quarta-feira, 15 de julho de 2009

Férias...

Neste tempo de descanso, sem riqueza, visível, nem invisível, dou conta que o maior património de um homem, avalia-se pelas decisões que tomou ao longo da vida. Pelos caminhos que trilhou. Pela vida que viveu.
O saldo, são os trambolhões que deu, ou lhe fizeram dar.
Vou continuar a dar pedradas nos charcos dos jardins das ilusões.

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terça-feira, 14 de julho de 2009

Algures na Ilha da Morraceira

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Figueira, um concelho diminutivo

Nesta Figueira, concelho diminutivo, a fronteira entre a realidade e a ficção está cada vez mais estreita…
O real, isto é, o que se vê, não é mais o que parece, mas é um outro real: o da representação…
Eu bem sei, que o senhor deputado Miguel Almeida não é de se gabar nem de se queixar do esforço.
Eu bem sei, e o senhor deputado Miguel Almeida também, que na política o reconhecimento não é doutrina.
Eu bem sei, e o senhor deputado Miguel Almeida também, que o mérito e o cumprimento do dever devem ser ratificados.
É por isso mesmo, que eu não vou votar em si, senhor deputado Miguel Almeida.
E sabe porquê?
Em 21 de Fevereiro p.p remeti-lhe o seguinte email:
“Serve o presente para alertar V. Exa. para o problema da erosão costeira a sul da barra do rio Mondego. Anexo algumas fotos obtidas nos últimos dois meses na freguesia de São Pedro. Penso que darão uma ideia da dimensão do problema. No meu blog http://outramargem-visor.blogspot.com/ tem abundante conteúdo para analisar. agradecendo a sua melhor atenção para o assunto, apresento-lhe os melhores cumprimentos.
antónio agostinho”

Até hoje, continuo a aguardar qualquer resposta, apesar de o senhor deputado, segundo diz, “durante os quatro anos ter contactado os que o elegeram e os que não o elegeram para melhor conhecer as suas causas e os seus problemas concretos.”
Eu, só tenho a dizer: não esperei pelo seu contacto, contactei-o sobre um problema concreto e não obtive qualquer resposta…
Portanto, por mim, o senhor deputado não será eleito.
Porque não foi eficaz para um cidadão figueirense, num problema de tamanha importância para ele, como é a erosão costeira…

Nota:
Por ser verdade, informo que noutra questão então também pertinente - o atraso e a derrapagem na construção da nova Ponte dos Arcos - contactei o senhor deputado Miguel Almeida e fui informado do que era no momento possível saber-se...
Daí, a minha estranheza: não havia nada a dizer sobre uma questão tão pertinente como a erosão costeira a sul do concelho da Figueira da Foz senhor deputado?..
E, já agora, por uma questão de educação, qualquer um merece resposta...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Com Jorge Jesus os jogadores do Benfica já jogam o dobro...



Apenas um dia depois do primeiro jogo de pré-temporada, o Benfica volta esta segunda-feira a entrar em campo na Suíça, agora frente ao Shakhtar Donetsk, quase com os mesmos onze!....

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O País do faz de conta…

foto de Pedro CruzVivemos num País e numa cidade do faz de conta.
A propaganda irresponsável e destituída de conteúdo, é um ónus que, todos, mais cedo ou mais tarde, teremos de pagar.
Estes são os políticos que elegemos. Estes são os partidos que temos a governar.
Mas, será que não temos outros partidos, nem outra gente?..
Mais uma vez, estamos a aproximar-nos a um tempo de opções.
As eleições deveriam ser encaradas como aquilo que são: a escolha dos que vão determinar o nosso futuro.
Infelizmente, as coisas não funcionam desta maneira. Vota-se. Os que votam. E pronto.
Este, ainda é o tempo em que concedemos o voto por uma esferográfica, um avental, uma tigela de caldo-verde, uma sardinha no pão, um tinto…
Um luxo, que a extrema pobreza, nuns casos, económica, noutros, intelectual, agradece…
Vejam como funciona a coisa. Um exemplo prático e real, para ser de mais fácil entendimento.
Possivelmente, nos próximos 4 anos, os figueirenses vão ter como seu representante na Assembleia da República Miguel Almeida (o nome, aqui, é o que menos importa…) que foi o mais votado para representar o PSD da Figueira da Foz, na lista de deputados à Assembleia da República por Coimbra. O deputado figueirense reuniu 10 votos, contra cinco a favor de Lídio Lopes, presidente da concelhia “laranja” na Figueira, numa votação que se realizou sexta-feira à noite na sede do partido.
Com 10 votos, dez, se escolhe um deputado de um concelho com mais de 40 mil habitantes...
Isto, diga-se em abono da verdade, acontece no PSD. Mas é assim em todos os partidos.
O País está entregue a uma elite de iluminados. Ponto final.

sábado, 11 de julho de 2009

Homenagem aos pescadores covagalenses - dia 2

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Um texto do Doutor Luis Melo Biscaia


Com a devida vénia, respigámos este texto do Doutor Luís de Melo Biscaia, daqui.
“Infelizmente, são já muitos que pouco ou nada se importam em valorizar a democracia, observando os seus princípios éticos e programáticos. Preferem viver sem essa preocupação, porque não sabem nem procuram saber o que é verdadeiramente esse regime político. Aproveitam, sim, a liberdade, que é própria de tal regime, para se comportarem muitas vezes da pior maneira, julgando que tudo é permitido! Vão sendo frequentes as situações de desrespeito pelo diálogo social e político, pela aceitação do pluralismo, pela solidariedade e pela justiça, pela convivência pacífica e democrática, e até pela boa educação. Assim a nossa democracia vai empobrecendo, parecendo mais uma imitação de muito mau gosto do que deveria ser. A arrogância, a prepotência, o incumprimento das leis, o desejo de enriquecer depressa mesmo por meios ilícitos, o favoritismo de amigos ou de quem tem a mesma opção política, a desonestidade, etc, imperam cada vez mais. No entanto, os que apregoam, a todo o momento, que são democratas, na prática do dia-a-dia negam constantemente essa qualidade. Já o dissemos e repetimos: à Revolução, que nos trouxe a Liberdade e a Democracia, não se seguiu uma revolução das mentalidades, que, durante os muitos anos da ditadura, estiveram anquilosadas e impedidas de fazer opções. Era preciso que se tivesse feito uma campanha de formação, com competência e dedicação. E bom teria sido que essa formação começasse logo nas escolas e também nos Partidos. Estes pouco ou mesmo alguns nada têm feito de válido nesse sentido. Estamos sempre a tempo de dar à nossa democracia o que ela merece, nunca esquecendo que se conquistou com muitos sacrifícios de toda a ordem. Tal depende essencialmente da vontade firme de cada um.”

Conforme pudemos ler, este oportuno texto alerta para um problema real: a qualidade da democracia está a decair em Portugal.
A sociedade portuguesa está desencantada com a classe política e, isso, reflecte-se no empobrecimento da nossa democracia: todos temos noção que a diminuição da participação nas eleições, o desinteresse dos cidadãos pelos partidos políticos e pelos sindicatos, o aumento da desconfiança em relação aos políticos e às instituições democráticas, não fortalece o regime democrático.
Dado o contexto complicado que se vive em Portugal, é por conseguinte, da maior pertinência e actualidade este lúcido texto do Doutor Luís de Melo Biscaia.