A apresentar mensagens correspondentes à consulta cristina torres ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta cristina torres ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Da série, as escolas secundárias da Figueira...

Espaço para os alunos

«Analisando as três escolas secundárias na cidade, Escola Bernardino Machado, Joaquim de Carvalho (antigo Liceu) e Cristina Torres (Escola 3 ), cada qual com características que as distinguem entre si, percebemos que se situam em locais estratégicos. Foram construídas certamente com uma intenção, justificando-se a sua existência com critérios racionais, tanto em termos de espaço disponível (compare-se a área da Escola João de Barros e Joaquim de Carvalho (anos 60/70 ) e da Escola 3 com os atuais projetos), número de alunos, proximidade, acessibilidades e transportes. Pensar se temos escolas secundárias a mais, ou a menos, é um exercício complexo. Entre outros fatores, pesam as acessibilidades. E aqui haverá que pensar de forma adequada ao século XXI, coloca-se o desafio da mobilidade suave. E aqui ocorre-me a recente expansão do ensino na forma do Centro Escolar de São Julião, ali na Quinta do Borloteira. Aquela escola tem pouco espaço, o recreio é betonizado e os espaços exteriores minúsculos, situa-se junto a uma via com grande intensidade de tráfego, gases e emissões tóxicas, particulado a ser inalado pelos alunos. Esta Escola foi aprovada sem que houvesse um estudo detalhado, uma abordagem integrada sobre a sua localização e por isso tem problemas estruturais, não estando o projeto adaptado ao século XXI. Erros a evitar. Por último, mais do que pensar em novas escolas, deveríamos melhorar muito o que temos: manter e fazer um “upgrade” às escolas existentes, adequando-as aos desafios da década. Investindo nas acessibilidades, sabendo-se que as escolas secundárias da cidade ainda não estão servidas por ciclovias. Não há ação municipal para reduzir a necessidade dos pais transportarem os fi lhos à Escola, com transportes citadinos mais efi cazes e alternativas ao “carro”.»

Via Diário as Beiras

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Da série, a Figueira está sem chama. Os figueirenses, parecem-me desiludidos, resignados e cansados... (3)

Sonho realizável

"Adoro cidades e vilas com vias pedonais aprazíveis. 
Vão existindo várias de norte a sul, e estas artérias sempre se distinguem pelo movimento de pessoas que aqui e ali param para uma conversa e elo ambiente cosmopolita de cafés e esplanadas que atraem visitantes. Por outro lado, são normalmente vivas do ponto de vista comercial.
É este quadro que desde há muito sonho para a Rua da República: a sua transformação em via pedonal buliçosa, promovendo uma maior interação entre os transeuntes e o convite a compras, fora das claustrofóbicas e impessoais superfícies de maior dimensão. Ao longo do aproximado meio km da rua, muitas têm sido as lojas a encerrar, mantendo-se alguns resistentes, teimando em apresentar produtos de qualidade, resistindo apesar da pressão das demasiadas superfícies que “assolam”a cidade.
A artéria sempre se afirmou pelo seu comércio, já quando se chamava R. das Lamas ou R. do Casal das Lamas ou quando adoptou o nome de R. do Príncipe Real, talvez pela proximidade do belíssimo teatro Príncipe D. Carlos, de tão curta e infausta história! Ganhou o actual topónimo em 1910 e por ela desfilaram republicanos de boa cepa, com destaque para a pequena Cristina Torres, à data  com dez anos.
Sim, defendo a rua como pedonal, até pela existência de duas artérias paralelas, a Fernandes Tomás e a Saraiva de Carvalho, sufi cientes para o escoamento do trânsito que entra na cidade. E imagino um  incremento do comércio nesta via estruturante, histórica, com a implantação de pequenos quiosques, bares e as imprescindíveis esplanadas, acauteladas do vento que por ali volteia!
Sei que os comerciantes deverão ser consultados sobre a matéria e que poderão existir vozes discordantes. Mas bem alertados para o sucesso deste tipo de ruas noutros locais do País, poderão ficar convencidos.
Obviamente caberá à Câmara Municipal um papel vital no processo e aproveito para aplaudir as iniciativas promovidas recentemente na Rua República. Fez alguma falta o tráfego?
Não se mobilizaram as pessoas para usufruírem da “novidade”?
A velhinha República só terá a ganhar com uma alteração profunda do seu paradigma, sendo o seu repovoamento outra questão a reflectir."

Via Diário as Beiras

sábado, 21 de abril de 2012

"O horrível está por toda a parte"...

O pesadelo da Rua da Várzea,  Figueira da Foz
A Rua da Várzea é uma antiga estrada rural que escapou ao traçado da rodovia urbana e “sobrou-lhe” das obras. Segue quase paralelamente ao troço desta que liga a rotunda do EPST à de Cristina Torres (ou vice-versa). Noutro qualquer país, civilizado, teria sido transformada num aprazível e arborizado acesso pedestre, com uma possível ciclovia, à escola. Mas não neste país. Não na Figueira da Foz. Nesta cidade a solução encontrada é um fenómeno “urbanístico” que talvez só possa ser explicado por um especialista em psicopatologias muito complexas. 
Trata-se isso sim, e como a foto documenta, de um pesadelo visual que, talvez por eu ser demasiado sensível à fealdade, me suscita outros pesadelos que desencadeiam outros, sempre mais malévolos, num curioso e incessante fenómeno sinestésico: faz-me lembrar Mexias & Catrogas, mais os seus salários e reformas, pornográficos; ou Motas & companhias de Jorges Coelhos e outros nefandos e corruptos figurões ou então vereadores locais cretinos e suas abébias, igualmente obscenas e venais. 
É algo infame, humilhante, profundamente miserável. . 
- Mas não é de admirar. Neste país o arquitecto Saraiva, que agora dirige o jornal Sol, também dirigiu, durante anos a fio esse outro sol da democracia que é o jornal Expresso - e ninguém deu por nada – nunca ninguém suspeitou que o pobre homem era um atrasado mental. Neste país um governo que acha que para baixo é sempre a subir, foi eleito democraticamente. Democraticamente. . 
Neste país, abrir simplesmente os olhos já é um pesadelo.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

"A Câmara Municipal da Figueira da Foz, na qualidade de membro da Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas, organiza o 2.º Seminário Nacional de Adaptação Local às Alterações Climáticas no próximo dia 16, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE). Os trabalhos contam com a participação do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.

Nas sessões, abertas ao público e com entrada livre, participam ainda diversos autarcas portugueses e oradores especialistas. O seminário destina-se a debater temas como a elaboração de estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas, comunicação, educação ambiental e sensibilização para os riscos climáticos. Os riscos costeiros, os recursos hídricos, a floresta, os incêndios florestais e a cidadania são outros dos tópicos em debate.

Entretanto, no âmbito do seminário, o fotojornalista Pedro Agostinho Cruz mostra a exposição “Alerta Costeiro”, evidenciando os efeitos da erosão costeira na margem sul da Figueira da Foz e os efeitos da tempestade “Leslie” no concelho. Por sua vez, de 12 a 16, alunos das escolas secundárias Cristina Torres e Joaquim de Carvalho, parceiros do Conselho Local de Acompanhamento, expõem um conjunto de trabalhos alusivos ao tema do seminário."

Via DIÁRIO AS BEIRAS

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A matéria humana maioritariamente disponível que temos na Figueira

Somos cada vez menos. Nos últimos 10 anos ficámos reduzidos em cerca de 5 000?
Ficámos...

Porquê? Por razões que têm a ver com as políticas adoptadas na governança da Figueira?
Mas, isso interessa a alguém? A muito poucos, como veremos no dia 26 de Setemro próximo...

Temos uma espinha especial treinada para se curvar mais do que o que devia?
Temos...

A cunha é uma actividade importante?
É...
Somos especialistas na arte de dar graxa ao ponto de alguns conseguirem fazer dela profissão?
Sim...

A busca de tachos, que incluem cargos políticos, na câmara, no estado, na segurança social, é um desiderato figueirense?
É. A mediocridade de alguns serviços é a melhor prova... 
Se, por hipotética hipótese, fossem destituídos de funções todos os que ascenderam aos lugares sem concurso nem mérito, mas apenas por amiguismos de vária ordem, a Figueira nesta segunda-feira acordaria no caos. Não haveria hipótese de assegurar a mediocridade instalada nos serviços públicos.

Gostamos da pequena maledicência gratuita e pelas costas? 
Pelamos... Vivemos na mediocridade, mas é o que temos.
E isto tem que continuar a rolar...

Transpondo isto para a política, porque é que os figueirenses deveriam votar em gente diferente deles?
Votam em gente muito diferente de mim: que não se expõe, esperta, com sentido da oportunidade, comedida, sensata, aplaudida e bem sucedida.

Para que serve a ética na política?
Continuem a deixar estes políticos prosseguir o que têm estado a fazer à Figueira.
Deixem esta gente trabalhar.
Não é para me gabar, mas gajos como eu, "controversos", na política não interessam a ninguém.
Portanto, continuemos... Deixem estes políticos ganhar a vidinha...
A Figueira que se "lixe". Tudo vai continuar a ser fixe...
Exemplos de cidadania, como Manuel Fernandes Tomaz ou Cristina Torres, foram apenas a excepção à regra...

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Pelos vistos, a Câmara da Figueira já apertou o cinto que chegasse (mas nós ainda não!..)...

O outono continua bonito na Aldeia. Não tem feito frio, nem chove...
Pode ser que se mantenha assim até à passagem de ano e ao carnaval...
Segundo o que pode ser lido na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, "João Ataíde iniciou a última reunião de câmara do mandato com o anúncio da aprovação de fundos comunitários e nacionais para obras no valor de cerca de cinco milhões de euros." 
O presidente da Câmara da Figueira da Foz começou por anunciar a "segunda fase da recuperação do Castelo Engenheiro Silva, na Esplanada Silva Guimarães, com um orçamento de 475 mil euros. As obras naquele imóvel municipal, situado na marginal oceânica, contam com 351 mil euros de apoio do Turismo de Portugal, no âmbito das contrapartidas da zona de jogo (Casino Figueira). A primeira fase, realizada no primeiro mandato de João Ataíde, teve como finalidade restaurar o edifício, que se encontrava em avançado estado de degradação. A segunda e última empreitada destina-se a adaptar o espaço para um posto de turismo e uma sala multiusos para eventos culturais e com interesse turístico."
Segundo o mesmo jornal, "foi também aprovada, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a construção da Ciclovia do Mondego, entre a estação de comboios e Lares. Para esta obra, que tem um orçamento de 712 mil euros, foi aprovado um financiamento europeu de 605 mil euros." 
A também já anunciada intervenção na Escola Secundária Cristina Torres, por sua vez, "obteve 447 mil euros de comparticipação fi nanceira europeia, para um total de 504 mil euros."
João Ataíde referiu, ainda, "a aprovação do financiamento da requalificação das praças e ruas adjacentes da Baixa da cidade, ao abrigo do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. A primeira fase vai custar cerca de três milhões de euros, tendo garantidos fundos comunitários de 2,6 milhões. O remanescente das verbas que envolvem todas aquelas empreitadas será suportado pelo município."
A propósito de investimentos, anunciou ainda o autarca da Figueira da Foz, "foi adquirida uma carrinha para a Proteção Civil Municipal, por 34 mil euros, para substituir uma viatura em fim de vida." 
Por outro lado, "a autarquia assumiu os prejuízos da Feira Industrial, Comercial e Agrícola de Maiorca, realizada em agosto (o vento danificou o palco e impediu a actuação de David Carreira)."
David Carreira, esse, que estará presente na passagem de ano.
Ou seja, a autarquia vai pagar o concerto de David Carreira (19.5000 euros, com IVA incluído), valor que inclui um espectáculo, no dia 30 de dezembro, inserido nas celebrações de passagem de ano. 
O presidente da câmara, na última reunião camarária do mandato que está a terminar, revelou que "a animação de verão custou 250 mil euros, mais do dobro do ano passado, 111 mil euros." 
Este ano, ironizou, em tom bem disposto, o vereador do PSD João Armando Gonçalves, “é um ano interessante…”, referindo-se às eleições autárquicas. 
“Espere por 2018, pode ser que ainda se invista mais [na animação de verão], porque há mais folga financeira na autarquia”, respondeu-lhe, no mesmo registo, João Ataíde. 
Pelos vistos, na Figueira é sempre carnaval. Assim haja folga financeira... 

domingo, 1 de maio de 2011

Recordando o 1º. de Maio de 1974 na Figueira

foto sacada daqui
Em todo o país, o primeiro 1.º de Maio depois do 25 de Abril levou milhões de portugueses às ruas.
Celebravam a liberdade e a perspectiva de uma mudança económica e social que ainda está por concretizar.
E já lá vão 37 anos...
Fica a recordação do 1º. de Maio de 1974 na Figueira.
Ao centro Cristina Torres, Professora, Conferencista, Articulista, Escritora e Democrata na defesa de valores que deram corpo à experiência da Primeira Republica Portuguesa e  na luta contra a ditadura de Salazar.
A morte viria  surpreendê-la cerca de um ano depois.  A 1 de Abril de 1975, quando contava oitenta e quatro anos de idade.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A Bernardino Machado...

Ontem, o eng. Daniel Santos, entregou uma carta aberta ao presidente da câmara, vereadores e comunicação social, no decorrer da reunião da autarquia figueirense.
Fê-lo na qualidade de cidadão figueirense e ex-aluno da Escola Bernardino Machado.
Manifesta solidariedade com a “indignação” do presidente do agrupamento de Escolas Figueira Mar, Pedro Mota Curto, na sequência das declarações proferidas pelo director da Escola Secundária Joaquim de Carvalho, Carlos Santos, numa entrevista dada ao jornal AS BEIRAS.
Recorde-se, que nessa entrevista Carlos Santos considerou a sua escola e a congénere Cristina Torres melhor posicionadas para receber alunos.
Sei que não compete à câmara resolver este problema, mas compete-lhe resolver os problemas dos figueirenses. Estamos a falar da mais antiga escola da Figueira da Foz”, disse Daniel Santos.
Registo com agrado a evolução que a escola teve nos últimos anos”, ripostou o presidente
da câmara. “Aguardamos a evolução das opções políticas sobre o ensino. Há um forte incentivo à formação permanente e em retomar um pouco o velho ensino da Bernardino Machado”, disse ainda João Ataíde.
Por sua vez, o vereador da educação António Tavares afirmou: “neste momento, em termos de valorização da própria escola, estamos a tratar todo o processo burocrático no sentido de aprovar novos cursos de Especialização Tecnológica”. “Já fizemos visitas à escola com o conselho directivo do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e estão a ser feitos contactos com empresas”.
O vereador da coligação Somos Figueira, Miguel Almeida, foi mais conclusivo: “não se olhou para Bernardino Machado como se devia ter olhado”. “Durante anos tem sido o patinho feio do concelho”. E a prosseguir salientou: “não se percebe como a Bernardino Machado está nas condições que está e a Joaquim de Carvalho tenha conseguido fazer o que se fez (referia-se às instalações)”.
Miguel Almeida concluiu com um apelo à câmara para uma acção forte para ajudar a escola a aprovar os cursos que são necessários”.

terça-feira, 1 de maio de 2012

1º. de Maio de 1974

Nesta foto desse 1º. de Maio de 1974, na Figueira,
sacada daqui , vemos Cristina Torres,
mulher que sofreu  agruras no tempo da ditadura

Aquele já longínquo 1º de Maio de 1974 na Figueira, celebrei-o, pela primeira vez, em Liberdade.
Tinha 20 anos de idade.
Na verdura e  ingenuidade dos meus 20 anos, acreditei na democracia e nos portugueses.
Fui mais um...
O primeiro 1.º de Maio de 1974, levou milhões de portugueses às ruas. Celebravam a Liberdade e a possibilidade de uma mudança económica e social que, afinal, nunca se veio a concretizar...
Esses milhões de portugueses foram os verdadeiros protagonistas do primeiro 1.º de Maio depois do 25 de Abril!
Como estava enganado: os portugueses estão sempre a deixar-se levar por oportunistas que, recorrendo à mentira sistemática, tomaram o poder para destruir as conquistas de Abril.
Espero que os portugueses, hoje,   ainda consigam gritar na rua, sem qualquer problema, que este governo já não tem qualquer legitimidade para governar, porque enganou a maioria dos que nele votaram.
Já chegámos aqui, de novo:
Ao rico tudo é permitido. 
Não há direitos para o pobre. 
O Estado esmaga o oprimido. 
O crime do rico, a lei o cobre!..

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Da série, as escolas secundárias da Figueira... (6)

Ana Carvalho
"Será que há hoje menos alunos no ensino secundário do que há uns anos, quando já existiam três escolas na Figueira da Foz? Apesar da natalidade ter baixado bastante nos últimos anos, a verdade é que a taxa de abandono escolar atingiu mínimos históricos, acompanhada pelo aumento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano. Pelo que, comparando o número de alunos que frequentam as três escolas secundárias do nosso concelho com os que as frequentavam há 10 anos, verifica-se até um aumento de mais de 5%. Por outro lado, também se verifica uma taxa de ocupação de cada uma delas superior a 70%. Todas apresentam planos de atividades diversificados, dinâmicos, com uma filosofia pedagógica própria procurando envolver as respetivas comunidades escolares. Nos últimos anos, houve uma revitalização da Escola Secundária Dr. Bernardino Machado e a sua consolidação como a segunda preferência dos alunos do município. O que se deve, sobretudo, à vasta oferta que apresenta ao nível do ensino profissional muito ajustada às necessidades do mercado de trabalho local, e, agora reconhecida pelo ISEC, que a escolheu como parceira na criação de cursos técnicos superiores profissionais para o próximo ano letivo. A Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho, também com oferta de cursos profissionais, tem apostado, sobretudo, no ensino regular com vista ao prosseguimento de estudos, sendo a escola com mais alunos. A Escola Secundária de Cristina Torres surge como uma resposta completa, sobretudo, aos alunos do norte e sul do concelho, sendo a próxima escola a ter as suas instalações modernizadas. O município despende anualmente de mais de meio milhão de euros em transportes escolares para garantir que todos os alunos do concelho tenham acessibilidade garantida, a horas, à escola secundária que frequentam. Sendo, este transporte (autocarro, carrinha especial ou até táxi), totalmente gratuito para todos os alunos até ao 12.º ano, compensando, desta forma, os que moram distantes da escola secundária que frequentam. Concluindo, as três escolas são complementares entre si, estão a funcionar muito bem com ensino diversificado e com provas dadas, fazendo, sim, todo o sentido continuarmos a investir e a apostar em todas."
Ana Oliveira
"Numa sociedade que se deseja próspera, autónoma e que se queira afirmar existem duas áreas estruturantes, das quais não se deve descurar o seu desenvolvimento e a sua qualidade: são elas, no meu ponto de vista, a saúde e a educação. Quando se fala da importância da educação, não nos podemos esquecer que falamos de um direito fundamental, que deve abranger todos, independentemente do género ou da classe social, relembrando que foi uma das conquistas da revolução de abril. Porém, a importância da educação vai mais além, pois é através dela que nos tornamos cidadãos mais dignos! Diversos fatores dos últimos anos têm fragilizado os valores referidos, colocando em causa o que tem sido alcançado. No caso específico da Figueira da Foz, a falta de alunos e más decisões políticas têm afetado, e muito, o desenvolvimento da educação, enquanto pilar fundamental na nossa sociedade. Recuemos ao governo socialista de José Sócrates e ao famoso programa “Parque escolar”. Inúmeras escolas no país foram reabilitadas. O nosso concelho não foi exceção, parece-me é que existiu uma má avaliação do edifício a ser reabilitado, ou terá sido exercida uma “influência” partidária que beneficiou a escola reabilitada? O que é certo é que as escolas que mais precisavam ficaram na mesma, até aos dias de hoje. Mais uns milhões que foram “gastos”! Mas ganharam os alunos? Ganharam os docentes e os auxiliares? Ganhou o concelho? Alguém ganhou, mas não foi a educação. Em relação à falta de alunos, será que devemos só atribuir culpa aos baixos valores da natalidade em Portugal? Ou, por outro lado, a Figueira da Foz não poderia fixar os jovens que aqui nasceram e atrair outros tantos através da captação de mais pequenas e médias empresas e de trabalho qualificado? Ou será que o aumento das “grandes mercearias” têm aumentado a estabilidade nas famílias? Não creio! A Figueira não deve recuar no tempo, deve investir no desenvolvimento, deve investir nas pessoas! A nossa cidade deve ter três escolas secundárias? Só tenho uma resposta: Quantas mais houvessem!"

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Avaliação à Proposta de Revisão do Plano de Urbanização pelos Vereadores do Partido Socialista

Os Vereadores do PS, João Vaz e António Tavares, reuniram na passada terça-feira com os jornalistas para “dissecarem” as propostas de revisão do Plano de Urbanização (PU), que do seu ponto de vista “não favorece a coesão territorial, acentuado uma divisão por “fatias” do espaço urbano, ao invés de criar canais de continuidade horizontal no “mapa” da cidade”.
Na oportunidade, os vereadores independentes do PS, que entregaram na autarquia as suas próprias sugestões, esclareceram que Vítor Sarmento e Mário Paiva, também da bancada do Partido Socialista na Câmara Municipal, “subscrevem na íntegra o documento”, só não estando presentes no encontro com a comunicação social por questões profissionais.
É uma reclamação de manifesto interesse, para todo o concelho da Figueira da Foz, que transcrevemos na integra:

"Figueira da Foz,
Novembro de 2008

Exº Senhor Presidente da Câmara Municipal
da Figueira da Foz

No âmbito da discussão pública da proposta do Plano de Urbanização e ao abrigo do DL 380/99 de 22 de Setembro na redacção do DL 316/2007 de 19 de Setembro, os abaixo subscritos vêm pronunciar-se sobre a matéria em apreço, expondo o seguinte:


I - DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PROPOSTA

Tendo sido deliberada em Novembro de 1998 a revisão do actual P.U., acresceu tempo suficiente, não só para um amplo debate na sociedade figueirense sobre a sua necessidade, sentido e alcance, mas também para que a Câmara Municipal provesse no sentido de manter actuais e fidedignos os dados sobre os quais a referida alteração se consubstanciaria;

Pela mesma razão, não é compreensível e até mesmo de acordo com o princípio da participação, que os autarcas das Freguesias envolvidas não fossem escutados na fase de elaboração da proposta do Plano, formulando sugestões e solicitando esclarecimentos capazes de tornar mais fácil o consenso e a adesão das diferentes partes envolvidas na sua aprovação;

De igual modo, convém alegar para memória futura que as sucessivas alterações à proposta –inclusive as mais recentes - vêm pôr em risco a verdade e transparência do processo, nomeadamente no que toca aos pareceres das entidades consultadas, v.g. o que acontece com o parecer sobre o estudo de avaliação ambiental, pois algumas das premissas ali consideradas desapareceram entretanto (reordenamento dos terrenos da REFER, relocalização da área da IERAX, prolongamento do parque urbano até à zona ribeirinha, etc.);

De resto, a ausência de estudos e de informação fiável que sustentasse as propostas agora feitas, v.g. conhecimento da área de construção actual e a introduzida pela proposta, existência de um estudo geomorfológico indicativo do uso a dar aos solos, existência de um estudo de avaliação do património arqueológico e zonas de sensibilidade arquitectónica, um razoável estudo de ruído, bem como o uso de cartografia actualizada, apresentam-se como obstáculos a uma tomada de decisão sensata;

A precária situação normativa traduzida na inversão da hierarquia dos planos coloca e colocará algumas dificuldades, uma vez que a presente proposta do PU altera o PDM em vigor; aqui acresce que o facto de não ser contemplada, desde já, a necessidade de, em relação às zonas históricas, serem estas providas de Planos de Pormenor como acontece com o Bairro Novo, deixará a sua consignação para a casuística das decisões avulsas.

II - DO CONJUNTO DA PROPOSTA

A actual proposta de alteração ao PU revela-se ineficaz para traduzir uma visão sustentável do espaço urbano que tenha por base uma estratégia de consensualização entre os vários parâmetros aos quais importa atender, porquanto:

a) Não favorece a coesão territorial, acentuado uma divisão por “fatias” do espaço urbano, ao invés de criar canais de continuidade horizontal no “mapa” da cidade;

b) Não se vislumbra que alguns dos considerandos observados no relatório, v.g. pressão da construção sobre os espaços ainda livres quando comparados com os fogos desocupados e o crescimento previsto da população, bem como a actual crise do imobiliário, tenham merecido acolhimento na proposta;

c) Não existe fundamentação para o aumento do perímetro urbano e, em alguns casos, diminuição dos espaços verdes relativamente ao ora previsto, com consequente transformação em zonas habitacionais de áreas para tal inadequadas (UZ21C);

d) A proposta de plano possui graves lacunas no Plano da Mobilidade, como a não consideração de um sistema urbano de transportes públicos (exigência do artº 88 DL 316/2007 de 19 de Setembro) ou uma rede de mobilidade sustentável de ciclovias e caminhos pedonais;

e) Os parâmetros previstos no artº 14º da proposta de Regulamento não integram especificidades próprias dos diferentes zonamentos e das diferentes utilizações previstas para cada um dos tipos de solos;

f) Persiste de forma clara uma insuficiente (ou nula) fundamentação das opções tomadas em relação ao zonamento proposto, aos índices de construção permitidos, ao número de pisos e altura dos edifícios.

III – DO PORMENOR DA PROPOSTA

São razoáveis muitas das propostas feitas para algumas zonas, nomeadamente, entre outrAs, os parâmetros apontados para as seguintes UZs –UZ2, UZ3, UZ4, UZ7A, UZ8, UZ14, UZ15, UZ16;

Na UZ5C (Buarcos), no local do antigo quartel da GNR, considera-se que, dada a topografia do terreno, o edificado envolvente, a proximidade à zona histórica e a estética da paisagem, constitui um exagero a construção máxima de 6 pisos com um índice de 0,6;

Na UZ6 merece concordância a zona de protecção e enquadramento aqui consignada mas o mesmo não acontece com a área de média densidade prevista a qual deveria, em alternativa, ser considerada como espaço de lazer e utilização pública;

Na UZ7A o proposto merece concordância. Na UZ7B concorda-se com a integração da área a norte no parque de campismo bem como a manutenção dos viveiros como espaço SEE de protecção; o mesmo deveria ser consignado para a área a nascente do parque (pelo menos numa faixa) onde se considera que os 6 pisos previstos com um índice de 0,6 é exagerado;

NA UZ9A merecem concordância os princípios estabelecidos no regulamento, como a salvaguarda da estrutura ecológica e a ocupação de média densidade e volumétrica;

Na UZ10A – Quinta do Viso - a proposta entra em contradição com o assinalado no relatório – necessidade de zonas verdes e de lazer e exagerado número de fogos disponível. Propõe-se para a Quinta do Viso o seu uso como grande espaço verde de uso privado, estatuto semelhante ao da Quinta de Santa Catarina.

Na UZ11 discorda-se da proposta para o campo de treinos. Toda a zona se deve manter com equipamentos, obedecendo ao enquadramento existente e à necessidade de reforçar, com qualidade, a oferta de infra-estruturas desportivas;

Na UZ12B discorda-se da cércea proposta (8 pisos) nos edifícios marginais à rua Cristina Torres;

Na UZ13A deveria haver uma referência às possibilidades dos equipamentos a instalar na área de reserva prevista; A zona verde proposta para a área merece concordância;

Na UZ16 merece desaprovação o proposto para o antigo terminal, dada a proximidade ao monumento e o edificado envolvente. Concorda-se com o parque subterrâneo mas advoga-se para o local uma área verde e de lazer, atenta a proximidade de três estabelecimentos de ensino e dois lares de idosos;

Na UZ18A não merecem concordância as áreas destinadas a edificação na parte nascente do parque urbano; a poente, na zona de média densidade, é exagerado afectar toda a zona a habitação devendo considerar-se a possibilidade de diversificar a sua utilização;

Na UZ21B discorda-se do proposto (6 pisos, i=0,7) devendo manter-se como área natural da linha de água e zona de ligação natural ao rio.

Nas UZ22 a 25 (Vila Verde) deverá ter-se em conta as observações do Presidente da Junta quanto à rede viária. A proposta leva a uma ocupação intensa de todos os espaços ainda disponíveis, não havendo, de forma sensata, propostas para zonas verdes e de lazer.

Na UZ 27 discorda-se da possibilidade de construção na zona do campo de futebol e adjacente, dada a sua sensibilidade marítima atestada em parecer do Instituto da Água (INAG).

Na UZ28 concorda-se com a urbanização dos terrenos da zona industrial (A. Gaspar) mas em clara articulação com a restante zona edificada, ou seja parece exagerada a proposta de 7 pisos com um índice de 0,7, tal como já tinha manifestado o parecer da CCDR;

Discorda-se em absoluto com a existência de uma cláusula geral como a prevista no artº 10 (estabelecimentos hoteleiros que podem ter até 18 pisos) perseguindo, como excepção, os parâmetros de algumas zonas como a UZ3, UZ5, UZ10 e UZ28;

A proposta deveria explicitar a referência aos equipamentos possíveis em áreas de reserva de equipamento (RE), bem como a explicitação nas diferentes áreas referenciadas como “usos múltiplos”.

Pelo exposto, a proposta apresentada carece de clarificação, fundamentação, actualização e em alguns casos de coerência com os seus pressupostos; carece ainda de arrojo na opção de soluções mais estáveis do ponto de vista de uma maior humanização da área urbana."