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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Para os crentes, recordo antecedentes do processo que conduziram à tentativa de encerramento do posto de saúde na Cova e Gala, actualmente em curso...

João Ataíde, presidente da Câmara da nossa cidade.
António Tavares,, vereador do pelouro da saúde
Como disse na Assembleia Municipal na passada sexta-feira, cara a cara e olhos nos olhos, aos representantes da Câmara Municipal presentes, o epicentro do problema que está a sobressaltar os covagalenses é precisamente o órgão autárquico presidido por João Ataíde desde 2009.
Recuo a 30 de setembro de 2010 e à "CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP E A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ – EXTENSÃO DE SAÚDE DE LAVOS", citando a Acta nº 7 da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de 30-09-2010

Nessa data, foi presente à Assembleia Municipal - foi aprovado por unanimidade - o processo acima mencionado, o qual havia sido aprovado em reunião de Câmara, de 21 de Setembro de 2010
Registe-se, que o edifício onde está a funcionar o Centro de Saúde  de Lavos, foi construído num terreno doado pela Junta de Freguesia de Lavos e é propriedade do Município figueirense. 
A utilização, foi cedida pelo período de 2 anos, renováveis, à ARS Centro.
O PRESIDENTE DA CÂMARA, DR. JOÃO ATAÍDE, na altura, disse o seguinte: “só um acrescento de um documento que pode faltar e que é pertinente. Tenho aqui entre mãos a doação à câmara municipal da Figueira da Foz, do artigo em causa por parte da junta de freguesia de Lavos, era uma formalidade que ainda estava por cumprir, já temos a documentação que passa este prédio para nosso nome e, é ai que nós vamos levar a cabo esta obra, trata-se da extensão de saúde da Junta de Freguesia de Lavos. No fim de contas, foi uma adequação dos procedimentos para que fossem satisfeitas todas as regras necessárias. Este prédio por alteração do protocolo, constituirá activo da câmara municipal da Figueira da Foz. Como não podia deixar de ser, sob pena de estarmos a fazer uma obra, em terreno alheio e a favor de outrem o que é expressamente proibido, e foi isso que tentámos rectificar e é isso que está agora aqui em causa.” 
JOÃO TOMÉ, deputado municipal do BE, na altura, disse o seguinte: “apenas para referir um pequeno pormenor, segundo um trabalho que entreguei em 2009, sobre reestruturação do serviço nacional de saúde no concelho, gostaria de chamar a atenção para o seguinte, tinha-se proposto e defendo que cada freguesia deve ter uma extensão de saúde. No entanto o serviço nacional de saúde deve-se concentrar em cinco ou seis, isso exige estudos, unidades de saúde familiar devidamente distribuídas pelo concelho, de forma a que a população tenha um serviço de qualidade, porque se vão arranjar uma extensão de saúde onde vamos querer ter médico e enfermeiro e mais não sei quantos em dezoito sítios, não vamos ter serviços de saúde de qualidade para ninguém. É preciso acautelar isto"
ANTÓNIO PEDROSA, deputado municipal da bancada 100%, na altura, disse o seguinte: “fico bastante sensibilizado e bastante satisfeito com a celebração deste protocolo, no entanto tenho que secundar a intervenção do meu caro amigo João Tomé do BE, apesar de não ser algo muito próprio de alguém do BE dizer aquilo que você disse. Mas secundo e já falámos sobre isso, você tem toda a razão e segundo aquilo que você disse, temos aqui é um problema, a Freguesia de Lavos e, está ali o Presidente da Junta que o pode confirmar, tem tido muito sucesso neste ano de mandato do Sr. Presidente da Câmara. Porque há turismo governativo, há protocolos para instalação de uma extensão do centro de saúde, existe dinâmica. Se todas as freguesias tiverem este tipo de atenção, acho que é bom para o concelho. Mas queria recordar que há uma situação na freguesia ao lado, na Marinha das Ondas, que também é do conhecimento do Sr. Presidente da Câmara, que tem a ver com a extensão do centro de saúde da Marinha das Ondas, e o Sr. Presidente da Junta está ali, pode confirmar, algo que ainda não está resolvido na Praia da Leirosa. Era só chamar a atenção para esta questão agradecia que se tiverem alguma informação que nos possam disponibilizar, porque em Abril deste ano ainda não estava." 
JOSÉ ELÍSIO, na altura, interveio dizendo: “não queria intervir neste ponto, mas o Sr. deputado Pedrosa obriga-me a isso. Porque da intervenção pode trespassar pela cabeça das pessoas que há, por parte da câmara e do Sr. Presidente da Câmara, algum tratamento de favor em relação à freguesia de Lavos, o que aliás é falso. Tenho para com o Sr. Presidente da Câmara e para com a sua equipe de vereação o maior respeito, maior admiração, tenho colaborado dentro daquilo que me é possível colaborar e a câmara tem feito aquilo que é possível fazer por Lavos, como tem feito por outras freguesias. Houve de facto a visita do Sr. secretário de estado do turismo, porque foi ao museu do sal, e a iniciativa, tanto quanto julgo saber, até nem foi da câmara, foi da região de turismo do centro, não sei se estou a errar, mas admito que sim. Agora algumas iniciativas que a freguesia de Lavos tem tido e tem em curso, essas, com o devido respeito, têm sido da iniciativa do Presidente da Junta.” 

Postado isto, tiro o meu boné (não uso chapéu) ao presidente da junta de freguesia de Lavos. E só tenho de concordar com ele, quando na última sexta-feira afirmou, perante o público presente, perante toda a Assembleia Municipal e perante os membros do executivo camarário, que enquanto os outros presidentes de junta do concelho andaram a dormir, ele, José Elísio, político avisado, traquejado e informado fez aquilo que tinha que fazer pelos lavoenses. 
Chapeau, caro José Elísio...
José Elísio, presidente da junta de Lavos,
a entidade que doou o terreno para a
construção do Centro de Saúde lavoense.

Recordo que a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, deliberou por unanimidade, aprovar o contrato-programa entre a Administração Regional de Saúde do Centro, IP e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, tendo como objecto a cooperação técnica e financeira para a construção da Extensão de Saúde de Lavos.
Estávamos a 30 de setembro de 2010.
RECORDO A DECLARAÇÃO DE VOTO JOSÉ ELÍSIO, feita na altura: “votei a favor deste projecto com toda a convicção e até devo confessar com alguma emoção. Acho que este é o primeiro passo de uma caminhada que se afigura longa e difícil, e que espero que termine de uma forma feliz, para bem da comunidade lavoense, pois este equipamento, que é absolutamente necessário, irá contribuir de uma forma muito significativa para a melhoria da sua qualidade de vida. Por ser de justiça, não quero deixar de registar o meu agradecimento ao empenhamento que tem havido por parte do Sr. Presidente da Câmara e por parte dos senhores vereadores que super entendem nesta área, para que este processo se concretize. Têm sido revelador de uma grande vontade politica que, estou certo, que os lavoenses registarão. Quero também deixar claro que a freguesia de Lavos não deixa de contribuir de uma forma muito significativa para realização e concretização deste projecto, pois não sei se outros casos assim será, mas neste a junta de freguesia contribui com algo que ronda os 20 a 23% do total do investimento, e que mais não é do que ter alienado e ter doado com todo o gosto à câmara municipal o terreno de sua propriedade, que aliás era o único que possuía para que este equipamento ali pudesse ser construído.” 

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Balanço pessoal da reunião da Assembleia de Freguesia de S. Pedro, realizada ontem à noite e que lotou o Desportivo Clube Marítimo da Gala

Os filmes de terror nunca me assustaram. Tenho medo, mesmo, tal como previa, antes da reunião, é dos romances...

Em tempo.
Falemos do Centro de Saúde de Lavos...
Comecemos pelo início. A construção do Centro de Saúde de Lavos foi uma obra prioritária para o presidente Ataíde.
Na sua perspectiva, com a construção do Centro de Saúde de Lavos tanto as populações a norte do concelho como a sul teriam acesso a cuidados primários de saúde. 

A obra surgiu de uma parceria entre o Município, a ARS Centro e a Junta de Freguesia de Lavos, que originou a candidatura a fundos comunitários. A construção e equipamento custou cerca de € 640.000,00 (seiscentos e quarenta mil euros) e teve uma comparticipação de 85% de fundos comunitários.
É um espaço com 8 gabinetes, salas de apoio, sala de espera, que servirá cerca de 6 000 pessoas.
Ora, se Lavos não tem 6 000 mil utentes, ainda não conseguiram ver onde quem assinou e assumiu os compromissos e as exigências explícitas nesses protocolos - Câmara Municipal da Figueira da Foz - tem de vir arranjá-los?..

A legislação prevê a exigência de uma cada vez maior intervenção dos municípios nas áreas sociais e da saúde, nomeadamente competências ao nível de participação e planeamento, construção, manutenção e apoio a centros de saúde.
Foi o que aconteceu. Desde o lançamento da primeira pedra do CENTRO DE SAÚDE LAVOS que o POSTO (e não CENTRO, como foi dito erradamente na assembleia de freguesia, tanto pelo presidente da junta, como pelo presidente da assembleia...) MÉDICO DA COVA E GALA, tinha o destino traçado...  
Portanto, foi com a participação  do nosso município, operativa ao nível de planeamento da rede de equipamentos de saúde e na definição das políticas e acções de saúde pública na margem sul do Mondego, que foi delineada a  oferta para a satisfação das necessidades das populações das freguesias de S. Pedro, Lavos, Paião, Alqueidão e Marinha das Ondas.
Presumo que o senhor presidente da junta de freguesia e todos os autarcas da Cova e Gala sabem isto...

Duas notas finais.
Insinuar culpas ao funcionário do posto médico da Cova e Gala (que está sujeito ao sigilo profissional), foi um golpe de baixo nível para um político, que preconiza e apela à união de todos na defesa da manutenção de um equipamento que nos foi legado pelo fascismo e a democracia está a colocar em causa.

Vamos esperar que S. Pedro faça um milagre e que o próximo 25 de Abril nos traga algo de positivo: a manutenção daquilo que temos há 60 anos - o nosso excelente, funcional e acessível Posto de Saúde da Cova e Gala.

sábado, 30 de abril de 2016

O que disse, ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz

Foto sacada daqui
Recuemos a antes de 13 de abril de 2014.
A Câmara Municipal da Figueira da Foz, preparou e apresentou a candidatura, em parceria com a junta de freguesia de Lavos, do Centro de Saúde de Lavos, para uma estrutura sobre dimensionada para as necessidades dos lavoenses.
Em 13 de Abril de 2014, largas dezenas de pessoas assistiram, em Santa Luzia, à cerimónia de lançamento da 1.ª pedra do Centro de Saúde de Lavos.
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz. 
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está  projectado  para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
Claro que fiquei de pé atrás e preocupado...

A 19 de outubro de 2014, como todos sabemos, em resultado de eleições intercalares, António Salgueiro, numa lista PS, é eleito para presidente de junta em S. Pedro, onde já era autarca há muitos anos.
Uma das várias promessas, apresentada no decorrer da campanha eleitoral que o levou à vitória de 19 de Outubro de 2014, foi a garantia de que o Posto Médico de S. Pedro não iria fechar.

No passado dia 15, realizou-se uma sessão ordinária da assembleia de Freguesia de S. Pedro.
Nessa sexta-feira, à noite, abordado no decorrer da sessão sobre o assunto o senhor presidente António Salgueiro garantiu que o Posto Médico se iria manter aberto.
Passado o fim de semana, dias 16, sábado, e 17, domingo, logo no dia seguinte, segunda-feira, 18, tive conhecimento que o "Posto de Saúde da Cova Gala iria encerrar em breve... Tudo apontava, para o final deste mês".
Nesse mesmo dia, segunda-feira, porque tenho um espaço na internet que é lido por meia dúzia de pessoas, ou menos, divulguei publicamente o assunto, dada a gravidade do que estava a acontecer.
A população agitou-se, as partilhas no facebok foram mais que muitas, e a inquietação e alarme social instalou-se.
No dia seguinte, 19, terça-feira, desgraçadamente a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: pela afixação de um simples comunicado, na porta principal do Posto Médico, a população era informada que o "Posto de Saúde da Cova e Gala encerrava no fim do mês – a partir do dia 2 de maio os médicos em serviço num Posto médico que estava a servir a população desde 1959, não nas actuais funcionais e modelares instalações, é verdade, iriam para Lavos levando os seus respectivos doentes.
Assim, sem uma palavra, sem uma atenção, sem uma justificação, sem uma palavra: assim friamente...
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, Figueira, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, certamente alguns aqui presentes receberam a SMS, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que eu tinha escrito em 18 no blogue Outra Margem, dois dias antes: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."

Segue-se a convocação de uma sessão extraordinária da AF de S. Pedro - sessão essa que se realizou no dia 21, pelas 21 horas.
A Assembleia de Freguesia realizou-se... O DCMG lotou. Também lá estive, na esperança de ver aparecer alguém da Câmara Municipal para dar uma palavra de esclarecimento, de conforto, de solidariedade. 
Da Câmara ninguém apareceu... 
Entretanto, a pressão popular levou à marcação de uma reunião para o dia 25 de Abril na Figueira entre a Câmara, a junta de S. Pedro, depois foi alargada à junta da Marinha das Ondas, e ACES, na pessoa do director executivo António Morais.
Dessa reunião, como todos sabemos, nada de conclusivo resultou, ao contrário do que foi vendido aos jornais.

Na quarta-feira passada, no CMC houve uma sessão de esclarecimento dos autarcas de S. Pedro, que serviu para o presidente da junta ler as partes que lhe interessavam das notícias publicadas no DC, Beiras e Voz da Figueira, feitas a partir das declarações prestadas aos jornalistas, no final da reunião do dia 25 de Abril, um dia simbólico, por sinal, e que deveria ser respeitado por quem anda na vida pública e na política.
Dessa reunião, todos sabemos, não saíram conclusões definitivas – apenas, serviu, a meu ver, para passar uma mensagem para acalmar a população, à espera de melhor oportunidade, e logo que a malta baixe a guarda levamos o golpe.

O dia de ontem foi elucidativo - em S. Pedro e na Marinha das Ondas.
Ontem, dia 28, quinta-feira, na Marinha das Ondas o povo saiu à rua em defesa do seu Centro de Saúde...
Na Cova e Gala foi afixado um novo comunicado na porta principal do Posto médico da Cova e Gala, assinado pelo Director Executivo da ACES, António Morais, que diz o seguinte:

Gostaria de colocar, olhos nos olhos, a questão directamente ao senhor Presidente da Câmara, ou ao senhor vereador do pelouro da saúde, mas como nenhum deles se encontra presente, neste momento, solicito ao senhor vereador Carlos Monteiro ou à senhora vereadora Ana Carvalho que façam chegar a mensagem: estou aqui porque V. Exas. são o epicentro de todo o problema – que é, como sabemos, o sobre dimensionado, para as necessidades dos lavoenses, Centro de Saúde,  - lembro, e vou citar o Director do ACES, António Morais, que está dimensionado para 12 a 13 mil utentes e com menos de 8 a 9 mil não será rentabilizado - que a Câmara Municipal da Figueira da Foz inaugurou em Lavos, e que, a meu ver, visa servir uma estratégia politica de saúde definida por V. Exas. para o concelho...
O presidente da junta de S. Pedro, disse - e eu quero acreditar - que foi surpreendido.
Vou recordar, no entanto, aquilo que no decorrer de uma visita ao andamento das obras do Centro de Saúde disse o Director Executivo do ACES.
Na altura, 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano, disse este senhor...  "ACES não encerra Centros de Saúde em virtude da abertura de Lavos"!..
Sendo assim, e muito mais haveria a dizer, mas não tenho mais tempo, fica o meu pedido de esclarecimento: olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o  senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde,  esclarecesse o que vai acontecer, realmente, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Finalmente, gostaria que dissesse  como rentabilizar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, que para ser rentabilizado necessita de 8 a 9 mil utentes?...
Neste momento, nem metade tem: onde vai inventá-los?..

Nota de rodapé.
Como nota negativa desta minha passagem pela Assembleia Municipal, utilizando um direito do País de Abril, registo o facto - certamente, uma mera coincidência infeliz - de tanto o presidente da câmara, dr. João Ataíde, como o vereador do pelouro da saúde na CMFF, dr. António Tavares, não terem estado presentes no momento (e tinha, regimentalmente, apenas 5 minutos...) em que usei da palavra.
Vou esperar que a onda de boa vontade e compreensão, expressa pelo senhor presidente da câmara, sobre o assunto que levei à Assembleia, quando, algum tempo depois de ter terminado a minha intervenção,  lhe foi possível chegar ao salão dos paços do município, não se dilua no areal da  praia da nossa cidade. 
foto sacada daqui
Pela positiva, fica uma nota de simpatia e agradecimento a quem dirige os trabalhos na Assembleia Municipal: o seu Presidente, José Duarte Pereira
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de  ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que ontem levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Posto de Saúde da Cova Gala vai encerrar em breve... Tudo aponta, para o final deste mês

Lembram-se?..
No passado dia 14 de dezembro de 2015, alertei os caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia: Lavos ganha Centro de Saúde com “tecnologia de ponta”.
Passo a recordar o alerta.

"Ontem foi dia de festa para os lavoenses, com a inauguração do Centro de Saúde de Lavos, uma antiga aspiração e que provou que a “união faz a força”, já que a sua concretização ficou a dever-se às “parcerias” e esforços de vários organismos.
Obra rondou os 800 mil euros e é exemplo de uma “boa parceria”."

Pois é, caros velhotes e caras velhotas cá da aldeia, vocês andam há mais de 25 anos a votar sempre nos mesmos para escolher o presidente da junta local, os tais que, por oportunismo, se ligaram numas eleições ao PSD e, noutras, pelos mesmos motivos,  ao PS. 

Pois é, caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, contudo,  vocês não estiveram sós no voto que deram, nos últimos 25 e tal anos,  sempre aos mesmos...
A malta da pesca deu. Os merceeiros deram. As donas de casa deram. A malta que tem banca no mercado deu. A malta que tem casa na habitação social deu. A malta das colectividades deu. A malta que joga à sueca nos clubes deu. A malta que ocupa os espaços comerciais concessionados pela junta deu. E por aí adiante, maioritariamente. Muito maioritariamente.

Caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, além de mim, apenas tenho a certeza que na Aldeia, nos últimos 25 anos, apenas o meu barbeiro não deu o voto aos mesmos, porque ele não vota cá.
Felizmente, ninguém é proibido de votar. Também ninguém é obrigado a votar.

Caros velhotes e caras velhotas, cá na Aldeia, para muitos é indiferente quem está no poder na junta e na câmara... E, depois, há aqueles que nem sabem que há eleições. Outros, estão-se borrifando porque acham que não vale a pena. As poucas batatas que ainda se cultivam nos quintais cá da Aldeia, não crescem mais depressa por isso... 

Caros velhotes e caras velhotas cá da Aldeia, se quisermos existem mais de mil e uma razões para votarmos assim, ou assado, ou até para não votarmos. Todos temos direito ao voto em cada votação- um.
Toda a gente sabe isso. Da utilidade que lhe formos dando ao longo dos anos, colheremos depois o retorno. 
"Ontem foi dia de festa para os lavoenses"...

Caros velhotes e caras velhotas da minha Aldeia: se me perguntassem, hoje, o que penso sobre isso, além de não deixar de felicitar o Zé Elísio, diria -  “nada”.
Mas, penso - e penso que muita coisa vai acontecer no futuro, para azar, incómodo e desconforto, dos caros velhotes e das caras velhotas cá da Aldeia."

Entretanto, aquilo que eu pensava que ia acontecer no futuro, para azar, incómodo e desconforto dos caros velhotes e das caras velhotas cá da Aldeia vai acontecer em breve.
Falava-se, era uma hipótese e de repente e, mais uma vez, confirmou-se o aforismo popular: "o corno" é sempre o último a saber...
Segundo informação que me chegou, a partir do o próximo dia 2 de maio quem quiser ir ao médico, tem de ir a Lavos, pois o nosso excelente, funcional e acessível Posto de Saúde da Cova e Gala (que já vem do tempo do fascismo...) vai encerrar...
A Junta de Freguesia de S. Pedro não deve saber de nada... A Câmara Municipal da Figueira da Foz também não deve saber de nada...
Gosto de instituições, de pessoas e de bichos capazes de exprimirem sentimentos (bem sei que sou exigente, pois bem sei que não há muitas instituições, muita gente, nem muitos bichos capazes de preencherem esta característica fundamental), pelo que nem me passa pela cabeça que se, porventura, a Câmara da Figueira ou a Junta de Freguesia de S. Pedro, por acaso, tivessem sabido alguma coisa não deixariam os seus créditos por mãos alheias na defesa da população, em especial, dos caros velhotes e caras velhotas que tanto contribuíram para a sua eleição.
Aquilo que eu sei, é que o presidente da junta de freguesia da Marinha das Ondas, talvez porque ande de boas relações com algum espírito santo de orelha, conseguiu negociar a manutenção, por enquanto, de um médico na sua freguesia e o outro vai para Lavos...
O Povo, como sempre, mais uma vez é o "corno" da fita... 
Para além do mais, este, caros e caras covagalenses é um caso, no mínimo, dramático para nós: que transportes públicos existem para as ligações que teremos de fazer a partir de 2 de maio ao Centro de Saúde Lavos?

domingo, 1 de maio de 2016

Manuel Cintrão, um cidadão marinhense e do país, completamente revoltado com o que se passa ao nível da política concelhia em relação à saúde.

Este caso do encerramento das extensões de saúde de São Pedro e da Marinha das Ondas, está a provar que existem alguns cidadãos interessados na política e no futuro da sua Terra, que não se revêem nos partidos, tal como existem e, sobretudo, funcionam actualmente. 
Ao contrário do que muitos receiam, esta genuína entrega  em torno de uma causa que afecta o dia a dia de pessoas que podem ficar isoladas e com dificuldades em aceder aos cuidados de saúde primários, não é contra os partidos, muito menos contra a política e os políticos. 
Antes pelo contrário, poderia é contribuir para uma revitalização da política. 
Na verdade, esta mobilização justifica que os partidos reflictam no caminho que estão a trilhar e na multidão que andam a deixar para trás...
Outra nota significativa do que se está a passar, desde 18 do corrente, na Marinha das Ondas e em São Pedro: algumas pessoas estão dar corpo e voz ao valor da intervenção cívica e isso, evidentemente, não é do agrado dos políticos.
A cidadania faz-se pela participação. Uma sociedade civil forte é feita destes pequenos nadas. Uma sociedade civil forte é a expressão maior da política.
Sem mais delongas, fica uma CARTA ABERTA DIRIGIDA AO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ, DR. JOÃO ATAÌDE, subscrita pelo velho “soldado”, cidadão inteiramente livre, sem papas na língua, escritor,  e meu companheiro no  Barca Nova, no final dos anos 70 do século passado, Manuel Cintrão,  "cidadão marinhense e deste país, completamente revoltado com o que se passa ao nível da política concelhia em relação à saúde." 
Cliquem aqui e leiam com a atenção que merece este testemunho do velho lutador contra a ditadura e contra a guerra colonial, sempre com os valores inabaláveis da liberdade de consciência e pela transparência moral e cívica presentes.
Grande abraço Manuel Cintrão.
Tu és um daqueles que nunca será velho. A velhice começa, para nós, pelo menos, pelo menos, 15 anos depois da idade em que estivermos.

Passo a citar:
"...o objectivo desta carta é centrar-se na política de saúde para o concelho de Figueira da Foz que o Dr. João Ataíde preconizou, tem defendido e dado a cara por ela. Por isso, a meu ver, é o principal responsável por ela, repito, é o grande responsável.
Com toda a frontalidade, lamento dizê-lo, sou totalmente contra essa política de saúde para o concelho. É uma visão errada, completamente deslocada da realidade e das verdadeiras necessidades e anseios dos seus munícipes – utentes dos serviços de saúde.
Confesso, estou contra essa política, errónea, que só contribui para o mau estar das populações. Uma política que não colhe qualquer unanimidade das pessoas que se servem dos serviços de saúde.
Se referendasse os munícipes nas áreas onde estão instalados os Postos Médicos, sem qualquer dúvida, obteria um rotundo NÃO à sua política de saúde para o concelho.
Os Postos Médicos que existem no concelho, a meu ver, estão mais ou menos bem distribuídos de acordo com as necessidades das populações. Distribuídos como estão actualmente, acautelam minimamente os problemas de transportes, de mobilidade das pessoas idosas, pessoas diminuídas fisicamente, pessoas com dificuldades de locomoção e carenciadas.
Acredito que alguns postos médicos não tenham as condições desejáveis para os utentes, pessoal de saúde e auxiliar. Nestes casos há que promover melhoramentos, fazendo-se as obras necessárias. Neste particular, a própria Câmara Municipal não fará favor nenhum mandar executar as obras necessárias, já que usufrui de boa receita de tributação, paga pelos contribuintes, e das mais onerosas do país - o IMI.
A política séria, repito, a política séria não é estática e nem é uma panaceia, molda-se de acordo com os mais elementares direitos dos cidadãos.
Não quero acreditar que seja insensível, porque o considero como pessoa atenta e clarividente, não quero acreditar que seja mais um neoliberal a defender em primeiro ludar os números e só depois as pessoas. Quero acreditar, face ao descontentamento das populações, que a sua espada de “Dâmocles” faça justiça a favor dos utentes dos serviços de saúde.
Nesse sentido, como cidadão sempre activo na participação em acção cívica e política, sugiro-lhe que mantenha todos os Postos Médicos, do concelho, em paz e promova a reconversão do Centro de Saúde de Lavos, uma vez sobredimensionado, para Centro de Cuidados Continuados Integrados. Igualmente, aquando da construção do Centro para o norte do concelho, creio Alhadas, tenha já em linha de conta a utilização para Cuidados Continuados Integrados.
Assim, sim, seria uma política de saúde de grande visão, não seria uma política de pacotilha, dotando o concelho com uma rede de Cuidados Continuados Integrados, que se integraria na Rede Nacional de Cuidados Integrados (RNCCI), novo modelo organizacional criado pelos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, formada por um conjunto de instituições públicas e privadas que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social.
Como se sabe são objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.
Como é óbvio, com essa conversão, melhorava-se os serviços de saúde, deixava-se os actuais Postos Médicos em paz e os utentes que deles se servem.
Por outro lado aliviava o Hospital Distrital da Figueira da Foz de algumas valências e vagava a ocupação de camas. Como se sabe, por vezes, os doentes do hospital têm alta antes do tempo desejável para dar lugar a outros.
Espero que o Dr. João Ataíde reveja a sua política, errada, de saúde para o concelho."

segunda-feira, 20 de junho de 2022

"A saúde é um bem precioso para as pessoas"

Recordemos o que se passou na freguesia de S. Pedro: o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.

Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.
O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.
Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado. 

Recorde-se que a antiga deputada na Assembleia da República do PSD, Ana Oliveira, sempre mostrou preocupação com o futuro das extensões de saúde do concelho da Figueira da Foz. 
Na Assembleia da República abordou o tema por diversas vezes. 
Conforme se pode verificar pelo vídeo, Ana Oliveira questionou o então ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A então única deputada figueirense na Assembleia da República, na breve passagem como vereadora pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto na reunião de Câmara realizada a 20 de Novembro de 2017.
O então presidente da câmara, João Ataíde, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério. 

O actual presidente da Câmara da Figueira da Foz, numa sessão de Câmara realizada nos primeiros dias de Abril p.p., disse que aceitou a transferência de competências na área da saúde para não perder mais tempo, apesar do envelope financeiro ficar aquém das necessidades.
Alguns dias depois, Pedro Santana Lopes, na sua intervenção na sessão solene do 25 de Abril de 2022 da Assembleia Municipal, que se realizou no CAE, destacou que a saúde, a honra e a liberdade são “bens preciosos” para as pessoas. 

Na reunião de Câmara realizada no dia 17 de Novembro de 2021, «várias unidades de saúde da Figueira da Foz encontram-se numa situação de funcionamento que “chocou” o executivo independente liderado por Pedro Santana Lopes.
Nessa reunião de Câmara, a vereadora Olga Brás mostrou-se “chocada” com o estado do Centro de Saúde de Buarcos, na cidade, que tinha cinco casas de banho sem funcionar devido a problemas de esgotos, autoclaves inoperacionais e esterilização de roupas efetuada com água fria.
Sem apontar críticas ao antigo executivo, a autarca salientou que a lavagem de roupa naquela unidade é feita com água fria devido a uma avaria na máquina de lavar, quando as normas da Direção Geral da Saúde apontam para lavagens com água a 80 graus.
Por outro lado, no mesmo edifício funcionam quatro unidades, o que, segundo a vereadora, dificulta a sua gestão, pelo que em reunião com o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego ficou decidido que em Buarcos só vai funcionar uma Unidade de Cuidados Permanentes (UCP).
De acordo com a Olga Brás, só para recuperar o Centro de Saúde Buarcos são necessários 250 mil euros, embora o de São Julião necessite de 700 mil euros de investimento e o de Quiaios precise de resolver um problema de infiltrações.
Em Quiaios, existia também um “grande constrangimento” com a falta de médicos, que a vereadora responsável disse ter a garantia de ser resolvida nos próximos dias.
A autarca ordenou, entretanto, a realização de projetos para requalificação dos centros de saúde do concelho que necessitam de intervenção, de forma a apresentar candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência assim que abrirem os concursos.
Naquela altura, só a unidade de Maiorca tinha projeto apto a ser candidatado.»
Imagem via Diário as Beiras

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

O encerramento das extensões de saúde de S. Pedro e Marinha das Ondas continua a estar na ordem do dia informativo

As extensões de saúde de São Pedro e da Marinha das Ondas, estão temporariamente fechadas por falta de profissionais. 
Entretanto, os utentes estão a ser atendidos em Lavos. O que acrescenta novas dificuldades no acesso aos cuidados de saúde aos moradores de S. Pedro e da Marinha das Ondas, nomeadamente, a nível de transportes públicos. 
O executivo camarário já reagiu, ontem, através de comunicado, que pode ser lido clicando aqui
O presidente da câmara, Santana Lopes, tinha abordado a situação na cerimónia da comemoração dos 140 anos dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, na qual participou o ministro José Luís Carneiro. 
Santana Lopes solicitou ao ministro que fizesse chegar ao Governo a sua “enorme preocupação” sobre os efeitos que as obras da Ponte Edgar Cardoso poderão provocar nas duas margens do concelho,  sobretudo, sublinhou, nos serviços de saúde. 
José Luís Carneiro tomou boa nota do pedido do presidente de câmara da Figueira da Foz.
Hoje o fecho das extensões é notícia de primeira página no Diário de Coimbra. O Diário as Beiras, que foi o primeiro órgão de informação a dar a notícia, também se refere ao assunto na página da Figueira da Foz da edição de hoje.
Por sua vez, o PSD/Figueira, via nota de imprensa que transcrevemos a seguir, manifestou-se sobre o assunto.

"É com enorme preocupação e apreensão que, o PSD da Figueira da Foz, se apresenta, após o conhecimento do encerramento, temporário, de duas unidades de saúde de proximidade do lado sul do concelho, o Centro de Saúde de S. Pedro e de Marinha das Ondas (recentemente inaugurada), devido à escassez de funcionários de várias especificidades que um serviço destes contempla.

A saúde é um dos principais pilares para o bem-estar, qualidade de vida e segurança de toda a população.

E, no caso concreto, do nosso concelho, estes fatores são igualmente importantes. Sendo fundamental garantir uma saúde de proximidade de forma equitativa para todos. Não esquecendo que, o seu acesso, é um direito fundamental.

Num município onde, a população apresenta-se com um índice elevado de envelhecimento e, aleado a esta condição, a rede de transportes públicos ser escassa, o suprimir de serviços tão basilares, como são as extensões de saúde, coloca, quem mais precisa, numa situação difícil, onde, muitas vezes, aceder a serviços de saúde de primeira linha, mais distantes, torna-se numa tarefa quase impossível.

Relembrar ainda que, a Ponte Edgar Cardoso, irá passar por uma intervenção profunda, que implicará o constrangimento, principalmente, no horário noturno, num período longo, que ultrapassará, os 2 anos.

E perante a “nublosa” informação que se apresenta, no que se refere ao funcionamento destes serviços de saúde, durante todo o tempo de execução da empreitada da ponte que liga as duas margens do rio Mondego, aumenta a nossa preocupação, principalmente quando, nas vésperas destes acontecimentos, ocorra, como já aconteceu no passado, a supressão de unidades de saúde primárias.

Os cuidados de saúde são cada vez mais necessários e nesta altura do ano a atenção a este nível eleva-se para o dobro.

Por isso, apelamos, ao bom-senso destas questões junto das tutelas governamentais, destacando o direito ao acesso a serviços de saúde de qualidade e tão importante quanto isto, reforçar que os cuidados de saúde devem estar ao alcance de todos, de forma igual, sem existir diferenciação, em todo o território da Figueira da Foz."

terça-feira, 19 de abril de 2016

Silêncio inocente?..

foto António Agostinho
Pagar impostos, mais do que uma obrigação que decorre de uma atitude e de uma obrigação eticamente fundamentada, em especial no caso de quem trabalha por conta própria, é um garrote que o Estado nos aperta sem dó nem piedade.
Por isso, o mínimo, era que houvesse por parte do recebedor dos impostos, o Estado, um comportamento idêntico, sem o qual, a obrigação que sobre nós recai deixa de ter sentido.

Este Estado não é uma pessoa de bem.
No segredo dos gabinetes, pela sorrelfa, acabou de roubar à minha Aldeia algo que nem o fascismo nos negou: o direito à saúde.
Até este momento, este blogue foi o único espaço público, onde esta situação foi denuncida.
Políticos e órgãos de informação, mesmo aqueles que andaram 15 dias a promover não sei o quê da Aldeia, porque não ouvi, sobre o assunto do encerramento do Posto Médico da Cova e Gala - nada, rien de nada...
Entretanto, a decisão já está tomada: a partir de 2 de maio próximo, doentes covagalenses se querem médico vão a Lavos. Inventem é formas de lá conseguirem chegar...

Alguém consegue saber algo  sobre a forma como foi conduzido o processo de encerramento do Posto Médico da Cova e Gala?..
Alguém acredita que esse processo passou ao lado da política e dos políticos?
Neste momento, em cima da mesa, está o impacto do fecho do Posto Médico da Cova e Gala  no acesso da população da Aldeia a cuidados de saúde.
Não me peçam, portanto, que aborde este assunto sem indignação e sem paixão.
Neste momento, o mínimo a exigir aos políticos, é que se informem e nos informem, sobre o processo e exijam a sua suspensão. 

A primeira preocupação, tem a ver com a necessidade de garantir o não encerramento do Posto Médico da Aldeia, pois o que está em causa é que a população da freguesia não venha a perder cuidados de proximidade.
Senhores burocratas, não podem esquecer que a Aldeia tem uma população envelhecida e a cultura de relacionamento com o povo e de espírito de serviço público que o Posto Médico da Aldeia cultivou ao longo de largas dezenas de anos. 

Depois, temos outro problema enorme: as acessibilidades ao novo Centro de Saúde de Lavos.
Como é que os idosos da Aldeia lá vão chegar?
Em transporte individual, que a maioria não tem!.. Em transporte colectivo, que não existe!.. De táxi, para o qual a maioria não tem dinheiro!.. A pé, de bicicleta, de carro de bois, de carroça?..
Alguém pensou neste pormenor?

Qual é, afinal, a estratégia para a saúde das pessoas que moram nesta outra margem?
O erro foi cometido lá atrás... 
Antes de terem deitado a primeira pedra  do Centro de Saúde de Lavos os políticos concelhios deveriam ter olhado para o resto da população da margem esquerda do Mondego. 
E onde é que estiveram os políticos da Aldeia? Na Aldeia do pai natal?..
Há outros pormenores, porém, a ter em conta.
Se todos concordam que os edifícios, dos antigos Postos Médicos,  têm grande valor patrimonial, qual o destino a dar aos equipamentos e à verba que vier a ser obtida com a sua putativa venda?

Pela maneira como fui tratado, em todo este processo, que conduziu a este infeliz e dramático desfecho, como covagalense, tenho direito à indignação, que vou continuar a exercer com tristeza, mas com o sentimento do cumprimento de um dever cívico e moral...
Mostrar sensibilidade, é uma obrigação. Ser solidário um dever. 
Ainda há gente que se julga acima dessas formas de sentir e remete tudo para a competitividade, como se a igualdade à partida não fosse uma falácia...
A esses cegos, ou oportunistas, sugiro que, de vez em quando, entreabram o olhinho...

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ainda a propósito do Centro de Saúde Lavos...

para ler melhor, clicar na imagem
"Meu Caro amigo Manuel Cintrão.       
Li o teu artigo que a Voz da Figueira publicou no seu número 3149 de 11 do corrente mês de Maio, acerca da Politica de Saúde no concelho da Figueira da Foz. 
A propósito de que escreveste apetece-me fazer os seguintes comentários: 
Partes de pressupostos errados. Em primeiro lugar afirmas que o Presidente da Câmara da Figueira da Foz é que define a política de saúde para o concelho. Estás errado. Mas estás errado propositadamente (ou eu não te conhecesse). Tu sabes bem que quem define essa política é o Governo através da ARS. Mas tu, que és um homem inteligente (e aqui também há um pouco de Maquiavel) sabes bem que não adianta grande coisa pressionar o Governo ou ARSC, que são Entidades dificilmente pressionáveis (estão lá longe) e que provavelmente nem o teu artigo lerão. Então trataste de pressionar o elo mais fraco, por estar mais próximo e ter sobre a cabeça a espada das eleições Autárquicas de 2017. Está bem pensado, sem dúvida. É de Mestre!"... 
JOSÉ ELÍSIO FERREIRA DE OLIVEIRA, no jornal A Voz da Figueira. 

Nota de rodapé.
Como todos sabemos, a saúde é um valor central para a administração de um concelho como o da Figueira da Foz, pelo que o desenvolvimento da saúde e a promoção da saúde, são questões fundamentais para os princípios da equidade, sustentabilidade, cooperação intersectorial e solidariedade de uma comunidade - e isso não pode ser indiferente a um presidente de câmara.
Por isso mesmo,  João Ataíde deu prioridade à saúde na sua intervenção à frente dos destinos da autarquia. Esse facto remonta a 2009, ao início do seu primeiro mandato, como explicámos aqui.  

Exigia-se era que o planeamento e alargamento da rede de equipamentos de cuidados de saúde primários no nosso concelho, fosse devidamente dimensionado, isto é baseado em estudos sérios e não ao sabor do improvisos e sem ter em conta as diversas implicações que daí resultariam.
Deveria ter sido essa a prioridade do presidente Ataíde, e não limitar-se a seguir o que vinha do passado e agarrar logo a disponibilização de um terreno para um edifício para a implantação  de uma nova unidade de saúde, sobredimensionada para as necessidades do agregado populacional que iria servir, como é o caso do elefante branco construído, de raiz, por um executivo camarário presidido por João Ataíde, em Lavos.

Por outro lado, como sabemos, com a criação dos  Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES) foram atribuídas outras funções às autarquias, designadamente a presidência dos  Conselhos da Comunidade e a participação no Conselho Executivo de cada ACES

Fico por aqui. 
A resposta à carta do José Elísio, como é óbvio, se assim o entender, caberá a Manuel Cintrão dá-la.
Do meu ponto de vista, como um dos lesados pela política de saúde para o nosso concelho, pensada, definida e executada pelo Presidente Ataíde, porventura, com a desinteressada ajuda do José Elísio, resume-se a  isto: às vezes, para sermos melhores basta, simplesmente, querer ser diferentes de outras pessoas com as quais não concordamos.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

E pelo meio a culpa ia morrendo solteira...


Quase dois anos depois, o senhor presidente da Junta de Freguesia de S.Pedro, quebrou o silêncio...
"Desde o dia que nos informaram do encerramento da nossa Extensão de Saúde da Cova-Gala (2 de maio de 2016) que traçamos um rumo no sentido de manter aberto esta unidade de saúde e recuperar as valências perdidas, com trabalho e respeito institucional por todos os intervenientes. Este foi o rumo por nós traçado. Este foi o rumo certo!"
António Salgueiro, Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro, ontem no facebook.

Porque a memória é curta, recordo que, antes, já havia quem andasse a denunciar, pois sabia que o silêncio não era inocente...
A decisão já estava tomada antes.

Porque a memória é curta,recordo que, antes alguém já colocava perguntas.
Alguém consegue saber algo  sobre a forma como foi conduzido o processo de encerramento do Posto Médico da Cova e Gala?..
Alguém acredita que esse processo passou ao lado da política e dos políticos?
Neste momento, em cima da mesa, está o impacto do fecho do Posto Médico da Cova e Gala  no acesso da população da Aldeia a cuidados de saúde.
Não me peçam, portanto, que aborde este assunto sem indignação e sem paixão.
Neste momento, o mínimo a exigir aos políticos, é que se informem e nos informem, sobre o processo e exijam a sua suspensão. 
A primeira preocupação, tem a ver com a necessidade de garantir o não encerramento do Posto Médico da Aldeia, pois o que está em causa é que a população da freguesia não venha a perder cuidados de proximidade.
Senhores burocratas, não podem esquecer que a Aldeia tem uma população envelhecida e a cultura de relacionamento com o povo e de espírito de serviço público que o Posto Médico da Aldeia cultivou ao longo de largas dezenas de anos. 
Depois, temos outro problema enorme: as acessibilidades ao novo Centro de Saúde de Lavos.
Como é que os idosos da Aldeia lá vão chegar?
Em transporte individual, que a maioria não tem!.. Em transporte colectivo, que não existe!.. De táxi, para o qual a maioria não tem dinheiro!.. A pé, de bicicleta, de carro de bois, de carroça?..
Alguém pensou neste pormenor?
Qual é, afinal, a estratégia para a saúde das pessoas que moram nesta outra margem?
O erro foi cometido lá atrás... 
Antes de terem deitado a primeira pedra  do Centro de Saúde de Lavos os políticos concelhios deveriam ter olhado para o resto da população da margem esquerda do Mondego. 
E onde é que estiveram os políticos da Aldeia? Na Aldeia do pai natal?..
Há outros pormenores, porém, a ter em conta.
Se todos concordam que os edifícios, dos antigos Postos Médicos,  têm grande valor patrimonial, qual o destino a dar aos equipamentos e à verba que vier a ser obtida com a sua putativa venda?
Pela maneira como fui tratado, em todo este processo, que conduziu a este infeliz e dramático desfecho, como covagalense, tenho direito à indignação, que vou continuar a exercer com tristeza, mas com o sentimento do cumprimento de um dever cívico e moral...
Mostrar sensibilidade, é uma obrigação. Ser solidário um dever. 


Felizmente que na Cova e Gala há quem não cale e não consinta.
A pedrinha na engrenagem foi essa.
Quem cala consente
Se o Povo tivesse ficado calado o nosso Posto Médico estava encerrado.
Alguém consegue explicar a sua tentativa de encerramento?
Embora saiba que a estupidez é infinitamente mais fascinante que a inteligência e que  inteligência tem seus limites, mas a estupidez não, deixo a pergunta: 
Quem tomou a decisão, há dois anos,  só o fez por estupidez?
Ou tal fazia parte de um plano?

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Três dias loucos que abalaram S. Pedro...

No meio do silêncio geral, no passado dia 18, segunda-feira, há três dias apenas, este blogue deu a notícia: "Posto de Saúde da Cova Gala vai encerrar em breve... Tudo aponta, para o final deste mês".
No dia seguinte, 19, terça-feira, a notícia já era oficial e confirmava-se infelizmente o pior: "Posto de Saúde da Cova e Gala encerra no fim do mês...Presidente da junta de freguesia de S. Pedro pondera demitir-se..."
O presidente da junta sentindo-se atraiçoado pelo PS, enviou uma mensagem, a vários autarcas e outros do seu do seu actual partido, a manifestar desgosto e desencanto, e ameaçando com a sua demissão e demissão da sua equipa.

No dia seguinte, 20, quarta-feira, o Diário de Coimbra, confirmava aquilo que este blogue andava a denunciar há dois dias: "o presidente da junta de freguesia, que ainda no passado dia 15 garantiu na Assembleia de Freguesia, realizada nessa data, que o Posto Médico se iria manter aberto, não descarta a hipótese de se demitir..."
Segue-se a convocação de uma Sessão Extraordinária da Assembleia de Freguesia de S. Pedro - sessão essa que se vai realizar hoje, pelas 21 horas.

Hoje, 21, três dias depois do nosso alerta, aparece um título no jornal AS BEIRAS que diz: "Posto de S. Pedro não fecha".
O teor da notícia, porém, é muito diferente. Passo a citar.
"Em S. Pedro, freguesia urbana da margem sul da Figueira  da Foz, teme-se pelo encerramento do posto de saúde local. Contudo, fonte do Agrupamento do Centro de Saúde Baixo Mondego (ACES) garantiu que o equipamento vai manter-se aberto. Ressalva, porém, que, na sequência da nova Extensão de Saúde de Lavos, deverá proceder à reorganização dos recursos humanos, o que pode implicar uma redução de dias de funcionamento, se a autarquia garantir o transporte dos utentes."
Para ler melhor clicar na imagem

Em tempo: depois de lerem o que está publicado hoje nas Beiras, leiam o comunicado que, pelas 6 horas e trinta minutos da manhã de hoje, continuava afixado na porta principal do Posto Médico da Cova e Gala e tirem as vossas próprias conclusões.


Entretanto, segundo o mesmo jornal, "no próximo dia 25, vai realizar-se uma reunião entre João Ataíde, António Morais (director do ACES) e António Salgueiro."
Ainda de harmonia com o mesmo jornal, "nenhuma decisão será tomada antes da referida reunião". 
Meus caros leitores: como é que o jornal pode colocar na primeira página que o Posto de saúde  da Cova e Gala não vai fechar, se o encerramento foi comunicado, à população e até ao dia 25 "nenhuma decisão (presume-se que em contrário, pois o encerramento já tinha sido decidido e comunicado) será tomada antes da referida reunião"?
Porque é que o presidente da junta de freguesia de S. Pedro tomou a decisão de ameaçar com a demissão se está tudo bem?
Há  algo, em todo este processo, cujos contornos são muito neblusos.

Não podemos esquecer, que já fomos espoliados do acto mais bonito da vida - nascer em S. Pedro: no dia 1 de Novembro de 2006, fechou-se um ciclo que durava há 59 anos e que foi criado para responder a uma necessidade de um concelho que se acreditava estar em desenvolvimento.
Não podemos esquecer que, além de não podermos nascer em S. Pedro, deixámos também de poder morrer em S. Pedro: a morgue do Hospital da Figueira da Foz onde, de acordo com o ministro Correia de Campos, "o número de mortos era ridículo", fechou em 30 de Junho de 2015... 
Agora, só nos faltava tirarem-nos o resto: deixar de continuar a poder tratar da saúde em S. Pedro, a partir de 2 de Maio de 2016!..
Em geral, costumamos chamar de destino às asneiras que os políticos fazem (ou deixam fazer...) para complicar as nossas vidas...
Triste sina a nossa...

Temos de continuar atentos: aos políticos e, muito em especial, ao Exmº. Senhor António Morais director do ACES
A imagem foi sacada daqui. 
Leiam o que disse, em 2 de Março de 2015, há pouco mais de um ano. Está lá tudo... "O que não encerrava eram os Centros de Saúde"...
A Cova e Gala tem um Posto Médico...
Quem não sabe ler continua a ver os bonecos!.. Ou a acreditar no Pai Natal!..
A sina covagalense não pode ser nascer longe, morrer longe e tratar da saúde longe...
Aqui, neste cantinho, vamos continuar alerta...
Napoleão Bonaparte, que não era tolo, dizia: "Tenho mais medo de três jornais do que de cem baionetas."