sábado, 15 de outubro de 2016

Quem não gostaria de ser ávore?..

A árvore acumula
Tempo
Mas sem nostalgia

Forte de Santa Catarina vai estar aberto aos fins-de-semana

O Forte de Santa Catarina vai passar a abrir portas para visitas, aos fins-de-semana e feriados, das 14H00 às 17H30, a partir de 15 de outubro, com entrada gratuita.
Hoje, pelas 15H15, será representada a “Comédia da Marmita”, pelo Grupo Fatias de Cá.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Morreu o Homem que, talvez sem o saber, me mostrou a importância de sorrir, sorrir muito!..

foto sacada ao facebook do Pedro Rodrigues
Todos temos um prazo de validade! 
Normalmente é um conceito que, porém, só pensamos que possa ser pensado para as coisas e para os outros! 
Nunca a nós. A morte só acontece com os outros. Raramente a imaginamos como possível em nós. Mas não nos devemos preocupar, pois isso, é um sinal de vitalidade.
Este pensamento, assaltou-me hoje de manhã, logo que tive conhecimento que morreu o meu "primaço"
Desde miúdo que me cumprimentava  da mesma maneira – “então primaço Tó…”  
E, ultimamente, até julho do ano passado, logo a seguir, vinha a pergunta: “como vai a tua Mãe?..”

O "Querido avô" do Pedro Rodrigues era uma figura:  “alto; cabelo branco, literalmente, como a neve; forte como um touro - um homem do mar à moda antiga. Daqueles que já não se fazem”!.. 
Aquilo que podia ser dito, escreveu-o melhor do que ninguém, o neto, o meu Amigo Pedro Rodrigues
É um momento de morte, mas como tudo o que é escrito pelo Pedro, é belo, embora a  perda de um "amor maior", nada tenha de belo!

"Tinhas oitenta e seis anos. A tua cabeça já não encontrava datas – talvez porque os dias já fossem todos iguais. As tuas pernas cediam aos caprichos da gravidade, embora tu nos tentasses enganar com ginásticas inventadas. Os teus cabelos eram brancos, embora tu me contasses que quando eras novo o teu cabelo era escuro como a noite – e eu acreditava. Esquecias-te das luzes acesas, da água a correr depois de fazeres a barba, das situações mais corriqueiras, aqui da terra, mas não te esquecias das histórias de outros tempos. Passavas horas a repetir-me que eras o mais trabalhador de todos. Que as tuas mãos e os teus braços tinham tanta força que conseguiam dobrar aço, talvez mover montanhas. Nos navios todos os capitães te gabavam “não há nenhum marinheiro como o Pimentel”, pau para toda a obra. Foste pai, avô e bisavô...

Hoje, antes de descer para o meu quarto, passei pelo teu. Estava vazio. As lágrimas teimaram em cair porque me apercebi que daqui para a frente assim será. Ficam as fotografias. As paredes frias que ainda escondem os restos condensados da tua respiração, do teu último suspiro. Penso ter apertado pela última vez as tuas mãos calejadas; ter beijado, pela última vez, a pele fina da tua testa. Partirás enorme, como sempre foste. E assim o serás, para todo o sempre. Gostava de continuar a escrever, mas as palavras começam a confundir-se com as lágrimas e tudo se torna turvo e difícil. Fico-me por aqui, e pela imagem da fotografia que dorme ao meu lado, na mesa de cabeceira, em que estou eu, tu e a mãe, muito felizes, de sorrisos rasgados nos rostos. É assim que te recordo: a sorrir, por eu ter chegado.

Adeus, meu amor maior." 

Sentidas condolências à família.

Organizar o Governo do Mundo…


"Eles prenderam no manicómio um homem que queria organizar o governo do mundo... Os loucos…! Prenderam o homem errado..." 

LEONARD COHEN, Canções de Amor e Ódio, 1971

Não é fácil ser feliz num país que "asfixia as pessoas" para "poupar oxigénio"...

imagem sacada ao Diário de Coimbra de 13.10.2016

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

O superior talento de Garrett McNamara...

Em 2011, McNamara surfou Nazaré,  a onda que é considera a maior alcançada pela prancha de surf. O dia de tal feito foi 1 de novembro e o local não foi escolhido por acaso. Ele já estudava há alguns anos o famoso “Canhão de Nazaré”, efeito formador da imensa onda. Garret conseguiu a incrível façanha de encarar um monstro com quase 90 pés, ou seja, 30 metros! 
Como não podia deixar de  ser, o recorde foi pro Guinness Book.
Para não ficarem com dúvida vejam o vídeo abaixo.


Acabei de ver no facebook, via Luís Ribeiro, que "Garrett McNamara confirma a onda do Cabo Mondego como a maior que já viu!"
Será que o maior talento de Garrett McNamara é o exímio uso da palavra?
Fica por quantificar é quanto é que este talento especial de saber, como poucos, utilizar a palavra, vai custar ao contribuinte figueirense?..
O importante, porém, é que Garrett McNamara gosta muito do Cabedelo, especialmente se por lá estiver o presidente Ataíde...

Tudo muda...

GPS precisa-se... (objectivo: para ver se os políticos conseguem traçar um destino à Figueira...)


Com a devida vénia ao Fernando Campos

Para mais tarde recordar...

#RepealThe19th.
Não é ser saudosista... 
É, apenas, para ter a memória futura suficiente para não esquecer...
Divirtam-se!

Deambular pela beira mar...

foto C.S.
Gosto da beira mar, sobretudo fora da chamada “época alta”.
Para quem não “vive” o mar, as imagens parecem sempre iguais.
Mas, eu, garanto que não!
Para quem o conhece bem, o mar é sempre diferente...
E, também, sempre imprevisível!

Gosta-se dele... Pronto.
Esta é a explicação, e a razão, porque a gente do mar raramente consegue viver longe da sua vista!
Neste deambular, preguiçoso, podemos nem sempre encontrar coisas novas.
Contudo, mesmo que o reencontro seja com o inúmeras vezes já visto, não deixa de ser um prazer revisitado, mas diferente.
Olhar e deambular por esta beira mar é sempre um outro e novo olhar.

Deambular por esta beira mar, como aconteceu ontem de manhã, foi passear pelo gosto do passeio e pelo prazer da companhia!
Ver as mesmas coisas através de ângulos diferentes, continua a ser um programa aliciante, a que me proponho sempre que a ocasião surgir...
E vai surgir... Apenas pelo gosto de deambular por ali, por aquela beira mar, sem destino, apreciando as belezas do local – que, ontem de manhã, eram muitas...

Este é o tempo de aproveitar a bonomia de um tempo, já outonal, a despedir-se dos tons lindos do verão (verão faz lembra profusão de cores...) que, entretanto, feneceu...
A linha do horizonte faz lembrar um abraço entre o céu e o mar – uma reunião irrepetível de todos os dias naquele local.
Deixo-vos com uma pincelada fotográfica do prazer, suave e demorado, que vivi na caminhada desta manhã até ao farol do molhe sul.  

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Já alguém pensou na travessia do Mondego em bicicleta?..

Duas rodas, uma crónica de DanielSantos, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.

“O Plano Estratégico da Figueira da Foz inclui a promoção da utilização da bicicleta, designadamente a eléctrica, enquanto modo de transporte suave e sustentável no concelho, visando conciliar a resolução dos problemas de mobilidade com a redução da emissão de gases com efeito de estufa.
Nada que escape às intervenções previstas nas três áreas abrangidas pelas áreas de reconversão urbanística (ARU’s) nos centros históricos da Figueira e de Buarcos e na zona do Cabedelo.
Independentemente da utilização de modos de deslocação não poluentes, é hoje visível por todo o concelho a utilização de veículos de duas rodas (bicicletas, aceleras, motos). A sua difusão dever-se-á certamente a razões de natureza económica, mas também à maior mobilidade e à facilidade de estacionamento.
O utilizador depara-se porém com dois obstáculos: um é o que decorre da irregularidade dos pavimentos, nuns casos por falta de manutenção, noutros pela proliferação da reposição de pavimento sobre os ramais de ligações às redes públicas de infraestruturas; o outro tem a ver com a proliferação de veículos poluentes por falta ou por deficiente inspecção, obrigando a respirar a fumarada que produzem os que se lhes apresentam à sua frente.
Se a primeira situação é claramente da responsabilidade da autarquia, a segunda, não o sendo directamente, não pode escapar à sua atenção, devendo tomar iniciativas em ordem à preservação de boas condições ambientais.”

Em tempo.
A travessia de bicicleta, pela ponte Edgar Cardoso, para quem mora na margem esquerda do Mondego, constitui um obstáculo de monta (e não é pela subida, é pelo perigo que o trânsito representa...).
Neste momento, a única maneira que vejo de se poder ultrapassar este problema, seria a travessia de barco que contemplasse a possibilidade do utente desse transporte, que o desejasse, poder levar a sua bicicleta no barco para efectuar as suas voltas na cidade...
É que tenho conhecimento que, recentemente, houve um investidor que andou a tentar implementar esse serviço e não conseguiu, tanta foi a burocracia e os obstáculos.

Para admiração dos ímpios, em maio Fátima continua a fazer milagres!..

"Em Maio de 2017, a Figueira da Foz deverá registar uma taxa de ocupação hoteleira próxima dos 100 por cento..."
Se fosse hoteleiro na Figueira, ia já comprar uma velinha e pô-la a Nossa Senhora de Fátima.
Podia ser, também, por minha intercessão...

OUTRA MARGEM

Foto António Agostinho
O Mondego tem duas margens. 
Direita e esquerda.
Esta, a que se vê ao fundo, é OUTRA MARGEM

Será que os citadinos sabem o que existe nesta OUTRA MARGEM
Eis o mistério, envolvente e desconhecido, de não se saber o que existe para lá da ponte, nesta OUTRA MARGEM  do rio e da vida.

Para que serve esta OUTRA MARGEM?
Se olharmos para a foto começa por colocar desafios. 
Questiona...

Quando conseguirem perceber a independência desta OUTRA MARGEM, perceberão todo o resto. 
Enquanto morar nesta OUTRA MARGEM a esperança de que há uma possibilidade de ser possível viver numa Aldeia, num Concelho e num País melhor do que isto que temos, vai continuar por aqui.
Quando perder totalmente essa esperança, OUTRA MARGEM mete o teclado no saco... 

O pensador é mais do que aquele que pensa: é aquele que assume o que pensa, que expõe o que pensa, que trabalha o que pensa e que consegue viver com o que pensa.
Se assim o entenderem, pensem!..

Andam a contar-nos histórias da carochinha e nós a deixarmo-nos embalar...

Os alemães são muito trabalhadores, muito rigorosos, muito honestos, mas no fundo, é isto: "DEUTSCHE BANK FOI FAVORECIDO PELO BCE NOS TESTES DE STRESS".
O banco alemão Deutsche Bank foi favorecido pelo Banco Central Europeu (BCE) nas provas de resistência realizadas este verão à banca europeia, revela esta segunda-feira o jornal britânico Financial Times (FT).
O jornal destaca que o Deutsche Bank recebeu um tratamento especial do BCE, uma vez que conseguiu incluir nos seus resultados uma operação que não estava fechada no final do ano passado.
Em causa está a inclusão das mais valias resultantes da venda da participação que o Deutsche Bank detém na entidade chinesa Hua Xia nos resultados dos testes de ‘stress’ do Deutsche Bank, ainda que o negócio não estivesse concluído no final de 2015 – a data limite para incluir estas transacções nas provas de resistência.
O Deutsche Bank terá beneficiado 4 mil milhões de dólares com a venda, mas como a operação não foi fechada – algo que o Deutsche Bank acredita que vai acontecer este ano – não deveria ter sido incluída nos resultados dos testes de stress.
Abreviando:  "Banco ou Governo, nesta União são todos iguais. O Deutsche Bank é o mais igual de todos."

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mostrar sensibilidade pela Igualdade, é uma obrigação. Ser solidário deveria ser um dever para os políticos. Infelizmente na Figueira, parece que a Igualdade vive para o faz de conta...

Quando, há cerca de dois anos e meio, me endereçou o convite e posterior nomeação (aprovada por unanimidade) para Conselheiro Local para a Igualdade (CLI) senti um orgulho enorme e um dever de responsabilidade para com todo o município. Senti que o trabalho iria ser longo e moroso, mas que os resultados iriam começar a aparecer. E começaram, um dos exemplos é a comemoração do Dia Municipal para a Igualdade (24 de Outubro) ter sido aprovado em reunião de Câmara, por nossa iniciativa.
No entanto a continuada falta de comunicação entre o município e os CLI's leva-me a escrever-lhe estas linhas: o município marca reuniões para a criação do Plano Municipal para a Igualdade sem nos consultar (sabendo que desempenhamos um cargo não remunerado e, necessariamente tem de ser articulado com as nossas profissões), decide festejar o Dia Municipal para a Igualdade sem nos consultar, nem perguntar se temos algum tipo de iniciativa. Pior, candidata-se a um prémio (Viver em Igualdade) promovido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) sem sequer nos dar conta do mesmo, nem nos perguntar quais as iniciativas que fomos desenvolvendo, para tentar ganhar o mesmo.
Sinto, muito sinceramente, que foram ultrapassados todos os limites do que deve ser considerada a boa vivência institucional e assim, não me resta outra solução senão apresentar, por este meio, a minha demissão do cargo supra citado.
Espero, que esta tomada de posição da minha parte sirva de alerta e, futuramente, não se repitam os erros de acima citei e que a Igualdade deixe de ser uma utopia badalada para debitar frases feitas, mas passe a ser uma realidade que sirva de estandarte a este concelho.
Os meus mais sinceros cumprimentos

Diogo Serôdio

Recordar faz parte da viagem...

"Só estranho que uma maioria relativa tenha fechado a porta agora que é maioria absoluta, ou melhor, até entendo, mas as razões são as piores… ou até absurdas como na última sessão camarária à porta fechada."

Joaquim Gil, em vida, foi advogado em Coimbra e o último director do semanário «O Figueirense».

Nasceu a 10 de Outubro de 1813...

...portanto, nesse ano, neste dia, Giuseppe Verdi, compositor italiano, tinha um dia.

Ouviram este video?.. 
Ouviram simplesmente?
Ouçam, agora, o silêncio. 
A ausência de som. 
Ouçam o silêncio. 
Apreciem. 
É um bem escasso a que temos que dar valor! 
Ouçam apenas!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A morte de uma pessoa já teria sido uma tragédia. A de cinco não pode ser uma estatística...

Esta notícia foi sacada da edição de sábado passado do jornal AS BEIRAS.
Recorda que passou um ano.
Mais anos vão passar, mas  esta tragédia vai resistir à passagem do tempo na memória dos figueirenses...

Um texto que talvez seja oportuno ler hoje...

Resistir à uberização do mundo...
"A empresa Uber, ao transformar particulares que possuem um veículo em motoristas ocasionais sem estatuto, não se limitou a suscitar a reacção dos táxis profissionais: o seu nome simboliza agora a ligação entre novas tecnologias e precarização. O êxito dos gigantes de Silicon Valley faz-se acompanhar por uma vaga de desregulamentações. E se os dirigentes políticos recuperassem o controlo?"

Miguel Figueira na RTP

É uma entrevista de Maria João Seixas a Miguel Figueira. 
Nesta conversa, em tom informal, o entrevistado fala do seu percurso pessoal e profissional. 
Dos prémios, da obra em Montemor-o-Velho... Da escada rolante até ao Castelo, para facilitar a locomoção da população envelhecida, e do centro de alto rendimento. 
Da sua casa...
E, também, do Cabedelo e da sua onda
Para ver, clicar aqui.