Na Aldeia onde cresci, havia 3 ou 4 tabernas e um café na Gala e outro na Cova, que eram pontos de encontro que proporcionavam uma socialização informal e espontânea que punha em contacto os homens de diferentes gerações. 


A Figueira era então uma  cidade com lugares cheios de vida colectiva onde se reproduziam velhos costumes pré-capitalistas, como a comunicação directa e livre entre as pessoas.
Quem não se recorda das multidões a fazer "piscinas" no Picadeiro?
Depois, fomos assistindo ao desmoronamento progressivo do Bairro Novo e à reconfiguração capitalista da geografia e da sociedade urbana, num processo que, como um terramoto, abalou e destruiu a Figueira, cidade e concelho,  tal como a conhecíamos. 


O que se perdeu não foi apenas a parte visível: as redes de convívio, solidariedade e partilha. Foi também o acesso a uma paisagem repleta de história, essencial para a construção da memória, bem como a uma sólida vida cultural, ancorada nessa paisagem e construída ao longo de gerações em torno da cultura vivida nas colectividades, cafés, tabernas e ruas.


Quando a mercadoria vedeta da sociedade do espectáculo, o automóvel,  atingiu no imaginário colectivo o estatuto de  símbolo maior de prosperidade e emancipação individual, começou a ser posto em prática um novo desenho das cidades.
Estas foram integradas numa ampla rede de mobilidade - as circulares externas na Figueira são um exemplo -  ao mesmo tempo em que nas periferias surgiam pólos comerciais, empresariais e residenciais, totalmente subordinados ao automóvel. 


As velhas cidades, sem condições para a circulação e o estacionamento em massa, tornaram-se rapidamente obsoletas. Habitá-las deixava de constituir uma vantagem para a maioria da população, dado que toda a oferta, à excepção da cultural, se transferira para fora delas.
Foi assim que, no espaço de uma geração, se desertificaram as cidades deste país.
A Figueira, entre tantas outras, embora com algum atraso, sem dar por ela, também  está a sucumbir à nova organização capitalista da geografia urbana, com o shopping, o hipermercado e o automóvel à cabeça de um vasto território que, pela primeira vez na história urbana, não incluía lugares que promovessem o convívio nem a  partilha.
Neste momento, na Figueira, o que se reproduz é o egoísmo,  a divisão, a passividade.
O que restava da Figueira, que a minha geração conheceu, está a ser pulverizado perante os nossos olhos.

Mas, se há  trinta anos era lucrativo arruinar as cidades, transferindo as suas dinâmicas de emprego, habitação ou comércio para novos locais fabricados à pressa na periferia onde, sem obstáculos, o capital mais rapidamente encontrava formas eficazes de se multiplicar, agora esse mesmo capital pretende reocupar as ruínas que ele próprio gerou – e onde se haviam entretanto instalado formas de vida minoritárias, por vezes marginais.


Com a redescoberta burguesa dos encantos da velha cidade, subitamente investida de prestígio e glamour, tornou-se urgente encontrar estratégias para a sua requalificação e revalorização.
Encontramo-nos agora numa fase da configuração capitalista do território urbano em que as cidades reentraram em grande na agenda do investimento público.
É  que está a acontecer na Figueira. E não só na área do turismo, dado que as transformações radicais da oferta comercial visam também os residentes locais.
Depois da Figueira das hiper-mercearias vem aí a Figueira dos shoppings...

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Figueira, terra de fitas e de artistas... (ii)

Autarquia falará sobre festivais de cinema

“O presidente da Associação Conquista Panorama, Luís Ferraz, que ficou de se pronunciar ontem sobre a realização de dois festivais internacionais de cinema de 5 a 15 de setembro no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz (ver edição de ontem), declarou que falará sobre o assunto dentro de dias. Aquela associação e a Fila K Cineclube, esta através de Luís Albuquerque, antigo líder da Conquista Panorama e mentor do Festival de Cinema Figueira Film Art, recorde-se, anunciaram os dois eventos para aquele equipamento municipal e para a mesma data. Contudo, apenas deverá ser realizado um dos eventos. O Figueira Filme Art realiza-se desde 2014, numa tentativa de fazer regressar à cidade o gosto pelo cinema, estimulado pelo aclamado Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz, extinto no início dos anos 2000. A Conquista Panorama propõe-se realizar o Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz Film Art. A Fila K, por seu lado, pretende avançar com o Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz.

Apanhados de surpresa
Ao que tudo indica, o que está na origem da “sessão dupla” é um desentendimento entre os dois “Luíses”. O DIÁRIO AS BEIRAS apurou que a divisão de Cultura da autarquia foi apanhada de surpresa pelo anúncio dos dois festivais. Contactado por este jornal, o gabinete da presidência da câmara fez saber que, “em tempo oportuno, a autarquia pronunciar-se-á sobre este assunto.”

Retirada da confiança política aos vereadores Tenreiro e Babo vai acabar no tribunal?..

Imagem DIÁRIO DE COIMBRA
* Carlos Tenreiro e  Miguel Babo,  “deixaram de representar o PSD” na passada segunda-feira.

* Concelhia da Figueira da Foz do PSD realizou ontem uma conferência de imprensa para esclarecer o processo que conduziu à retirada da confiança política aos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo.
 

* Ricardo Silva, que acumula o cargo com o mandato de vereador, afirmou que a intervenção daqueles dois autarcas na reunião de câmara da passada segunda-feira pautou-se pela “desonestidade intelectual” e que proferiram “um rol de mentiras e calúnias”.

* Ricardo Silva: “mais vale o PSD ter só um vereador do que ter três e dois deles a difamarem o partido”.

* “Os vereadores estavam a par de tudo. Nunca expuseram os seus problemas ao partido”, afirmou Ricardo Silva na conferência de imprensa de ontem, recorrendo à exibição de documentos internos.

* Sobre o método da comunicação da retirada da confiança política, Ricardo Silva defendeu que “o partido cumpriu com a formalidade”, ao informar João Ataíde.

* Na época do Natal, os dois vereadores receberam uma carta registada da Concelhia na qual foram confrontados com duas hipóteses: ou renunciavam ao mandato ou ser-lhe-ia retirada a confiança política. 


* “Não nos foi colocada qualquer questão ou pedida reunião sobre o assunto”, garantiu  o presidente da Concelhia.

* Teotónio Cavaco, coordenador da equipa que elaborou o programa eleitoral, vice-presidente da Concelhia e líder da bancada do PSD na assembleia municipal, afirmou que não encontra no documento as bandeiras defendidas pelos dois antigos autarcas do PSD. Nomeadamente, a defesa do estudo do bypass de areias e a recente proposta de criação da Polícia Municipal. Acerca do último assunto, a Concelhia afiançou que não foi tida nem achada.

Acusou ainda Tenreiro e Babo de "terem aprovado o aumento da água".

* Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, Carlos Tenreiro afirmou que solicitou a acta (documento interno do PSD) da reunião da Concelhia e da Distrital do PSD na qual foi decidida a retirada da confiança política. O vereador garantiu que não obteve resposta.

* Ricardo Silva garantiu que foram enviados todos os documentos solicitados.

* “Vou a todas as reuniões para que sou convocado, e àquelas que não posso ir, justifico a minha ausência, antecipadamente. Nunca recusei reunir-me com a Concelhia”, acrescentou Carlos Tenreiro.

* “O partido esteve sempre aberto ao diálogo”, garantiu Ricardo Silva.

* “Nunca fomos abordados pessoalmente sobre a retirada da confiança política. Não responderam ao pedido de adiamento da reunião [da Concelhia e da Distrital] e não responderam ao pedido do envio da acta”
(documento interno do PSD), declarou Miguel Babo ao DIÁRIO AS BEIRAS.

 * Miguel Babo: “Tenho dúvidas quanto à legitimidade do documento enviado pela Concelhia do PSD ao presidente da câmara”.

* O DIÁRIO AS BEIRAS sabe que os dois autarcas vão recorrer aos meios legais para apurar a legalidade da missiva, ao ter sido enviada sem a respectiva acta (documento interno do PSD) que sustenta a decisão. 
Via DIÁRIO AS BEIRAS

32.ª Festa da Sardinha realiza-se de 7 a 9 de Junho, no parque de estacionamento (coberto), da Praça do Forte

A Associação Recreativa Malta do Viso vai realizar a 32.ª Festa da Sardinha de 7 a 9 de Junho, no parque de estacionamento (coberto), da Praça do Forte. 
A decisão foi tomada numa reunião em que se sentaram à mesa a direcção da associação, o vice-presidente da autarquia Carlos Monteiro e a chefe de Divisão da Cultura Margarida Perrolas. «Sabendo que já não havia pavilhão multiusos» (no Parque da Avenida de Espanha), uma vez que foi retirado para a zona da Várzea para serviços da autarquia), «marcamos reunião para propor a data e deixamos ao critério da Câmara, a localização», explicou, Carlos Baptista, presidente da associação.
A organização considera fundamental que o recinto do evento seja devidamente lavado, desinfestado e dotado de mais iluminação.
A entrada passa a custar cinco euros – subiu 50 cêntimos -, “para facilitar os trocos”, mas inclui a oferta do café, que era pago à parte.
O menu constará de sardinhas, caldo verde, broa, uma bebida e café. As sobremesas e os digestivos são pagos à parte. A animação musical também faz parte da “ementa”.

10 de Junho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Mártir é o desastrado que tropeçou quando todo mundo correu... Herói é o desastrado que correu pro lado errado...

"Mudança de ciclo no Casino Figueira"...

Fernando Matos
"A administração liderada por Fernando Matos voltou a juntar os parceiros de negócios do Casino Figueira num jantar anual que havia sido interrompido durante mais de 10 anos. O gestor fez o balanço positivo de dois anos e garantiu que está “extremamente otimista” de que a concessão da licença de jogo será renovada.

Do ciclo que se encerrou, Fernando Matos destacou que a sua administração tentou “retomar o trilho que o Casino Figueira merecia, desde há muito”.

O novo ciclo, esse, será marcado pela renovação da concessão da zona de jogo, por mais 20 anos." 

Nota de rodapé.
Pelo teor da notícia, que respiguei do DIÁRIO AS BEIRAS, parece-me que, mais do que uma "mudança de ciclo", é o retomar das rotinas no Casino da Figueira.

Momento PSD/FIGUEIRA


Esta é a hora de cerrar o punho e serrar fileiras.

"Uma salva de palmas", a propósito do “Sunset”

Via DIÁRIO AS BEIRAS
“Este ano será fomentada uma campanha inédita em conjunto com as entidades oficiais. O nosso sonho é uma praia limpa. Todas as bebidas serão servidas em copos recicláveis”
Anexo um forte aplauso a este avanço civilizacional. Na sequência de maus exemplos passados e respectivas denúncias, fica a garantia que os “factos que apenas pretendem criticar o executivo sem se aperceberem da gravidade do efeito que isso tem” (Mafalda Azenha, 30/7/2018) têm afinal consideráveis efeitos benéficos junto da comunidade.

A realidade da vida...

Figueira, terra de fitas e de artistas...

Dois festivais de cinema na mesma data e local
Via DIÁRIO AS BEIRAS

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A Política na Figueira. E os políticos

Os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo ficaram a saber ontem, na segunda reunião de câmara do ano (a primeira aberta ao público e jornalistas), através do presidente da autarquia, João Ataíde (PS), que a Concelhia da Figueira da Foz do PSD lhes havia retirado a confiança política.

Este “assunto interno do partido”, como frisou Ricardo Silva, presidente da Concelhia “laranja” e vereador, passou a ser do conhecimento público. Foi via dr. João Ataíde, presidente da câmara, ao referir-se à carta que a liderança local do partido da oposição lhe enviara, dando-lhe conta de que havia sido retirada a confiança política a Tenreiro e Babo.

Este não quer ser um blogue apenas de política. Contudo,  os acontecimentos políticos figueirenses, pois isso tem a ver com a nossa qualidade de vida, também desfilam diante do olhar de quem passeia por esta outra margem.
E se são de importância e raros, é impossível ignorá-los. 

Cada vez gosto menos de futebol e o gosto pela política já teve melhores dias. Vi em directo na internet, li os jornais no dia seguinte, falei com várias pessoas… 
Tudo somado, espero por uma clarificação da Comissão Política do PSD/FIGUEIRA.
Não posso aceitar que uma decisão tão importante - a retirada da confiança política a dois vereadores – tivesse sido tomada de ânimo leve pela estrutura política que lidera o PSD na Figueira.

Não concebo que uma decisão desta gravidade tenha sido tomada por sentimentos pessoais ou estados de espírito. Deve ter havido um processo interno, cujos contornos estão por divulgar. Ricardo Silva disse em plena reunião que o “assunto era do foro interno do PSD”

Se nós só temos uma palavra para falar de Política, os ingleses têm três: a Polity (a grande política, ideal e teórica, de princípios, da Constituição), a Policy (a programática, apontada a uma conjuntura, dos governos, dos ministérios, dos empossados para administrar determinado cenário) e a Politics (a vida política, o quotidiano, os posicionamentos de um partido em função do outro, de um político perante o rival, os seus pares e por aí afora).
Na Figueira, pouco mais há que a Politics e há alguma Policy. Será que temos um  homem da Polity na Figueira?

Ricardo Silva, Presidente da concelhia local do PSD, pelo percurso que tem feito, não parece ser igual aos outros políticos locais.
Contraria o mau hábito figueirinhas de ter presidentes e políticos de corpo presente, figuras de adorno, políticos  em fim de carreira à espera da reforma dourada.
Se Ricardo Silva procura um lugar na História figueirense, não sei. Verifico, isso sim, é que este era o caminho mais difícil. Estava à vista a contestação a esta decisão  corajosa. Ele sabia, de certeza, que optar ser mais do mesmo, o tornaria mais popular, mais apreciado e muito mais aplaudido.

Será que o Presidente da concelhia dá mais peso ao trabalho em equipa e à honestidade do que ao poder?
Ricardo Silva acredita, honestamente, que decidiu da melhor forma.
Tudo somado, como figueirense, espero por uma clarificação da Comissão Política do PSD/FIGUEIRA.

E, de preferência, que não demore muito...

Humor inteligente e com qualidade...

 
Ricardo Araújo Pereira sem medo de afrontar os instalados do regime. Da esquerda à direita do espectro político nacional, varreu tudo e todos.
A não perder...

Madjer, o "embaixador"...

Via Diário de Coimbra.

Morte de pescadores de novo em julgamento

No Diário de Coimbra pode ler-se que a Relação de Coimbra mandou repetir parcialmente o julgamento que absolveu os arguidos num processo referente às obras da Ponte dos Arcos, na Figueira da Foz, que teriam levado ao afundamento de uma embarcação e à morte de dois pescadores.
O naufrágio aconteceu  na manhã de 19 de março de 2007. O julgamento decorreu em 2014, no Tribunal Judicial da Figueira da Foz, com acórdão proferido após um longo intervalo causado por questões processuais relacionadas com a seguradora da dona da obra, a então Estradas de Portugal. 

Recorde-se que os pescadores seguiam num pequeno bote de pesca artesanal, a jusante das obras, no braço sul do Rio Mondego. 
Manuel Pata, 71 anos, e Clemente Imaginário, 69 anos, perderam a vida no rio que conheciam desde sempre. Luís Dias, 57 anos, foi o único sobrevivente.

Tristes sinais... Quem disse que o carnaval na Figueira são três dias?

Ontem, teve lugar nos Paços do Município uma reunião camarária que vai ficar na história da política autárquica na Figueira da Foz, pelos menos dos últimos 40 anos.
A sessão ficou marcada pela retirada da confiança política aos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo, por parte do PSD/FIGUEIRA.
Ao que OUTRA MARGEM sabe o processo tem antecedentes que começaram há meses atrás.
A Comissão Política local procurou gerir o processo dentro do PSD/FIGUEIRA. Todavia, a determinado momento, tal foi impossível e o problema chegou à Comissão Política Distrital.
Em dezembro último, a Concelhia do PSD enviou uma carta registada aos vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo (independente) “convidando-os” a renunciar ao mandato. Caso contrário, ser-lhes-ia retirada a confiança política. No entanto, a missiva não estabelecia prazos.
Tenreiro e Babo, os autarcas visados, garantem que nunca haviam sido abordados pela direcção local do partido sobre as razões de tão drástica decisão. O “assunto interno do partido”, como frisou ontem, na reunião de câmara, Ricardo Silva, presidente da Concelhia “laranja” e vereador, passou a ser externo. Quem assistiu ontem à reunião de Câmara, deu conta que quem o tornou público, foi o presidente João Ataíde, ao referir-se à carta que a liderança local daquele partido da oposição lhe enviara, dando-lhe conta de que havia sido retirada a confiança política aos vereadores Tenreiro e Babo. João Ataíde, segundo o que disse ontem,  apenas pretendia ser esclarecido sobre quem representava quem. “Para definirmos a forma como internamente nos podemos articular”, sublinhou o presidente.  “Todos serão tratados como vereadores. No fundo, é para termos aqui um código de entendimento. Mas gostava de ouvir-vos”.
Ricardo Silva, disse que se tratava de um assunto interno e que em breve teria mais notícias sobre o caso.
Tenreiro contra-ataca sem poupar nas palavras. “Entendemos isto como um ato de grande cobardia política, porque não tiveram coragem de justificar a retirada da confiança política”.
O alvo era a Concelhia do seu partido, cujo líder se encontrava a seu lado. “Antes de ser tratado em público, devia ter sido tratado internamente, e nunca foi. Nunca nos falaram, cara a cara, olhos nos olhos, sobre este assunto”. Disse ainda. “Nunca violámos a norma estatutária do PSD. Eu continuo a ser PSD. Aconteça o que acontecer, continuarei a defender as linhas programáticas deste partido”. No mesmo registo algo crispado, Carlos Tenreiro prosseguiu: "Lamentamos que alguém que nos acompanhou na campanha eleitoral de repente dê um salto mortal".

Parece-me haver, por parte da concelhia do PSD/FIGUEIRA, no mínimo,  um défice de explicação, fora do partido, sobre este assunto.
Eu sei que era um problema interno do PSD. Ontem, porém, deixou de o ser.