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sábado, 18 de fevereiro de 2017

Com a abstenção dos vereadores do PSD, foi aprovado concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar

Pedra sobre pedra, decisão a decisão, lentamente, assim se vai cimentando o espólio que este executivo vai deixar à posteridade figueirense. 
Neste caso, para os próximos 50 anos. Uma vida. 
Se  a proposta é sólida ou não, teremos  50 anos para ver. 
Entretanto, a opção da oposição, é a abstenção. 
Assim estão os vereadores PSD/Figueira: não tomam posição, vão-se abstendo, que o mesmo é escrever, vão empurrando com a barriga. 
E  já lá vão uns anitos.  Quatro anitos. Quatro
É assim que tudo se deixa construir ou destruir: não tomando posições claras. 
Continuemos a sorrir...

O concurso público de reabilitação, reconversão e exploração do complexo da piscina-mar foi aprovado ontem, na reunião de câmara, com os votos a favor da maioria PS e a abstenção do PSD, que através de João Armando, fez saber que concorda «que haja uma solução para o complexo», mas manifestou dúvidas de que a proposta em causa seja «suficientemente sólida».
A parte da proposta que tem a ver com a arquitetura foi apresentada por Carlos Figueiredo, autor do projeto e último concessionário deste equipamento municipal.  
A obrigatoriedade da manutenção da estalagem e da cobertura (transparente) da piscina, para poder ser utilizada durante todo o ano, mantém-se, assim como a possibilidade da utilização do antigo solário para outros fins – nomeadamente, aumentar a capacidade hoteleira, de 13 para 19 quartos. Confirma-se  a esplanada na Avenida 25 de Abril, com o necessário alargamento do passeio, e as lojas. Poderão ainda ser instalados um ginásio, uma talassoterapia, entre outros serviços. Por outro lado, vai ser colocado um elevador, com acesso à piscina e à zona hoteleira. O actual espaço de restauração também se mantém. 

Entretanto, em vez de 30 anos com possibilidade de renovação por dois períodos de 10 anos, a concessão passou para 50 anos seguidos. 
O concessionário, que vai ter de realizar as obras, cujo valor estimado são dois milhões de euros, e assegurar a exploração, não terá de pagar pela adjudicação da concessão
Para além disso, terá um período de carência de três anos para o pagamento das rendas, destinado às obras – se forem concluídas antes, começam a ser pagas após a emissão da licença de utilização. 
Durante os primeiros três anos de exploração, o valor das rendas será de 5.550 euros por ano. No quarto, quinto e sexto anos, sobe para 8.650 euros. A partir dali, estabiliza nos 14.400 euros.

Se os anteriores concessionários se queixavam da curta validade da concessão, agora, no mínimo, é questionável ter a duração de 50 anos. 
A esta questão, o executivo camarário PS contrapõe que os diversos setores de negócios podem ser explorados por terceiros, desde que o vencedor do concurso público se mantenha. 
E até existe a possibilidade de trespasse, desde que seja aprovado pela câmara
Por outro lado, do ponto de vista do actual executivo, a longevidade da concessão tem a ver com o elevado investimento do restauro e reabilitação do imóvel classificado, construído no início dos anos 50, cujo projeto é do arquitecto figueirense Isaías Cardoso, falecido há poucos dias. 
Além do investimento inicial, o concessionário tem também de garantir a conservação dos imóveis e as condições para o bom funcionamento de todos os espaços concessionados. 
Segundo as estimativas da autarquia, o investimento inicial poderá ser amortizado em 10 anos e os investimentos a efectuar ao longo da concessão (conservação, mobiliário e outros) poderão chegar aos dois milhões de euros. 
A estes, somam-se,  os outros dois milhões previstos para as obras e mobiliário iniciais. 
O concessionário pode recorrer a fundos europeus reembolsáveis com juros baixos ou nulos, por tratar-se de reabilitação urbana

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Da série, top figueirense (feijoada de búzios e piscinas)...

Marés

"Sim, a Figueira precisa de uma piscina na cidade. 
Toda a gente concorda. 
Mas, uma piscina de marés com a nossa água fria é um outro desafio. 
Ninguém gosta de tomar banho de água fria quando pode ter água quente. Portanto, ter uma piscina que aproveita a água das marés, vinda do mar ou do rio, não é um investimento com retorno garantido, pelo contrário, o risco de insucesso é elevado. A não ser que haja investidores privados que consigam. 
Em 2020, será exequível fazer um “remake” das piscinas de Leça da Plameira desenhadas por Siza Vieira? As pessoas aderem? Não sei, tenho dúvidas e não gostaria de ver o município a investir dinheiro público numa aventura destas. Visitei este verão na Galiza, concretamente na cidade de Ourense, piscinas naturais com água quente termal, algumas públicas junto ao rio Minho, outras privadas no meio de parques ou da cidade. 
Há toda uma tradição e um conforto em piscinas termais, com água quente, que não existe nas piscinas de marés. As pessoas aderem tanto de verão como de inverno. 
Antes de pensar em piscinas de marés deveríamos responder aos desafios do património municipal abandonado. 
Ou património que não está a ser rentabilizado, como por exemplo o Museu do Sal. 
Sempre que levo amigos e turistas ao Museu está fechado. Azar? Não, apenas um modelo ultrapassado de gestão com dias de abertura e horários desencontrados com as condições físicas do local. 
Há tanto a fazer para melhorar o património…"

Via Diário as Beiras 

Nota OUTRA MARGEM  
É penoso e embaraça cumprir o papel de figueirense realista e desiludido, que não se entusiasma com o que não existe. 
Consola-me saber, porém, que o desespero da triste realidade, pelo menos, é um sentimento seleto. Exige sofisticação. Não é para todos. 
Já a felicidade dos contentinhos, a meu ver, é um sentimento pobre. Tem mesmo, parece-me, qualquer coisa de fácil e vulgar. Está ao alcance de toda a gente. 
Na Figueira, parece, quase toda a gente é bestialmente feliz. Quase toda a gente vive num concelho maravilhoso. 
Não conheço muita gente como eu: infeliz e preocupada.
Não sei se foi por me sentir um pouco solitário neste meu estar: gostei de ler esta crónica de João Vaz.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

"Câmara da Figueira da Foz aprova novo projeto do complexo Piscina de Mar"

Foto via Paulo Pinto


«A Câmara da Figueira da Foz aprovou hoje, por maioria, o novo projeto do complexo Piscina de Mar, que terá um hotel com 49 quartos e um novo edifício, perpendicular ao da antiga estalagem.
Na reunião ordinária de hoje, realizada por videoconferência, estiveram presentes o responsável da empresa Prime Hotels, concessionária do complexo, e o arquiteto responsável pelo novo projeto, tendo suscitado críticas da oposição, que defendeu que as alterações deviam obrigar a um novo concurso público.
Tal não foi o entendimento da maioria socialista, que, por intermédio da vice-presidente, Ana Carvalho, fez um historial do processo, lembrou que o primeiro concurso “ficou deserto” e que, face ao normativo do segundo concurso, tanto o júri como o departamento jurídico da autarquia concluíram pela aceitação das alterações agora aprovadas.
Críticos da solução de concessão desde o início, os vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo (eleitos pelo PSD, mas a quem o partido retirou a confiança política) voltaram hoje a criticar o processo. Miguel Babo lembrou que o projeto a concurso “não foi este” e que a empresa “não pode ganhar um concurso com um princípio e depois alterar tudo”.
Ana Carvalho ripostou e manifestou-se “tranquila” após ter levado a alteração do projeto à reunião: “Se este projeto tivesse sido aprovado no concurso, teria sido aprovado e teria ficado em primeiro na mesma, face ao outro concorrente. E qualquer um poderia ter apresentado este projeto”, alegou.
O presidente da autarquia, Carlos Monteiro, embora manifestando que teria ficado “muito mais confortável” se o projeto “tivesse sido apresentado desde início”, notou que a DRCC “dá esse conforto em termos de proteção da envolvente e o júri diz que é legal e o jurídico também”.
A obra, de cerca de três milhões de euros, deverá iniciar-se dentro de quatro meses e prevê que o plano de água da piscina se estenda para debaixo do novo edifício lateral, entre outras intervenções.
“E eu vou ser muito rigoroso no cumprimento dos prazos, muito rigoroso no andamento da obra, porque o tempo que passou desde 2001 até hoje foi demasiado para aquele edifício”, frisou Carlos Monteiro.»

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

"José Bento Pessoa ou Alves Barbosa estariam orgulhosos por ver a “sua” Figueira da Foz acolher a Figueira Champions Classic"

A Figueira é uma Terra com tradições muito antigas no ciclismo.

Desde logo, o enorme e espantoso atleta, que foi o figueirense José Bento Pessoa, nascido a 7 de Março de 1874, campeão mundial e o maior ciclista de velocidade do seu tempo.
No final do século XIX, o homem da Figueira tinha um carácter forte, independente, mas aberto às influências do estrangeiro.
A foz do Mondego, era um porto de mar aberto ao comércio internacional, o que propiciava a convivência com os povos mais evoluídos do Norte da Europa.
A Figueira, então uma pequena cidade com cerca de 5 000 habitantes, vai viver por volta de 1895, uma época áurea. Local privilegiado à beira mar plantado, a sua praia, então "a mais bela de Portugal", e a lhaneza da sua gente, atraem veraneantes de vários cantos da Península Ibérica. Nos meses de verão, isso é decisivo para o desafogo financeiro e novos conhecimentos que marcam o figueirense. Todavia, como tudo na vida, também tem um ponto menos positivo: a instabilidade e a incerteza profissional.
Não esquecer, porém, a importância da influência inglesa no desenvolvimento da Figueira do final do século dezanove, tanto a nível comercial, como desportivo.
Um porto de mar que permitia a entrada dos maiores barcos comerciais de então, quase todos de pequeno calado, teria de receber a visita dos britânicos.
Recorde-se: o tratado comercial luso-britânco 1703, conhecido por Tratado de Metwen, nome do negociador inglês, permitiram a vinda de britâncos a Portugal e à Figueira.
Havia permutas comerciais que englobavam os nossos vinhos e os têxteis ingleses.
É neste contexto, por influência dos povos do Norte da Europa, que os figueirenses começam a ver o desporto como uma necessidade.
Surgem as regatas realizadas na foz do Mondego. Criam-se os primeiros Clubes: Associação Naval Figueirense, Clube Ginástico e a Associação Naval 1º. de Maio.
No S. João de 1893, realiza-se um festival velocipédico. O entusiasmo provocado pela prova leva à criação de mais uma colectividade: o Clube Velocipédico Figueirense, mais tarde designado por Ginásio Figueirense.
Progressivamente, foi assim que a Figueira, rapidamente, se torna a terceira potência desportiva do nosso País.
A par do remo e da canoagem, a vitalidade desportiva da Figueira, passa pela ginástica, esgrima, futebol, tiro, hipismo e ciclismo.
A bicicleta era, então, uma maravilha criada pelo Homem. Depois do balão de hidrogénio e do comboio (o irmão mais velho da bicicleta, como então se dizia) a bicicleta é encarada como a resolução dos problemas de locomoção do homem, relegando a tração animal para um plano secundário.
É no contexto vivido no último quartel do século XIX na Figueira da Foz (porto marítimo e comercial aberto ao meracdo internacional, estância balnear a crescer e a ter cotação a nível da Península Ibérica e, ainda, como potência desportiva a seguir a Lisboa e Porto), que nasce o desportista José Bento Pessoa.
Nadou, remou, defendeu bolas no futebol, mas acabou por preferir a novidade dos velocípedes. Após as primeiras vitórias na Figueira da Foz, com apenas 20 anos de idade, José Bento Pessoa fica lançado no meio desportivo português, como um extraordinário atleta.
O ciclismo, na altura, era um desporto de elite. Comprar uma bicicleta só estava ao alcance de uma minoria.
José Bento Pessoa vai para Lisboa trabalhar para um comerciante com uma loja de bicicletas - Manuel Beirão de seu nome.
É a partir daí que Bento Pessoa tem a oportunidade de viver do ciclismo.
Profissionaliza-se. É inscrito na União Velocipédica Espanhola (não estava ainda fundada a União Velocipédica Portuguesa) e começa uma carreira que espantou Portugal e o Mundo.
Correu em Espanha, França (Paris) Bélgica (Gand), Suiça (Genebra), Itália (Turim) Alemanha (Berlim) e Brasil (Pará).
Em Espanha, torna-se um ídolo: nas 68 corridas que lá fez, venceu-as todas.
A 10 de Abril de 1898, no Velódromo de Genebra, na Suíça, perante 20.000 pessoas, bate o invencível campeão suíço Théodore Champion. Em Berlim a 8 de Maio de 1898, talvez o ponto mais alto da sua carreira, no decorrer do Grande Prémio Zimmerman, à época a prova velocipédica mais importante da Europa, em honra de Arthur Augustus Zimmerman, vence o campeão do mundo Willy Arend.
Quando as notícias das suas vitórias chegavam à sua terra, o entusiasmo dos figueirenses expandia-se em manifestações ruidosas e festivas: saíam as filarmónicas, a fachada do Teatro Príncipe iluminava-se, havia marchas, au flambeaux – uma loucura.
Quando o campeão vinha descansar – meia Figueira ia festejá-lo. Chegou a ir da estação do caminho-de-ferro para casa aos ombros dos mais entusiastas.
Em 1 de Setembro de 1901, os clubes ciclistas do país prestaram uma homenagem ao grande campeão. Para lhe ser entregue uma mensagem e um brinde, organizou-se a estafeta ciclista Lisboa-Figueira.
José Bento Pessoa morreu na Figueira da Foz, a 7 de Julho de 1954.
A Câmara da nossa cidade, em 1955, prestou-lhe uma homenagem ao atribuir o seu nome ao Estádio Municipal.
Outro ciclista de grande nome no panorama velocipédico nacional, foi António Alves Barbosa, um dos maiores desportistas figueirenses de todos os tempos.
António Alves Barbosa nasceu em 24 de dezembro de 1931, na Fontela, freguesia de Vila Verde, concelho de Figueira da Foz.
Foi o maior ciclista português da década de 50 do século XX.
Era filho de José Alves Barbosa, que foi contemporâneo e amigo de outro ciclista figueirense: o já atrás referido José Bento Pessoa, o melhor ciclista do mundo de 1892 a 1902.
Poucos recordarão a loja onde José Alves Barbosa alugava bicicletas, na actual Avenida 25 de Abril, na Figueira da Foz, junto do Grande Hotel, por debaixo da Piscina Praia.
Em 1947, com 16 anos de idade, António Alves Barbosa iniciou-se no ciclismo, filiando-se na Associação de Ciclismo do Norte, como aluno.
Começou a usar o nome do pai, tornando-se conhecido por ALVES BARBOSA. Em Portugal representou o Sangalhos. Em França a Rochet e a Rapha-Gitane. Em Espanha a Faema. Correu de 1949 a 1962. Foi 3 vezes vencedor da Volta a Portugal (1951, 1956 e 1958), 2 vezes Campeão Nacional de Fundo/Estrada (1954 e 1956), 5 vezes Campeão Nacional de Velocidade/Pista (1954, 1955, 1956, 1958 e 1959) e duas vezes Campeão Nacional de Ciclo-cross (1961 e 1962).
Participou 4 vezes na Volta a França, 3 na Volta a Espanha, 2 na Volta a Marrocos, 2 na Volta à Andaluzia, 2 no Paris-Nice e em muitas, muitas outras corridas no estrangeiro.
Foi o primeiro ciclista português a vencer três vezes a Volta a Portugal, em 1951, 1956 e 1958. É o ciclista com mais etapas ganhas na Volta a Portugal (Alves Barbosa 33; Cândido Barbosa 25 e Joaquim Agostinho 24).
Em 1951, com apenas 19 anos de idade, cometeu a proeza de vencer a Volta a Portugal com a camisola amarela do primeiro ao último dia.
Em 1956 ganhou a Volta a Portugal, triunfando em 10 das 23 etapas.
Em 1958, envergou a camisola amarela na 2ª. etapa da Volta a Portugal, entre Lisboa e Alpiarça. Nunca mais a despiu, como já tinha feito em 1951.
Na década de 50, provavelmente, teria ganho todas as Voltas a Portugal, não fossem as mais diversas vicissitudes:
- Em 1952 foi impedido de participar porque estava a cumprir o serviço militar;
- Em 1953 e 1954 a Volta não se realizou;
- Em 1955 foi agredido por espectadores, perto da cidade do Porto, quando já era camisola amarela e ia ganhar a etapa e a Volta com um avanço significativo (desta forma perdeu para Ribeiro da Silva).
Ainda em 1955 obtém mais uma vitória no estrangeiro, na “Corrida 9 de Julho”, em São Paulo (Brasil), então a maior prova ciclista da América do Sul, que registou a participação de 500 concorrentes.
Alves Barbosa disputou a Volta a França em 1956, 1957, 1958 e 1960 e a Volta a Espanha em 1957, 1958 e 1961. Foi o primeiro ciclista português a ficar colocado nos primeiros dez da Volta à França.
O cinema aproveitou-se da sua popularidade. Em 1958, foi rodado o filme "O HOMEM DO DIA", em que Alves Barbosa foi protagonista e motivo temático para captar um público que começava a fugir das salas de cinema para a recém-chegada televisão.
Em 1961 iniciou uma carreira de treinador de ciclismo, no Sport Lisboa e Benfica.
De 1975 a 1978 e de 1989 a 1992 foi director técnico nacional da modalidade.
Alves Barbosa foi ainda comentador de ciclismo na rádio, na televisão e em diversos jornais.
Em 1990 recebeu a medalha de mérito desportivo.
Em 2007 foi condecorado com a Medalha de Ouro da Juventude e dos Desportos de França.
Alves Barbosa faleceu no dia 29 de setembro de 2018.
A Volta dos Campeões, que se realizou a partir de 1931 e durou até atá à década de sessenta do século passado, é outro marco da relevância do ciclismo no concelho da Figueira da Foz
Teve como vencedores nomes famosos do panorama ciclista português: por exemplo, em 1932 José Maria Nicolau, ganhou a 2ª. edição da Volta dos Campeões. Em 1961, um ano antes de terminar a sua carreira, o vencedor foi o nosso Alves Barbosa.
São inúmeras as chegadas da Volta a Portugal à Figueira da Foz.
Porém, a chegada à nossa cidade da edição desta prova, em 1973, ficou célebre.
Nesse ano, Joaquim Agostinho, na opinião de muitos, o maior ciclista português de todos tempos, cometeu talvez a sua maior proeza desportiva em Portugal.
Aconteceu na etapa que trouxe a caravana voltista de Abrantes até à Figueira da Foz. Nessa etapa, que tve lugar ao sexto dia da prova, Joaquim Agostinho isola-se ao pelotão logo no início da tirada. Num autêntico contrarrelógio, de quase 200Km, finaliza uma das mais épicas etapas da Volta a Portugal, com 13 minuto de avanço sobre o pelotão.
A importância duma prova de um desporto que movimenta muita gente, como o ciclismo, ficou plasmada na reunião da Câmara da Figueira da Foz que aprovou, por unanimidade, um apoio à realização de uma prova clássica internacional de ciclismo, em fevereiro de 2023.
Esse investimento, vai ser compensado, não só pela “muitíssima gente” que a Figueira Champions Classiccidade vai trazer à cidade, como também pela promoção que a cobertura televisiva vai fazer em 11 e 12 de Fevereiro de 2023.

Via Diário as Beiras 


segunda-feira, 16 de março de 2020

Da série, numa cidade de grandes manifestações culturais, a começar pelos grandiosos carnavais, é necessário alienar as pessoas com propaganda sobre "teatro municipal"?

Teatro Municipal
"Algumas dos meus colegas cronistas têm tendência para dizer que “sim” a toda e qualquer construção de nova infraestrutura. Contudo, o paraíso económico, a prosperidade ilimitada, recursos infinitos, o Estado que investe sem “rei nem roque” é obviamente uma falácia. Não existe tal possibilidade orçamental, não podemos ter tudo, piscina municipal, piscina de marés, museu do mar, teatro municipal, etc. Isto num país altamente endividado e num concelho ainda a pagar as dívidas contraídas no final dos anos 90, início deste século. Portanto, dizer que “sim a tudo” é querer ficar bem na fotografia, “enganando” os leitores quanto à viabilidade a curto prazo de tanto investimento em infraestruturas. Um Teatro Municipal na Figueira da Foz? Não faz muito sentido, temos o CAE, dezenas de coletividades e alguns espaços municipais onde é possível fazer teatro. O “Teatro Municipal” já existe, situa-se onde há grupos a representar. Uma parte fica no Sítio das Artes, onde o Páteo das Galinhas dinamizou nos últimos anos dezenas de peças e milhares de horas de atividade teatral. Deve-se este fulgor à iniciativa de um grupo de pessoas que amam o teatro, com particular destaque para a “Bé” Cardoso (recentemente falecida) – uma mulher comprometida com as artes e que deu um grande impulso ao teatro amador na Figueira da Foz. Para estes amadores não é necessário muito apoio institucional, muito menos um edifício pomposo a dizer “Teatro Municipal”. Precisam sim de um “Sítio das Artes”, polos de criação artística com capazes de criar sinergias entre pessoas, albergando diferentes grupos com interesses diversos. Termino este artigo com uma referência oportuna ao grupo cénico da Sociedade Boa União Alhadense. Um outro bom exemplo de “Teatro Municipal”. Fazem teatro sem esperar que haja grandes apoios, dando vida aos vetustos edifícios de várias coletividades mostrando aí a sua arte."
Via Diário as Beiras

Nota OUTRA MARGEM.
Importante era conseguir que o verão passasse a ser em Fevereiro. Até na Figueira, o frio esfria. Problema -  e grande -, pois o evento é ao ar livre, é o facto das temperaturas baixas incomodarem os seres humanos, na altura do desfile do carnaval...  Como a nossa temperatura corporal é cerca de 37 graus, sentimo-nos mais confortáveis em temperaturas amenas. Para mais num descampado frente ao mar! Na Figueira, o desfile do carnaval, costuma acontecer em demoníaca trindade de chuva, vento e frio. No Verão está calor e não chove; na Primavera está ameno e, às vezes, chove; no Outono está ameno e, frequentemente, chove; e no Inverno está frio e chove – muitas e muitas vezes. Importante, era conseguir que o o Verão passasse a ser em Fevereiro na Figueira!..
O limite, na Figueira, não é o céu.
O limite, pode ser o simples facto de, na Figueira, ser sempre carnaval.
Na Figueira, esse sonho tem sido possível...
Portanto, nada mais natural, que este executivo camarário se sinta  na obrigação de mantê-lo e assegurar o engenho e arte de o ir tornando realizável. A ele, ao carnaval... Não ao desnecessário teatro municipal.
E ainda bem que assim pensa quem de direito. 
A vida são dois dias, o carnaval são três e a saúde é um estado transitório que não augura nada de bom! 
E enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Que continue o Carnaval. Viva o carnaval!

terça-feira, 7 de julho de 2020

Campanhas (2)

"A partir dos anos 50, a Figueira tornou-se na “rainha das praias portuguesas” também pela fortíssima publicidade feita através dos mais variados canais nacionais e internacionais, pelo que a legitimidade e a oportunidade do lançamento, pela Câmara Municipal, de uma campanha promocional do concelho da Figueira não está minimamente em causa, sobretudo entendendo-a como integrada na estratégia do Turismo Centro de Portugal.
De facto, é preciso convencer os portugueses, agora mais do que nunca, que a Figueira é o destino mais indicado para desconfinar dos dias da peste. Mas, não questionando quer a legitimidade quer a oportunidade da dita, tenho sérias reservas quanto ao seu conteúdo e manifestas críticas em relação à sua má qualidade técnica.
Quanto ao conteúdo: já aqui o escrevi que na Figueira dos últimos anos as ideias são apresentadas por impulso – sobretudo de calendário partidário e pessoal (e não obedecendo a uma lógica, muito menos pensando em sustentabilidade) – e têm sempre um travo amargo de cópia provinciana, de deja vu… são uns passadiços e um GeoParque no Cabo Mondego “como os de Arouca/do Paiva”, um Museu do Mar “como o de Ílhavo”, uma piscina de marés “como a de Matosinhos”…
Agora, parece que temos um pouco de Havai, de Florida, de Vietname, de Cabo Verde, de Nordeste brasileiro, de Mónaco, de Cote D´Azur… não, a Figueira é Figueira! (já que aqui estamos, que é feito da estratégia de há apenas alguns meses, do eh! primo, da varina e da piscina mar, do abrigo e do escritório, na qual foram gastos muitas dezenas de milhar de euros para promover a Figueira… entre os figueirenses?!…).
Em relação à má qualidade técnica, basta comparar esta campanha com os vídeos de tantos figueirenses, alguns galardoados internacionalmente, que fazem, nas redes sociais, promoção da Figueira, para perceber que, também neste caso, nem sempre o engenho e arte são concedidos por uma qualquer musa."

Via Diário as Beiras

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Projecto de requalificação do areal urbano: afinal, era areia a mais para a camioneta da câmara...

A vereadora Ana Carvalho. Foto AS BEIRAS
Já não se consegue esconder mais aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente e que foi previsto pelo Laboratório de Engenharia Civil nos anos 60 do século passado: “a erosão costeira da duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos”
Segundo o que a vereadora Ana Carvalho revela hoje em declarações ao jornal AS BEIRAS, “estão a decorrer contactos com a APA para a transferência de areia da praia urbana para sul". A proposta da câmara "aponta para cerca de 500 metros cúbicos por ano". Para Ana Carvalho, "quanto mais depressa o processo se iniciar, melhor, lembrando, por outro lado, que existem apoios europeus disponíveis para o efeito.”

Na mesma entrevista, a vereadora Ana Carvalho informa "que a Câmara da Figueira da Foz deixou cair a segunda fase da beneficiação do areal urbano para uma próxima e eventual oportunidade. Esta etapa incluía o Anel das Artes, um anfiteatro redondo, e uma piscina".
A intervenção que está na ideia da Câmara realizar, "fica reduzida à ciclovia, via pedonal, pista de atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e construção de outros) e intervenção nas valas de Buarcos que atravessa o areal".

Tudo leva a crer que chamada “segunda fase” caiu. “O touril está muito próximo e, apesar de ser privado, pode vir a ter uma utilização mais pública”, disse Ana Carvalho ao jornal. E acrescentou: “Se calhar, o Anel das Artes não faz sentido”.
Sobre a piscina afirmou: “Já temos a piscina mar, mas acho que há necessidade de haver uma piscina com todas as condições na cidade, mas não é obrigatório que seja no areal”.
Porém, a realidade é que a câmara se viu confrontada com o “convite” da APA para esquecer as duas estruturas, cujos materiais de construção que teriam de ser utilizados, além da volumetria dos imóveis, não se enquadravam nos apertados requisitos deste organismo do Estado.
Caso insistisse no anfiteatro e na piscina, a câmara corria o risco de nem a primeira fase – e, pelos vistos, única – ver aprovada.

Ana Carvalho confirmou ao jornal AS BEIRAS que as obras de valorização do areal urbano deverão arrancar até ao final do ano.
Entretanto, a vegetação que a autarquia está a deixar crescer na antepraia vai manter-se, não obstante a contestação de muitos figueirenses. Aliás, até deverá ser reforçada, com a “plantação de algumas árvores”.
Para a vereadora, “a vegetação – só Ana Carvalho deve acreditar nisto!.. - vai permitir que não haja areia nos campos de jogos e na ciclovia”.

segunda-feira, 2 de março de 2020

Da série, "procura-se cooperação para piscinas"...

Piscina municipal

"Uma piscina municipal é uma infraestrutura fundamental numa cidade como a Figueira da Foz, com forte ligação ao mar e ao rio.
Consequentemente deverá a Câmara chegar a acordo com o Ginásio sobre a prometida piscina, sendo este clube o que mais ambiciona gerir uma infraestrutura  dessa dimensão.
O Ginásio Clube Figueirense tem consciência que é impossível construir uma piscina coberta sem o apoio da Câmara Municipal, nem sequer é desejável, dado  que não poderá assumir  custos de manutenção.
Talvez por isso, esta questão do terreno e da piscina se arraste há décadas.
Dito isto, é essencial perceber qual o modelo de financiamento, além de um investimento substancial, 6 a 11 milhões de Euros,  uma piscina é uma fonte de  custos permanentes e elevados (energia, manutenção, pessoal, etc.). Normalmente é o contribuinte que paga a despesa”, porque o preço de entrada cobrado aos utilizadores apenas financia  uma percentagem reduzida dos custos. Ainda não se falou deste assunto com  seriedade, porque todos querem uma piscina em seu  nome, mas pagar a fatura é outra “estória”.
Precisamos sim de muito mais cooperação entre  clubes e a Câmara e mesmo  entre o setor público e privado, para que as piscinas existentes possam ser rentabilizadas e melhoradas. É altura de enterrar velhas e inúteis quezílias entre pessoas e  instituições e lutar por uma  Figueira da Foz mais capaz de servir os cidadãos. E isso,  infelizmente, nem sempre  tem acontecido no caso da  “futura piscina do Ginásio”, onde falta uma visão e um pensamento estratégico que vá para além dos interesses efémeros das pessoas que dirigem as instituições.
Acima de tudo, a piscina municipal servirá os jovens que querem aprender a nadar, os adultos que desejam manter a sua forma física e os clubes que têm competição, num compromisso que não exclua ninguém e que sirva a todos."

Via Diário as Beiras

terça-feira, 26 de maio de 2020

Da série telenovelas figueirenses: piscina praia...

Vejamos 2 episódios anteriores:

Recuemos a Março de 2017:
Na sessão da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar.
A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal PSD Ana Oliveira e da CDU. Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira Vânia Baptista e Carla Eduarda.
A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que "mexeu" com o presidente Ataíde.
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão , desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".

Recuemos a Setembro de 2017, ao tempo em que não "faltavam investidores interessados".
E, assim, de episódio em episódio (há muitos mais), chegámos ao episódio de hoje (via Diário as Beiras). 
"A reabilitação do complexo piscina-mar já devia estar em curso, mas o concessionário apresentou uma alteração ao projeto, para acrescentar uma ala. A decisão terá de ser tomada pelo júri do concurso público da concessão, que, por sua vez, aguarda um parecer da Direção Regional de Cultura, por tratar-se de um imóvel classificado. Caso a alteração seja aprovada, o complexo turístico ficará em forma de “U”, em vez do atual “L”, ao acrescentar uma ala, para o lado do Hotel Mercure, que contornará a piscina."
Certamente ainda longe do epílogo desta telenovela, um cidadão fica perplexo. E interroga-se. O que é a verdade ou a mentira? O que é a realidade ou a ilusão? Pois é: nada pode ser tido como certo...
A verdade é aquilo em que se acredita! Nem que seja no Pai Natal!..

sábado, 13 de outubro de 2018

Que se passa?

A edição de 2018 da Feira de Sabores da Terra e Mar não se vai realizar: foi adiada para 2019.
A Figueira, nem na comidinha, é um destino de sucesso garantido?.. 

Em 2017 já havia quem pensasse que "Feira gastronómica da Figueira com Sabor a Mar tinha de ser repensada"...
De harmonia com o que li na edição do jornal AS BEIRAS de 30 de Maio do ano passado,  a terceira Feira de Sabores Terra e Mar “ficou aquém” dos números alcançados na edição do ano anterior, reconheceu a presidente da Associação Figueira com Sabor a Mar, Isabel João Brites.
“Houve pouca gente, para aquilo que se esperava”, admitiu a dirigente. O certame de 2016, de acordo com aquela responsável, foi frequentado por duas mil pessoas.
A mudança de local, do pavilhão do Parque das Gaivotas para a o complexo da piscina-mar, conjeturou a dirigente, “também poderá ter influenciado os resultados”. Por outro lado, a meteorologia não convidava a sair de casa.
A presidente da Figueira com Sabor a Mar, porém, aponta mais um motivo.
“O presidente da Câmara da Figueira da Foz, nas suas deslocações, sendo também presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra, devia promover os eventos que se realizam na cidade. Ou então que nos disponibilize os contactos, para sermos nós a fazer a promoção, apesar de não termos a mesma influência que ele tem”, sustentou Isabel João Brites. 
“Compete à câmara colaborar e proporcionar condições para que os privados possam realizar iniciativas. Foi o que aconteceu neste caso. Uma vez mais, tudo foi feito para que o evento pudesse ter condições para se realizar”, reagiu o gabinete da presidência da câmara!..
Então que se continue a repensar, para em 2019 se saber o que na verdade queremos!

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Piscina de água do mar aquecida abriu ontem ao público

Abriu ao público na manhã de ontem a piscina aquecida instalada na praia de Buarcos. Com capacidade para 70 pessoas em simultâneo, o equipamento funciona todos os dias, das 9h30 às 13h e das 14h30 às 19h30, com uma permanência máxima de 30 minutos, sendo a entrada feita por ordem de chegada.

A piscina, de acesso gratuito, utiliza água do mar aquecida e tem 28 por 20 metros, com profundidade máxima de um metro. A presença de nadadores salvadores irá garantir a segurança e o conforto de todos os utilizadores.
Nos próximos dias o município irá abrir uma piscina idêntica na praia da Figueira da Foz, em frente do “Grande Hotel”.

Via Diário as Beiras

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

O passado e o presente

"Não há dúvida que a imagem da Figueira da Foz de outrora se fixou no nosso consciente e inconsciente (histórico) da cidade.
Do passado, ficou-nos a praia limpa de areia fina junto ao Relógio com as suas ondas frias de mar salgado.
Os chapéus de lona com saia de riscas dispostos cuidadosamente em filas paralelas, onde todos os anos em Agosto se reviam famílias.
Os barcos de pesca presos por cabos na margem do rio, apreciados do gradeamento de ferro.
Os chapéus e as cadeiras de lona do Turismo perto da esplanada.
Os giros em círculo nas bicicletas infantis alugadas no passeio do grande hotel.
A piscina praia de água salgada pertença da Estalagem, ponto de encontro animado quando não se descia ao areal, e a animação natural do Bairro Novo, especialmente à noite, fazendo “piscinas” no picadeiro e observando o desfile de modelos de bom gosto das gentes que iam bailar ao “Grande Casino Peninsular”.
As pessoas que vinham de férias partiam, e o regresso no ano seguinte era certo.
Muitos desses turistas habituais deixavam antecipadamente a casa de Agosto alugada e a previsibilidade e o conhecido eram o que parecia atrai-los.
Sabiam para o que vinham.
Descansavam e gostavam, divulgando a Figueira da Foz como Rainha das Praias de Portugal.
O tempo foi passando e a Figueira da Foz perdeu a sua identidade.
A imprevisibilidade, o fortuito, o acaso, as medidas avulso transfiguraram a Figueira da Foz.
Primeiro, as “negociatas” imobiliárias entre empreiteiros e autarquia.
Depois, a transformação da cidade em percurso animado de festas pimba, jovens bebedeiras , comes e bebes e barulho insuportável em zonas mudadas para esse fim, dantes locais aprazíveis de descanso e contemplação da bela Foz do rio.
Agora, desde 2009, estes autarcas habilitados já com o décimo ano de praia, surgem com múltiplas peripécias de animação do povinho, e muitas obras sem nexo, deixando a cidade irreconhecível em determinados locais.
Na praia, criaram verdete e dispuseram umas horríveis mesas de piquenique sem sombra junto a um wc, caro e de mau gosto. As infraestruturas de lazer que têm sido implementadas no areal são de material perecível e vão degradar-se. Muitos dos residentes contribuintes, quando criticam e esperam melhor, são desprezados, mas alguns resistem e recusam projectos caros, mal concebidos, para turista de fim-de-semana e de ocasião usufruir, assando dentro das viaturas no pára arranca.
A imprevisibilidade experimentada nestes últimos 10 anos de viagem autárquica não prova - (antes pelo contrário) - o desenvolvimento económico-social da cidade.
Há desleixo, ponto!

Há falta de gosto, (re) ponto!


Sabemos que o futuro a “Deus pertence” e logo se verá, mas será que este presente pode ser fruto apenas de sucessivos acasos, dependentes de verbas emprestadas?
Não.
Aqui na Figueira da Foz não há heróis.
Há cobardia e alguma arrogância porque o próprio poder “vomita” pressões e tece comentários depreciativos para silenciar os críticos!
Não me parece que a maioria dos figueirenses que amam a sua terra e fotografam o que não pode ser estragado (mar e foz do rio) sejam tão estúpidos que continuem a proteger estes “camaradas” do PS.
Aquela foto do rei da cidade, na varanda com os reis de Carnaval, mostra aquilo que se oferece na terra."

O título, é da responsabilidade do autor deste blogue. O texto é de Isabel Maria Coimbra (de 2017 com pequenas adaptações a 2019). A foto é de Pedro Agostinho Cruz, via DIÁRIO AS BEIRAS.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Obras de requalificação do areal da Figueira previstas para começarem em fevereiro próximo... Depois não digam que não foram avisados.

Ficou a saber-se na reunião de câmara realizada ontem, à porta aberta ao público e à comunicação social, que a requalificação do areal urbano, entre a cidade da Figueira da Foz e a vila de Buarcos deverá começar em fevereiro.
A empreitada, recorde-se, contempla ciclovia, via pedonal, pista de atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e construção de outros) e intervenção nas valas. 
Como foi tornado publico em abril deste ano, esta é uma versão minimalista do projecto submetido à aprovação prévia da Agência Portuguesa do Ambiente. Este organismo do Estado, recorde-se, “chumbou” o Anel das Artes (anfiteatro redondo) e uma piscina de água salgada. O custo da obra também foi substancialmente reduzido, ficando em 1,9 milhões de euros. 
Ana Carvalho  previa que as obras de valorização do areal urbano deverão arrancar até ao final do corrente ano.
Entretanto, a vegetação foi crescendo na antepraia, não obstante a contestação de muitos figueirenses. Aliás, até estava previsto ser reforçada, com a “plantação de algumas árvores”.
Para a vereadora, “a vegetação vai permitir que não haja areia nos campos de jogos e na ciclovia”!

Em tempo.
A propósito da praia da Figueira e dos idiotas de Concursos Públicos de Concepção (ideias)/Requalificação e Reordenamento da Praia e Frente de Mar da Figueira da Foz e Buarcos...
"Infelizmente, todos sabemos que a saudosa «Praia da Claridade», após a construção dos molhes da Barra, passou a ser «Praia da Calamidade».
Muito se tem escrito sobre o areal. Há anos que se vem falando e escrevendo de projectos e mais projectos de obras a implantar nesse extenso areal. Pensamos, até, que já foi gasto bastante dinheiro nalguns desses projectos. Entendemos que, quem assim pensa, não tem ideia do que é o mar e do que ele é capaz.
Ao mesmo tempo pergunto-me se alguma empresa privada arriscaria o seu capital nessas obras; porém, já não temos a mesma opinião sobre as mentalidades administrativas do Estado, porque os dinheiros a gastar são do erário público e ninguém exige responsabilidades pelas enormes asneiras que se têm cometido no nosso degradado país, sendo a Figueira uma das grandes vítimas, porque há asneiras que vão servindo de suporte às novas asneiras."

MANUEL LUÍS PATA, ("um modesto marítimo figueirense que sempre amou a sua Terra e sempre sofreu com as consecutivas asneiras que LHE foram feitas ao longo da sua longa vida") em artigo publicado no jornal A VOZ DA FIGUEIRA em 5 de Março de 1998.
17 anos passados e com o agravamento do problema como entender isto?..
Depois não digam que não foram avisados.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O debate. Ou a falta dele….

Ontem à noite estive ocupado.
Apesar disso, ao que me contaram, parece que me quiseram meter num debate para onde não houvera sido convocado, nem teria de estar presente.
Por atenção, aos que em 2005 me elegeram para a Assembleia de Freguesia, esclareço o seguinte:


1. Se São Pedro, há 16 anos, não fosse governada por um caudilho, como estamos em democracia, situação e oposição, teriam os mesmos deveres, direitos e obrigações.
2. Trabalho por turnos, aliás como a maioria dos membros que fizeram parte da anterior Assembleia de Freguesia de São Pedro.
3. Só que, durante 4 anos, sempre houve tratamento diferenciado para os 8 componentes da situação e o único representante da oposição, membros do mesmo órgão autárquico onde todos deveriam ter, por direito próprio, os mesmos direitos, deveres e obrigações.
4. Passo a explicar: na marcação das Assembleias, nunca fui abordado, formal ou informalmente, acerca das minhas disponibilidades profissionais, o que aliás acontecia, e bem, com os membros da maioria que dominava absolutamente a Assembleia de Freguesia de São Pedro. Por esse facto, tive muitas dificuldades em acompanhar as reuniões da Assembleia de Freguesia de São Pedro.
5. Em devido tempo, e por mais de uma vez, alertei, por escrito, para o tratamento desigual que me era dado por parte da força maioritária em São Pedro, quando, por direito próprio, meu e dos eleitores que me colocaram naquele órgão, merecia tratamento igual a todos os componentes da Assembleia de Freguesia de São Pedro.
6. Nunca recebi qualquer resposta.
7. Aqui está a razão da minha não comparência em algumas reuniões da Assembleia de Freguesia de São Pedro no anterior mandato.
8. Aqui está a principal razão, porque declinei encabeçar a lista da CDU para o próximo mandato.
9. Aliás, isto pode ser facilmente comprovado através das cartas a justificar as minhas faltas, que enviei, de harmonia com a lei, à Assembleia de Freguesia de São Pedro, em tempo oportuno.


ADENDA:

Os políticos que, nos últimos anos, estiveram à frente dos destinos da minha Freguesia, do meu ponto de vista, há muito que não representam o Povo. Representam interesses vários, proeminentemente, políticos (PSD/Figueira de Duarte Silva e companhia) económicos e próprios. Talvez, por isso, a ainda actual junta se confunda com uma direcção comercial, gerindo a Terra, não no interesse das populações mas, em função de superiores interesses, por vezes contraditórios, quando não, inconfessáveis, firmemente sustentada na força politica do capital. Repare-se, no dinheiro que uma lista, dita de independentes, está a gastar nesta campanha e gastou há 4 anos atrás, em 2005.
Este executivo, que administra a empresa Junta de Freguesia de Pedro, entre a propaganda à sua brilhante gestão, inventou um mito: só eles é que são competentes, só eles é que sabem, se não forem eles é o caos. O vendedor autárquico local, não tem deixado os seus créditos por mãos alheias – reparem só, no decorrer do passado ano, quantas reportagens, muitas delas encomendadas e pagas, não saíram na imprensa local, a vender o genial produto, que é a obra de Carlos Simão..
Mas que obra era essa? A exemplo do que acontece por esse País fora, onde não há autarquia que não sonhe com o jackpot do euromilhões, configurado em mais um resort de luxo, 18 torres de escritórios e habitações, uma ou duas marinas e meia dúzia de greens, aqui era a Fadesa a fada milagreira que iria resolver o problema da piscina, prometida e não construída, do pavilhão gimno-desportivo, prometido e não construído, do sintético, prometido e não construído e por aí adiante. Depois, tal como acontece no portinho da gala, uma obra do poder central, reivindicava-se o mérito da coisa, claro, esquecendo as partes gagas, como a ultrapassagem da lei – os terrenos do Alberto Gaspar ainda são zona industrial; desrespeito por área protegida – o caso do campo de futebol do GDCG – etc. etc. etc.
Claro, que na óptica comercial do poder local proeminente em São Pedro , isto são apenas uns hectares de frente de mar, terreno para lotear e encher a betão, lindas moradias com vista para o pinhal e outras para o mar.

Meus Amigos: ganhe quem ganhar as próximas eleições em São Pedro, enquanto tiver vida e saúde, nunca me irei conformar com a ideia de que a minha Terra é apenas um mercado imobiliário.
A minha Terra é o sol que me deu o ser, vida , sonhos, tempo, espaço.