terça-feira, 10 de abril de 2018

Para já, estamos num tempo sem novidades, nem sobressaltos...

Via AS BEIRAS

Com os sacrifícios que são impostos aos "voluntários" da Festa da sardinha, já que vivemos num tempo de economicismo da "espécie", não vislumbro a eficácia e eficiência do custo/benefício da sua manutenção...

Sentir o tempo, ou a triste realidade...


A reforma que ficou por fazer...

"Baixar os custos do trabalho"...
(Pedro Passos Coelho em 9 de Abril de 2015)

Nota de rodapé.
Custo do trabalho em Portugal sobe 3% em 2017, mas continua bem abaixo da média europeia...

"Pai do ar", uma crónica de Teotónio Cavaco

Via AS BEIRAS.

"Há uma anedota antiga acerca das dificuldades que certo casal tinha em conseguir uma muito desejada criança, dado que todas as gravidezes se revelavam falsas.
Abstenho-me de contar a graçola por ser este um jornal respeitável e para não ser acusado de sexista ou politicamente incorreto, mas retiro da história o calvário do indivíduo, face à sua incapacidade de concretizar um sonho partilhado, ao seu desconforto por ser constantemente parodiado a propósito desse falhanço, à constatação que a crença da parceira, a qual, não o estando, conseguia apresentar sintomas típicos do desiderato, o fazia não merecedor da confiança que ela em si depositava, e à sua permanente exposição aos engraçadinhos que o alcunharam de “pai do ar”.
Numa altura em que são cada vez mais efetivos os passos no sentido de um certo PS de Coimbra nos querer convencer que “ao sonho de Monte Real se sobrepôs a realidade de Coimbra” no que a um aeroporto na região Centro concerne, valerá certamente a pena observar, a partir do clamoroso falhanço da CIM Região de Coimbra enquanto polo estratégico coordenado, como se alinharão as forças com possibilidade/capacidade de influenciar/decidir, e de que forma vão cumprir as promessas que, há 6 meses, fizeram ao seu eleitorado.
Não querendo fulanizar a questão, mas porque estou convicto que, com um claro e bem definido enquadramento, um aeroporto na região Centro é estratégico para a nossa afirmação ancorada numa moderna mobilidade, pergunto: no final deste processo, a quem/a quantos vamos chamar «pai do ar»?"

Até os barbeiros já foram tira-dentes...

Arquitectos e engenheiros...
Por este andar, "se a moda dos engenheiros a assinar projectos de arquitectura pega, um dia deste o nosso médico de família vai ser um veterinário."

Nota de rodapé.
Origem do nome Tiradentes.
No século XVII, não havia no Brasil uma lei que regulamentasse a prática da Odontologia. Por isso, eram os barbeiros que costumavam fazer esse trabalho. “Os médicos não queriam colocar as mãos na boca das pessoas. Aí acabou sobrando para os barbeiros se aventurarem nesse ramo, uma vez que eles já eram conhecidos por cuidar da cabeça cortando a barba e cabelo”.

O boticão, imagem do lado dirieto, era o instrumento usado na época para fazer extrações dentárias.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Centro de dia do Ervidinho ficou às escuras

Via jornal AS BEIRAS

Cem anos da Batalha de La Lys

"Que nunca ninguém saiba os crimes deste dia 
Que eu não quero viver em tanta porcaria 
Por isso, ó morteiro te peço bem do fundo 
Dispara um tiro só, leva-me do mundo 
E o morteiro bojudo, o morteiro audaz 
Expediu um pesado...   e matou o rapaz"

"A  Batalha  de  La  Lys,  travada  no  Sul  da  Flandres  em  9  de  Abril  de   1918,   constitui  o momento mais traumático  da acidentada  participação portuguesa na Primeira Grande  Guerra.  O  seu  desenlace  feriu profundamente  a  alma nacional, chegando  a  falar-se  de  um  novo Alcácer-Quibir".
O meu avô esteve lá. Chamava-se Domingos Marçalo  e  participou neste grande  conflito  mundial como cozinheiro e combatente.
"O  Relatório  de  combate  de  9  a  12  de  Abril  de   1918    não  se  destina  a  acrescentar  pormenores  às  circunstâncias  do  combate.  Qual  mergulho  na  poeira  multiforme  dos  dramas  individuais,  o  que  nele  releva  é  a perspectiva de um  soldado, pequeno  elo de uma engrenagem  da  qual  lhe  escapa  o  conjunto  e  o  sentido.  Trata-se  de  uma  descrição  na  primeira  pessoa,  feita por alguém que  viveu  a batalha,  minuto  a minuto,  ombro  a ombro com  os  companheiros,  tomando  iniciativas,  partilhando  angústias,  vendo  cair  os  feridos  e  os  mortos  e  que  de  tudo  nos  dá  testemunho.  Apesar  de  o  tema  ser  perturbante,  o relato  é técnico,  o tom  é neutro,  só aqui  e  ali deixa aflorar alguma emoção,  e  talvez  por  isso  mais  desembaraçado  de  cargas  ideológicas.  É  uma  espécie  de fita do  tempo,  apresentando  uma  anotação  precisa  do  momento  em  que  ocorreram  os  diversos  eventos  em  que  o  protagonista  se  viu  envolvido. 
O  autor  do  relatório, Raul Pereira de Araújo, transmontano da vila de Mesão Frio  é  um jovem  alferes  que,  ao  escrever  um  caderno  de "Lembranças"  onde  reteve  fragmentos  do  vivido  na  guerra,  nos  quis  deixar  a  sua  própria  imagem." 

Clube Mocidade Covense: 79 de vida

Notícias do país real...

"Quase metade das famílias portuguesas teve dificuldade em pagar serviços de saúde em 2016, segundo dados da autoridade estatística europeia (Eurostat), divulgados esta sexta-feira, que referem que a maioria da União Europeia paga estas despesas com facilidade."

Entre os Ventos e as Marés: emissão com Adelaide Sofia

Mulher, covagalense, fadista, professora de música, pianista, compositora e cantora!
Mais uma história de vida.
Para ouvir, basta clicar aqui.

"Os contribuintes portugueses já estão calejados de serem accionistas sem cheta de bancos mais ou menos falidos. Pagam sem tugir nem mugir. Quando o buraco da banca já vai para lá dos 23 mil milhões é melhor rir do que chorar"

"E o Novo Banco era o bom..."
Bom dia e boa semana...

domingo, 8 de abril de 2018

Sportinguista me confesso...

Hoje, sinto-me algo bipolar
Esperançado, se sim... Aliviado, se não...

Muita parra e pouca uva: "documento onde consta “a proposta de requalificação” é longo ( 142 páginas) e algo repetitivo"...

"Está em discussão pública a requalificação do centro histórico de Tavarede. Diga-se que tanto quanto sabemos a discussão limita-se à consulta dos documentos na internet. Sabe a pouco para um documento com impacto na “polis”. O documento onde consta “a proposta de requalificação” é longo (142 páginas) e algo repetitivo. Os desenhos e figuras, contudo, auxiliam na visualização do que se pretende em termos genéricos. Em traços gerais, a câmara municipal quer preservar as faixas agrícolas (hortas urbanas) e o património, criar incentivos à reabilitação de edifícios (privados e públicos) e ainda implementar os modos “suaves” de mobilidade. E aqui surge a primeira preocupação, os textos da proposta são vagos quanto às formas de humanizar os espaços e reduzir a carga automóvel. A palavra “bicicleta” nunca é referida no documento. A ciclovia desenhada é mais um fragmento e tem um carácter lúdico, desligado da mobilidade. Ou seja, o compromisso da câmara é reduzido quanto à “mobilidade suave”, ilude-nos com textos sofisticados mas sem conteúdo. A forma como a rua principal que atravessa o centro de Tavarede, apertada, em mau estado, será requalificada é um mistério. Nada de concreto, haverá um ou dois sentidos? Como são integrados peões e ciclistas? Qual a forma e largura dos passeios? 
Assim, é de supor que a câmara municipal irá fazer “mais do mesmo”, obras destinadas a manter tudo como está, aplicando apenas uma camada de verniz e algum mobiliário urbano."

Nota de rodapé.
Esta crónica foi publicada ontem no jornal AS BEIRAS.

Bom domingo