terça-feira, 20 de agosto de 2013

A mudança só pode começar em nós...

A maioria dos portugueses não liga à política. A não ser que pense que pode vir a ganhar  alguma coisa com tal esforço...
De contrário, até abomina e crucifica os que ousam ter ideias e manifestar opinião.
Diga-se, em abono da verdade, que os  partidos existentes em Portugal, por aquilo que conheço, também não ajudam.
Quase todos, para não afirmar mesmo todos, só aparecem quando cheira a eleições e os políticos contentam-se com as palmadinhas nas costas dadas pelos indefectíveis,  após as “missas”, como se viu ainda recentemente no Pontal.
Por sua vez, as  Universidades, os meios de comunicação  e alguns movimentos de cidadãos (como aconteceu recentemente na Figueira com os 100%) não são soluções duradouras, apenas  representam  uma alternativa ou esperança conjuntural.
A culpa é de nós todos, enquanto colectivo.
Estamos  mais receptivos ao fácil, cómodo e  confortável  marasmo em que vamos apodrecendo,  enquanto País  produtor  de irrelevâncias a vários níveis e, naturalmente, também políticas.
Sendo mais concrecto: conforme podemos verificar olhando, por exemplo, para o que se passa neste momento no nosso concelho, digam-me se se passa alguma coisa de relevante no debate político sobre o que se pensa para o futuro da Figueira, quando estamos a pouco mais de um mês de um acto eleitoral importantíssimo para o futuro de todos nós,  figueirenses!..
Pelo que consigo observar – e procuro ser um cidadão atento-  em vez de ideias, temos questiúnculas e fait divers a marcar a agenda política local...
Assim, como será possível mudar este estado de coisas?
Começando, talvez,   por pensar e  cuidar de nós.
Sim, de nós - que temos sido tão estúpidos graças a Deus...

Ontem, foi Dia Mundial da Fotografia

foto de Pedro Agostinho Cruz
Tenho a certeza, que enquanto fotógrafo, o “puto” autor da  foto acima, é dos que não prejudica uma arte que tanto ama e respeita...
Espero que a fotografia lhe retribua e lhe proporcione tudo o que merece.

Ser um grande cronista é isto...

Conseguir escrever, dizendo tudo o que quer, em menos tempo do que precisamos para o ler...
 “... o artigo era sobre call centers, linhas de montagem de telefonistas discando que são o mesmo que Charlot aparafusando no Tempos Modernos e por ordenados equivalentes aos desses tempos antigos. Pois essa regressão desumana seria "uma oportunidade extraordinária" para a nossa economia. Uma conjunção de fatores - "competências em línguas estrangeiras, boa infraestrutura tecnológica, salários baixos e desempregados em desespero" - faria de Portugal um paraíso para as centrais de atendimento. A homens trolhas e mulheres com bigode, as duas características com que nos pintam mal, juntar-se-ia a nossa mania para iniciar qualquer conversa, assim: "Em que posso ajudá-lo?" E em várias línguas! Triste desandar de um povo que deu mundos ao mundo, ser destinado a esperar que o mundo venha ter com ele em chamadas telefónicas. No dizer de um dos entusiasmados com os call centers, a nossa estrutura tecnológia é boa e a nossa rede de fibra é a melhor do mundo. À partida isso parecia ser uma boa notícia, não é? Pois, pelos vistos, parece que vamos ter de pagar por isso... Pergunto: de que me vale telefonar a pedir socorro se é um português que me atende?”

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mais uma polémica fácil de resolver: querem resolver o problema do areal da praia da Figueira?.. A solução é tão simples...

A coligação «Somos Figueira» considerou que os outdoors que dão conta, desde a semana passada, na Avenida 25 de Abril, da ideia vencedora do «Concurso Público de Ideias para a Requalificação e Reordenamento da Praia e Frente de Mar da Figueira da Foz e Buarcos», constituem  "publicidade enganosa".
"A construção da ideia ali divulgada está avaliada em 102 (cento e dois!) milhões de euros e não é, obviamente, concretizável, tal como foi assumido pelo executivo camarário em reunião de Câmara Municipal, a 13 de Março de 2012. O projecto vencedor do concurso foi anunciado em final de Fevereiro de 2012 e dado a conhecer ao público em Abril de 2012".
"A colocação dos outdoors, mais de um ano depois da revelação dos vencedores e do concurso público, não pode deixar de levantar algumas questões: qual é o objectivo desta divulgação nesta altura? Quem pagaria este sonho? Resulta claro que esta é uma medida de campanha eleitoral do Partido Socialista e de João Ataíde, disfarçada de iniciativa da Câmara, que visa enganar os figueirenses, levando-os a acreditar que aquela obra se vai realizar", afirma a coligação «Somos Figueira».
Em declarações ao Figueira Na Hora, António Tavares, vereador responsável pelo pelouro do Ambiente, esclarece que "a visibilidade do projecto constava no próprio regulamento do concurso". Por outro lado, acrescentou, no mesmo concurso surgiram outras propostas, "algumas fortemente veiculadas, e esta, que ganhou, estava a ficar esquecida".
O vereador admite, também que os outdoors servem para "explicar a decisão da renaturalização da praia, sem a habitual intervenção de corte de vegetação na ante-praia, promovendo a consolidação natural das areias". António Tavares considera "óbvio que não se trata de publicidade enganosa", até porque, frisa, "não há nada (nos outdoors) que diga que a Câmara executar" aquele projecto.
Chegados aqui, propomos nós,  "bom senso e elevação" é o que se impõe.
Sendo assim, Outra Margem, dentro do seu papel pró activo e conciliador,  tem a solução: se os figueirenses  colocarem o PSD mais 12 anos à frente da câmara da Figueira, dentro de 12 anos até areia faltará na praia e estará resolvida mais esta polémica!..
Recorde-se, que nos 12 anos em que esteve  à frentes dos destinos da edilidade figueirense o PSD deixou, como herança, uma dívida de cerca de 90 milhões de euros!..
Portanto, se os figueirenses  gostaram  é  continuar...

Polémica do momento na Figueira...



Mas quem será?..  Mas quem será? O pai da criança!..

Novo ciclo

Pelo que espreitei na primeira jornada, se o  Benfica e o Porto só jogam aquilo que mostraram no início deste novo ciclo, não será estultícia  antever carreiras curtas na  Europa e a possibilidade do  Sporting e do Braga estarem na luta pelo título...
Bom, resta sempre a possibilidade da pressão sobre os juízes...

domingo, 18 de agosto de 2013

Memória da tiragem do sal à moda antiga...


Está a decorrer no Núcleo Museológico do Sal, uma Safra à Moda Antiga.
Esta recriação da recolha de sal por métodos artesanais faz parte das minhas memórias de infância, pois durante muitos anos, lá pelos idos anos 60 do século passado, acompanhei muitas vezes a minha mãe e a minha avó Rosa Maia, tiradeiras de sal - elas iam trabalhar no duro e eu, criança, ia brincar aos marnotos.
Recorde-se, que na altura as salinas constituíam uma actividade económica relevante na Figueira da Foz.
Como acabou de me dizer a minha mãe, quando lhe pedi para colocar aqui a foto dela a tirar o sal, para dar-me  conta da dureza desta lide, "o sal era branco, mas fazia o coração preto".
O Pedro Agostinho Cruz, fez esta manhã um trabalho fotográfico da iniciativa promovida pelo Núcleo Museológico do Sal. Para ver clicar aqui.  

A minha colaboração com a candidatura "SOMOS FIGUEIRA" - (a partir de agora, a sério...)


Lançamento, no CEMAR, do Programa do Instituto Hidrográfico para o Surf...

No dia 20 de agosto, terça-feira, pelas 18:30, irá decorrer no Centro de Estudos do Mar (CEMAR), Figueira da Foz, uma apresentação sobre o site de previsão das condições do surf “Qual é a tua Onda?”.

Esta apresentação será conduzida pelo Diretor-geral do Instituto Hidrográfico, Contra-almirante António Silva Ribeiro e pelo Cte Santos Fernandes da Divisão de Oceanografia e tem como objetivo divulgar o site, dando oportunidade à comunidade surfista intervir apresentando as suas sugestões para o melhoramento deste serviço.


Convida-se então todos interessados a estarem presentes nesta apresentação no CEMAR, Rua Mestre Augusto Fragata, 8 – Buarcos- Figueira da Foz.

Bom domingo

sábado, 17 de agosto de 2013

Pedro Lomba: "Já não volto a fazer estes briefings"...


Por outras palavras: vão bardamerda, táaa?..

O país real e o Pontal...

Entretanto, ontem, no Pontal,  Pedro Passos Coelho, esteve igual a si próprio: não teve honestidade intelectual, nem coerência e nem foi rigoroso!
Ok. Não é isso que se espera no Pontal. Mas, ao menos, alguém viu entusiasmo, mobilização e festa?..
Viu-se, sim, foi um Passos Coelho que vive aterrorizado com a elementar obrigação de ter de cumprir a Constituição!
"Eu tenho de ser transparente, eu não posso garantir que não haja do ponto de vista constitucional riscos que não se possam materializar. Se eles se materializarem alguns dos resultados que conseguimos até hoje poderão estar em causa e poderemos andar para trás".
Passos Coelho, recorde-se, estava a discursar  três dias depois de o Presidente da República ter enviado para o Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva o diploma do Governo sobre a requalificação da função pública.
Para Passos Coelho, que não teve a coragem de propor uma revisão constitucional que legitimasse a sua política, "o problema é o Tribunal Constitucional que não compreende  a política fora-da-lei do seu Governo"...
Resumindo, concluindo e abreviando,  que não tenho paciência para mais: tudo não passou de propaganda manhosa com penteado e voz de barítono.

Autárquicas 2013 em S. Pedro (VII)

foto sacada daqui

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Silly Season nas autárquicas figueirenses... (II)

foto original sacada daqui



Todos os anos, também na Figueira, a Silly Season ataca os meios de comunicação social, fomentando a ideia que nada de “importante” se passa durante o mês de Agosto. A quase limitação do ciclo informativo aos faits divers tem na origem a ideia instalada que as notícias mais light ainda vendem mais do que a facada e a socialite.
Em ano de autárquicas, a história contraria esta versão, pois Agosto é um dos meses predilectos para todo o tipo de jogadas políticas.
Dado que por aqui, mesmo em Agosto, continuamos atentos, fica o alerta ao senhor presidente, presente e futuro, para o seguinte:  “devolver a excelência de outros tempos” à Figueira, não é assim tão fácil. Nos próximos 4 anos, exige-se  mais, muito mais...

Um dia a Figueira vai mudar...

foto de Pedro Agostinho Cruz, sacada daqui
A Figueira é uma cidade linda.
Ainda há pouco tempo, com a transmissão da etapa da Volta a Portugal que  passou por cá,  tivemos oportunidade de ver em directo na RTP1 imagens “fantásticas” – como diria o José Cid – daquela que já não é a Rainha das Praias de Portugal, mas continua uma cidade de uma beleza imensa.
Apesar dos atentados que sofreu nos últimos 40 anos, o potencial está cá. 
Infelizmente, porém, temos sido uma cidade acomodada e distraída, portanto, vulnerável e  desprotegida  ao oportunismo do “forasteiro” de oportunidade que sabe aproveitar a ocasião...
Somos, também, uma cidade onde o  improviso e o desleixo têm tido terreno fértil para fazer o seu caminho.
Mas, um dia haveremos de acordar.  Quando isso acontecer  - quando acordármos -, a cidade irá ser outra.
Mas, isso só acontecerá quando o Povo fizer perceber  aos políticos  locais que é ele que determina, o que quer e como quer.
Aí, sim, as coisas mudam mesmo, caso eles  não queiram perder  o emprego...

Cenas de verão...

a princesa da matamba

Isabel dos Santos é uma investidora muito respeitada em Portugal por imensa gente bem, pelos media e até plas autarquias: (na Figueira da Foz, por exemplo, a simples menção do seu santo nome bastou para que, em assembleia municipal, se aprovassem alterações ao PDM para exclusivo benefício da Lusiaves, empresa na qual tem, naturalmente, uma participação).


Via O Sítio dos Desenhos 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Mais papas e bolos?...

Anda para aí uma onda de euforia. 
Falam do crescimento, da recuperação económica, da diminuição do desemprego, dos sinais de luz ao fundo do túnel. 
Espero que seja verdade... 
Espero que isto não seja tudo fogo de vista e que no final do próximo dia 29 de Setembro, a luz não torne a apagar-se, isto é, termos de continuar a empobrecer para salvar Portugal. 
Entretanto, leiam este texto de Gustavo Cardoso
Ou já esquecemos que a destruição da economia nacional, levada a cabo com entusiasmo, transformou o mercado laboral numa autêntica selva, bem ao gosto dos espíritos neoliberais que por aí rosnam. 
O desemprego de longa duração nunca foi tão elevado. Por isso, é natural que as pessoas tenham começado a aceitar o que aparece, sendo que o que aparece é trabalho mal remunerado, sem direitos, e em condições sub-humanas (como acontece na agricultura, o sector económico que mais emprego produziu nos últimos dois anos, quase sempre precário ou sazonal). Receio bem que os pequenos sinais recentemente detectados de crescimento no emprego e na economia, tenham em boa parte que ver com a aproximação das eleições autárquicas e o consequente acelerar de obras e da logística da propaganda eleitoral. 
Portanto, creio que ainda é cedo para festejar...