Há cerca de 23 anos, porém, mais precisamente a 5 de Agosto de 2001, um batel de sal voltou a navegar no Mondego. Tal acontecimento ficou a dever-se à parceria “Sal do Mondego”, que foi a entidade responsável pela construção duma réplica de um barco de sal. Faziam parte desta parceria as seguintes Instituições: Assembleia Figueirense, Associação Comercial e Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São Pedro, Lavos e Maiorca. A viagem inaugural deste barco, foi uma iniciativa da Empresa Vidreira do Mondego, que organizou um passeio fluvial à Festa da Nossa Senhora da Saúde, em Reveles, uma festa, aliás, que diz muito a diversas gerações de homens do mar da Freguesia de S. Pedro. Nesse já longínquo primeiro domingo de 5 Agosto de 2001, a parceria gestora e proprietária do batel viu mais uma entidade aderir à iniciativa: a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Após ano e meio em terra o batel "Sal do Mondego" vai voltar a navegar na primavera...
sexta-feira, 14 de abril de 2023
Pocilga em Regalheiras de Lavos: entidades estão a reavaliar decisão sobre o assunto
A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, a Autoridade para as Condições do Trabalho e a Administração Regional de Saúde Centro vão reavaliar o processo de licenciamento da exploração de suinicultura instalada em Carvalhais de Lavos. Quem deu a informação foi o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, em declarações aos jornalistas.
terça-feira, 20 de dezembro de 2022
O encerramento das extensões de saúde de S. Pedro e Marinha das Ondas continua a estar na ordem do dia informativo
"É com enorme preocupação e apreensão que, o PSD da Figueira da Foz, se apresenta, após o conhecimento do encerramento, temporário, de duas unidades de saúde de proximidade do lado sul do concelho, o Centro de Saúde de S. Pedro e de Marinha das Ondas (recentemente inaugurada), devido à escassez de funcionários de várias especificidades que um serviço destes contempla.
A saúde é um dos principais pilares para o bem-estar, qualidade de vida e segurança de toda a população.
E, no caso concreto, do nosso concelho, estes fatores são igualmente importantes. Sendo fundamental garantir uma saúde de proximidade de forma equitativa para todos. Não esquecendo que, o seu acesso, é um direito fundamental.
Num município onde, a população apresenta-se com um índice elevado de envelhecimento e, aleado a esta condição, a rede de transportes públicos ser escassa, o suprimir de serviços tão basilares, como são as extensões de saúde, coloca, quem mais precisa, numa situação difícil, onde, muitas vezes, aceder a serviços de saúde de primeira linha, mais distantes, torna-se numa tarefa quase impossível.
Relembrar ainda que, a Ponte Edgar Cardoso, irá passar por uma intervenção profunda, que implicará o constrangimento, principalmente, no horário noturno, num período longo, que ultrapassará, os 2 anos.
E perante a “nublosa” informação que se apresenta, no que se refere ao funcionamento destes serviços de saúde, durante todo o tempo de execução da empreitada da ponte que liga as duas margens do rio Mondego, aumenta a nossa preocupação, principalmente quando, nas vésperas destes acontecimentos, ocorra, como já aconteceu no passado, a supressão de unidades de saúde primárias.
Os cuidados de saúde são cada vez mais necessários e nesta altura do ano a atenção a este nível eleva-se para o dobro.
Por isso, apelamos, ao bom-senso destas questões junto das tutelas governamentais, destacando o direito ao acesso a serviços de saúde de qualidade e tão importante quanto isto, reforçar que os cuidados de saúde devem estar ao alcance de todos, de forma igual, sem existir diferenciação, em todo o território da Figueira da Foz."
segunda-feira, 20 de junho de 2022
"A saúde é um bem precioso para as pessoas"
Recordemos o que se passou na freguesia de S. Pedro: o encerramento do Posto Médico da Cova Gala esteve anunciado para 2 de maio de 2016.
Depois dos alertas deste espaço e do combate ao encerramento do Posto Médico da Cova Gala, que teve OUTRA MARGEM, como era sua obrigação na primeira linha, ficámos assim.O posto médico da Cova e Gala ficou sem as seguintes consultas: Saúde Infantil, Saúde Maternal; e Planeamento Familiar.
Estas consultas passaram a ser feitas em Lavos.
Ficou por cumprir a promessa camarária do transporte a quem não o tiver e for carenciado.
Na Assembleia da República abordou o tema por diversas vezes.
Conforme se pode verificar pelo vídeo, Ana Oliveira questionou o então ministro Adalberto Campos Fernandes sobre o assunto, que lhe garantiu “fazer tudo para que não encerrem serviços”.
A então única deputada figueirense na Assembleia da República, na breve passagem como vereadora pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, questionou o presidente da câmara, João Ataíde sobre este assunto na reunião de Câmara realizada a 20 de Novembro de 2017.
O então presidente da câmara, João Ataíde, referiu que a política de saúde é da competência do respectivo ministério.
Nessa reunião de Câmara, a vereadora Olga Brás mostrou-se “chocada” com o estado do Centro de Saúde de Buarcos, na cidade, que tinha cinco casas de banho sem funcionar devido a problemas de esgotos, autoclaves inoperacionais e esterilização de roupas efetuada com água fria.
Sem apontar críticas ao antigo executivo, a autarca salientou que a lavagem de roupa naquela unidade é feita com água fria devido a uma avaria na máquina de lavar, quando as normas da Direção Geral da Saúde apontam para lavagens com água a 80 graus.
Por outro lado, no mesmo edifício funcionam quatro unidades, o que, segundo a vereadora, dificulta a sua gestão, pelo que em reunião com o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego ficou decidido que em Buarcos só vai funcionar uma Unidade de Cuidados Permanentes (UCP).
De acordo com a Olga Brás, só para recuperar o Centro de Saúde Buarcos são necessários 250 mil euros, embora o de São Julião necessite de 700 mil euros de investimento e o de Quiaios precise de resolver um problema de infiltrações.
Em Quiaios, existia também um “grande constrangimento” com a falta de médicos, que a vereadora responsável disse ter a garantia de ser resolvida nos próximos dias.
A autarca ordenou, entretanto, a realização de projetos para requalificação dos centros de saúde do concelho que necessitam de intervenção, de forma a apresentar candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência assim que abrirem os concursos.
Naquela altura, só a unidade de Maiorca tinha projeto apto a ser candidatado.»
quarta-feira, 14 de abril de 2021
Quatro turmas em isolamento profilático no concelho
"Ontem, a Figueira da Foz tinha quatro turmas em isolamento profilático, duas de escolas da rede pública com 2.º e 3.ºciclos (Infante D. Pedro e Cristina Torres) e outras duas de creches de instituições particulares de solidariedade social (Goltz de Carvalho e Centro Paroquial de Lavos).
O fim das quarentenas, as primeiras envolvendo comunidades escolares do concelho desde o regresso parcial às aulas, no dia 15 de março, varia entre os dias 18 e 23 deste mês.
A Figueira da Foz, de
acordo com as contas da
Direção Geral da Saúde,
encontra-se entre os concelhos em risco de não
avançarem para a terceira
fase ano de desconfinamento."
terça-feira, 16 de junho de 2020
São João sem aglomeração, manjerico, alho porro, martelo e cheiro a farturas!.. Este ano em casa é que eu não fico...
Durante o percurso não vão ser efetuadas paragens, evitando, desta forma, que se criem aglomerações e promover o cumprimento das recomendações da Direcção-Geral da Saúde.
A animação musical itinerante terminará pelas 24 horas, momento em que o céu se irá encher de cor com o espectáculo pirotécnico nas seis praias do concelho – praia da Leirosa, praia da Costa de Lavos, praia da Cova Gala, praia da Claridade, praia de Buarcos e praia de Quiaios – sendo este ano lançado com maior altitude face a anos anteriores, para que possa ser apreciado com o devido distanciamento.
Já no Dia da Cidade, 24, quarta-feira, pelas 11 horas, irá decorrer a Sessão solene do dia da Cidade, onde vão ser entregues as distinções honoríficas atribuídas ao longo do ano, no Centro de Artes e Espectáculos.
De seguida, pelas 12:30 horas será realizada uma cerimónia de descerramento de placa toponímica, em homenagem ao ex-Presidente João Ataíde, na praça junto ao Forte de Santa Catarina.
Os momentos da animação itinerante do Duo SanPedro, do espetáculo pirotécnico e da cerimónia de distinções honoríficas serão transmitidos em direto na página de facebook do Município da Figueira da Foz, para promover o alcance e o distanciamento social."
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
Trata-se de um assunto sério: os cuidados de saúde prestados aos moradores do sul do concelho
Posto Médico do Paião está em obras ...
As pessoas são encaminhadas para a Marinha das Ondas.
Posto Médico da Marinha das Ondas não tem pessoal administrativo...
As pessoas são encaminhadas para Lavos.
Centro Saúde de Lavos, perante esta procura, tem dificuldades em dar resposta...
Resultado: os utentes do Serviço Nacional de Saúde do Paião, Marinha das Ondas e Lavos, têm de ter paciência e aguentar.
Enigma: onde está e o que está a fazer, o pessoal administrativo do Paião, se o Posto Médico está encerrado e a Marinha das Ondas não tem pessoal administrativo e, por isso, não pode funcionar?
Esperança: vou continuar a acreditar, que o bom povo um dia será mais inteligente e elegerá pessoas capazes.
quinta-feira, 11 de julho de 2019
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
E pelo meio a culpa ia morrendo solteira...
terça-feira, 28 de junho de 2016
Que tarde bem passada...
Na sequência da minha intervenção gerou-se alguma celeuma em torno das ausências acima mencionadas, o que não era de todo, a minha intenção nem o meu objectivo.
O meu objectivo e a minha preocupação, era - e continua a ser - simplesmente este.
Neste momento, o posto médico da Cova Gala, depois do recuo que se verificou na intenção de encerramento para 2 de maio passado, está a funcionar apenas até às 13 horas.
Olhos nos olhos, com verdade, sem demagogia, claramente, gostaria que o senhor presidente da câmara, dr. João Ataíde, esclarecesse o que vai acontecer, realmente, no futuro - isto é, para além de Novembro de 2017, ao Posto Médico da Cova e Gala.
Todos sabemos que para justificar uma super estrutura, como é o Centro de saúde de Lavos, com o potencial que tem, necessita de 8 a 9 mil utentes!..
Como cidadão, tenho o direito de tentar saber a estratégia que a Câmara da Figueira tem definida no que concerne à política de saúde definida para o concelho.
Hoje, realizou-se nova sessão da Assembleia Municipal.
Como não obtive resposta à minha preocupação - que se mantém - tentei inscrever-me para poder usar da palavra, cumprindo as regras impostas aos cidadãos.
Porém, não consegui usar da palavra na sessão da Assembleia Municipal realizada hoje.
Na altura, interpelei o senhor presidente da Assembleia Municipal, que me informou que não estava inscrito.
Algo de estranho se terá passado, como demonstro pela documentação acima.
Nota de rodapé.
Todos passamos na vida, por uma vez ou outra, por situações constrangedoras de que nunca mais nos esqueceremos.
Umas, recordamo-las com gozo.
Outras, nem queremos ouvir falar delas, tal foi o incómodo que sentimos na altura!
Quem me conhece sabe que sou totalmente avesso a formalismos.
É claro que não ponho os pés em cima das mesas!
Avesso a formalismos não equivale a ser-se primitivo.
Gosto de ser natural, quanto o viver em sociedade mo permite...
Acho que fui suficientemente claro.
E hoje, confesso, que me fartei de gozar...
Quem me conhece, sabe que sou mesmo assim: não deixo para amanhã o que posso gozar hoje.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
Ainda a propósito do Centro de Saúde Lavos...
para ler melhor, clicar na imagem |
Li o teu artigo que a Voz da Figueira publicou no seu número 3149 de 11 do corrente mês de Maio, acerca da Politica de Saúde no concelho da Figueira da Foz.
A propósito de que escreveste apetece-me fazer os seguintes comentários:
Partes de pressupostos errados. Em primeiro lugar afirmas que o Presidente da Câmara da Figueira da Foz é que define a política de saúde para o concelho. Estás errado. Mas estás errado propositadamente (ou eu não te conhecesse). Tu sabes bem que quem define essa política é o Governo através da ARS. Mas tu, que és um homem inteligente (e aqui também há um pouco de Maquiavel) sabes bem que não adianta grande coisa pressionar o Governo ou ARSC, que são Entidades dificilmente pressionáveis (estão lá longe) e que provavelmente nem o teu artigo lerão. Então trataste de pressionar o elo mais fraco, por estar mais próximo e ter sobre a cabeça a espada das eleições Autárquicas de 2017. Está bem pensado, sem dúvida. É de Mestre!"...
JOSÉ ELÍSIO FERREIRA DE OLIVEIRA, no jornal A Voz da Figueira.
Nota de rodapé.
Como todos sabemos, a saúde é um valor central para a administração de um concelho como o da Figueira da Foz, pelo que o desenvolvimento da saúde e a promoção da saúde, são questões fundamentais para os princípios da equidade, sustentabilidade, cooperação intersectorial e solidariedade de uma comunidade - e isso não pode ser indiferente a um presidente de câmara.
Por isso mesmo, João Ataíde deu prioridade à saúde na sua intervenção à frente dos destinos da autarquia. Esse facto remonta a 2009, ao início do seu primeiro mandato, como explicámos aqui.
Exigia-se era que o planeamento e alargamento da rede de equipamentos de cuidados de saúde primários no nosso concelho, fosse devidamente dimensionado, isto é baseado em estudos sérios e não ao sabor do improvisos e sem ter em conta as diversas implicações que daí resultariam.
Deveria ter sido essa a prioridade do presidente Ataíde, e não limitar-se a seguir o que vinha do passado e agarrar logo a disponibilização de um terreno para um edifício para a implantação de uma nova unidade de saúde, sobredimensionada para as necessidades do agregado populacional que iria servir, como é o caso do elefante branco construído, de raiz, por um executivo camarário presidido por João Ataíde, em Lavos.
Por outro lado, como sabemos, com a criação dos Agrupamentos dos Centros de Saúde (ACES) foram atribuídas outras funções às autarquias, designadamente a presidência dos Conselhos da Comunidade e a participação no Conselho Executivo de cada ACES.
A resposta à carta do José Elísio, como é óbvio, se assim o entender, caberá a Manuel Cintrão dá-la.
Do meu ponto de vista, como um dos lesados pela política de saúde para o nosso concelho, pensada, definida e executada pelo Presidente Ataíde, porventura, com a desinteressada ajuda do José Elísio, resume-se a isto: às vezes, para sermos melhores basta, simplesmente, querer ser diferentes de outras pessoas com as quais não concordamos.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Boa sorte Figueira: os políticos locais perderam o tino...
O autarca modelo e a maioria social |
Um dos campeões absolutos nesta modalidade polítiqueira local é José Elísio. ZéElísio, o “pernas” - o afoito presidente da Junta de Lavos. Depois do cambalacho da reformulação das freguesias, o “pernas” acaba de participar noutra cegada patrocinada pelo governo anterior (que o meu amigo Agostinho tem vindo a comentar e a documentar com profusão de pormenores sórdidos, no seu blogue “Outra Margem”) e que decerto o coloca nos píncaros da popularidade na sua freguesia.
Elísio conseguiu, com o inepto altopatrocínio do presidente da Câmara, um Ataíde socialista, chamar a si (a Lavos), a edificação de uma espécie de super-centro-de-saúde que agrupará os “utentes” de quase todas as freguesias de sul do concelho (levando ao encerramento dos centros de saúde destas e transformando Lavos numa espécie de Meca do turismo de saúde local), digam lá que não é de génio. Os fregueses e o comércio de Lavos estão exultantes. Pimenta no cu dos outros para eles é refresco.
A verdade porém é que os utentes das freguesias despojadas dos seus centros de saúde estão invejosos. Apesar de enxofrados, nofundonofundo também queriam para eles um autarca como o “pernas” (mesmo que fosse alguém só com duas).
Afinal estamos em Portugal. Somos todos portugueses. Este é o país de “Os Lusíadas”. Onde todos os fregueses partilham dos mesmos valores - aqueles que se consubstanciam naquela palavra com que Camões culminou a sua obra. E que define uma gente que só sente que prospera com o mal dos outros. Metade nem sequer vota. A outra metade divide-se entre espíritos florentinos como ZéElísio, o presidente da junta, e simples de espírito como Ataíde, o presidente da Câmara.
E, ao contrário do meu amigo Agostinho, não vejo alternativa a isto. Porque, ai de mim, também não vejo onde caralho enxerga Agostinho uma maioria social de esquerda."
terça-feira, 3 de maio de 2016
A vida custa a todos. Mas, especialmente a alguns...
Foto sacada daqui |
De acordo com os termos do documento, assinado entre o município e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o valor total de investimento camarário ascende a mais de 850 mil euros na construção e equipamento do novo edifício, cuja utilização será depois cedida à ARSC por um prazo de 20 anos, renovável.
A autarquia vai candidatar o investimento a fundos europeus do quadro Portugal 2020, que têm um teto máximo de 520 mil euros, sendo o restante coberto por fundos municipais.
Nesta fase, José Tereso, presidente da ARSC, não garantiu a criação de uma USF na freguesia de Alhadas, argumentando que cabe aos profissionais – médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar – a criação de equipas nesse âmbito. Porém, é intenção da tutela aumentar o número daquelas unidades no concelho.
À margem da sessão, António Morais, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego, disse que a intenção é vir a criar mais três USF no município da Figueira da Foz (uma na cidade, outra na freguesia de Alhadas e outra em Lavos, a sul), a juntar às duas que já existem na zona urbana.
O projecto da nova unidade de saúde é camarário e será agora candidatado aos fundos europeus e objecto de concurso público de construção. Segundo João Ataíde, a obra deverá iniciar-se em setembro e estar concluída nove meses mais tarde, em finais de junho de 2017."
Via Figueira TV
Há dias assim. Em que me sinto bem, mesmo com pouca claridade...
Há dias assim. Em que apesar da penumbra, tenho algum sossego...
Há dias assim. Em que dispenso som de fundo, basta-me o silêncio e a luz coada.
Nestes dias, consigo discorrer comigo longamente.
A pensar nunca estamos sós...
Há dias assim, de um aparente sossego em que sobrevalorizamos o silêncio.
Silêncio, não é sinónimo de isolamento...
Pode ser desejado!
E, hoje, depois destes dias inquietos e atarefados, o silêncio assenta lindamente!
Pode ser por pouco tempo, mas gozêmo-lo...
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Para os crentes, recordo antecedentes do processo que conduziram à tentativa de encerramento do posto de saúde na Cova e Gala, actualmente em curso...
João Ataíde, presidente da Câmara da nossa cidade. António Tavares,, vereador do pelouro da saúde |
Recuo a 30 de setembro de 2010 e à "CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE A ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP E A CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ – EXTENSÃO DE SAÚDE DE LAVOS", citando a Acta nº 7 da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de 30-09-2010.
Nessa data, foi presente à Assembleia Municipal - foi aprovado por unanimidade - o processo acima mencionado, o qual havia sido aprovado em reunião de Câmara, de 21 de Setembro de 2010.
Registe-se, que o edifício onde está a funcionar o Centro de Saúde de Lavos, foi construído num terreno doado pela Junta de Freguesia de Lavos e é propriedade do Município figueirense.
A utilização, foi cedida pelo período de 2 anos, renováveis, à ARS Centro.
O PRESIDENTE DA CÂMARA, DR. JOÃO ATAÍDE, na altura, disse o seguinte: “só um acrescento de um documento que pode faltar e que é pertinente. Tenho aqui entre mãos a doação à câmara municipal da Figueira da Foz, do artigo em causa por parte da junta de freguesia de Lavos, era uma formalidade que ainda estava por cumprir, já temos a documentação que passa este prédio para nosso nome e, é ai que nós vamos levar a cabo esta obra, trata-se da extensão de saúde da Junta de Freguesia de Lavos. No fim de contas, foi uma adequação dos procedimentos para que fossem satisfeitas todas as regras necessárias. Este prédio por alteração do protocolo, constituirá activo da câmara municipal da Figueira da Foz. Como não podia deixar de ser, sob pena de estarmos a fazer uma obra, em terreno alheio e a favor de outrem o que é expressamente proibido, e foi isso que tentámos rectificar e é isso que está agora aqui em causa.”
JOÃO TOMÉ, deputado municipal do BE, na altura, disse o seguinte: “apenas para referir um pequeno pormenor, segundo um trabalho que entreguei em 2009, sobre reestruturação do serviço nacional de saúde no concelho, gostaria de chamar a atenção para o seguinte, tinha-se proposto e defendo que cada freguesia deve ter uma extensão de saúde. No entanto o serviço nacional de saúde deve-se concentrar em cinco ou seis, isso exige estudos, unidades de saúde familiar devidamente distribuídas pelo concelho, de forma a que a população tenha um serviço de qualidade, porque se vão arranjar uma extensão de saúde onde vamos querer ter médico e enfermeiro e mais não sei quantos em dezoito sítios, não vamos ter serviços de saúde de qualidade para ninguém. É preciso acautelar isto".
ANTÓNIO PEDROSA, deputado municipal da bancada 100%, na altura, disse o seguinte: “fico bastante sensibilizado e bastante satisfeito com a celebração deste protocolo, no entanto tenho que secundar a intervenção do meu caro amigo João Tomé do BE, apesar de não ser algo muito próprio de alguém do BE dizer aquilo que você disse. Mas secundo e já falámos sobre isso, você tem toda a razão e segundo aquilo que você disse, temos aqui é um problema, a Freguesia de Lavos e, está ali o Presidente da Junta que o pode confirmar, tem tido muito sucesso neste ano de mandato do Sr. Presidente da Câmara. Porque há turismo governativo, há protocolos para instalação de uma extensão do centro de saúde, existe dinâmica. Se todas as freguesias tiverem este tipo de atenção, acho que é bom para o concelho. Mas queria recordar que há uma situação na freguesia ao lado, na Marinha das Ondas, que também é do conhecimento do Sr. Presidente da Câmara, que tem a ver com a extensão do centro de saúde da Marinha das Ondas, e o Sr. Presidente da Junta está ali, pode confirmar, algo que ainda não está resolvido na Praia da Leirosa. Era só chamar a atenção para esta questão agradecia que se tiverem alguma informação que nos possam disponibilizar, porque em Abril deste ano ainda não estava."
JOSÉ ELÍSIO, na altura, interveio dizendo: “não queria intervir neste ponto, mas o Sr. deputado Pedrosa obriga-me a isso. Porque da intervenção pode trespassar pela cabeça das pessoas que há, por parte da câmara e do Sr. Presidente da Câmara, algum tratamento de favor em relação à freguesia de Lavos, o que aliás é falso. Tenho para com o Sr. Presidente da Câmara e para com a sua equipe de vereação o maior respeito, maior admiração, tenho colaborado dentro daquilo que me é possível colaborar e a câmara tem feito aquilo que é possível fazer por Lavos, como tem feito por outras freguesias. Houve de facto a visita do Sr. secretário de estado do turismo, porque foi ao museu do sal, e a iniciativa, tanto quanto julgo saber, até nem foi da câmara, foi da região de turismo do centro, não sei se estou a errar, mas admito que sim. Agora algumas iniciativas que a freguesia de Lavos tem tido e tem em curso, essas, com o devido respeito, têm sido da iniciativa do Presidente da Junta.”
Postado isto, tiro o meu boné (não uso chapéu) ao presidente da junta de freguesia de Lavos. E só tenho de concordar com ele, quando na última sexta-feira afirmou, perante o público presente, perante toda a Assembleia Municipal e perante os membros do executivo camarário, que enquanto os outros presidentes de junta do concelho andaram a dormir, ele, José Elísio, político avisado, traquejado e informado fez aquilo que tinha que fazer pelos lavoenses.
Chapeau, caro José Elísio...
José Elísio, presidente da junta de Lavos, a entidade que doou o terreno para a construção do Centro de Saúde lavoense. |
Recordo que a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, deliberou por unanimidade, aprovar o contrato-programa entre a Administração Regional de Saúde do Centro, IP e a Câmara Municipal da Figueira da Foz, tendo como objecto a cooperação técnica e financeira para a construção da Extensão de Saúde de Lavos.
Estávamos a 30 de setembro de 2010.
RECORDO A DECLARAÇÃO DE VOTO JOSÉ ELÍSIO, feita na altura: “votei a favor deste projecto com toda a convicção e até devo confessar com alguma emoção. Acho que este é o primeiro passo de uma caminhada que se afigura longa e difícil, e que espero que termine de uma forma feliz, para bem da comunidade lavoense, pois este equipamento, que é absolutamente necessário, irá contribuir de uma forma muito significativa para a melhoria da sua qualidade de vida. Por ser de justiça, não quero deixar de registar o meu agradecimento ao empenhamento que tem havido por parte do Sr. Presidente da Câmara e por parte dos senhores vereadores que super entendem nesta área, para que este processo se concretize. Têm sido revelador de uma grande vontade politica que, estou certo, que os lavoenses registarão. Quero também deixar claro que a freguesia de Lavos não deixa de contribuir de uma forma muito significativa para realização e concretização deste projecto, pois não sei se outros casos assim será, mas neste a junta de freguesia contribui com algo que ronda os 20 a 23% do total do investimento, e que mais não é do que ter alienado e ter doado com todo o gosto à câmara municipal o terreno de sua propriedade, que aliás era o único que possuía para que este equipamento ali pudesse ser construído.”
A PARTIR DE HOJE AS CONSULTAS DE SAÚDE INFANTIL, SAÚDE MATERNA E PLANEAMENTO FAMILIAR, REALIZAM-SE NOS PERÍODOS HABITUAIS (2ª, 3ª E 5ª NO PERÍODO DA TARDE) NA EXTENSÃO DE LAVOS.
Isto é, citando o Diário de Coimbra de segunda-feira, dia 26 de abril de 2016:
"A intenção de deslocar os médicos de família da Extensão de Saúde de S. Pedro (Cova-Gala) para o Centro de Saúde de Lavos, ficando apenas com médico um dia por semana, sofreu ontem uma “reviravolta”, numa reunião entre o director executivo do ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) do Baixo Mondego, os presidentes das juntas de S. Pedro e da Marinha das Ondas e o presidente da Câmara Municipal.
Reunião entre autarcas e responsáveisdo ACES do Baixo Mondego "ditou", por enquanto, a reversão da decisão.
Em Maio, há novo encontro, tudo indica que será para formalizar a decisão, sendo certo que, algumas consultas de especialidade, serão dadas em Lavos, onde existem melhores meios de diagnóstico..."
domingo, 1 de maio de 2016
Manuel Cintrão, um cidadão marinhense e do país, completamente revoltado com o que se passa ao nível da política concelhia em relação à saúde.
Ao contrário do que muitos receiam, esta genuína entrega em torno de uma causa que afecta o dia a dia de pessoas que podem ficar isoladas e com dificuldades em aceder aos cuidados de saúde primários, não é contra os partidos, muito menos contra a política e os políticos.
Antes pelo contrário, poderia é contribuir para uma revitalização da política.
Na verdade, esta mobilização justifica que os partidos reflictam no caminho que estão a trilhar e na multidão que andam a deixar para trás...
Outra nota significativa do que se está a passar, desde 18 do corrente, na Marinha das Ondas e em São Pedro: algumas pessoas estão dar corpo e voz ao valor da intervenção cívica e isso, evidentemente, não é do agrado dos políticos.
A cidadania faz-se pela participação. Uma sociedade civil forte é feita destes pequenos nadas. Uma sociedade civil forte é a expressão maior da política.
Sem mais delongas, fica uma CARTA ABERTA DIRIGIDA AO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA FIGUEIRA DA FOZ, DR. JOÃO ATAÌDE, subscrita pelo velho “soldado”, cidadão inteiramente livre, sem papas na língua, escritor, e meu companheiro no Barca Nova, no final dos anos 70 do século passado, Manuel Cintrão, "cidadão marinhense e deste país, completamente revoltado com o que se passa ao nível da política concelhia em relação à saúde."
Cliquem aqui e leiam com a atenção que merece este testemunho do velho lutador contra a ditadura e contra a guerra colonial, sempre com os valores inabaláveis da liberdade de consciência e pela transparência moral e cívica presentes.
Grande abraço Manuel Cintrão.
Tu és um daqueles que nunca será velho. A velhice começa, para nós, pelo menos, pelo menos, 15 anos depois da idade em que estivermos.
Passo a citar:
"...o objectivo desta carta é centrar-se na política de saúde para o concelho de Figueira da Foz que o Dr. João Ataíde preconizou, tem defendido e dado a cara por ela. Por isso, a meu ver, é o principal responsável por ela, repito, é o grande responsável.
Com toda a frontalidade, lamento dizê-lo, sou totalmente contra essa política de saúde para o concelho. É uma visão errada, completamente deslocada da realidade e das verdadeiras necessidades e anseios dos seus munícipes – utentes dos serviços de saúde.
Confesso, estou contra essa política, errónea, que só contribui para o mau estar das populações. Uma política que não colhe qualquer unanimidade das pessoas que se servem dos serviços de saúde.
Se referendasse os munícipes nas áreas onde estão instalados os Postos Médicos, sem qualquer dúvida, obteria um rotundo NÃO à sua política de saúde para o concelho.
Os Postos Médicos que existem no concelho, a meu ver, estão mais ou menos bem distribuídos de acordo com as necessidades das populações. Distribuídos como estão actualmente, acautelam minimamente os problemas de transportes, de mobilidade das pessoas idosas, pessoas diminuídas fisicamente, pessoas com dificuldades de locomoção e carenciadas.
Acredito que alguns postos médicos não tenham as condições desejáveis para os utentes, pessoal de saúde e auxiliar. Nestes casos há que promover melhoramentos, fazendo-se as obras necessárias. Neste particular, a própria Câmara Municipal não fará favor nenhum mandar executar as obras necessárias, já que usufrui de boa receita de tributação, paga pelos contribuintes, e das mais onerosas do país - o IMI.
A política séria, repito, a política séria não é estática e nem é uma panaceia, molda-se de acordo com os mais elementares direitos dos cidadãos.
Não quero acreditar que seja insensível, porque o considero como pessoa atenta e clarividente, não quero acreditar que seja mais um neoliberal a defender em primeiro ludar os números e só depois as pessoas. Quero acreditar, face ao descontentamento das populações, que a sua espada de “Dâmocles” faça justiça a favor dos utentes dos serviços de saúde.
Nesse sentido, como cidadão sempre activo na participação em acção cívica e política, sugiro-lhe que mantenha todos os Postos Médicos, do concelho, em paz e promova a reconversão do Centro de Saúde de Lavos, uma vez sobredimensionado, para Centro de Cuidados Continuados Integrados. Igualmente, aquando da construção do Centro para o norte do concelho, creio Alhadas, tenha já em linha de conta a utilização para Cuidados Continuados Integrados.
Assim, sim, seria uma política de saúde de grande visão, não seria uma política de pacotilha, dotando o concelho com uma rede de Cuidados Continuados Integrados, que se integraria na Rede Nacional de Cuidados Integrados (RNCCI), novo modelo organizacional criado pelos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde, formada por um conjunto de instituições públicas e privadas que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social.
Como se sabe são objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra.
Como é óbvio, com essa conversão, melhorava-se os serviços de saúde, deixava-se os actuais Postos Médicos em paz e os utentes que deles se servem.
Por outro lado aliviava o Hospital Distrital da Figueira da Foz de algumas valências e vagava a ocupação de camas. Como se sabe, por vezes, os doentes do hospital têm alta antes do tempo desejável para dar lugar a outros.
Espero que o Dr. João Ataíde reveja a sua política, errada, de saúde para o concelho."
sábado, 30 de abril de 2016
O que disse, ontem, na Assembleia Municipal da Figueira da Foz
Foto sacada daqui |
O equipamento, tive disso conhecimento na altura, ficaria dotado de sete gabinetes médicos (parece que tem 9...), dois gabinetes de enfermagem, duas salas de espera, uma unidade técnica de grande capacidade e várias estruturas de apoio.
A apresentação do centro de saúde foi feita por António Albuquerque, chefe da Divisão de Obras da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
“Não está dimensionado para a população que vai servir [5 200 habitantes]. Está projectado para cerca de 10 500 pessoas”, disse na altura António Albuquerque.
A 19 de outubro de 2014, como todos sabemos, em resultado de eleições intercalares, António Salgueiro, numa lista PS, é eleito para presidente de junta em S. Pedro, onde já era autarca há muitos anos.
No passado dia 15, realizou-se uma sessão ordinária da assembleia de Freguesia de S. Pedro.
Da Câmara ninguém apareceu...
Vou esperar que a onda de boa vontade e compreensão, expressa pelo senhor presidente da câmara, sobre o assunto que levei à Assembleia, quando, algum tempo depois de ter terminado a minha intervenção, lhe foi possível chegar ao salão dos paços do município, não se dilua no areal da praia da nossa cidade.
foto sacada daqui |
A cor partidária, nem sempre retira o colorido a quem encara a vida e a politica com sentido de responsabilidade democrática e cultura humanística.
É assim que se promove uma maior aproximação entre eleitos e eleitores e entre estes e as instituições, porque o órgão autárquico a que preside, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz, terá de ser sempre a casa da Democracia do Concelho da Figueira da Foz.
Senhor Presidente: como covagalente que continua preocupado - como continuamos todos... - com um problema fundamental para o nosso futuro, que passará sempre pela qualidade e acessibilidade aos cuidados de saúde primários, fica o meu agradecimento por ter percebido e compreendido a importância do assunto que ontem levei ao órgão autárquico que preside.
Posso ser muita coisa, mas acéfalo - não.
Obrigado senhor Presidente José Duarte Pereira.