domingo, 2 de novembro de 2008

Nós, covagalenses, temos tão pouco...


Em nome da modernidade, a velha Ponte dos Arcos foi recentemente demolida sem apelo nem agravo.
Em nome da modernidade, a Capela de S. Pedro (o monumento mais valioso e emblemático da Cova e Gala, património colectivo das populações das duas povoações, pois, segundo documentos que o investigador covagalense João Pereira Mano estudou, a Capela de S. Pedro original tinha sido edificada em 1820) foi completamente adulterada em 2000 e 2001.
Em nome da modernidade, As Alminhas, um raro vestígio do nosso passado, ainda intacto, encontra-se no estado que a foto mostra, por culpa de nós todos, no geral, mas da EDP, em particular.

Será que somos uma terra de alarves e não temos civilização para fazer respeitar a memória espiritual do que nos foi legado e era um património vivo daquilo que fomos?
Será que somos uma terra de lepes, canalha de mão estendida a quem encheram os bolsos sem antes ensinarem a mastigar de boca fechada?
O resultado é esta vileza: deixar demolir a velha Ponte dos Arcos, não ter preservado a velha Capela e permitir As Alminhas no estado que a foto documenta.
Já imaginaram o que seria arrasar a casa de Dickens em Londres, onde ele só viveu escassos meses? (está lá, para ser visitada)
Destruir a casa de Balzac em Paris, onde o homem viveu com um nome falso, e mesmo assim não se livrava dos credores? (também lá está)
Arrasar as ruínas de Conimbriga, que foi habitada entre o séc. IX a.c. e Sécs. VII-VIII da nossa era, para construir uma auto-estrada ou um bloco de apartamentos? (estão lá e preservadas)
Mas o pior, muito pior para nós covagalenses, periféricos e provincianos, é que eles, ingleses e franceses têm tanto, e tantas casas, de Dickens, de Balzac, de Thackeray... E, por esse país fora, há tantos e tantos vestígios da passagem dos romanos pela península ibérica...
E, nós covagalenses, temos tão pouco...


X&Q501


A toponímia da minha Terra

sábado, 1 de novembro de 2008

Ponte dos Arcos

Foto: Pedro Cruz

Futebol local

Juvenis:
Naval “B/ Águias
Resultado e fotos AQUI.

Está quase...


Uma é nova. A outra era velha


Quando se compara qualquer coisa, neste caso, a velha Ponte dos Arcos com a nova Ponte dos Arcos, por uma questão de honestidade intelectual, convém enquadrar as coisas correctamente.

Em muitos aspectos, a história da construção das pontes diz bem o que é o País.
O processo da construção desta nova Ponte dos Arcos (para sermos suaves, apenas diremos que "houve um ligeiro desfasamento em relação às estimativas iniciais, nomeadamente ao nível dos prazos"), diz bem o que é o País.
Se a nova Ponte dos Arcos, com as suas 4 vias, deu outra velocidade ao trânsito, também não se pode esquecer que a velha Ponte dos Arcos foi uma bela ponte para a sua época.
Como a "memória curta" é uma doença nacional, fica este resgisto deste "velho do restelo".

X&Q468




A toponímia da minha Terra

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Barbearia S. Pedro

A abertura de um estabelecimento cria sempre alguma angústia.
É certo que este barbeiro o fez escorado numa já grande e reconhecida experiência profissional.


Mas, como o futuro é que verdadeiramente interessa, há que fazer por ele...
Sugiro uma visita à Barbearia S. Pedro. Lá encontrarão:
Arte no tratamento do cabelo, cortes modernos e tradicionais, experiência e profissionalismo, higiene e bons preços.
Apesar do serviço ser de excelente qualidade, o estabelecimento está aberto a sugestões. O objectivo é bem servir.
Pronto: a descoberta está feita. Pode continuar a visitá-lo clicando na Barbearia de S. Pedro, aqui, do lado direito deste blogue.
Fica o abraço do pessoal desta Outra Margem ao Amigo Olímpio Fernandes, devidamente acompanhado do merecido agradecimento ao barbeiro, pelos caldinhos que nos tem proporcionado...

X&Q499

A toponímia da minha Terra

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A confusão de alguns...

"Na vida política, há, infelizmente, quem confunda com frequência, o comportamento institucional com o comportamento pessoal.
Certos lugares, que se ocupam, exigem que, mesmo que não se goste de alguém, ainda que próximo politicamente se cumpra o dever institucional.
Em situações ou posições em que se encontre a pessoa com quem não se simpatiza não se deve bani-la ou tratá-la como se não existisse.
As divergências políticas, as opiniões e as atitudes diversas não devem ser motivo para quem desempenha um cargo institucional se conduzir com azedume ou mesmo como se de inimigo se tratasse.
Os que assim procedem não têm sequer uma noção exacta do que é a democracia, mas estão integrados nela e quantos “ comem “ à sua custa!
Quando é que se começará a separar o trigo do joio, o que só ajudará ao necessário aperfeiçoamento da democracia, que deverá ser servida por uma classe política esclarecida, culta, bem preparada e com ética?!"


Luis Melo Biscaia, Lugar para Todos