domingo, 6 de dezembro de 2015

A água parece um espelho

foto sacada daqui
Na imagem: a borda do rio na Gala. As "recoletas", os botes e as bateiras. 
A velha doca que desapareceu nos primeiros anos da década de 80 do século passado.
Na minha memória, esta imagem continua presente, como se ainda lá estivesse.

Radicalismo

Estamos num num país em que a direita se recusa a ser de direita, porque é facilmente associada ao salazarismo e à opressão das liberdades.  
Seguindo o ensinamento de Napoleão Bonaparte, “nunca  se deve interromper um inimigo enquanto ele estiver no processo de auto-destruição”.

Epitáfio


aF256


sábado, 5 de dezembro de 2015

Na terra dos autarcas "ronaldos"...

Imagem sacada daqui
Se, em vez de um José Esteves, de um Rui André Duarte, de um António Faim Cardoso, de uma Maria de Lurdes Palaio e de um Pedro Daniel dos Santos, esta equipa fosse constituída por cinco "ronaldos", teríamos um "ronaldinhinho", um "ronaldinho", uma "ronalda", um "ronaldão" e um "ronaldãodão"
Na terra  dos autarcas "ronaldos", as regras, para o tamanho das placas,  têm de passar a ser muito bem definidas. 
Não podemos correr o risco de, para os "ronaldos" das pontas, deixar de ter espaço na placa para o nome completo... 
Imaginemos, que este plantel de "ronaldos", era uma equipa de futebol de 5...
Teriam de usar manga comprida, o que, nos nossos pavilhões, sem ar condicionado, seria sempre uma enorme maçada e um desconforto terrível... 

Não se fazem omeletes sem ovos.

A imagem, que saquei ao jornal AS BEIRAS, é uma pequena notícia que é um retrato acabado da minha cidade e do meu País.
«Diogo Lima, 21 anos, trabalhador-estudante, é o novo presidente da Concelhia da Figueira da Foz da JS. Foi eleito com (apenas) 16 votos, num universo de 260 eleitores, encabeçando lista única.
O novo líder socialista imputa a escassa participação ao afastamento dos jovens da política. “As pessoas estão completamente afastadas e, por outro lado, nos últimos anos, não houve nada que ligasse os jovens locais à JS”.
A notícia termina com a  esperança renascida do novo líder da jotinha socialista na Figueira.
 “Acredito que, com o PS no Governo, possamos despertar mais interesse nos jovens”, disse...»

Recordo uma passagem de uma postagem de março deste ano, neste blogue.
«Não é só na Figueira que existem aviários de candidatos a "tachos" e a  políticos. Portugal, todo ele, incluindo as ilhas adjacentes, é um enorme aviário de candidatos a "tachos" e a políticos.»
Tal como na vida das pessoas normais - a maioria de nós, aqueles que nunca foram "jotinhas"... - também na vida dos "jotinhas", coisas que não foram aprendidas em criança, dificilmente se aprendem em adulto.

Sobre os anos que me restam, poucas ilusões já tenho.
Nunca vivi tendo como objectivo principal: “o que eu quero é ser feliz”
Neste país, nesta cidade e nesta Aldeia, ser feliz nunca  me pareceu um objectivo viável. 
A minha vida passou sempre por outra utopia: “viver em paz”.
Isto, porque sempre soube - e continuo a saber - que quem governa realmente, são pessoas muito inteligentes, que por serem muito inteligentes não precisam de praticar o mal, basta-lhes manipular alguém para que o faça por eles.
É esse o papel dos "jotinhas"... 
Não se fazem omeletes sem ovos.

Um exemplo de mau profissionalismo

Segundo informação dada ao Diário de Notícias por uma fonte do Executivo socialista, o Orçamento do Estado para 2016 não tem nada preparado, nem mesmo a informação básica.
Não basta ter ganho eleições, ter uma licenciatura e ter sido governante. 
Não bastam 4 anos a governar e 10, 15, 20, ou mais anos de experiência política. 
Profissionalismo, em política, é trabalhar melhor e mais rápido, agilizar processos, antecipar problemas, provisionar as ferramentas adequadas para uma tarefa e usá-las.
No fundo, ter o trabalho organizado, para que o profissional que se segue possa prossegui-lo.
É isso que se exige a um profissional competente...
Ainda para mais, quando o que está em causa é Portugal.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Cumprir a meta do défice é uma tarefa “exigente e de difícil concretização”...

 A avaliação é da Unidade Técnica de Apoio Orçamental, que fez contas aos primeiros nove meses do ano.
Até setembro, o Estado terá tido um défice de 3,7 por cento, o que torna “exigente e de difícil concretização” a meta dos 2,7 estipulada pelo Governo de Passos Coelho para o ano. A UTAO avisa ainda que Portugal terá de crescer mais de 0,6 por cento no último trimestre para que a economia cresça os 1,6 por cento previstos pelo anterior executivo. As más notícias não acabam por aqui: a unidade técnica alerta que o executivo já gastou mais de dois terços da almofada financeira.
Tudo visto e resumido, sobra uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma: uma margem orçamental praticamente esgotada, a famosa "almofada", reduzida a ar e vento.
Nada que surpreenda como herança dum governo Passos/Portas...
Desde 2011, tanta austeridade para quê?
Os cofres do Estado, afinal, estão vazios. E o mais grave, é que os bolsos dos portugueses ainda mais vazios estão.

O pin de Passos - "chefe de governo"...

O desespero de Passos Coelho e Portas em regressar ao poder começa a roçar o desespero.
Eles sabem, melhor do que ninguém, que se este novo governo conseguir durar até 2017, o destino mais que certo, pelo menos no PSD, serão as eleições internas...
Entretanto, "até que volte a ter uma maioria de deputados que lhe dêem esse poder, Passos bem poderá guardar o pin que continua a ostentar na lapela e passar a tratar por Primeiro-ministro o Primeiro-ministro agora investido no pleno exercício de funções, porque a figurinha que está a fazer só serve para lembrar aquela que outro, antes dele e da democracia, já fez quando entrou em negação ao saber que tinha Caetano como Chefe do Governo."
Neste momento, só me apetece parafrasear um excelente conhecedor do bom povo: aquele banqueiro que no começo da austeridade disse - "Aguenta, aguenta!"

A propósito da falta de sucesso das livrarias...

Não consigo pensar em cegos sem me lembrar duma frase de Benjamin Péret (cito-a de memória, como acontece com tudo o resto): “Não é verdade que a mortadela é fabricada por cegos?” Para mim, esta afirmação, sob a forma de pergunta, é tão certa como uma verdade do evangelho. Claro que algumas pessoas podem achar absurda a relação entre os cegos e a mortadela, mas para mim é o exemplo mágico duma frase totalmente irracional que é brusca e misteriosamente fulminada pelo estrondo da verdade.

Luis Buñuel, O meu último suspiro


Na passada terça-feira,  o escritor de sucesso António Tavares, no diário As Beiras, publicou a crónica que pode ser lida na imagem da direita. 
Como escreve no seu blogue  Fernando Campos, "trata-se de uma lamentação pela morte das livrarias.
O cronista, que sabe exactamente o número de livrarias que existem em Portugal (e quantas fecharam em Espanha, quantos livros se editaram e se importaram etc., etc., ) - lamenta muito o seu triste fim – refere mesmo que “há hoje cidades que já não têm livrarias na verdadeira acepção da palavra”; mas depois sugere que não deixa de se viver por isso. A seguir interroga-se sobre como se repõe a “identidade que se vai perdendo e que se sabia ter qualidades” e remata com uma graçola sonsa: diz que lhe perguntam onde se vende o “seu” livro e que, “desfasado” que é do mundo, responde perplexo: “nas livrarias!”.
Reparem como o político florentino que subiu a pulso, estrategicamente, com o discurso sempre semeado de números exactos, em ponto de rebuçado, naquela ênfase de rigor tão do agrado do seu público alvo, os pacóvios, é afinal tão “desfasado” do mundo. Nunca vi um escrito que ilustrasse tão bem um espírito."

A prosseguir o seu texto, o Fernando conta um episódio divertido e peculiar.
"Três dias antes porém, de esta crónica me aparecer à frente para que a bebesse com os olhos, estava eu a aparar umas guias que as minhas roseiras lançam para a rua quando se acercou de mim o carteiro e me perguntou, um tanto constrangido, se eu quereria por obséquio adquirir um livro uns tantos euros abaixo do valor cobrado nas livrarias; e, tirado de dentro de um envelope, mostrou-me um exemplar do prémio Leya deste ano, O coro dos defuntos, de António Tavares. Explicou-me depois, embaraçado, que agora aquilo fazia parte das suas obrigações. Declinei educadamente e o pobre homem lá se foi embora, com o dever cumprido."

Continuando a citar a prosa deliciosa do Fernando.
"Não sei, devo dizer, se António Tavares é um bom escritor. Adaptei, faz já quase trinta anos, dois contos seus (um deles muito bom) para banda-desenhada e fiz a cenografia da sua primeira peça levada à cena (bastante mázinha por sinal, um monólogo em verso branco vagamente existencialista do qual não percebi peva) porque há coisas que, com vinte anos, se fazem por amizade. Com o fim da nossa amizade perdi, confesso, o interesse por tudo o que lhe concerne, incluída a sua obra, digamos assim, literária. 
O que me obriga, de vez em quando, a manifestar-me a seu respeito é o facto de ele se ter tornado um político relevante (é vereador da cultura e vice-presidente da minha autarquia) e de o seu pensamento, ou pelo menos a sua opinião pública, digamos assim, me aparecer à frente dos olhos de cada vez que me pretendo informar sobre os factos da terra que habito.
Não sei, por isso, se o que Tavares escreve hoje é literatura. Mas se for o que publica no “jornal” As Beiras, parece-me mais mortadela."

Depois de ler o saboroso texto do Fernando, dei comigo a pensar.
Ainda sou do tempo em que, alguns, ousavam  ensaiar o discurso anti partido socialista figueirense.
Mais tarde, porém, o sucesso passou, precisa e exactamente, por se alimentarem do poder que diziam abjurar. 
António Tavares, é um desses.
Que mais não seja, por isso, merece admiração pelo sucesso...
Ao longo da vida, apesar de tudo, sempre fui aprendendo algumas coisitas.
Uma delas é esta: não é possível argumentar com o sucesso.
Quando analisamos um caso de sucesso político, que teve um desfecho positivo e feliz, apesar dos desvios aos princípios que foram cometidos durante o caminho, é inútil apontar esses desvios porque, em última análise, alguém vai sempre invocar o sucesso do resultado para demonstrar que não houve qualquer desvio ou erro.
O sucesso arrasa quaisquer desvios ou erros que, por ventura, tenham sido cometidos durante o processo.
Por causa disso, quando asso sardinhas, não mudo de roupa até ao fim do dia: ter a roupa a cheirar a sardinha assada, é meio caminho andado para fazer sucesso junto das gatas aqui da Aldeia.

Afinal, há mesmo acordo!

CDS diz que Governo é "projecto radical social-comunista" com "tralha socrática"...

Como eu compreendo a azia da direita...

Passos:
“Espero que tenham a dignidade de devolver a palavra ao povo”...
Pois é: perder o "instrumento" que nos últimos 4 anos esteve ao serviço de determinados interesses dói muito...
A quantidade de "coisas" que se perderam foi enorme!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Afinal, quem ganhou as eleições de 4 de outubro passado?

Quarta-feira, 11 de novembro de 2015:
Contados os votos da moção de rejeição, que derrubou o governo mais curto da democracia, este foi derrotado pelo acordo histórico à Esquerda, o resultado foi: 123 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV e PAN) e 107 para a direita  (PSD e CDS). 

Quinta-feira, 3 de dezembro de 2015:
Contados os votos da moção de rejeição, que queria derrubar o governo possível pelo acordo histórico à Esquerda, o resultado foi: 121 para a esquerda (PS, PCP, BE, PEV), 1 abstenção (PAN) e 107 para a direita  (PSD e CDS). 

Resumindo e concluindo: 
A direita (vírgula ainda ressabiada), não caiu de pé, teve de ser mesmo derrubada.
As personalidades de direita (vírgula ainda ressabiadas), ainda se julgam no tempo em que eleitores do PS "só" votavam para este partido ajudar a direita a governar.
Para essas ilustres cabeças pensantes (vírgula ainda ressabiadas), a "sua" democracia resume-se a isto: os eleitores de direita, votam na direita para esta governar, sózinha ou com a ajuda do PS.
E ficámos assim: segundo Portas, Catarina, Jerónimo e Heloísa são agora os “BFF” de Costa.
Passos riu-se muito. 
LOL!
Na ausência de uma moção de confiança, só a moção de rejeição permitiu o voto clarificador.
Agora - e por enquanto - riu eu.
LOL.

Nem precisei de vê-lo, bastou ouvi-lo...

Hoje de manhã, deu-me para percorrer, a pé, os cerca de 7 quilómetros das praias da freguesia de S. Pedro, enquanto ia ouvindo o debate na AR.
Gostei, sobretudo, do já habitual anti-comunismo de Paulo Portas, esse fabuloso e antigo “entertainer”, que já ninguém leva a sério, ainda assim, normalmente, divertido e criativo, mas, hoje, para meu espanto e admiração, infantil e ressabiado!.. 
Confrangedor, foi ouvir os restantes deputados do CDS e do PSD neste debate. 
Destaco o Carlos Abreu Amorim, esse gordinho tão simpático e queriducho, a repetir e a repetir-se sobre a "ilegitimidade" do Governo...
Lembrou-me um menino, a quem roubaram o brinquedo, a chorar pela ajuda da mãezinha...
Confesso que me fartei de rir com a intervenção Carlos Abreu Amorim...  
E nem sequer estar a ver a sua figura: bastou ouvi-lo...

Verdadeiros artistas...

Ontem (ontem, reparem bem...)
 "PSD/Porto quer esclarecimento da tutela sobre fim do longo curso da TAP"!..  
O líder da distrital do PSD/Porto, Virgílio Macedo, considerou esta quarta-feira "extremamente prejudicial" o fim dos voos de longo curso no aeroporto Sá Carneiro e defendeu que o ministro da Economia deve ser questionado sobre a matéria..
Òh pazinho, o ministro já mudou...
Pires de Lima que explique porque vendeu a TAP à pressa. 
O que era preciso, era vender, "custasse o que custasse"...
Continuamos nas portas dos murmúrios queixinhas...
Quando é que pensam andar para a frente?..  

A "caridadezinha" e a "caridadezona"...

É impressionante a falta de sentido crítico com que os media têm difundido a notícia da “doação” da fortuna de Zuckerberg à caridade internacional, transmitindo a ideia de um filantropo profundamente generoso, completamente desligado da volúpia do clube dos multimilionários norte-americanos, realizando um sacrifício pessoal por “um mundo melhor”.
Quando se lê com rigor a carta de Zuckerberg, percebemos que não é bem assim...

Como pode ler clicando aqui, nada disto é novo.
A fundação da família de Bill Gates funciona em moldes semelhantes e como já foi denunciado em várias peças de jornalismo de investigação, a sua actividade económica mais importante é o investimento em fundos e em produtos financeiros. A caridade é uma actividade quase de fachada financiada apenas com os juros e os dividendos da sua fortuna envolvendo quantias bem mais modestas que as transacções da fundação de Gates nos mercados financeiros.

Alguém ontem ouviu o Pedro ou o Passos no parlamento?..

Há umas poucas semanas, apenas, quando se discutia o programa da coligação PSD/CDS-PP, que estava garantido que seria chumbado, a direita parlamentar fez uma algazarra dos diabos, por António Costa não ter participado no primeiro dia de debate, o que fez no segundo.
Acusaram o actual primeiro-ministro de tudo: até de cobardia e de fugir ao confronto de ideias
Ontem, no primeiro dos dois dias em que se discute o programa do PS apoiado pelos partidos de esquerda, procurei estar o mais atento que me possível, só para ouvir as intervenções de Passos Coelho e Paulo Portas...
Não sei o que se passou, mas não consegui: será que também se remeteram, "cobardemente", tal como os "Pafiosos" tinham acusado o Costa, ao silêncio, fugindo ao confronto de ideias, para se resguardarem para considerações finais no segundo dia?..
Ao Pedro ainda o apanhei a rir... 
Se alguém me souber dizer alguma coisa sobre o que aconteceu, desde já, agradeço...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Como funciona a liderança da oposição da direita: Paulo Portas é o verdadeiro líder e cabe a Passos Coelho dar a cara...

"Portas conduziu a direita para o canto onde se encontra e é o seu verdadeiro líder, Passos Coelho é o líder fraco que Paulo Portas sempre desejou para o PSD, um líder com fragilidades intelectuais, com tiques de ultra-direita e dependendo do apoio do CDS para sobreviver. Neste momento é Portas que pensa e Passos faz que lidera, foi Portas que decidiu a apresentação de uma moção de rejeição, da mesma forma que foi Portas que se manteve fiel ao apoio a Marcelo Rebelo de Sousa quando muita gente do PSD já defendia outra candidatura de direita. 
No passado Portas sonhou com Marcelo no governo com ele como tutor, nunca imaginou que poderia ter duas marionetas ao mesmo tempo, uma no PSD e outra em Belém. Esta é a jogada de toda uma vida política de Paulo Portas, liderar a direita, resta agora saber como se vai livrar de um empecilho chamado Pedro Passos Coelho."

Via Jumento

A responsabilidade da esquerda, na Figueira e no país...

Na foto, a zona ribeirinha do Mondego, na margem esquerda, 
uma das imagens do desmazelo que grassa pelo concelho...
Na Figueira, a meu ver, politicamente falando, não vivemos tempos fáceis...
Mas, a culpa, no essencial, é nossa: raramente mexemos uma palha para modificar o rumo do jogo.
Passamos o tempo a discutir o sexo dos anjos.

Nunca conseguimos uma verdadeira alternativa autárquica democrática e progressista para a Figueira...
Em 30 de abril de 2013, alvitrei neste espaço, a necessidade, inadiável, necessária, útil e urgente de uma coligação de esquerda CDU + BE + Cidadãos Independentes.

Eleger um vereador dessa área politica, pelo menos, dependia de nós...
Tal não aconteceu. Resultado: apanhámos com uma maioria absoluta nos queixos...

Na altura, tive convites, que muito me honraram, para integrar listas -  por parte da CDU e do BE.
Porém, por coerência pessoal, de harmonia com o que tinha manifestado antes neste blogue, não aceitei, conforme esclareci na altura própria a quem me tentou cativar para participar na disputa eleitoral de 29 de setembro de 2013.

Quem diria, porém, que, dois anos e pouco depois uma maioria de esquerda correria a direita do poder em Portugal e colocaria no seu lugar um governo por si apoiada no parlamento...
Ter razão antes do tempo, não é fácil...

Para o concelho da Figueira, a meu ver, já em 2013, era inadiável, necessário, útil, imprescindível e urgente uma coligação de esquerda: CDU + BE + Cidadãos Independentes.
Eleger um vereador, pelo menos, dependia de nós...

Não quiseram…
Isso, continua  a pagar-se caro cá pela Figueira…
Um dia, porém, isso vai acontecer…

Hoje, em Portugal, a meu ver, a responsabilidade está na esquerda.
A meu ver, na Figueira também...
Que tal começar a pensar nisso?...

Para memória futura!..

Durante 4 anos tivemos um governo de direita.
Depois de 4 anos de Passos e Portas, o país continuou a braços com a crise profunda, com uma economia esclerosada, com um povo esmifrado, sufocado, esmagado, burro de carga, saco de pancada de um bando de incompetentes, espremido até ao tutano por uma carga fiscal completamente excessiva e castradora.
E, apesar de tudo isso,  ficámos ainda mais endividados.
Tínhamos de mudar de vida. E a coisa estava tão má, que foi o PCP que deu o passo...
Empossado o 2º. governo PáF, o programa foi discutido e rejeitado. Consequência: caiu o governo.
Seguiram-se 55 e dias de protagonismo cavaquista.
Empossado Costa, com o conforto de uma maioria parlamentar à esquerda, a direita mordeu o anzol e vai fazer fazer-nos assistir a um ciclo que se repetirá com aqueles e aquilo que, à falta de melhores argumentos, nos irão trazer, hoje e amanhã, mais do mesmo. 
O modelo, já foi testado e falhou. Agora, teremos apenas o prolongamento do espectáculo.
A diferença é que, desta vez, a moção de rejeição, podendo servir para a masturbação intelectual das hostes da defunta coligação PáF e do seu séquito de frustados, enraivecidos,  apeados, desvalidos, desesperados e vingativos, irá, no actual contexto social e político, reforçar a solidez e a vontade da maioria parlamentar de esquerda, acrescentando-lhe solidez e consistência aos olhos dos portugueses no momento do chumbo.
A esquerda deve estar a esfregar as mãos de contentamento e, por uma questão de educação, deverá agradecer ao brilhante estratega da moção apresentada nesta altura pela direita. 
Da minha parte, ficam os meus sinceros parabéns a este verdadeiro génio da direita em estratégia politica. 
Não aprendem nada com os discursos do Presidente Cavaco Silva?..