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sábado, 15 de abril de 2017

A Figueira vai notar a ausência de Manuel Luís Pata

O Senhor Manuel Luís Pata, fotografado por Pedro Agostinho Cruz, em finais de outubro de 2013, no decorrer de um agradável café, acompanhado, como é habitual quando nos encontrávamos, de uma  empolgante  conversa sobre  o porto e a barra da Figueira, à mesa do Bar Borda do Rio, na Gala.
Com o falecimento de Manuel Luís Pata, "o responsável pelos livros que nesta cidade da Foz do Mondego, até hoje, foram publicados sobre a pesca longínqua do bacalhau e sobre os estaleiros da construção naval figueirense", a Figueira ficou mais pobre.

Foi um Homem que nunca abdicou de lutar.
Para além da luta que teve na década de 80 do século passado contra a construção da variante da Gala, do modo como implantada, liderou ou participou em muitas outras batalhas. Quase todas, se não mesmo todas, perdidas.

Em 1998-1999, tentou, sem êxito, salvar da destruição o último dos grandes navios de ferro bacalhoeiros da Figueira da Foz. Juntamente com os capitães locais, Álvaro Abreu da Silva e António Marques Guerra, foi um dos principais dinamizadores do movimento cívico que na Figueira da Foz defendeu o projecto, que foi torpedeado pela administração pública municipal (e, por isso, ingloriamente malogrado), de salvar da sucata o último de todos os navios bacalhoeiros figueirenses (o antigo "Sotto-Maior", depois chamado "José Cação"), para o transformar numa instalação museológica e assim dar um contributo para a criação do Museu do Mar local. Esse movimento foi lançado e apoiado também com a participação do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), mas não conseguiu vencer as resistências que lhe foram movidas.

Conforme recordou Alfredo Pinheiro Marques, "no ano anterior, em 1997, prontificou-se  para ser o primeiro a testemunhar (se fosse necessário) acerca da destruição dos seis  barcos de madeira antigos de pesca, adquiridos pelo erário público para fins museológicos (e estudados pelo próprio Arq. Octávio Lixa Filgueiras) mas que foram destruídos durante uma década no interior do Museu Municipal da Figueira da Foz." 

O projecto de criação do Museu do Mar da Foz do Mondego (o museu, desde sempre, desejado por tantos...) passou a fazer parte do essencial da estratégia do Centro de Estudos do Mar (CEMAR) desde a sua fundação na Figueira da Foz, em Janeiro de 1995: primeiro, apontando-se tal Museu para as antigas instalações da Fábrica de Conservas Cofisa em Buarcos  e, depois, em outros locais na cidade da Foz do Mondego e na sua margem sul (nomeadamente, com a inclusão desse navio, se ele tivesse sido salvo e musealizado, o que não veio a acontecer).
Tal projecto, pelo qual Manuel Luís Pata, no âmbito do CEMAR, lutou até ao fim, foi sempre inviabilizado. Quando um dia existir, se vier a exisitir, a memória e a contribuição de Manuel Luís Pata, terão de ser tidas em conta e ficarem devidamente registadas para memória futura.

Manuel Luís Pata, no decorrer de toda a sua vida, nunca deixou esquecer o antigo e meritório projecto, infelizmente fracassado, do porto oceânico de águas profundas no Cabo Mondego (Buarcos), do Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva (1913). Esse projecto, se tivesse sido concretizado, teria dado à região da Figueira da Foz e de Coimbra o futuro que tal região não veio a ter. 
É sobejamente conhecida a sua luta contra o aumento do grande molhe norte do actual pequeno porto fluvial da Figueira da Foz (2006-2008), denunciando o que considerou ser mais um erro histórico que iria avolumar as situações de calamidade visíveis desde há décadas na região da Foz do Mondego, o que, infelizmente, veio a acontecer.
Os mortos na barra da Figueira e a erosão costeira a sul do estuário do Mondego são disso, infelizmente, a prova.

Em 2007, publicou no jornal "A Voz da Figueira" (25.10.2007), um artigo onde denunciava (e se declarou contra) a intenção abstrusa, daqueles que foram responsáveis pelo aumento do molhe norte do porto da Figueira, de colocar lá um "monumento aos figueirenses da epopeia do bacalhau" ("proibo que o meu nome e dos meus familiares falecidos sejam colocados em tal local aberrante" [sic])."
Manuel Luís Pata estava também frontalmente contra as obras na Praia da Figueira, outrora da Claridade, agora  da Calamidade.

Em Setembro de 2016, por ocasião da publicação do seu último livro, foi-lhe atribuída pela Câmara Municipal da sua terra natal, em vida, meritoriamente, a Medalha de Mérito do Município da Figueira da Foz (13.09.2016).
Lamentavelmente, já não viveu o tempo suficiente para a receber.
A Medalha de Mérito Municipal da Figueira da Foz, que lhe foi atribuída pela Câmara Municipal, irá ser entregue à Família do Senhor Manuel Luís Pata no próximo Dia da Cidade da Figueira da Foz, em 24 de Junho de 2017.

Manuel LuísPata vai fazer falta à Figueira.
Depois de tantos milhões gastos, para chegarmos aqui: "Requalificação do areal para aproximar a cidade ao mar"!..
Ouçam mas é quem sabe, por saber de experiência feita:
"... na pág. 8 do semanário “A Voz da Figueira”, de 13 de janeiro de 2016, com o anúncio da construção desta “milagrosa” obra onde irão gastar (estragar mais de 2,1 milhões de euros), fiquei perplexo!..
No entanto, os meus 91 anos não deveriam permitir que isso acontecesse! Mas, aparece sempre algo que nunca nos passaria pela imaginação.
Afinal: devemos aproximar a Cidade do Mar, ou o Mar da Cidade?
Insisto: devemos procurar a todo o custo aproximar o Mar da Cidade, como no tempo em que a Figueira era a Rainha das praias.
Leva-me a crer que quem tomou esta iniciativa desconhece que foi a “Praia da Claridade” que deu a grandeza e beleza à Figueira e não será esta “milagrosa” obra que irá repor essa condição!
Na realidade, o extenso areal existe e todos sabemos qual a razão e, mesmo sabendo, foi decidido acrescentar o molhe norte!
O resultado está bem visível e é lamentável! Pelo que li, o areal distancia o mar da cidade 40 metros em cada ano!
Julgo que todos sabemos - ou o que nos leva a crer, nem todos - que esta areia não pertence à Figueira e não deveria ali estar.

Enquanto não devolvermos ao mar as areias que lhe roubaram (e que lhe fazem falta) continuamos à sua mercê. O mar faz parte da natureza e o ser humano não tem poder para a dominar! Tem sim que a respeitar e, com inteligência, saber defender-se das fases nocivas.
Pelas razões que expus, terei, a contragosto e uma vez mais, de adicionar mais uma obra ao meu arquivo de obras “asnas” e gostaria que fosse a última, não porque na verdade já não terei muito mais tempo para o fazer, mas por deixarem de existir.
O mar deu brilho e riqueza à Figueira, à praia, à faina da pesca – com destaque para a do bacalhau -, grades secas, fábricas de conservas e indústria naval e a Figueira há muito lhe virou as costas."

Manuel Luís Pata, avisou em devido tempo, mas ninguém o ouviu...

Com as conversas que tive com este Senhor, aprendi muita coisa, nomeadamente que "o mar não gosta de cobardes".  E que "ao mar nunca se vira as costas".
O cuidado, o carinho, a dedicação,a perseverança e o bom gosto com que sempre defendeu a Aldeia, ao recordar a figura de Manuel Luís Pata, enche-me de um sentimento de gratidão para com este enorme covagalense e grande figueirense.
Como ele próprio me disse um dia, já lá vão quase dezasseis anos, “é pena que nem toda a gente entenda que na construção do futuro é necessário guardar a memória”.

Por me ter sido permitido viver esta dádiva, obrigado por tudo Senhor Manuel Luís Pata. 

quinta-feira, 7 de maio de 2020

"A solução é mesmo não renovar a concessão e voltar aos Serviços Municipalizados"

"A FIGUEIRA É DAS ÁGUAS", via Nelson Fernandes



FOTO DB/JOT’ALVES
"A posição do Sr. Vereador Ricardo Silva sobre a concessão dos serviços de água à empresa Águas da Figueira é uma infantilidade política, e uma mentira descarada, de que a imprensa local faz eco. Infantilidade porque sabe que a concessão só pode ser resgatada no final do contrato. Descaramento porque foi o PSD, partido do qual é presidente da Concelhia, que fez e prolongou o contrato inicial. Mentira porque desde sempre a CDU não só se opôs, como sempre denunciou a concessão, sobretudo a iniquidade vigente em que a empresa paga à Câmara anualmente, pela concessão, trezentos mil euros, e cobra à Câmara, também anualmente, mais de quinhentos mil euros. Isto é, um único cliente, o concedente, paga a concessão e ainda sobram mais de duzentos mil euros. Isto é negócio bem feito, para a concessionária, é evidente.

Mas vamos á história:
Nos idos de 1998 o Eng.º Aguiar de Carvalho, no último ano do seu mandato deixou de acreditar nos totolotos (aeroporto, ou eliminação de resíduos por pirólise) e converteu-se às privatizações como recurso de tesouraria, a exemplo aliás daquilo que acontecia nos governos do bloco central. Vendeu os Serviços Municipalizados de Águas e o Parque Industrial da Gala. O Parque Industrial da Gala vendeu-se rápido. Só apareceu um comprador, e era exatamente aquele que se desejava. O Sr. Aprígio Santos.
Para as Águas o concurso era mais apetecível. A Câmara tinha acabado de construir e inaugurar a ETA de Vila Verde e a ETAR da Fontela, o abastecimento estava em cerca de 85%, e portanto o investimento para a cobertura total era residual. O problema estava na rede de esgotos, com uma cobertura de cerca de 40%, mas para esta, estava assegurado financiamento europeu, inicialmente a fundo perdido e depois a 75%. Aliás no contrato de concessão as candidaturas eram da responsabilidade da Câmara. O Eng.º Aguiar de Carvalho e seus vereadores (Dr. Melo Biscaia, Dr.ª Virgínia Pinto e o Eng.º Casimiro Terêncio) excluíram do concurso duas empresas, e determinaram um vencedor, que só não recebeu a concessão porque, as empresas excluídas, recorreram da decisão de exclusão.
É sabido que o Eng.º Aguiar de Carvalho não foi o candidato do PS e que o PS perdeu essas eleições para o Dr. Santana Lopes e para o PSD. Remunicipalizou o Parque Industrial da Gala, o que foi uma boa decisão, e anulou o concurso para as águas, abrindo novo concurso, de que saiu vencedora a empresa que o Eng.º Aguiar de Carvalho tinha excluído. Foi pois o Dr. Santana Lopes, e os seus vereadores (Eng.º Daniel Santos, Dr.ª Rosário Águas, Dr. Pereira da Costa, Eng.º Casimiro Terêncio, etc.) que fizeram já em 1999 a concessão definitiva á empresa que se chama hoje Águas da Figueira.

Este contrato de concessão deveria ter terminado em 2020, portanto este ano. Não terminou porquê? Porque foi prorrogado. A primeira prorrogação aconteceu porque alguém na Câmara, e não foram os serviços, não entregou a tempo os documentos necessários para receber a comparticipação da construção da ETAR de Vila Verde. Foi já o Eng.º Duarte Silva que tirou o coelho da cartola. Sem dinheiro para pagar a ETAR negociou a extensão do contrato e o tarifário. Mais um negócio bem feito, para a concessionária, pois acrescentou anos, creio que cinco, e um tarifário absolutamente leonino.
O segundo mandato do Eng.º Duarte Silva, é já um descalabro financeiro de tal ordem que os fornecedores, sobretudo os fornecedores de obras públicas, já não se candidatavam às obras municipais. E então muitas dessas obras deixaram de ser ajustadas pela Câmara, e passaram a ser ajustadas como obras da responsabilidade das Águas da Figueira, tendo como pagamento um segundo prolongamento da concessão.
Á época são conhecidas as valiosas intervenções do deputado Municipal do PS Dr. Carlos Monteiro, não contra a concessão, entenda-se, mas por um tarifário mais ajustado à realidade dos consumidores. A negociação já com o Dr. Carlos Monteiro como vice-presidente da Câmara fez-se mas os resultados tal como os conhecemos hoje são pífios. A Figueira da Foz continua a ter dos tarifários mais caros do país.

A solução é mesmo não renovar a concessão e voltar aos Serviços Municipalizados. Mas ninguém de boa-fé acreditará que o PSD, (e já agora também o PS) uma vez no poder determine o fim da concessão. Na realidade está na moda substituir a «quadratura do círculo» pela «circulatura do quadrado». Mas com os mesmos protagonistas só são de esperar os mesmos resultados. As privatizações (com ou sem «regulador»), como diria o escorpião ao coelho antes de o morder, é que são a sua natureza.

À parte. Fez-me bem este bocadinho de história. Desabafei!"

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

“A ETAR não está preparada para receber muito mais”, advertiu o diretor geral da Águas da Figueira, João Damasceno, ontem, numa visita guiada para jornalistas à estação de tratamento...

João Damasceno, Carlos Monteiro e António Salgueiro
1. "No início do verão deste ano, o mau-cheiro tomou conta do ar que se respirava nas redondezas daquela estação de tratamento, proveniente de efluentes sem pré-tratamento O Hospital Distrital da Figueira da Foz, saliente-se, também canaliza para ali os seus efluentesde unidades industrias agroalimentares instaladas na vizinha zona industrial." 
2. "Nos últimos cinco anos, a Águas da Figueira investiu 300 mil euros na modernização da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de São Pedro, freguesia industrial e turística. Àquele montante, há ainda a acrescentar 200 mil euros, suportados por unidades industriais que operam na zona portuária, em obras recentemente realizadas. Tudo junto, o investimento de meio milhão de euros permitiu duplicar a capacidade do equipamento."
3. "A concessionária Águas da Figueira detetou a origem do problema, ao mesmo tempo que sensibilizou os poluidores para a necessidade de pré-tratarem os esgotos. João Damasceno garantiu que, se aquele episódio se repetir, a concessionária será “mais célere” na resolução do problema. Isto porque, na sequência do incidente, foram localizadas as caixas para onde foi libertada a matéria orgânica."
4. "Na visita, o gestor fez-se acompanhar pelo vereador Carlos Monteiro, o presidente da Junta de São Pedro, António Salgueiro, e técnicos da Águas da Figueira e da câmara."
5. "Carlos Monteiro considerou que as obras realizadas na ETAR de São Pedro deram um “contributo muito grande para o tratamento de eflentes e a qualidade da água do rio”. António Salgueiro, por seu lado, registou que , agora, as coisas estão regularizadas”. Ambos os autarcas salientaram que estão descansados e satisfeitos em relação aos resultados dos referidos investimento. 
6. "O vereador aproveitou a ocasião para afirmar que, de acordo com as análises, “desde há dois anos que a água da Praia do Forte é de qualidade excelente”.
 Para o efeito, contribuiu o aumento da qualidade da água libertada pela ETAR de São Pedro."
Via AS BEIRAS

Nota de rodapé.
Tudo isto, sem esquecer, evidentemente, que a "A ideia de utopia está sempre presente em nós e funciona como uma válvula de escape, não é assim Senhor Dr. João Ataíde?.."

quarta-feira, 7 de março de 2018

Resultados?.. Morraceira e etc...

Um notícia de 12 de fevereiro de 2015: Figueira da Foz desenvolve candidatura de proteção ambiental do Rio Mondego

"A Câmara da Figueira da Foz e a concessionária Águas da Figueira assinaram um protocolo que visa desenvolver uma candidatura a fundos comunitários para a proteção ambiental do estuário do rio Mondego.
O projecto, segundo os termos do acordo assinado pelo autarca João Ataíde e por João Damasceno, diretor geral da empresa de águas e saneamento, visa a melhoria das condições ambientais do rio Mondego junto à foz, nomeadamente na zona da ilha da Morraceira, através de soluções tecnicamente evoluídas para a promoção de actividades económicas ligadas à aquacultura, produção de sal e turismo.

De entre as medidas propostas está a execução de uma “solução inovadora” para a rede de drenagem da ilha da Morraceira – com transporte de efluentes para a estação de tratamento de água residuais (ETAR) de São Pedro – e a melhoria da capacidade de tratamento desta infraestrutura.
Outras medidas preconizadas passam por um tratamento terciário de última geração (desinfeção), que, segundo João Damasceno “vai muito para além das exigências legais” nas ETAR de São Pedro e Bizorreiro de Lavos e a automatização da ETAR da Zona Urbana da Figueira da Foz “por forma a gerar eficiências energéticas” com monitorização de efluentes descarregados no estuário do rio.
Embora a Águas da Figueira tenha em curso um estudo prévio para identificar o volume de investimento necessário a incorporar na candidatura ao quadro comunitário Portugal 2020, João Damasceno estimou aquelas verbas num montante entre os três e os quatro milhões de euros.
A candidatura ficará a cargo da autarquia da Figueira da Foz, estando por definir se será o município ou a empresa, ou ambos, a assegurar a componente nacional do investimento e qual será essa taxa de esforço.
Questionado pelos jornalistas, João Ataíde estimou que se o investimento se cifrar em quatro milhões de euros a taxa de esforço poderá situar-se nos 800 mil euros, 20% do total.
De acordo com o texto do protocolo, os investimentos em causa não se encontram previstos no Plano de Investimento do Contrato de Concessão, nem são possíveis de executar “com o recurso exclusivo aos utilizadores através do sistema tarifário sem o onerar de forma incomportável”.
No mesmo texto, o município da Figueira da Foz admite que não dispõe de fundos próprios para financiar a concessionária nos investimentos previstos, “necessitando de financiamento externo não reembolsável para a sua execução”.
Resultados práticos, alguém os conhece?
Hoje, no jornal AS BEIRAS, vem esta notícia...
Para ler melhor clicar em cima da imagem.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Coisas realmente importantes para os figueirenses: "o tarifário da água no concelho da Figueira da Foz"

Três quadras de um poema "engraçado", escrito pelo Sr. Quim Romão.
Ricardo Silva, ontem numa conferência de imprensa, foi explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"

Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".

Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 

Será que na Figueira só é bem-quista a oposição "colaboracionista", ou com "rabos de palha"?
Ricardo Silva, que está há um ano na vereação e há seis meses como presidente da concelhia da concelhia, não tem papas na língua.
"...se hoje pagamos o tarifário de água dos mais caros do País, isso deve-se unicamente à falta de investimento em água e saneamento durante muitos anos, fruto da governação Socialista que comandou a Figueira da Foz durante 25 Anos, a mesma que, tal como agora, gasta o dinheiro dos contribuintes em obras de fachada sem saber bem se tem/qual é a sua utilidade."

"... porque não há investimentos na rede de água e de saneamento, estão ETAR´S e redes de água em rotura constante.
Para além de que ainda há muitas zonas no concelho sem rede de saneamento."

" - Foi criada uma nova tarifa de disponibilidade de saneamento. (na revisão 2012, aprovada por todos os vereadores: até por Carlos Monteiro, uma voz, antes de 2009 que se fazia ouvir quando o assunto era água e o seu preço)
- A tarifa de disponibilidade água é de €5,15
- A tarifa de disponibilidade de saneamento é de €4,64 ….
Ou seja: um total de €9,79!!!
Com esta nova tarifa de disponibilidade no saneamento, em cada contador figueirense houve um aumento de €5,59 na factura!
Na revisão de 2012, a tarifa variável no saneamento passou a representar 85% do valor da tarifa da água (na revisão de 2004 representava... 50%!!!)."

"No período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!!!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e coletores!
Ou seja, o dobro do que existia até 1999! (resultado da herança da gestão Socialista que governou a Figueira da Foz durante 25 Anos, a qual não soube aproveitar os fundos comunitários, nos anos 90! Porque era obra que ficava debaixo da terra e não dava votos?!... Não valia a pena Investir em saneamento básico.... tal como Hoje!
Vale a pena recordar que, até 2003, os esgotos da zona urbana iam diretamente para o rio!..).
Contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a concessionária e a autarquia decidiram não reagir ontem às afirmações da Concelhia do PSD.

O preço da água é um assunto na ordem do dia na Figueira, de há muitos anos a esta parte.
Os figueirenses são dos que mais pagam pelo líquido precioso e indispensável à vida.
Quando é que o município efectua  um estudo de viabilidade económico-financeira e jurídica sobre a concessão?
Só assim, depois de analisados os prós e contras, o município estaria em condições de decidir, ou não, pela rescisão da concessão, por justificado interesse público.
No nosso concelho, os figueirenses pagam o produto  fornecido pela Águas da Figueira "ao preço do Champanhe"...
Mas, onde está a vontade e a coragem política para defender os cidadãos figueirenses, contra outros interesses?..

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Por unanimidade, a Câmara da Figueira da Foz deliberou não aumentar o tarifário da água em 2023...

«Na reunião de Câmara realizada hoje, Santana Lopes propôs que o tarifário não fosse actualizado, lembrando que o custo da água na Figueira da Foz ainda é caro comparativamente aos municípios vizinhos.
Todavia, a decisão poder vir a custar aos cofres municipais cerca de um milhão de euros.
O PS, que não apresentou nenhuma proposta, depois de Pedro Santana Lopes ter apresentado a proposta que foi aprovada por unanimidade, assumiu pela voz da vereadora Diana Rodrigues, que “não podia aceitar nenhum aumento”.
O único vereador do PSD, Ricardo Silva, tinha anunciado na terça-feira que o município não devia aumentar o tarifário, aceitando, no limite, um aumento máximo de 2%. O eleito social-democrata defende que a Câmara da Figueira da Foz deve assumir a gestão do abastecimento público de água e solicitou hoje o agendamento para a próxima reunião de uma proposta para a realização de uma auditoria ao desempenho da concessionária relativamente à prestação do serviço público.
Segundo a vice-presidente Anabela Tabaçó, o resgate da concessão do serviço de abastecimento público de água custaria ao município 18 milhões de euros.
“A decisão não é grátis. Significa que para o município pode ter um custo”, advertiu Santana Lopes, frisando que a decisão “implica esforço” e uma negociação com a empresa Águas da Figueira da Foz.
“Nas contas [da empresa Águas da Figueira] esta decisão tem um reflexo de um milhão de euros”, disse o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, salientando que o pagamento de qualquer indemnização à concessionária do serviço público de abastecimento será alvo de negociação. Segundo o autarca, uma eventual compensação financeira “terá de ir para a negociação global da hipótese eventual de haver uma prorrogação da concessão contratualmente prevista”, embora admita que a empresa possa apresentar um pedido de reequilíbrio financeiro. Se a Câmara tiver de assumir o pagamento compensatório, Santana Lopes considera que será um “custo social”, tendo em conta a conjuntura difícil para a população, “com o mundo em guerra, o período pós-pandemia da covid-19 e a inflação actual”.
O assunto já se arrastava desde setembro: nesse mês, tinha sido adiado a votação da actualização do tarifário de água por a autarquia  não concordar com a proposta de aumento de 11,3%, resultante da fórmula de actualização do contrato de concessão em vigor. Na sessão de 31 de outubro, o município da Figueira da Foz voltou a adiar a votação, já com uma proposta em cima da mesa que apontava para uma subida de 09%, que também motivou reservas da liderança do executivo e dos vereadores da oposição do Partido Socialista, que pediram mais tempo para analisar a proposta.»

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

PSD/Figueira contesta gestão camarária

"Qual o objetivo a atingir com obras 6,5 ME?
O actual Presidente da Câmara Municipal tem a sua agenda demasiado ocupada, com as varias inúmeras deslocações ao estrangeiro (sem qualquer beneficio visível para Figueira da Foz) e a Presidência da CIM Região de Coimbra.
Assim, como é do conhecimento público, na ausência do Presidente, é o Vereador Dr. Carlos Monteiro, que tenta mostrar serviço, para dar a ideia que sabe liderar a Câmara Municipal, mas fica demonstrado que é incompetente e arrogante (qualidades que sempre andam juntas) ...
Não é a primeira vez que o Sr. Presidente da Câmara tem de “vir a terreiro” emendar os erros e a falta de capacidade do Dr. Carlos Monteiro em gerir os seus pelouros.
Estas obras no valor 6.5 milhões é um esbanjamento de recursos públicos!!
É um replicar de obras! Face a outras áreas urbanas e rurais do concelho que estão ao abandono!
PSD Figueira da Foz, tem vindo alertar, que existem muitos mais assuntos, além do inconcebível abate de árvores, a Câmara Municipal deve dar esclarecimento Público!!
Estes projetos adjudicados estiveram em consulta Pública? Informaram convenientemente a população? De que forma?
Quais os objetivos a atingir com estas obras?
Atraem investimento? Fomentam o Turismo? Criam Riqueza? Criam Postos de Trabalho? Qual o estudo económico?
Onde está o estudo do plano Rodoviário de Tráfego? Que justifiquem as alterações ao trânsito? Ou no mínimo a contagem de trânsito!!
Qual a razão da destruição da estátua do pescador e construir uma nova a 3 metros da existente?
Qual a razão pela qual o Município da Figueira da Foz não dialogou com os investidores e com as forças vivas para encontrar soluções???
Porque não fez consulta prévia à Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz?
Qual a razão das obras em duas fases? Será 1º fase Legislativas e a 2º fase Autárquicas?
Quantos lugares de estacionamento vão desaparecer? Diminuindo-se o estacionamento!!!!!!! ( o que o PSD não se opõem desde que encontradas as soluções alternativas)
Foi traçado algum plano de transportes públicos, até com o objetivo de diminuir poluição?
Qual foi o parecer das Águas da Figueira?
Qual foi o parecer da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião?
Qual foi o Parecer do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião e do seu executivo?
NÃO BASTA FAZER OBRA, É PRECISO VERIFICAR A SUA NECESSIDADE E OS VERDADEIROS OBJECTIVOS A ATINGIR SEMPRE COM O PENSAMENTO NOS HABITANTES E INVESTIDORES DA FIGUEIRA DA FOZ".
Imagem via Beiras


O texto acima é um comunicado da Comissão Concelhia do PSD/FIGUEIRA. Entretanto, na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, pode ler-se que falta uma assinatura para poder ser convocada a Assembleia Municipal extraordinária proposta pelo PSD, na sequência do anunciado abate de árvores na zona de requalificação da frente marítima de Buarcos. 
Contudo, essa Assembleia Municipal, a realizar-se, não se circunscreve apenas àquele assunto: o ponto único da proposta é a “intervenção no espaço público da Figueira da Foz”, referindo-se às obras do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU). 
Esta “sessão será o espaço para o total esclarecimento e clarificação relativamente a todos os espaços que estão a ser intervencionados ou que o irão ser brevemente, o que nunca poderá acontecer numa assembleia ordinária, dado o tempo manifestamente insuficiente que este assunto teria, entre os pontos da ordem de trabalhos”, lê-se na proposta enviada pelo líder dos social-democratas naquele órgão autárquico, Teotónio Cavaco.
O prazo para a assinatura do requerimento do PSD termina amanhã, pelas 12H00. 
Porém, a iniciativa daquele partido da oposição encontrava-se a uma assinatura da eficácia.
Neste momento, conta com o apoio dos deputados municipais do partido (10), da CDU (dois) e do BE (um). 
Entretanto, os contactos com outros elementos da Assembleia Municipal continuam.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Os figueirenses pagam a água ao preço do champanhe... O resto é conversa da treta.

O preço da água é um assunto na ordem do dia na Figueira, de há muitos anos a esta parte.
Os figueirenses são dos que mais pagam pelo líquido precioso e indispensável à vida.
Se isso já não bastasse,  voltaram a ser confrontados com mexidas nos tarifários. Recentemente, aliás, um grupo de munícipes realizou uma sessão sobre o assunto, tendo como orador Mário Frota, fundador e presidente da Associação Portuguesa de Direito do Consumo
Contactada pelo jornal As Beiras, a Águas da Figueira esclarece o novo tarifário, começando por contextualizar as alterações efetuadas nos últimos anos. A concessionária lembra que a entrada em vigor do decreto-lei 194/09, de 20 de agosto em 1 de janeiro de 2010, “alterou o enquadramento legal do sector, estabelecendo princípios de universalidade no acesso, de continuidade e qualidade de serviço, de eficiência e equidade dos tarifários aplicados”.
Na prática, em 2010, o preço da água aumentou 11%! 
Essa é que foi essa, como diria o Eça.
Por outro lado,  “de igual forma, a Câmara da Figueira da Foz também pretendia promover um conjunto de medidas de caráter social que se refletissem no tarifário em vigor, de acordo com a recomendações do regulador, dando início ao processo de alteração tarifária”. E foi em 2012, com a entrada em vigor do terceiro aditamento ao contrato de concessão, que entram em vigor as alterações sobre a adoção de uma estrutura tarifária de escalões por enchimento e a introdução de tarifários especiais para famílias numerosas e carenciadas.
Naquele ano, foram ainda introduzidas a discriminação positiva dos clientes residentes, a isenção do pagamento dos três primeiros metros cúbicos mensais e do pagamento dos ramais domiciliários até 20 metros de comprimento. Entretanto, a legislação em vigor sobre a gestão de serviços públicos essenciais (água e saneamento) obriga à transparência sobre o que os clientes estão a pagar, proibindo, por outro lado, a subsidiação cruzada dos dois serviços.
João Damasceno, nesta entrevista, qual mensageiro da câmara  municipal, não esclareceu o aumento da tarifa disponibilidade.... A mesma que Carlos Monteiro dizia, em tempos, que era ilegal.
Vamos então debater a água na Figueira?
O que se prova é que a oferta dos 3 metros cúbicos é um embuste.  Mais valia pagar os 3 m   cúbicos e ter o tarifário mais baixo.
Alguém já fez o exercício do valor pago para 
4 metros cúbicos
6 metros cúbicos
10 metros cúbicos.
14 metros cúbicos.
16 metros cúbicos.
19 metros cúbicos.
23 metros cúbicos.

Alguém viu a  evolução!
Quanto aos grandes investimentos da concessionária aquando da revisão do tarifário...
Nestes 8 anos:
Quantas etar  novas e reabilitadas?
Basta olhar para etar de São Pedro, que tem um verdadeiro problema de merda...
Até os partidos do arco do poder não se pronunciam sobre o assunto.
Porque será?
Quantos Km mais de saneamento?
Reformulação da rede água: quantos km mais?
Quanto e Buarcos e baixa da cidade da Figueira, em pleno século XXI, os esgotos são unitários a rede de água é do século XIX. Ou seja, 1890, ainda em ferro fundido e ligações em chumbo!

João Ataíde proclama obras de milhões de euros....  
Contudo, até agora, ainda ninguém falou em reabilitar estas redes de águas e esgotos...
Querem saber porquê?
Fica tudo enterrado. O povo não vê. E, portanto, não dá votos...
No nosso concelho, os figueirenses pagam o produto  fornecido pela Águas da Figueira "ao preço do Champanhe"...
Mas, onde está a vontade e a coragem política para defender os cidadãos figueirenses, contra outros interesses?..

terça-feira, 30 de agosto de 2016

"A Verdadeira História de Portugal…" - Nota prefacial de Alfredo Pinheiro Marques, director do Centro de Estudos do Mar (CEMAR), no livro "A CONSTRUÇÃO NAVAL E A INDÚSTRIA BACALHOEIRA NA FOZ DO MONDEGO…"

De "altieiros" a "vareiros", mas sempre capazes de recomeçar navegações e pescas longínquas desde a Índia e o Brasil até ao Canadá e à Terra Nova, já desde os séculos XV-XVI (na chamada "Época dos Descobrimentos") existiram em Portugal navegadores e pilotos com o nome de família Luís (e, no século XVI, um deles, Lázaro Luís, em 1563, até foi também um cartógrafo… responsável pelo célebre atlas que hoje se conserva na biblioteca da Academia das Ciências de Lisboa), e depois disso, mais tarde, nos séculos XVIII-XIX (na época da asfixia e da decadência marítima e económica portuguesa), existiram nos litorais desertos portugueses da Ria de Aveiro e Ovar, "sozinhos com Deus e o Mar", de São Jacinto e Ílhavo até aos areais da foz do Mondego, companhas da "Arte" (a pesca de arrasto para terra, com barcos em "meia-lua") chamadas com o nome de "companha dos Luises"
Não é portanto de admirar que, depois, nos séculos XIX-XX — na época em que, com novas tecnologias norte-americanas, a partir dos Açores e da Figueira da Foz (1885-1886), os Portugueses conseguiram recomeçar a fazer pescarias longínquas do bacalhau na Terra Nova (1886), e logo depois, também, a partir de Ílhavo, na Gronelândia (1931) —, uma vez mais se tenham afirmado como expoentes máximos e como exemplos paradigmáticos dessa faina árdua e heróica, quer como "primeiras-linhas", quer como contramestres (e, logo depois, também, como responsáveis mecânicos e motoristas dos lugres e outros navios já motorizados), homens de gerações sucessivas dessa mesma família "dos Luises". Antepassados e familiares próximos do nosso caro Amigo Senhor Manuel Luís Pata — ele próprio também descendente, pelo lado materno, dos Pata, outra das famílias dos primeiros patriarcas que no século XVIII vieram dos litorais da Ria de Aveiro e Ílhavo para fundarem as companhas da "Arte" na Cova, junto à foz do Rio Mondego (num dos exemplos da "diáspora dos ílhavos", ou da "colonização das areias do litoral português"… a diáspora a que o autor destas linhas prefere chamar "o humilde descobrimento marítimo de Portugal, pelos pescadores portugueses"…).

Secular e heróica aventura… Trágica, e marítima… Uma aventura feita de coragem e de sal, de necessidade e de sorte, pobreza e solidão, acaso e vento, esforço e determinação.

Só a título de exemplo, diga-se que no fatídico ano de 1938 — no ano em que tantos homens e navios se perderam — quando, no dia 10 de Maio, a bordo do lugre-motor "Trombetas II" (da Lusitânia Companhia Portuguesa de Pesca, da Figueira da Foz), nove homens foram levados borda fora por uma súbita vaga assassina, e sete deles desapareceram para sempre, três dos mortos eram da família de Manuel Luís Pata (eram o seu tio paterno João Luís, o seu tio materno Manuel Maria Pata, e um seu primo, sobrinho de sua Mãe). E, desses nove homens arrastados pela vaga assassina, os dois náufragos que, nesse dia, apesar de tudo, desesperadamente, ainda puderam ser resgatados ao mar e à morte certa, foram salvos pelo próprio contramestre do navio, Joaquim Maria Luís (o Pai de Manuel Luís Pata), e pelos seus outros dois irmãos que também iam a bordo, e que sobreviveram, Francisco Luís, e Armando Luís (os outros dois tios paternos de Manuel Luís Pata).
Iam a bordo quatro irmãos… E um deles não pôde ser salvo.

Esse tio Francisco Luís, veterano de dezoito campanhas, viria a ser depois, ele próprio, a partir de 1939, o contramestre do lugre "Lusitânia", o outro grande navio da empresa figueirense do mesmo nome (e o primeiro a ser motorizado em Portugal, em 1932). E, depois disso, Francisco Luís viria a ser contramestre de outros mais navios dessa mesma empresa, a mais significativa e longamente instalada na Figueira da Foz. Mas em 1958 sofreu uma trombose, no mar, ao largo da Terra Nova, e não houve dinheiro para o repatriarem imediatamente para um hospital em Portugal.
E o outro seu tio, Armando Luís, veterano de vinte e duas campanhas, viria a ser em 1946 o contramestre do lugre-motor "Ana I", da Sociedade de Pesca Luso-Brasileira, da Figueira da Foz, navio em que já em 1943 e 1944 tinha navegado (quando o seu jovem sobrinho Manuel Luís Pata também embarcou, como motorista, fazendo o seu próprio baptismo de mar na Terra Nova).

Quanto ao Pai de Manuel Luís Pata, Joaquim Maria Luís, já antes em 1934 havia sido o contramestre desse mesmo navio "Lusitânia" (o melhor da companhia do mesmo nome, e recentemente motorizado); e em 1944 veio a sê-lo também do "Ana I", da Luso-Brasileira (levando a bordo o seu próprio irmão Armando, como pescador, e o seu próprio filho, como motorista); e em 1946 veio a sê-lo igualmente do "João Costa", também da Luso-Brasileira, etc, etc. Depois da tragédia em que perdeu o irmão mais novo, João Luís, em 1938, Joaquim Maria Luís nunca mais quis embarcar com o mesmo capitão do "Trombetas" em que havia sido contramestre. Foi um dos melhores homens do mar da Figueira do seu tempo, requisitado por vários navios, capitães e companhias.

E ainda havia mais um outro irmão — o qual em 1938 não ia a bordo do segundo "Trombetas" da Lusitânia (e por isso não participou da tragédia) —, Manuel Luís, o qual já em 1935 havia sido contramestre do majestoso lugre-motor de quatro mastros "José Alberto", o grande navio da Sociedade de Pesca Oceano que veio a ficar como o mais emblemático dos navios da Figueira da Foz, e que era comandado pelo capitão figueirense João de Deus junior (João Deivas), de ascendência originária dos Açores e de Buarcos. E o homem do leme que, no dia 10 de Maio de 1938, apesar de também ferido pela onda assassina, aguentou firme… e assim salvou o navio… era um primo do contramestre…

É isto a História — a verdadeira História… — de Portugal…

Filho e sobrinho dos contramestres dos mais célebres veleiros da Foz do Mondego nos anos 20-30-40 do século XX (e ele próprio, nas décadas de 40-50, responsável das máquinas de novos navios motorizados figueirenses entretanto surgidos), Manuel Luís Pata fez depois disso a sua vida de mar, durante os anos 60, em Moçambique (acreditando no sonho africano que então na sociedade portuguesa foi cultivado); e voltou a Portugal, nos anos 70, com esse sonho desfeito (como tantos outros); e a partir dos anos 80-90 abalançou-se a ter a coragem — uma outra forma de coragem… —de fazer aquilo a que na sua cidade da Figueira da Foz quase ninguém mais se atreveu (só ele e o seu conterrâneo João Pereira Mano): reunir os elementos para a História Marítima da região da Figueira.

O Senhor Manuel Luís Pata publicou em 1997, 2001 e 2003 os seus três volumes em que coligiu notícias, referências escritas e testemunhos orais, textos, comentários e recordações pessoais, sobre a Figueira da Foz e a Pesca do Bacalhau, e publicou um livro de memórias do Zambeze (2008); e eis que, por fim, agora (em 2016) — uma vez mais numa edição preparada pelo próprio Autor (e uma vez mais com a colaboração editorial que pela parte do CEMAR-Centro de Estudos do Mar tivemos e temos o prazer e a honra de lhe prestar) — publica ainda mais um livro seu… Um livro no qual agora retoma muitos dos elementos contidos nos seus três volumes anteriores sobre a Figueira da Foz e a pesca longínqua do bacalhau, mas, desta feita, apontando-se mais especificamente para a realidade dos estaleiros e das construções navais levadas a cabo na Foz do Mondego para servirem a esse tipo de pesca longínqua, outrora tão significativa nesta região, e depois tão decaída.

Com efeito, nas últimas décadas do século XIX (a partir do seu [re]início em 1885-1886), articulada com os círculos dos Açores e da Nova Inglaterra (costa leste dos E.U.A.), foi a Figueira da Foz (nela se incluindo Buarcos e a Cova-Gala) que se cotou como a praça pioneira, dominante, e mais significativa, da (nova) Pesca Longínqua do Bacalhau que veio a ser praticada pelos Portugueses. Só na década de 30 do século XX (e depois, mais ainda, nas décadas seguintes, devido ao cada vez maior estrangulamento do seu impossível porto fluvial) a Figueira perdeu essa sua primazia quantitativa e qualitativamente (uma primazia que Ílhavo e a Ria de Aveiro herdaram, e que honrosamente logo depois avolumaram, cada vez mais e mais, de maneira esmagadora, ao longo do século XX). A própria Atlântica acabou por se transferir para o Tejo (Seixal). Só a Lusitânia (e os seus Estaleiros Navais do Mondego, entretanto criados em 1941) se manteve na Figueira. Tudo mais faliu. Incluindo até, com o tempo, a Oceano (cujo último navio figueirense foi para a sucata… e não conseguimos salvá-lo, em 1999… e cujos antigos estaleiros Foznave, em 2015, acabaram abandonados, roubados, vandalizados).

Extraordinário erro histórico, o de em 1913, quando a frota bacalhoeira da Figueira da Foz liderava a nível de Portugal inteiro (!), não se ter avançado para a construção do porto oceânico de águas profundas em Buarcos (Cabo Mondego) que então foi proposto pelo figueirense Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva (ele próprio, talvez não por acaso, o especialista de construção de portos com verdadeira viabilidade e também, ao mesmo tempo, o especialista, com verdadeira competência e verdadeira sistematicidade, da Etnografia e da Tecnologia das comunidades dos pobres Pescadores Portugueses)… Extraordinário erro histórico…! Erro de funestas e trágicas consequências para o futuro da cidade da Foz do Mondego, da região de Coimbra e da Beira Litoral, e de Portugal inteiro.

Já o escrevemos, e aqui o repetimos. Se a Figueira da Foz tem reunidos os elementos para a sua História Marítima nos séculos XIX-XX, deve-o à Cova-Gala (São Pedro): deve-o ao Capitão João Pereira Mano, e ao Senhor Manuel Luís Pata. E nós tivemos o extraordinário prazer, e orgulho, em ter sido o Centro de Estudos do Mar (CEMAR) que esteve na publicação dos seus livros, desde 1997.

Alfredo Pinheiro Marques
(Centro de Estudos do Mar - CEMAR)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Recordando um texto de João Pereira Mano a propósito de Baldaque da Silva

O projecto do Engenheiro Hidrógrafo Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva para a construção do "Porto Oceânico-Comercial do Cabo Mondego" (1913), o porto de águas profundas, no Centro de Portugal (Buarcos - Figueira da Foz), destinado a servir todas as regiões do Centro-Norte de Portugal e até mesmo Castilla-León,  projecto esse aprovado no tempo da I República Portuguesa, mas que, depois, nunca foi construído e que, com o tempo, veio a ser substituído pelos projectos de outros portos principais (Leixões, e Sines) e de outros portos regionais (Aveiro, Viana) que, ao longo do século XX, vieram a ser construídos no litoral ocidental de Portugal, foi recordado no passado dia 17 do corrente, no decorrer da Conferência “Apoio Oceanográfico à Segurança Marítima na Figueira da Foz”, que se realizou no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz.
A propósito, recorde-se um texto do Capitão João PereiraMano,  (autor de
"Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz…" [1997], Associado Honorário do CEMAR-Centro de Estudos do Mar [2008], e Medalha de Ouro de Mérito, a título póstumo [2012], da cidade da Figueira da Foz), acerca do Com. Antonio Arthur Baldaque da Silva e acerca do seu projecto de porto oceânico de águas profundas a construir no Cabo Mondego (Buarcos):
(…) Autor de diversos projectos de portos portugueses, e mesmo estrangeiros, o engenheiro Baldaque da Silva — filho do engenheiro Silva que em 1859 conseguiu restabelecer a barra da Figueira ao Norte, depois de ter construído o dique ou paredão do Cabedelo —  foi o autor do projecto do “Porto oceânico-comercial do Cabo Mondego” que, além do molhe de abrigo  —  agora muito bem lembrado na imprensa pelo figueirense Bruno de Sousa  —  delineava uma doca comercial de 52 hectares de área, só aberta nos 150 metros da sua entrada, limitada a Oeste pela parte do molhe que termina nos Formigais, e concluía por uma portentosa rede de canais a
ligar o novo porto a Aveiro, Leiria e Coimbra — já não  falando em estruturas diversas, como sejam diques, doca de pesca e o respectivo cais. Na altura, e ainda anos depois, os jornais da Figueira bateram-se pela execução deste, ou de parte deste projecto, tendo mesmo “A Voz da Justiça” começado a publicar o trabalho deste denodado engenheiro hidrógrafo, a partir do  nº 1136, de 21 de Out. de 1913. Mas, como é óbvio, nada conseguiram. Porém, se a Figueira quiser ter um PORTO só ali o terá. Como a Cidade Invicta  teve o seu em Leixões. E, no Cabo Mondego, há ou havia, para tal, condições muito mais propícias do que aquelas que a foz do rio Leça ofereceu. (…)

(in MANO, João Pereira, Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz, São Pedro da Cova-Gala, Buarcos, Costa de Lavos e Leirosa, Figueira da Foz: Centro de Estudos do Mar, 1997, pp. 321-322.
João Pereira Mano, nasceu na  Gala, então freguesia de Lavos, concelho da Figueira  da Foz, em 2 de Setembro de 1914. Faleceu em Lisboa, em 8 de Agosto de 2012.)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O preço da água na Figueira

Para ler melhor, clicar em cima da imagem

Cito o blogue O Ambiente na Figueira da Foz, do ex-vereador socialista, João Vaz: “defendo que os bens e serviços essenciais (por ex.: água, electricidade, resíduos, gás...etc.) não devem ser subsidiados. Os utilizadores devem pagar o custo real, só assim se racionalizam consumos e se distingue quem poupa e é eficaz no seu uso, e quem gasta desalmadamente.
No entanto, será útil reflectir sobre a privatização e concessão da exploração das águas a empresas privadas. No topo dos sistemas com água mais cara estão entidades privadas. Não seria suposto a privatização aumentar a eficiência da empresa e diminuir o preço final ? Não é esse o objectivo da privatização?”

Hoje, o Diário As Beiras, conforme a imagem ao lado dá conta, insere um longo texto de que respigo alguns tópicos:

“Há cerca de cinco anos, a câmara e a Águas da Figueira renegociaram o contrato de concessão da água e do saneamento básico”.
“ Foram então criados novos escalões e tarifários, medidas que se repercutiram no bolso dos consumidores, que passaram a pagar mais.”
“A concessionária adiantou-se em vários anos à lei que veio abolir o aluguer do contador da água, criando a chamada e contestada Taxa de Disponibilidade, de legalidade duvidosa.”
“O preço da água volta à actualidade na sequência da publicação de um estudo da Deco, que coloca a Figueira no terceiro lugar da água mais cara do país. No gráfico que a revista Proteste vai publicar na edição de Novembro, o concelho é apenas superado por S. João da Madeira e Paços de Ferreira”.
Segundo a Proteste, “os figueirenses pagam anualmente 64 euros por 120 metros cúbicos de água, referentes à componente fixa. Mas a factura dispara para os 99 euros quando são analisados os factores variáveis. Mas se o estudo tivesse como referências as actuais tarifas, então os preços seriam, respectivamente, de 66,84 euros e 100,4 euros. E em 2010, os preços vão ser actualizados em alta.”
Luís Pena, da Associação Portuguesa de Direito do Consumo e um dos impulsionadores do movimento que contestou a subida do preço da água, defende a revisão dos escalões e o fim da Taxa de Disponibilidade.
“Contra factos não há argumentos, e os factos dizem-nos que os consumidores pagam um preço que situa a Figueira na lista dos cinco concelhos com a água mais cara do país”.
O advogado figueirense lembra “que a factura vai aumentar em 2010 e em 2013, cumprindo assim um dos pontos da revisão do contrato de concessão.”

Voltando a citar João Vaz: “poucos estudos foram realizados sobre este tema em Portugal, mas seria útil analisar a questão, verificando-se se a privatização dos serviços de águas resultou em benefício da comunidade, ou serviu mais para gerar lucros a empresas e consórcios privados. Houve aumentos de preços injustificados ?A este respeito note-se que Paris "recomunalizou" (retirando-o à VEOLIA, uma das maiores empresas do mundo neste sector) os serviços de águas, passando estes a ser directamente geridos pelo município.”

Certo, certo mesmo, é que a água na Figueira da Foz é a terceira mais cara do país, segundo o estudo da DECO.

sábado, 11 de dezembro de 2021

"Reconhecido relevante interesse público a ponte na Figueira da Foz que vai ocupar solos da REN"


 ... «uma ponte, apresentada há cerca de três anos como ciclável/pedonal (a permitir a passagem de uma ambulância em caso de necessidade) a ligar Alqueidão e Vila Verde, transformou-se em ciclável/automóvel, de apenas uma via alternada, a ligar Alqueidão e Lares, mas com semáforos “inteligentes” – ou seja, de um investimento de cerca 750 mil euros, passou-se para 3.4 milhões…»

Agora, via Notícias de Coimbra, que cita LUSA, ficamos a saber que  "o Governo reconheceu hoje como ação de relevante interesse público o projeto de construção de uma ponte sobre o rio Mondego, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra, que prevê ocupar solos em Reserva Ecológica Nacional (REN)."
O despacho, dos gabinetes dos secretários de Estado da Descentralização e da Administração Local, e da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, publicado em Diário da República, “reconhece como ação de relevante interesse público o projeto de construção de uma ponte sobre o canal central do rio Mondego na Figueira da Foz, no âmbito da Rota Ciclável Europeia Eurovelo – Rota da Costa Atlântica”.
O documento explicou que a Câmara da Figueira da Foz pretende concretizar a ponte, cuja “intervenção prevê a ocupação de 5.030 m2 de solos integrados” na REN, “nas tipologias ‘águas de transição e leitos, margens e faixas de proteção’ e ‘zonas ameaçadas pelas cheias’”.
No despacho destacou-se que a construção da ponte, inserida naquela rota, “pertencente à rede europeia de ciclovias”, vai permitir “a melhoria da mobilidade de velocípedes e pedonal”, mas também vai poder ser utilizada “por veículos ligeiros e de emergência”, assim como “uma relação mais próxima entre duas freguesias do concelho da Figueira da Foz, fomentando a coesão territorial entre as duas margens”.
Por outro lado, sustentou que, “face à natureza do projeto, não existe alternativa de localização que não afete espaços integrados em REN”, além de que “não contraria” o Plano Diretor Municipal.
Segundo o despacho, a Assembleia Municipal da Figueira da Foz “deliberou, por maioria, aprovar a declaração de reconhecimento de interesse público municipal do projeto” que “não se encontra sujeito a procedimento de avaliação de impacte ambiental”.
O projeto obteve parecer favorável condicionado da Agência Portuguesa do Ambiente, da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, das Infraestruturas de Portugal e da Direção-Geral do Património Cultural.
Acresce a “pronúncia favorável da Entidade Regional da Reserva Agrícola Nacional do Centro” e o “nada a obstar à concretização do projeto” por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
Já a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro também emitiu parecer favorável, “condicionado ao cumprimento das condições constantes dos pareceres das entidades consultadas e à implementação das medidas de minimização constantes do projeto”.
Os secretários de Estado Jorge Botelho e João Paulo Catarino determinam o reconhecimento como ação de relevante interesse público o projeto de construção da ponte, “condicionada à implementação das medidas de minimização constantes do projeto e ao cumprimento das medidas e pareceres das entidades consultadas e demais normas legais e regulamentares aplicáveis”.

Em março, a Câmara da Figueira da Foz anunciou a construção de uma ponte ciclável e pedonal com uma vertente rodoviária sobre o rio Mondego.
A construção da ponte envolve um investimento da ordem dos 3,4 milhões de euros e a construção da ciclovia entre Vila Verde e Alqueidão implica um investimento de cerca de dois milhões de euros.
O projeto permitirá a ligação a três ciclovias – a que liga Figueira da Foz a Coimbra (que por sua vez dá acesso à ciclovia do Dão) e à ciclovia entre Figueira da Foz e Montemor-o-Velho e Cantanhede e Mealhada.
A nova ponte terá uma única faixa de rodagem, com circulação alternada de automóveis, e uma faixa de ciclovia que servirá também para a circulação pedonal.
A ciclovia denominada “Eurovelo” vai ligar 43 países da Europa, incluindo Portugal, e, no caso deste projeto na Figueira da Foz, assegurará a ligação entre Cabo Mondego, Murtinheira, Praia de Quiaios, Lagoas de Quiaios, Tocha e Cantanhede.

domingo, 25 de novembro de 2018

Enquanto não entrarmos em 2019, será demasiado imprudente fazer o balanço de 2018?..

AOS HABITANTES do CONCELHO da FIGUEIRA da FOZ

"Há muito tempo que eu AFIRMO que a MAIORIA SOCIALISTA anda a fazer o ENRIQUECIMENTO ILÍCITO da ÁGUAS da FiGUEIRA, S. A.
É fácil de ver que eu tenho razão e ninguém resolve esta ilegalidade, tanto mais grave porque é patrocinado pelo próprio MUNICÍPIO!
Alguns números elucidativos:
No Ranking das 1000 Maiores da ZONA CENTRO, publicada hoje em Revista do Diário das Beiras:
1. A posição da ÁGUAS da Figueira S.A. é 99, o volume de negócios é 12.437.647€, variação 2016/2017 é 1.88,rentabilidade é 17.17%, solvabilidade é 76.02%, rentabilidade de capital próprio é 13,75%, número de empregados é 97. 
A população do Concelho da Figueira da Foz é 61.000 habitantes!
2. A posição da ÁGUAS de Coimbra E.P. é 49,o volume de negócios é 25.595.195€, variação 2016/2017 é 2.84, rentabilidade é 7.87%, solvabilidade é 379.07%, rentabilidade de capital próprio é 3.15%, número de empregados é 271. 
A população do Concelho de Coimbra é 143.000 habitantes (valor de 2011).
Conclusão: A Câmara Municipal da Figueira da Foz tem- se deixado «aldrabar» pela A.F., a seu bel-prazer!"

Via Casimiro Terêncio

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Desculpem lá, mas vou mesmo politizar a água...

Isto, porque a água, é mesmo uma referência na minha vida... É, assim, como uma ligação que não sei explicar, mas que vem muito cá de dentro. 
Contudo,  apesar da Figueira ser do mar, não é essa a água a que os figueirenses mais têm de ligar, mas sim à que chamamos de água doce e potável!
A que é fornecida pela Águas da Figueira.

Vou citar o que escreveu João Paredes no seu estendal no facebook:
"Água ou Champanhe da Figueira? 
Poema muito "engraçado" escrito pelo Sr. Quim Romao. Na realidade, só teria graça se não fosse verdade. O pior é que é mesmo verdade! Para mim deve ser champanhe Dom Pérignon, pois pago mensalmente mais de cem euros (e já lá vão anos e não meses a pagar esta fortuna e antigamente tinha um camarada que liderava a "luta da água", mas agora é vereador, nada pode fazer - confesso, que pensava que estava sozinho nisto, mas pelos vistos não!). Não tenho rupturas em casa (apartamento), onde vivem duas pessoas e um cão. Apenas o cão não toma banho diariamente, mas mesmo que tomasse, não seria razão para pagar tanto. Já mudaram o contador, mas na realidade continuo a pagar mensalmente o dom pérignon.
Interessante, se isto é interessante, é que os funcionários da empresa Águas da Figueira também acham estranho, mas dizem que nada podem fazer. Se não pagar a factura mensal, recebo o aviso de corte. E, viver sem água ou champanhe - não dá! Já chamei canalizadores, técnicos especializados, engenheiros, entre outros, só falta chamar um feiticeiro, ou quiçá um milagreiro. Reclamar? Nao posso, porque dizem que estou a politizar a água, ou melhor o champanhe. Viva o Dom Pérignon da Figueira!"

E, a terminar o tal poema "engraçado" escrito pelo Sr. Quim RomãoDesculpem lá, ter politizado A Água... 

"Quando pura e cristalina
Na fonte ela é barata
Na Figueira é uma mina
Quase ao preço da prata

Na fatura apresentada
Ao titular do consumo
Com conta descriminada
Ponto-a-ponto e resumo

P'rá água vem um valor
Que nada é de assustar
Mas no fim vem o pavor
Do que há para pagar

O aluguer do contador
Que havia na cidade
"decuplicou"  de valor
Com a disponibilidade

Depois, vem o saneamento
TRH-R - TRH-C
Tarifas com mais aumento
IVA, e mais-não-sei-o-quê

Ao ver a conta a pagar
Penso, com grande mágoa
SE NÃO ESTAREI A GASTAR
CHAMPANHE EM VEZ DE ÁGUA"