terça-feira, 15 de abril de 2014

40 anos depois...

"Economicamente, em termos relativos, Portugal continua na cauda Europa. O endividamento externo em termos absolutos é extremo. O crescimento continua anémico. O desemprego, esse sim, duplicou, triplicou, quadriplicou… A emigração forçada voltou.

As famílias para as quais sempre esteve tudo bem, são as mesmíssimas do "antigamente", as outras estão sob um rolo compressor fiscal e o Estado Social a caminha silenciosamente para a iniquidade. A comunicação social tem dono(s) e não arrisca a sobrevivência com vãs denuncias dos abusos de quem pode abusar sem ser verdadeiramente incomodada pela 2ª justiça mais lenta da UE.

Internacionalmente evoluímos de derradeiro império colonial europeu orgulhosamente só, para PIIG bom aluno sob protectorado. Sequestrados pelos nossos credores que nos administram via politicos coolaboracionisas com forças que antagonizam com o interesse nacional.

Politicamente, o regime está falido. A democracia representativa não representa mais do que instituições fechadas à sociedade, que investem a maior parte dos seus recursos na mera manutenção e perpectuação no poder e na prosperidade dos seus protagonistas. O bem comum pode sempre esperar.

Perdoem-me se não celebro o facto de não ser preso amanhã por publicar e assinar este texto. A liberdade de expressão é pífia consolação para tudo o que “inconseguimos”.

40 anos depois o 25 de Abril falhou, senão para todos, pelo menos para 120 mil crianças, e pela fome de 120 mil crianças quem vendeu a alma?"

Feira Medieval Infante D. Pedro


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Ao estilo de Miguel Relvas?..

Subliminar

Raio de feitio, o meu...

Sempre que me fazem lembrar  a palavra reputação, o que me vem à mente é algo que tem a ver com prostituição...
“Em nome da sustentabilidade, algumas Misericórdias e instituições de Solidariedade Social contornam a ordem da lista de entrada nos lares e deixam passar à frente quem tem reformas mais altas. Responsáveis negam perversão do sistema, antes um meio de evitar falências e conseguir acolher mais utentes de pensões baixas”...

"UM DIA TODOS FAREMOS JORNAIS"

“O jornalismo é a minha vida, é a minha verdadeira luta”.

A ignorância mata (mais do que o tabaco...)...

 ... e por isso seria tão importante, neste 40º aniversário do 25 de Abril, que se desmascarasse o que foi o fascismo, mas a sério...

Portugal está hoje no plano económico melhor que no período da ditadura. Isso, contudo, não significa que os decisores da actualidade sejam também melhores. Os políticos de agora são menos honestos e não têm a mesma capacidade de liderança. Segundo uma sondagem i/Pitagórica, os portugueses confiam menos na seriedade da classe política de hoje do que na do regime derrubado em Abril de 74.
E os números são expressivos. 46,5% dos portugueses consideram que, numa comparação directa sobre a seriedade dos políticos da ditadura com os actuais, os do "antigamente" eram mais honestos. Em segundo lugar surgem os que não sabem responder ou não responderam, com 35,8%. Ou seja, apenas 17,7% consideram viver hoje num país governado com líderes mais sérios a ocupar os cargos políticos.
Os inquiridos também não têm dúvidas sobre a capacidade de liderança da classe política: 43,2% afirmam que os governantes da ditadura tinham uma preparação e uma capacidade para liderar superiores aos actuais. Nesta comparação, surgem em segundo lugar os que acreditam nos políticos de hoje: 33,1%. Os restantes 23,7% não sabem ou não responderam.
Mas nem tudo era melhor e os portugueses acreditam que, pelo menos do ponto de vista económico, o 25 de Abril de 1974 valeu a pena. Metade dos inquiridos (49,9%) admite que o país está economicamente melhor do que estava no período da ditadura. Uma posição contrária é defendida por 34,9% e 15,2% da população não sabe ou não respondeu.
A liberdade de expressão é outra das mais-valias da democracia. Segundo a sondagem i/Pitagórica, a maioria dos portugueses considera ser livre de expressar hoje o seu pensamento político (63,1%). Ainda assim, há uma grande percentagem que não se sente à vontade para dizer o que pensa. Quase 37% admitem que os portugueses não são livres de expressar opiniões sem sofrer consequências. São os que têm mais de 55 anos, de classe social baixa, e os residentes em Lisboa e Algarve que admitem haver hoje liberdade de expressão. Por outro lado, os jovens de classe média e residentes nas ilhas são os que prevalecem entre o grupo dos que consideram não existir liberdade total. (daqui)

"Os partidos" que não cumpriram Abril

Vasco Lourenço numa entrevista dada recentemente ao jornal i
Sobre "os partidos", que eu sei, tal como os homens,  não são todos iguais, conheço bem como funcionam os que passaram pelo poder na Figueira – PS, PSD e de novo o PS.
"Estes partidos",  na Figueira, funcionam como “clubes”  de personalidades desejosas de assumir poder e influência.
O que lhes interessa debater – se é que debatem – é como chegar ou manter-se no poder. Na oposição, criticam o executivo em funções. Porém,  quando chegam ao governo executam a mesma política única.
Os confrontos internos nesses “clubes políticos”  reflectem, sobretudo, rivalidades entre grupos de interesse, mais que diferenças programáticas ou até estratégicas.
Os seus membros condicionam o seu envolvimento no partido consoante a sua proximidade ao poder.
E algumas das suas personalidades mais destacadas preferem o protagonismo mediático.
Por isso, como aconteceu recentemente, é que “certos independentes”, quando lá chegam, fazem mais do mesmo...
Inscrevem-se "nesses partidos"...
Apesar de tudo, o 25 de Abril representa "orgulho" para a maioria dos portugueses!

Profetas da Figueira... (3)

“Cada vez mais as pessoas se afastam da política partidária, em primeiro lugar por culpa de todos nós – actores políticos - já que muitos não resistem à tentação de ceder nas mais fortes convicções, trocando-as pelas modas mais mediáticas a cada momento, e num segundo estádio de responsabilidades, por um conjunto de “lobbies” que imputam aos políticos os maiores dos males, sendo eles próprios dentro da sua aparente credibilidade os responsáveis por um somatório de circunstâncias que muito contribuem para afastar o cidadão comum das mais prementes discussões públicas.”

Miguel Almeida, vereador Somos Figueira, no jornal AS BEIRAS.

Dantes...

Dantes as pessoas já diziam que dantes é que era bom.

No País dos pulhas

«[...] os pulhas parecem todos iguais, saídos da mesma casca. Ou aprenderam nas mesmas escolas ou foram feitos na mesma fábrica. E como se não bastasse, ainda procriam.» [daqui]

domingo, 13 de abril de 2014

Se Passos quisesse que percebêssemos, tinha explicado melhor...

O Governo tem afirmado que decisão sobre indexação das pensões a factores demográficos e económicos ainda não estava tomada...
Não via  razão para "bicho-de-sete-cabeças" à volta dos cortes, dizia ele..
Cortes vão ser mesmo  "bicho de sete cabeças", podem os portugueses ter disso a certeza.

A foto acima de Luís Carregã/As Beiras, mostra um homem que gosta de andar de carro com um livro de Salazar debaixo do cu!..
Para muitos dos que partiram nos anos 1960 e 1970, Portugal é o país das “vacances”.

Profetas da Figueira... (2)

“Há dias fui aconselhado por um amigo a mudar “o registo” destes textos, até por causa “dos tempos” que por aí vêm...”
Joaquim Gil, advogado, ontem, no jornal AS BEIRAS.

“Durão Barroso nostálgico do ensino na ditadura”...

Numa resposta diplomática ao “saudosismo” de Barroso, o actual director da Escola Camões, sublinhou que "houve grandes avanços na Educação em Portugal nestes últimos 40 anos, com as escolas a terem que dar resposta às necessidades de toda a população. Comparem-se as taxas de analfabetismo desse tempo com as actuais".

Via DN

Bom domingo

sábado, 12 de abril de 2014

Poema do cortador


Chamo-me Passos Coelho

Cortador de profissão
Corto ao jovem, corto ao velho,
Corto salário e pensão
Corto subsídios, reformas
Corto na Saúde e na Educação
Corto regras, leis e normas
E cago na Constituição
Corto ao escorreito e ao torto
Fecho Repartições, Tribunais
Corto bem-estar e conforto,
Corto aos filhos, corto aos pais
Corto ao público e ao privado
Aos independentes e liberais
Mas é aos agentes do Estado
Que gosto de cortar mais
Corto regalias, corto segurança
Corto direitos conquistados
Corto expectativas, esperança
Dias Santos e feriados
Corto ao polícia, ao bombeiro
Ao professor, ao soldado
Corto ao médico, ao enfermeiro
Corto ao desempregado
No corte sou viciado
A cortar sou campeão
Mas na gordura do Estado
Descansem, não corto, não.
Eu só corto
a Bem da Nação

daqui

X&Q1202


25 de Abril na Figueira, 40 anos depois