quarta-feira, 23 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
Na Aldeia (III)
A partir da esquerda: Rui Moura, António Agostinho, Manuel Capote, Francisco Curado, Domingos Laureano, Carlos Lima, António Russo, Manuel Rodrigues, Carlos Azevedo 5 de Janeiro de 1986. Constituição da primeira Assembleia de Freguesia de São Pedro |
Quase
29 anos depois, tenho distanciamento e paz para escrever.
S.
Pedro, tal como agora, em 1985 teve um verão quente. Depois, veio
o ano de 1986 e a 5 de Janeiro desse ano tomou posse o
primeiro executivo da Junta de Freguesia de S. Pedro.
Naturalmente, só no dia seguinte, a 6 de janeiro de 1986, começou o
trabalho...
As
dificuldades foram tantas. Lembro, ao correr da pena, o seguinte:
haver uma Rua para dar nome, mas não haver dinheiro para mandar fazer a placa.
Na
política, como disse Maquiavel, os resultados é que interessam.
Recordo,
como se fosse hoje, que a tomada de posse foi bonita. Eu, como se
pode ver na foto acima, estava bem: magrinho, bem penteado e um
aspecto aprumado.
A
minha presença na política activa decorreu igualmente de forma
esplêndida.
Planeei
tudo com cuidado. Por isso, fiz apenas um mandato: entre 1986 e
1989.
A minha passagem pelo poder correu gloriosamente. As ideias saíram do meu crâneo em catadupa.
A minha passagem pelo poder correu gloriosamente. As ideias saíram do meu crâneo em catadupa.
Saí
como entrei: com bom nome, o que não foi pouco, pois os autarcas, no
geral, não primam pela inteligência.
Depois
de 1989, o futuro foi meu. Apenas meu.
Basta
olhar para o que se passou a seguir na Aldeia. Em 2005, estávamos no grau zero das alternativas.
Face
a isso, por dever de cidadania - fica sempre bem dizer isto - lá tive de dar o corpo ao manifesto e contra tudo o que tinha
previsto para a minha vida, lá tive de ir fazer oposição.
Foram
4 anos a pregar no deserto: numa Assembleia de Freguesia de 9 membros, 8 (OITO), eram da situação. O outro era eu. E ainda havia mais da situação: os 3 do executivo da junta de freguesia.
E
chegámos a 2014.
No PS, a balbúrdia é total.
Na lista da actual
oposição tudo continua a depender do Alberto João local...
Entretanto, parece que vai fazer muito calor, mas, como não tenho de ir estacionar no parque pago do Hospital da Gala para ir à praia, onde a taxa de ocupação é de 120 por cento, não me importa.
Entretanto, parece que vai fazer muito calor, mas, como não tenho de ir estacionar no parque pago do Hospital da Gala para ir à praia, onde a taxa de ocupação é de 120 por cento, não me importa.
Em minha casa não há ar
condicionado, mas tenho janelas que abrem.
Já agora, enquanto a política está a banhos, não se esqueçam de mimar os barões locais.
Já agora, enquanto a política está a banhos, não se esqueçam de mimar os barões locais.
Convém ter sempre do vosso lado estes
tiranetes das cidades, vilas e aldeias.
Por mim, os
maiorais do PS e do PSD que se lixem.
E os outros também.
Vou terminar...
Por ora,
prefiro não falar das minhas aventuras amorosas que aconteceram
desde 1990 até aos dias de hoje.
Por
isso é que, possivelmente, nunca vou escrever um diário. Não vá o seu conteúdo
cair no domínio público.
Entretanto, não esqueçam: na
Aldeia, o importante, é manter as aparências.
Por
isso me comportei tão bem durante estes anos todos.
Podem contar comigo para continuar a ser um velho bem comportado.
Será que a Misericórdia – Obra da Figueira não quer comprá-lo?.. *
foto Pedro Agostinho Cruz |
Este
batel faz-me lembrar uma mulher vulgar, mas bem produzida: quando a
conhecemos, acreditamos que vai mudar a nossa vida…
Depois, perguntamos para que foi, afinal, tanta excitação…
De
harmonia com o Correio da Manhã de hoje, “o
batel de sal que a autarquia da Figueira da Foz possui para fins
turísticos vai continuar sem navegar no Mondego, depois do
presidente da Câmara ter comunicado a intenção de anular o
concurso de concessão.
No
período reservado à intervenção do público na reunião desta
segunda-feira, Carlos Tenreiro, um dos sócios da empresa a quem a
autarquia adjudicou, em março, em concurso público, a concessão do
batel de sal por cinco anos acusou o presidente da autarquia de
"tiques de autoritarismo" por alegadamente João Ataíde
ter decidido anular o concurso "sem prestar uma satisfação".
Em causa, está um despacho do presidente da Câmara, datado de
junho, em que João Ataíde manifesta concordar com uma informação
dos serviços camarários que propõe revogar a deliberação
camarária e anular o concurso, depois da empresa ter suscitado
quatro pontos "em falta" - palamenta (objectos
indispensáveis ao uso) da embarcação incompleta, clausula de
salvaguarda de danos estruturais no casco, isenção de pagamento da
atracagem na marina, que seria feita através do protocolo existente
entre a Câmara e a administração portuária e aumento da lotação
dos 10 passageiros autorizados pela vistoria para 20 pessoas.”
É uma tristeza ver o último batel do Mondego, parado sem navegar...
Ao que julgo saber, todos os rios portugueses têm barcos tradicionais a navegar. A excepção é o nosso rio - o Mondego.
Uma
pergunta, passados todos estes anos, continua pertinente...É uma tristeza ver o último batel do Mondego, parado sem navegar...
Ao que julgo saber, todos os rios portugueses têm barcos tradicionais a navegar. A excepção é o nosso rio - o Mondego.
Que fazer com este batel?..
Em tempo.
*
- Entre os finais dos anos 80 do século passado e o ano 1 do nosso século, o barco do sal esteve ausente das águas do nosso rio.
A 5 de Agosto de 2001, porém, um batel de sal voltou a navegar no Mondego.
Tal acontecimento, ficou a dever-se à parceria “Sal do Mondego”, que foi a entidade responsável pela construção duma réplica de um barco de sal.
As entidades que constituíram a parceria Sal do
Mondego foram as seguintes: Assembleia Figueirense, Associação Comercial e
Industrial, Ginásio Clube Figueirense, Misericórdia da Figueira e
as Juntas de Freguesia de São Julião, Alqueidão, Vila Verde, São
Pedro, Lavos e Maiorca.
Gestão do estádio municipal já não pertence à Naval
A
proposta de resolução do protocolo que a Câmara Municipal da
Figueira da Foz tinha com a Associação Naval 1.º de Maio, para as
instalações desportivas do Estádio Municipal José Bento Pessoa, e
a proposta de regulamento do complexo desportivo foram aprovadas
ontem, por unanimidade, na reunião da autarquia figueirense.
Segundo o jornal AS BEIRAS, que cita João Ataíde, a Câmara “apresentou a proposta de resolução do protocolo, pelas razões que estão
suficientemente defendidas”.
“Foi
um processo longo, com as audiências que se impunham. Foi, de todo,
justificável a pronúncia da resolução, o que não evitará um
litígio”, disse ainda João Ataíde.
Por
sua vez, o vereador da oposição Miguel Almeida declarou que a Somos
Figueira iria votar favoravelmente.
“Tenho
pena que a situação tenha chegado ao ponto que chegou. Os
protocolos são para cumprir e responsabilidades das partes também”,
acrescentou o autarca.
Miguel
Almeida lançou ainda um apelo para que se “tente encontrar uma
solução”. “A Figueira merece que o clube volte a ter a vida que
já teve".
Em
relação ao regulamento, João Ataíde referiu que houve a
preocupação de que não houvesse “discriminação” entre os
possíveis utilitários. “No preâmbulo, é dada prioridade à
competição e ao mérito de cada um”, disse o edil, salientando
que foi feita a “supressão de algumas expressões que, pela sua
natureza, tirariam o carácter geral e abstracto, do documento”.
“Congratulamo-nos
de termos feito a intervenção que fizemos, quando chamámos à
atenção da irracionalidade da resposta, condutora da instabilidade
dos clubes”, referiu, por seu turno, Miguel Almeida – o vereador
da Somos Figueira referia-se à primeira apresentação do
regulamento, no 1.º trimestre deste ano.
“Esta
(nova) proposta salvaguarda todas as questões que levantámos, mas
não salvaguarda o bom senso na atribuição das horas (uma hora e
meia para utilização)”, acrescentou Miguel Almeida.
“É
o tempo ideal. É óbvio que, se houver uma evidência nas reuniões
relativamente a esse facto, há que concertar e fazer proposta de
alteração”, respondeu o vereador Carlos Monteiro.
À
margem da sessão, o responsável pelo pelouro do Desporto explicou
que, entretanto, irá decorrer uma reunião com os interessados.
Embora nada ainda esteja definido (presume-se que seja nomeado
um gestor desportivo por parte da Câmara Municipal), recorde-se que a Naval tem a funcionar, desde há vários a esta parte, a sua sede na antiga casa do guarda do Complexo Desportivo do José Bento Pessoa...
A mudança de Cavaco...
Houve um tempo em que Cavaco se recusava a falar sobre o país nas viagens ao estrangeiro.
Agora, quando está em Portugal cala-se...
Entretanto, o que é uma mudança, aproveita as viagens para se pronunciar sobre o que se passa por cá...
Agora, quando está em Portugal cala-se...
Entretanto, o que é uma mudança, aproveita as viagens para se pronunciar sobre o que se passa por cá...
A venda da Casa dos Pescadores de Buarcos à Misericórdia - Obra da Figueira na reunião de Câmara...
A discussão
deve ter sido interessante... Segundo o jornal AS BEIRAS, a Câmara
Municipal da Figueira da Foz está manifestamente descontente com a
forma como decorreu o processo que culminou com a venda da Casa dos
Pescadores de Buarcos à Misericórdia – Obra da Figueira.
“Darei
nota ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social do facto
de não termos sido ouvidos sobre o processo de venda da Casa dos
Pescadores de Buarcos, quando manifestámos interesse em adquirir a fracção”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Figueira da
Foz, João Ataíde, ontem, na reunião da autarquia.
“Felizmente
que apareceu a Misericórdia. Andam (leia-se executivo PS...) há
quatro anos a falar nisto”, disse, por sua vez, o vereador da
oposição Somos Figueira. Miguel Almeida perguntou ainda a João
Ataíde: “o que mudaria se o instituto tivesse consultado a
câmara?”
“Procuraria
ver se era possível adquirir em prestações, consultar a junta de
freguesia, avaliar investimentos, condicionar ou não o processo de
venda”, respondeu o presidente da câmara.
“Fomos
completamente defenestrados deste processo”, concluiu João Ataíde.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Novidades do POCPM - Processo de Óbito em Curso (daquele que ainda quer ser) Primeiro Ministro
"12 dúzias de camaradas foram até ao excelente Parque Verde de Condeixa comemorar o Dia da Federação de Coimbra do Partido Socialista. Como o e-leitor começa a ver, apesar de ser dia de festa de Santa Cristina, a padroeira da terra, o entusiasmo não foi muito e os famosos eram poucos, mas ainda vimos Manuel Machado, Carlos Cidade, Álvaro Beleza, Luís Filipe Pereira, Luís Antunes, Pedro Coimbra, António Paredes, Victor Baptista ou Rui Duarte."
Mais pormenores aqui.
Presumo que Portugal (e sobretudo Lisboa...) nunca seja a Figueira - "uma república de santanas"!..
a entrevista de Santana Lopes
1. Santana sabe tocar piano;
2. Santana tem um livro sobre Sá Carneiro na prateleira (raio de sorte a minha que escrevi nesse livro);
3. Santana tem uma fotografia de Durão Barroso;
4. Santana acredita que pode ser melhor presidente da república do que foi primeiro-ministro;
5. Santana fala mais da Presidência que da Santa Casa. O costume. Quando era autarca na figueira da foz também falava mais de Lisboa. Quando era autarca em Lisboa também falava mais do governo.
Eu, sei que sou dos tolos... Mas, existem os espertos!
"Será
necessário, apenas, levá-lo a concluir que o dinheiro dos tolos é,
por direito divino, o património dos espertos!" – exclamou
Blondet."
Presumo que Portugal vai continuar a não ser a Figueira - "uma república de santanas"!..
“Fez na passada quinta-feira dez anos que Pedro Santana Lopes tomou posse como primeiro-ministro de um governo
que durou pouco mais de 5 meses...
Na entrevista de Santana Lopes ao Expresso do passado sábado, fica claro que esse período está bem resolvido interiormente e que o importante é o futuro.
Na entrevista de Santana Lopes ao Expresso do passado sábado, fica claro que esse período está bem resolvido interiormente e que o importante é o futuro.
Não há dúvida que o Pedro Santana
Lopes de hoje é um homem diferente do desse tempo, mais tranquilo,
mais amadurecido, mas sem desistir das causas em que acredita e sem
nunca desistir de Portugal.”
Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS.
Em tempo.
Para políticos em défice, eis duas máximas – ou mínimas...
«Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que quer acreditar» (Bertrand Russel).
«A posteridade, como tudo no mundo, também se pode enganar» (Heywood Broun).
Miguel Almeida, hoje no jornal AS BEIRAS.
Em tempo.
Para políticos em défice, eis duas máximas – ou mínimas...
«Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que quer acreditar» (Bertrand Russel).
«A posteridade, como tudo no mundo, também se pode enganar» (Heywood Broun).
domingo, 20 de julho de 2014
Presumo que Portugal ainda não seja a Figueira - "uma república de santanas"!..
"E é bom que o Dr. Passos perceba que, se persistir na tresloucada tentação de empurrar o Dr. Santana Lopes para as presidenciais, sujeitará o seu partido e o candidato a uma monumental humillhação, inversamente proporcional, aliás, à votação que poderá ambicionar obter. Apesar de todo o esforço do Dr. Passos e da elevada concentração de palermas, tarolas e bananas evidenciada pela política doméstica, não chegou ainda o tempo de sermos considerados oficialmente uma república de santanas."
daqui
daqui
Naufrágio do veleiro alemão em abril de 2013...
foto António Agostinho |
O
Comandante do veleiro alemão que, em 10 de abril 2013, naufragou
à entrada da barra da Figueira da Foz, pode vir a ser acusado de homicídio negligente pelo acidente que matou um tripulante e um agente da Polícia Marítima.
Hoje, estou meditar sobre o assunto, pelo que não me peçam opinião. Todavia, presumo que a conclusão não deve andar longe disto...
Se há coisa com que lido mal é com acidentes no mar. Sou filho, neto e bisneto de pescadores, e estas tragédias tocam-me profundamente, até porque tenho antepassados que tiveram o mar como sepultura eterna.
Política
(Conversa de ontem, à hora do fino com tremoços...)
- Há quanto tempo é que não gostas de ninguém?
- Eu, às vezes, gosto. Mas, arrependo-me rapidamente...
- Há quanto tempo é que não gostas de ninguém?
- Eu, às vezes, gosto. Mas, arrependo-me rapidamente...
Na Aldeia... (II)
Como
não mudou em outubro do ano passado.
Na
Aldeia, estes últimos 6 meses deram para ver, a vida não muda assim tão facilmente...
O que mudou a vida – a minha vida – foram aqueles momentos que ficaram gravados para sempre debaixo da pele, no lado esquerdo do peito.
Assim, de repente, recordo o primeiro beijo, uma reconciliação, a perda irrevogável de alguém que se ama, o momento em que consegui o primeiro emprego (mesmo a ganhar uma ninharia – estávamos em janeiro de 1973...), uma revolução ganha pelo povo nas ruas a cantar a pulmões cheios e perdida pelo mesmo povo nas urnas, aquele concerto do Carlos do Carmo na primeira Festa do Avante na antiga FIL, o nascimento da minha filha, alguns reencontros, alguns desencontros, inúmeras desilusões...
No resto do tempo, tenho tentado apreciar o essencial e descartar o acessório.
O que mudou a vida – a minha vida – foram aqueles momentos que ficaram gravados para sempre debaixo da pele, no lado esquerdo do peito.
Assim, de repente, recordo o primeiro beijo, uma reconciliação, a perda irrevogável de alguém que se ama, o momento em que consegui o primeiro emprego (mesmo a ganhar uma ninharia – estávamos em janeiro de 1973...), uma revolução ganha pelo povo nas ruas a cantar a pulmões cheios e perdida pelo mesmo povo nas urnas, aquele concerto do Carlos do Carmo na primeira Festa do Avante na antiga FIL, o nascimento da minha filha, alguns reencontros, alguns desencontros, inúmeras desilusões...
No resto do tempo, tenho tentado apreciar o essencial e descartar o acessório.
Assim,
de repente, no futuro, gostaria ainda de poder recordar o jackpot no
euromilhões e, ao menos, um pôr-do-sol de verão com alguém que
tenha um abraço amigo, ternurento e quente, o que este ano não está
a ser fácil...
Quanto
ao resto: a vida na Aldeia vai continuar a fazer o seu caminho e
dispensa que eu me aborreça com isso...
Aliás,
como já escrevi em abril de 2010, aqui, quem
conheça, minimamente que seja, a história da Cova-Gala, sabe que
sempre foi uma aldeia pobre e periférica.
A
vida local, virada para o mar e para a América (eram até há poucos
anos atrás, as nossas grandes aventuras), ficou a dever-se, apenas,
à insustentabilidade de cá viver.
Foi assim que, desde os finais do século XIX, nos atirámos para a diáspora, que continua ainda hoje, embora agora para destinos mais diversificados, mas que continua a levar alguns dos melhores para longe.
A falta de capacidade da Aldeia em gerar riqueza e bem-estar, tem obrigado os covagalenses a deixar o torrão natal em busca do pão noutras paragens – no país e no estrangeiro.
Qual maldição, persegue-nos a incapacidade local, para construir uma sociedade desenvolvida e evoluída, seja a que nível for - cultural, social e económico.
A acção dos políticos locais, nos últimos 20 e tal anos, teve em vista – e conseguiu e vai conseguir... - manter o status quo duma sociedade amorfa, descrente, pouco exigente, controlada em rédea curta, por via de uma política de várias dependências.
Ser cacique, como alguém me disse um dia numa conversa de café, dá muito trabalho. Mas, só assim se mantêm a rédea curta e se assegura a inércia que não permite a mudança do sistema de funcionamento da vida na minha Aldeia.
Foi assim que, desde os finais do século XIX, nos atirámos para a diáspora, que continua ainda hoje, embora agora para destinos mais diversificados, mas que continua a levar alguns dos melhores para longe.
A falta de capacidade da Aldeia em gerar riqueza e bem-estar, tem obrigado os covagalenses a deixar o torrão natal em busca do pão noutras paragens – no país e no estrangeiro.
Qual maldição, persegue-nos a incapacidade local, para construir uma sociedade desenvolvida e evoluída, seja a que nível for - cultural, social e económico.
A acção dos políticos locais, nos últimos 20 e tal anos, teve em vista – e conseguiu e vai conseguir... - manter o status quo duma sociedade amorfa, descrente, pouco exigente, controlada em rédea curta, por via de uma política de várias dependências.
Ser cacique, como alguém me disse um dia numa conversa de café, dá muito trabalho. Mas, só assim se mantêm a rédea curta e se assegura a inércia que não permite a mudança do sistema de funcionamento da vida na minha Aldeia.
S.
Pedro, vai continuar a ser o que é: uma mera entidade
administrativa. Não tem alma.
Cova
e Gala é
a nossa Identidade,
a nossa História,
a nossa Alma, aquela pequena terra que já foi mais de pescadores que não tem nome no mapa nem referência nas enciclopédias, mas vive, existe e pulsa, onde o «pato bravismo» já destruiu o que pôde – até o passado de que passa a vida a dizer-se defensor.
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