domingo, 21 de agosto de 2022

Beleza, Mateus & Companhia Ilimitada...

Se, quando fores velho, queres ver o país a crescer 3,5% ao ano e, depois de morto, o PIB a duplicar a toda a velocidade, continua a fazer sacrifícios...
Continuamos com um partido socialista que tem sedes e bandeiras, mas políticas socialistas não tem. 
O partido socialista continua a ter a gestão da economia de mercado dominada pelo capitalismo global. 
Vivemos uma época de partido único em relação às políticas.

«"Ambição: duplicar o PIB em 20 anos" é o título do livro – e objectivo expresso – da Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, ou Sedes, avança a manchete do Público esta sexta-feira.

A obra delineia caminhos que, avisa a associação, não são fáceis e implicam sacríficos: segundo disse um dos coordenadores, Abel Mateus, ao jornal, "para se poder levar a economia de uma trajectória de quase estagnação a um crescimento médio de 3,5% ao ano, é essencial um período de transição, em que teremos de fazer alguns sacrifícios e adoptar políticas de ruptura que só fruirão totalmente no médio e longo prazo." 

A "visão estratégica" da Sedes para o país será apresentada primeiro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no próximo dia 30 de agosto, e depois lançada na Câmara do Porto, a 1 de setembro.»


«Nunca falha. Quando o PS se apanha sozinho no poder, lá vêm os rosinhas do costume falar das maravilhas do neo-liberalismo.

Não é de estranhar, portanto, que o PS tenha sido o partido que mais privatizou e liberalizou a economia em Portugal, antecipando-se ao PSD (outro que tal – de social-democracia só mesmo o nome) e que seja, com orgulho, “o melhor aluno da UE”


Nada de novo: mais “planos” de políticos travestidos de técnicos...

Um país sem pessoas e sem tecido produtivo vai duplicar o pib como? A produzir o quê e para quem? Pôr no mercado o quê? 

Bicas e pasteis de nata?

Mais do mesmo?

Turismo, turismo e mais turismo de massas, que tem as consequências que se sabem e que a pandemia deixou a nu...

Cinema e realizadores figueirenses

 Via Diário as Beiras


sábado, 20 de agosto de 2022

Parque de estacionamento do Mercado Municipal (3)

 Via Diário as Beiras

Serviço de Tomografia Computorizada do HDFF tem avarias recorrentes há vários anos...

 Via Diário as Beiras

Um "déjà vu" revivido no Pontal


Retirado da página do Parlamento, sobre uma sessão em Julho de 2011

Via
Ladrões de Bicicletas

"A direita em Portugal tem dois pecados originais. 

Primeiro. É incapaz de traçar um diagnóstico sobre as causas da situação do país porque isso obrigá-la-ia ou a responsabilizar governos seus; ou, para se manter coerente com o defendido ao longo de décadas, a ter de propor medidas tão gravosas para a maioria dos portugueses, que lhe retiraria apoio eleitoral suficiente para a guindar ao poder. 

Segundo. Na ausência desse diagnóstico consistente, a direita tem poucas e más alternativas. Ou faz um discurso vazio de políticas, repetindo chavões e cavalgando a conjuntura; ou traça um falso diagnóstico, com falsas soluções; ou esconde dos portugueses o seu verdadeiro programa e mente sobre o que vai fazer quando for governo. De qualquer forma, isso faz com que o seu discurso seja sempre vazio de ideias, de reformas. E ai de quem lhe peça ideias ou propostas, porque a resposta será: o Governo governa, a oposição vigia. 

Já foi assim com Rui Rio (aqui e aqui). E já está a ser com Luís Montenegro. Veja-se o seu discurso de domingo passado, no Pontal. 

O resto pode ser lido ler aqui, na página do Setenta e Quatro."

Seca e assoreamento geram preocupações com o futuro da Lagoa da Vela

 "A Lagoa da Vela, na freguesia do Bom Sucesso, está a preocupar a comunidade e autarcas, já que o espelho de água está a diminuir a “olhos vistos”. Uma «enorme preocupação, porque a parte mais funda está cheia de lodo, o que contribui para que esteja naquele estado», disse ao Diário de Coimbra o presidente da Associação Lagoa Právida, temendo que os peixes «acabem por morrer», além de que, adianta, «acarreta outros problemas, pois a parte mais funda tem mais de dois metros de lodo»."

Prestação de contas em democracia

«Precisamos e queremos POLÍTICA a sério, jogada às claras na sua sede principal, a AR».

Proibição de vistos a russos? Portugal contra sanções que penalizem o “povo russo”

Quando tantos que criticam Putin mostram ter afinal um conceito de democracia tão parecido com o de Putin, registe-se a posição do Governo Português: 

"«Portugal opõe-se à proibição de entrada de turistas russos na União Europeia (UE)

Ao ECO, o gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinha que o objectivo das sanções contra Moscovo deve ser penalizar a máquina de guerra russa e não o povo russo. Ainda assim, Portugal participará na discussão entre os 27 Estados-membros sobre o tema, que terá lugar em 31 de agosto.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Núcleo do Sal em festa ultrapassa os 10 mil visitantes


O Núcleo Museológico do Sal foi inaugurado a 17 de agosto de 2007 com o objectivo de interpretar, valorizar e difundir testemunhos singulares reportados à relação secular do Homem com o território das salinas do concelho da Figueira da Foz.

Até ao final de Agosto, o Núcleo Museológico do Sal, em Armazéns de Lavos, está a celebrar 15 anos de existência, com a iniciativa “(A)gosto com Sabor a Sal”. 

No próximo domingo, revive-se uma das tradições mais emblemáticas com a recriação da “Safra à moda antiga”.

No passado dia 17, dia do aniversário, houve uma “enchente”, com o “dia aberto”, particularmente vocacionado para as famílias e crianças. 

Aos 73 anos morreu o actor Orlando Costa


"Ao longo de uma carreira de 50 anos que se dividiu entre o teatro, a televisão e algum cinema, Orlando Costa tornou-se uma cara conhecida do grande público português, inevitavelmente associada à série policial Zé Gato. O actor morreu esta sexta-feira em sua casa, aos 73 anos. A morte foi confirmada à Agência Lusa por uma fonte da Casa do Artista."

"O parque de estacionamento pode desenvolver o Mercado Municipal?", é a pergunta. Porém, a questão não será muito mais complexa?..

Notícia Diário as Beiras: «Concessionários do mercado municipal da cidade anseiam por parque de estacionamento coberto.»

"O comércio tradicional, incluindo, ou sobretudo, os mercados municipais das cidades, estão em desvantagem em relação aos centros comerciais e à maioria das grandes cadeias de distribuição. É uma luta desigual que o mercado livre impõe aos mais pequenos.

Além de não conseguirem obter economia de escala, para poderem praticar preços mais competitivos, os pequenos comerciantes também sentem os efeitos do estacionamento que as grandes superfícies garantem gratuitamente. O executivo camarário está a trabalhar no sentido de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva com um parque subterrâneo.

Os concessionários daquele mercado anseiam por ter estacionamento coberto próprio, para os clientes e para eles. 

Para atenuar as diferenças e estabelecer o equilíbrio possível, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, anunciou a construção de um parque subterrâneo com ligação direta ao mercado."

A Figueira, tal como todas as cidades portuguesas, é uma urbe onde a utilização do transporte individual domina.

No passado dia 8, data em que saiu esta notícia escrevi no meu blogue.

«Só não sabe quem não faz compras nesses espaços comerciais figueirenses: que o comércio tradicional, incluindo os comerciantes e os utentes do Mercado Municipal, na baixa da nossa cidade vive, há décadas,  numa situação de desvantagem em relação "à mercearia", que teve um crescimento exponencial na última década no concelho da Figueira da Foz.

Ou já esqueceram, que o modelo de crescimento implementado pelos 12 anos de governação socialista do concelho, entre 2009 e 2021, assentou na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira? Para não falar na precariedade do emprego criado e o que foi extinto...

A verdade é esta: o estacionamento no casco velho da cidade é mesmo um problema sério. 

Portanto, o caminho terá de ser mesmo este: olhar para essa dificuldade e resolvê-la.

Creio que ninguém coloca em causa a necessidade de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva de estacionamento para facilitar a vida aos vendedores e aos utentes...

As circulares externas, em qualquer cidade, servem para proporcionar maior fluidez ao trânsito. Na Figueira, serviram para instalar superfícies comerciais.»


Uns mais, outros menos, no fundo todos dependemos do carro para gerir o nosso quotidiano. Estivemos cerca de 50 a viver na penúria. De repente, o 25 de Abril de 1974 abriu portas. O poder, sempre populista, escolheu que a cidade teria de ser construída tendo em conta o carro, e deixou de apostar no transporte público.

Veja-se o que aconteceu em termos nacionais e locais à ferrovia.

Contudo, as cidades não teriam de ser assim. 

As ruas, na melhor das hipóteses, passaram a ser 95% para o carro.

Portanto, neste contexto, é normal os presidentes de câmara gastarem milhões em recursos públicos a promover o uso do automóvel, através de mais estacionamento, sem que isso traga sequer benefícios para os peões... 

Na Figueira, o que mais existe é estacionamento concessionado, não pela Câmara Municipal, mas por um privado.

No fundo, o que aconteceu foi a  legalização e a ocupação do espaço citadino em benefício de um privado em detrimento dos interesses do colectivo dos figueirenses.

Ainda hoje, seriam 9 e 40, na marginal, frente ao Grande Hotel, vi um funcionário da empresa exploradora do estacionamento pago, sem mão a medir para passar multas aos carros estacionados ao longo da Avenida 25 de Abril.


Por hábito, comodismo e, também, por escassez de oferta do transporte público, quem vem da periferia à cidade, desloca-se sobretudo de automóvel. Quem mora na cidade, desloca-se na cidade, igualmente, sobretudo de automóvel.

As políticas e as mentalidades têm que mudar. Alguém alguma vez pensou que na Figueira seria colocado um Hospital dentro de um parque de estacionamento?

Pois, como sabem, isso aconteceu! Portanto, não me admira que para os figueirenses passarem a ir com mais frequência fazer compras ao Mercado, isso passe por colocar (praticamente lá dentro...) um parque de estacionamento!


E chegamos à chamada "pescadinha-de-rabo-na-boca": por as pessoas "terem" de usar o carro na cidade, deve ser a câmara a dar-lhes estacionamento?

Por outro lado, as Câmaras ao proporcionarem estacionamento, não estarão a convidar mais pessoas a ficarem dependentes do carro? 

Até prova em contrário, mais estacionamento leva a mais uso do carro.

Não será uma incoerência ambiental ser a sociedade a disponibilizar  recursos para facilitar e promover o uso do automóvel com a construção de mais parques? 

Esses, recursos, por exemplo, não seriam melhor utilizados para promover a habitação a preços controlados em vez de serem gastos na "promoção" do automóvel?

Parque de estacionamento do Mercado Municipal (2)

 Via Diário as Beiras

A famosa entrevista de Marcelo

«A famosa entrevista de Marcelo é uma mistura de simplismos, superficialidades e irrelevâncias, o que tudo durará menos do que o interesse nas cuecas invisíveis de Cristina Ferreira».

Imagem via CNN Portugal

«Com o país mergulhado no caos, à beira do colapso nas mais diversas áreas, Marcelo Rebelo de Sousa multiplica palhaçadas públicas de Verão para divertir (alguns) portugueses, indiferente ao sofrimento de todos aqueles que morrem nos hospitais sem cuidados de saúde, que perdem vidas e bens nos incêndios, que sufocam com a carga fiscal e continuam indefesos perante o Fisco, que desesperam com a lentidão da Justiça,  que se indignam com o nepotismo e a corrupção instaladas e que vivem condicionados pela brutal violência urbana.»

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Marcelo: a banalidade da vulgaridade

"Marcelo tenta remeter a responsabilidade da ascensão do Chega para os imigrantes e os seus valores “ligados a Igrejas Evangélicas”. Num país sério, estas declarações exigiriam um pedido de desculpas."

Revista ÓBVIA: crónica mês de Julho

ÓBVIA, UMA PUBLICAÇÃO COM (ALGUM) PASSADO, PRESENTE E FUTURO


Parabéns a todos nós, que contribuímos para os 12 meses de vida desta nossa/vossa Revista ÓBVIA. Um ano passou-se num instante.
Para mim, comemorar um aniversário é, sobretudo, poder exprimir a felicidade de estar vivo.
Há um ano, fui convidado para colaborar. Aceitei. 
Uma das razões, agora me confesso, foi porque, optimista como sou, pensei que isto não durasse muitos meses. 
Felizmente, tinha - e tenho - mais que fazer. Como vêm, enganei-me redondamente. Um ano depois, continuo com mais que fazer, mas graças ao esforço de uma dedicada tripulação comandada pelo Fernando e pela Andreia, chegámos a este momento sem sobressaltos de maior.
Aconteceram algumas mudanças. A tripulação foi reforçada. Deu para ver que o comando comanda.
Continuamos a navegar num oceano complicado, porém, sempre em direcção à Liberdade. 
Esperamos todos conseguir manter esta nau à tona, pelo menos, por mais um ano. Para gáudio e contentamento dos amigos e despeito e irritação dos que não gostam. Para quem não gosta, há muito. 
Para todos os que têm lido, evocado, elogiado e menosprezado, fica o meu efusivo abraço comemorativo.

A Figueira continua na mesma. 
Para passar tempo, para além dos inúmeros eventos promovidos pela câmara para atrair pessoas à Figueira - o que tem acontecido, com maior intensidade desde o passado mês de Junho -, o pessoal da política ligado à oposição ao actual executivo, incapaz de sustentar uma crítica objectiva e concreta à gestão de Santana Lopes, virou as baterias para os órgãos de comunicação social e outras personagens menores, que abordam nas suas páginas na internet a realidade figueirense, por não terem capacidade e competência para fazerem aquilo que a oposição deveria fazer por dever e obrigação, pois foram mandatados pelo eleitorado para isso: fazer oposição.
Estes insultos, estratégicos e organizados, para além de boçais, não traduzem o descontentamento real. Pior: escondem incapacidades preocupantes para o futuro da Figueira, um ressabiamento pouco saudável e um ressentimento verdadeiro. 
Porquê? Porque estes insultos são a versão histérica e estéril da democracia. 
A oposição ao actuar assim, perdeu força e banalizou o protesto.
A oposição, para fazer oposição, na Figueira ou qualquer lado, precisa de certos atributos: trabalhar os assuntos, ter boa retórica, inteligência e coragem.
Um bocadinho mais, portanto, do que espalhar boatos engraçados e insultos próprios de adepto de futebol.
Os políticos locais, em vez de calçarem a chinela vingativa, se fossem competentes e  verdadeiros, talvez contribuissem para uma Figueira melhor e mais atractiva para quem cá vive e para quem nos visita...

Daqui para a frente, como colaborador desde a primeira hora da ÓBVIA, não posso prometer nada.
Apenas - enquanto quem comanda assim o entender e eu puder -  que a escrita continua, percorrendo o nobre caminho de Servir com a Matriz daquele que foi o País de Abril: a Liberdade.
Convém não esquecer nunca que, hoje, apesar de todos os atropelos cometidos pelos chamados partidos do arco do poder, em Portugal, na Figueira e na Aldeia, pode-se viver em Liberdade, (não duvidem, a maioria é que vive tolhida pelo medo...). 
Apesar de tudo, hoje, não é o mesmo que era antes de Abril de 1974.
Andam por aí muitas "estórias" mal contadas...
O problema é mesmo esse - "estórias" mal contadas. 
Sobretudo, visando a intriga, redutoras, mentirosas e omissas. 
Quase todos sabemos do que a Figueira politiqueira e mesquinha tem vivido ao longo dos anos: da intrigalhada política.
Os resultados falam por si.

OBVIAMENTE, venha daí outro ano. A ÓBVIA tem tudo para crescer. E, tal como eu, ir envelhecendo. 
A ÓBVIA é muito jovem e tem muito futuro pela frente.
A mim, na barba e na têmpora já se notam os cabelos brancos! O resto, porém, tanto quanto me apercebo, continua fixe.

Ecopista no Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz foi reprovada pelo Centro 2020

«Os projetos Ciclovia do Mondego e Ecopista do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz foram reprovados pelos Programa Operacional Centro 2020 e a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra está a ponderar a apresentação de novas candidaturas.
Os dois projetos da CIM correspondem à intenção de investimentos de 3,5 milhões de euros e quatro milhões de euros, respetivamente, e tinham sido candidatados aos apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Centro 2020.
“Não vamos desistir. Estes projetos estarão sempre em cima da mesa”, disse o secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito, à agência Lusa.
Jorge Brito adiantou que o “chumbo” das candidaturas “está ainda a ser avaliado” pela entidade que as apresentou.
O mesmo responsável admitiu, contudo, que a CIM venha a optar por repor as candidaturas dos projetos no âmbito do Portugal 2030.
Em declarações à Lusa, corroboradas pelo presidente da Comunidade Intermunicipal, Emílio Torrão, que estava presente no momento, Jorge Brito recordou que a Ciclovia do Mondego e a Ecopista do Antigo Ramal Ferroviário da Figueira da Foz são projetos que visam a mobilidade sustentável, integrados na “estratégia de descarbonização” da economia da União Europeia.»