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quarta-feira, 4 de abril de 2018

Sabem quem percebe de gestão na Figueira, numa aldeia onde a miséria dá lucro? Os Albinos, claro...

Foto sacada daqui
Os figueirenses, ao que parece, gostam dos Albinos (presumo, que não todos...).
Na Câmara, temos o Presidente João Albino.
No Hospital, temos o Presidente do Conselho de Administração, José Albino.
Para além do nome, estas personalidades, têm mais coisas em comum, por exemplo: ambos são politicamente híbridos (já foram de direita, do centro e agora são entusiastas socialistas).

Neste momento, ambos os Albinos, estão em grande destaque.
O João, ganhou pela terceira vez a Câmara.
O José, desde que entrou na carreira da Administração Hospitalar, tem estado sempre em cargos de nomeação política, quer com governos de esquerda, do centro ou de direita, porque, tal como o João, ele também é bom gestor.

Como os resultados foram obtidos, porém, pouco importa (para alguns).
Considerando, que a empresa privada de saúde Sanfil é a principal prestadora de serviços de saúde do Hospital da Figueira, talvez o nome mais correcto para a unidade hospitalar do nosso concelho, seja o de Hospital Sanfil Figueira.
 
O Hospital da Figueira contrata a esta empresa profissionais de saúde (mão de obra escrava) que prestam cuidados de qualidade duvidosa, mas fica mais barato do que investir nos profissionais de carreira.
Se o Hospital da Figueira teve um lucro de duzentos mil euros, qual foi o lucro que a Sanfil obteve com os serviços prestado ao Hospital da Figueira?
Que custos tangíveis e intangíveis tiveram os doentes do SNS, para a obtenção deste lucro?

O SNS não foi criado apenas como universal e gratuito para todos, mas também para garantir o acesso de todos aos cuidados de saúde com qualidade.
O  alegado lucro, não é apenas uma “facada” no SNS, mas também é uma fraude moral.
Os lucros são obtidos à custa do sacrifício dos doentes e a desvalorização da qualidade dos cuidados de saúde do prestador. Os lucros são obtidos à custa da falta de investimento nos bons profissionais de carreira do quadro, cada vez mais reduzido, desmotivado e envelhecido, optando-se pela contratação de mão de obra barata às Sanfins deste país.

O anterior Presidente do Conselho de Administração, Pedro Afonso, a quem se deve, também, este lucro, deixou o nosso hospital para integrar a nova Administração dos CHUC, onde esteve apenas uns meses, pois o verdadeiro prémio chegou agora - passou a ser administrador do Hospital privado Idealmed.

Desde as grandes obras da nova urgência e do pavilhão das consultas externas, que o hospital não investe na requalificação de estruturas e equipamentos. O bloco operatório, há anos que está obsoleto e degradado (os cirurgiões fazem milagres) e a construção de um novo é uma promessa sempre adiada, bem como a criação de um pequeno bloco para pequena cirurgia de ambulatório.
A TAC são mais as vezes que está avariada do que a funcionar.
Quando estive internado, tive de fazer uma TAC e levaram-me de ambulância à Clínica da Lapa (Sanfil, pois claro...).

Nem vale a pena falar em taxas moderadoras: de taxas têm o nome e de moderadoras não têm nada.
Mas, tanto há para dizer sobre o lucro...
O Hospital da Figueira, vai sobrevivendo graças aos bons profissionais da "casa", que se preocupam verdadeiramente com o bem estar dos doentes, e não com resultados financeiros ou com uma tabela de números em Excel.
Este Albino já devia ter saído em Dezembro de 2017 (está em regime de substituição).
Com esta "linda" bandeira do lucro, está aberta a porta da continuidade dos Albinos na Figueira.

Nota de rodapé: a continuidade dos Albinos, garante lucro ao Hospital, às empresas privadas de saúde e às funerárias...
Perdem-se é clientes para as mercearias da Figueira.
É a economia de mercado a funcionar!

Via ANC

quinta-feira, 5 de abril de 2018