sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

“19 funcionários que trabalham no edifício da Direcção Geral de Energia e Geologia adoeceram com cancro.”

“O primeiro-ministro, Passos Coelho, garantiu de manhã desconhecer o caso. Isto depois de o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, ter avançado à TSF que se está à procura de uma outra localização para a DGEG, mas que é preciso encontrar uma renda mais barata e falta autorização do Ministério das Finanças.”

Continua mau tempo e a erosão continua ao ataque na Cova... (continuação)

Hoje não estive em S. Pedro, por isso tenho de recorrer às fotos do Pedro para fazer o ponto da situação...
Ver aqui e aqui.

Esta foto fez-me lembrar um poema...

foto de Pedro Agostinho Cruz

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i/Pitagórica

Custa-me dizê-lo, pois até  me fica mal, mas confesso que, de quando em quando, chego a ter pena do professor Marcelo...
Sobre o mundo e o país que ajudou a criar,  ele não diz nada quando tinha a obrigação de dizer - só fala a propósito de minudências...
Pelos vistos, tal como os maridos enganados,  só aparece quando não é preciso...

AINDA SOBRE A PRAXE



Pobre país, desgraçado, de desgraçados...

imagem sacada daqui
Ontem, três notícias, no mesmo dia, ao mesmo tempo, na mesma página do mesmo jornal, em 30 de Janeiro de 2014, naquilo que é hoje Portugal.
A saber: 
3 -"Hotel vai ser construído em cima da praia de Labruge".
Pergunte-se-lhes: empreendedores, ignorantes, "requalificadores" e "valorizadores", e demais responsáveis de "governo", "justiça", "ciência", "ordenamento do território", etc, etc, etc., blá blá blá, blá blá blá, blá blá blá: com que dinheiro se vai "defender" a orla costeira, num país do Atlântico Norte? É com o dinheiro pessoal (dos ordenados e reformas) de quem, no presente, governou e decidiu ou não decidiu seja o que for?  Ou é com o dinheiro público (que, no futuro, não vai haver) de todos os cidadãos, do Estado, do país que vier a haver, chamado Portugal?
Pobre país, desgraçado, que nem sequer sabe o que é o Mar - o seu Mar, o "Mar Português", no Atlântico Norte -, nem sabe do que é que esse seu Mar é capaz, nem sabe como o conhecer e como o enfrentar (e ainda têm que ser os estrangeiros a vir enfrentar as dificuldades típicas do Atlântico Norte, aqui naturais, para aqui criarem alguma coisa de produtivo como é a aquicultura, e não somente mais e mais especulações "comerciais" e "turísticas", como os indígenas gostam). Pobre país que chegou ao ponto de deixar os seus jovens andar a morrer nas praias, à meia-dúzia, em rituais "universitários" bizantinos e goliardescos, boçais, pseudo-feudais e pseudo-clericais, pretensamente típicos de "tradições antigas" ("tradições" que, na verdade, foram inventadas, há trinta anos atrás, por razões políticas [!] e que, na verdade, é obvio que são somente [pseudo-]"tradições" de canalhice e de pretensiosismo social, pseudo-elitista, dito "académico"), os mesmos rituais e as mesmas (pseudo-)"tradições" - de "bullying" colectivo e massificado (permitido, e impune, no interior das Escolas…!!) - que o Estado, durante décadas (a partir de Coimbra e da sua universidade pública lá existente), foi sempre permitindo, tolerando e incentivando, e alargando e deixando alargar às outras "Escolas" todas (!!!), superiores, e secundárias, e primárias... públicas e privadas (até aos jardins-escola...!!!!), em vez de nessas Escolas ter ensinado aos jovens o que é o Mar, e como o enfrentar...!!!!!
Pobre e triste país, de festas, e de futebóis, e de rituais, e de labregos, e de doutores, e de oficiais e comendadores da Ordem do Infante Dom Henrique que, no meio da desgraça inevitável, passam o tempo a encher a boca com retóricas de "Regresso ao Mar" e de "História dos Descobrimentos Henriquinos", etc, etc, etc., blá blá blá, blá blá blá, blá blá blá (sem sequer saberem o que é o Mar), e passam o (pouco) tempo que lhes resta a "discutir" e a relativizar, "democraticamente", tudo aquilo que é óbvio e evidente (para, assim, o postergarem). E passam o tempo, "academicamente", a epistemologizar as "pós-modernidades", de "Esquerda", etc, etc., etc., das suas "causas" fracturantes, do sexo dos seus anjos pagos com dinheiro público, nas universidades, ao mesmo tempo que deixam afundar, no caos, irreversível, a sua terra, o seu mar, a sua demografia (o seu povo), a sua verdadeira paisagem geográfica e humana.
Pobre país.
CEMAR (Recebido por mail)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O futebol na Figueira nunca mais vai ser o que foi...

"Credores reclamam 8,9 milhões de euros à SAD da Naval".

Deve ser um sábio muito irritante...

Mas, porque é que, eu, figueirense,  encontrei há pouco o sábio e lhe perguntei  onde estava a “herança” da felicidade e o sábio fingiu, procurou nos bolsos das calças e respondeu-me:  "aqui não está!"? 

Continua mau tempo e a erosão continua ao ataque na Cova... (continuação)

foto António Agostinho
De ontem para hoje, a situação agravou-se. 
Veja a evolução: compare clicando aqui,  aqui, e  aqui.
E para o próximo dia 1 de Fevereiro parece que vamos ter uma espécie da ressaca do Hércules...

É isto o principal responsável da Universidade Lusófona?..

“Depois da casa roubada, colocaram trancas à porta”

Antes da morte de Clemente Imaginário e de Manuel Pata nenhuma das duas hipóteses aconteceram. A seguir, fechou-se o canal à navegação e passaram-se as embarcações do Portinho da Gala para o Porto de PescaFotos outra margem
A morte dos dois pescadores alegadamente provocadas pelas obras de construção da nova Ponte dos Arcos, aconteceu  na manhã de 19 de março de 2007.
Porém, muito antes, mais de um mês antes, os pescadores da pesca artesanal da Cova-Gala já andavam preocupados e  descontentes com as obras que então estavam  em curso na zona da Ponte dos Arcos.
Segundo quem se dedica a este tipo de pesca, o canal de navegação tinha ficado demasiado estreito, o que pôs em risco a segurança das embarcações e dos homens no decorrer da navegação naquele troço do rio.
O “canal da morte” deveria ter sido encerrado à navegação, como, aliás, aconteceu logo a seguir ao acidente
Isso, sabe-se hoje, teria evitado a morte dos dois pescadores.
Depois da “casa roubada, colocaram trancas à porta”, pois alguém interditou  depois do acidente que vitimou duas vidas  a “boca do inferno”.
Alguém teve “poder” para o fazer à posteriori. Portanto, alguém falhou.
Sabe-se que houve reuniões, antes do acidente, numa das quais foram ouvidas as preocupações dos pescadores, que devido às obras se queixavam das dificuldades em navegar pelo canal.
Louro Alves, Capitão do Porto na altura dos acontecimentos,  afirmou na sessão de julgamento em que foi ouvido que ninguém (entidades que participaram - Estradas de Portugal, IPTM, câmara, construtora, entre outras) levantou a “questão de interdição do tráfego no canal”.
Não obstante, já era equacionada, antes do acidente, a passagem das embarcações do Portinho da Gala, para o porto de Pesca, uma das soluções que Louro Alves defendeu e que poderia ter evitado o acidente.
A outra teria sido a interdição total do canal de navegação.
Antes da morte de Clemente Imaginário e de Manuel Pata, porém, nenhuma das duas hipóteses aconteceram. A seguir, fechou-se o canal à navegação e passaram-se as embarcações do Portinho da Gala para o Porto de Pesca.
À boa maneira portuguesa, “depois da casa roubada, colocaram-se as trancas à porta”...

Em tempo.
A próxima sessão do julgamento está marcada para 26 de fevereiro, às 09H00.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Uma questão de "costumes"

daqui

Arco-íris

foto António Agostinho

Continua mau tempo e a erosão continua ao ataque na Cova...

 Entre o 4º e o 5º. molhes a duna está a desaparecer perigosamente.
Entre o 3º. e o 4º. molhes, a protecção em pedra está a ser atacada perigosamente.
fotos António Agostinho

Houve alguém que disse que "todos os direitos das pessoas podem ser referendados"...

imagem sacada daqui
Foi o deputado Hugo Soares, do PSD, eleito no século XXI num Estado que, presume-se, é de direito democrático e uma democracia constitucional.

Das colectividades às coletividades...

“A Figueira da Foz tem motivos para se orgulhar do seu movimento associativo popular, sobretudo porque a sua qualidade e quantidade denotam a existência de uma sociedade civil forte e ancorada na cultura. As coletividades são uma emanação do poder das populações e visam satisfazer os seus interesses; devem procurar, pois, nesse terreno, os seus meios e recursos, o que não significa que, de uma forma transparente e objetiva, a administração pública não as apoie. Felizmente passaram os tempos em que o associativismo era campo de manobra política e em que o cheque levado no bolso ditava preferências e oportunismos. As associações estão a descobrir a sua força e as que sobreviverem a estes tempos ficarão como faróis a iluminar as que vierem.”  
Vereador António Tavares, na sua já habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS
"Não calcula o tempo que demoro a escrever aquela merda com 1400 caracteres. Leio aquilo tantas vezes... Volto atrás e vou para a frente. Só a trabalheira de arranjar assunto. Eu espontaneamente só tenho opinião uma vez por ano, agora tenho de ter todos os dias porque ganho a vida assim", disse um dia Manuel António Pina ao jornal i
Ao contrário de Manuel António Pina, não tenho opinião apenas uma vez por ano. Todavia, também não a tenho todos os dias. 
Diga-se, em abono da verdade, quando se tem um blogue, onde é suposto ter opinião, que tal pode constituir uma atrapalhação... 
Conheci, em tempos recuados, a opinião do António Tavares sobre as colectividades. Fiquei a conhecer, a partir de ontem, a opinião do vereador Tavares sobre as coletividades...

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Continua o mau tempo...

foto António Agostinho
Praia da Cova, 4º. molhe, o que fica mesmo em frente aos bares. Repare-se nos metros de areia em  falta. 
O acesso ao areal, que assentava no areal, encontra-se  agora suspenso no ar...

Praxe

A tragédia do Meco, que aconteceu há mais de um mês, tem sido o assunto do momento, nas últimas semanas. Infelizmente, o mediatismo à volta deste caso não se deve a estarem agora finalmente apuradas as circunstâncias em que os 6 jovens morreram, mas sim à insistência dos pais, mães e avós em não deixarem o assunto cair no esquecimento. Seis pessoas morreram em circunstâncias ainda por apurar, com a forte suspeita de que a morte possa ter ocorrido no contexto de praxe.
Assistiu-se a um triste espectáculo: silêncio, inércia e impassividade por parte das autoridades responsáveis pela investigação do caso. Os jovens faleceram a 15 de dezembro e só a 21 de janeiro a Procuradoria-Geral da República determinou a aplicação do segredo de justiça, chamando a si o inquérito.
O que aconteceu foi uma verdadeira tragédia. Crime ou não crime, a morte de 6 pessoas não pode ficar por investigar. 

Adeus Pete Seeger


Com 94 anos, foi-se embora ontem
Há pessoas que nos ajudam a acreditar que o mundo um dia será muito melhor.