domingo, 27 de janeiro de 2013

Praia vazia

foto António Agostinho
Hoje de manhã, bem cedinho, como gosto, fui andar a pé e ver o mar.
Como é normal nesta altura, não havia ninguém na praia.
Estava agradável: o  vento frio não conseguia  levantar as areias consistentes como açúcar mascavado.
O horizonte apresentava-se opaco.
A linha do horizonte que separa o céu e o mar estava quase indistinta e eu não não via bem porquê.
Tive sorte: logo que cheguei a casa,  começou uma chuva que ainda se mantém por estes lados.
Há coisas que escrevemos, apenas, para que a nossa memória não as perca.

X&Q1160


Chover no molhado


Isto não é ficção.
Por exemplo, aconteceu em 2004.
“Na Figueira da Foz, a chuva condicionou o desfile do Carnaval de Buarcos que acabou por se realizar com entrada livre, resultando numa perda de receitas. A organização do evento chegou a equacionar o cancelamento do desfile cerca das 13h00, mas, com a paragem da chuva minutos depois, decidiu-se pela sua realização, embora sem cobrar o bilhete (3,5 euros) de acesso ao recinto.”

A água molha.
foto sacada daqui
Por isso, quem anda à chuva molha-se.
Naturalmente.
Numa altura em que na Figueira  o assunto do momento é  o carnaval,  o mínimo que se devia exigir era que a natureza aquosa da água fosse uma unanimidade.
No entanto, sempre que São Pedro decide ligar a torneira celestial, a reacção que se observa nas pessoas  é a de uma surpresa desconcertante!
Os seres humanos, como os animais terrestres que são, consideram que o contacto involuntário com a água é desagradável. 
Logo é natural que fiquem surpresos.
O que estranho,  é que aqueles que se encontram dentro de edifícios, debaixo da protecção concreta de tectos e paredes, apresentem surpresa e incredulidade pelo facto de, no meio do segundo mês mais chuvoso do ano,  chover.

O frio esfria.
O facto de temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, nesta altura do ano,  também faz todo o sentido.
Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas.
No entanto, sempre que os termómetros registam temperaturas ligeiramente abaixo dos 10 graus, o espanto e o choque surgem como se tivéssemos sido transportados, numa questão de segundos, do calor do deserto do Saara para o frio das tundras da Sibéria.

Estamos em plena época da demoníaca trindade de chuva, vento e frio.
Os portugueses transformam-se em criaturas ainda mais soturnas e traumatizadas.
Sempre que podem, aproximam-se das  lareiras e aquecedores com a paranóia de gazelas perseguidas. Cobrem-se de mantas e cobertores.
Ficam carentes, irritadiços, frágeis e sonolentos.
                                                                                   
Podemos discordar sobre quase tudo.
Mas, por estes lados, está mais do que na altura de chegar a um consenso sobre os fenómenos meteorológicos.
Todos sabemos o essencial sobre a matéria.
No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes.
Eu sei que existe muita incerteza na previsão do estado do tempo.
A meteorologia é uma ciência traiçoeira.
Ela partilha isso com os piratas, os políticos e as ciências económicas.
Mas,  no Inverno, o natural  é estar  frio e chover – muitas e muitas vezes…
Será que também vai ser necessária  a força da "troika" para percebermos isso de uma vez por todas?..

Bom domingo

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Visto e "ouvisto"!..


Sinceramente!..
Relvas, ao menos vai aprender a falar...

In dubio pro reo


A demissão do governante segue-se a ter sido notificado na passada segunda-feira pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra de um despacho de acusação pela alegada prática, em 2008, enquanto presidente da Câmara de Penela, de um crime de "prevaricação de titular de cargo político, de forma a que um primo em segundo grau fosse o escolhido para o cargo."
Segundo o jornal i "o esquema terá sido montado “em inícios do ano de 2008”, quando Paulo Júlio decidiu abrir um concurso interno para o cargo de chefe da Divisão de Cultura, Turismo, Desporto e Juventude. O primo, Mário Duarte, já era funcionário da autarquia de Penela há mais de 20 anos. Sabendo que o primo era licenciado em História de Arte, o secretário de Estado terá excluído todas as outras licenciaturas da lista de requisitos. De seguida terá decidido que o júri do concurso seria composto por ele próprio, um jurado na área do Desporto e um ex-professor do primo. Terá ainda proposto que o factor “experiência profissional” fosse especialmente valorizado: Mário Duarte já trabalhava no sector da cultura e património e o presidente propunha que a esse factor fossem atribuídos 12 valores acrescidos de 1 valor por cada ano suplementar. No final, quando chegou a altura das entrevistas, também terá sido Paulo Júlio a decidir quais as perguntas a fazer. No final, feitas as contas, os únicos dois pontos da avaliação em que Mário Duarte teve melhores notas que a outra candidata foram precisamente a entrevista e a experiência profissional. Nas habilitações académicas e na formação profissional, a outra candidata teve melhores resultados.

Assunção Cristas diz que sector da água é “insustentável do ponto de vista económico”!..


O quê: só a água senhora ministra?..
Então  e o que fazer à terra, ao ar, ao sol, ao vento, ao mar, à lua,  a mercúrio, a vénus, a marte, a júpiter, a saturno, a urano,  e a neptuno?..

Carnaval 2013

Em tempo...

Dúvida linguística para maiores de 18...
Por que é que «mariquinhas» e «coninhas» significam mais ou menos o mesmo?

Dia de relva queimada?...

Miguel Relvas queria  fazer prova de vida, deixar obra de demolição nesta sua passagem pelo governo,  pela qual seria recordada a sua grandeza destrutiva e a sua pequenez enquanto homem de Estado…
Mas, para já, o país não deixou e a “ privatização da RTP foi adiada pelo Governo”.
Relvas é a imagem deste governo.
Este governo tresanda a Relvas.
Vão cair juntos um dia destes.
Para já, fica o desabafo de Relvas...
“Gostava de ter ido mais longe, mais depressa”

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

David Carreira, rei do carnaval Figueira/2013... Ana Oliveira, a rainha!

foto sacada daqui
David Carreira vai ser rei do carnaval da Figueira em 2013... 
Ana Oliveira vai ser a rainha!
Segundo o que li na edição impressa do jornal AS BEIRAS, 100 mil euros, cem, 20 mil contos em moeda antiga, é quanto a Figueira Grande Turismo vai entrar para a brincadeira...
Quem quiser assistir ao desfile na avenida, vai ter de desembolsar 3 euros, menos 50 cêntimos que o ano passado.
Isto, por causa da crise...
Urbano Pinto ficou sem hipóteses.

À  falta de melhor assunto, solicitámos a várias personalidades de relevo nacional e internacional (Outra Margem não brinca em serviço...), que nos dessem o seu comentário sobre o  a escolha da personalidade escolhida para ser o rei do carnaval da Figueira em 2013… A rainha, pelo que percebemos, para todas as figuras de referência contactadas por nós, é uma real desconhecida...
Aqui ficam os depoimentos...

“O Carnaval da Figueira está de parabéns com a escolha.
 Bom, se quiserem, eu tenho aqui um livro muito interessante que explica para que serve o David Carreira como rei do carnaval da Figueira…”
Marcelo Rebelo de Sousa

“Nota-se um certo messianismo revanchista a nascer. A direita esmag… hã? O quê? Mas isto não é sobre o governo…”
Mário Soares

“O carnaval da Figueira  humm humm o carnaval da Figueira humm hummm o carnaval da Figueira está de hummm hummm parabéns…”
Luís Filipe Vieira

“Então, tou falando prá você aí, né, que todo mundo sabi que eu tenho um granji serrafo né? Um sarrafão, tou tchi falando. Ma o cara lá do carnaval da Figueira né, tem um sarrafo muito maiorr que o meu né? Show de carnaval galera!”
Alexandre Frota

“Ainda não me decidi se darei os parabéns ao carnaval da Figueira, por isso não poderei ainda dar os parabéns ao carnaval da Figueira.”
Cavaco Silva

“Foda-se pá, onde é que está a merda do microfone?...”
Valentim Loureiro

A chamada, neste momento, caiu...
Fui conferir o que se passava. Tinha ficado sem saldo no telemóvel e sem possibilidade de efectuar um carregamento...
O Vitor Gaspar, este mês, deu-me mais uma facada... 

S. Pedro: os efeitos do temporal do sábado passado nas passadeiras da praia

foto António Agostinho