sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Vai ser criada em 2026 empresa municipal para gerir os parques industriais

Imagem via Diário as Beiras. "Segunda fase da infraestruturação da Área Industrial e Empresarial do Pinhal da Gandra, no Pincho. O contrato da consignação desta empreitada do Município da Figueira da Foz, de 4,5 milhões de euros (mais IVA), foi assinado em Maio passado

Via Diário as Beiras: "o presidente da autarquia avançou ontem, na reunião de câmara, que será criada em 2026 uma empresa municipal para gerir os parques industriais. “Os parques industriais requerem uma gestão permanente e têm de ser geridos por uma entidade com capacidade de intervenção própria”, defendeu o autarca figueirense, falando aos jornalistas. O município já teve uma, a Paraíndustria, que foi dissolvida. Entretanto, o concelho passou a ter novas áreas industriais."

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Embora "não tenha intenção de se candidatar ao cargo", "nem tenha vontade"...

Zohran Mamdani e Zack Polanski: uma fórmula para a regeneração da esquerda?

"Ontem, quarta-feira, dia 5 de Novembro, foi feita história."

«Sensivelmente um ano depois da eleição que colocou Trump de volta na Casa Branca, a cidade de Nova Iorque, a maior dos EUA, elegeu Zohran Mamdani. Um candidato progressista e um declarado socialista democrático, cuja campanha abalou o establishment democrata e ecoou por todo o mundo. A sua premissa foi simples: baixar o custo de vida, indo ao encontro das preocupações mais gritantes do cidadão comum: as contas que faz ao fim do mês.

Por outro lado, a Grã-Bretanha vive, também ela, uma profunda transformação no seu panorama político. A vitória de Zack Polanski na liderança dos Verdes britânicos, pautada por uma agenda igualmente progressista e assumidamente de esquerda, trouxe ao partido um aumento em 80% da sua militância e as sondagens já colocam os ecologistas como a segunda força política. Será esta a bala dourada de que a esquerda mundial precisa?»

Torneio Internacional de Xadrez decorre entre 9 e 16 do corrente mês

Via Diário as Beiras: O “Figueira da Foz Sabir Ali International Tournament” tem a presença de xadrezistas de 23 países, entre os quais nove Grandes Mestres (duas femininas) e nove Mestres Internacionais (uma feminina).

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A segunda reunião deste mandato tem lugar hoje a partir das 10 horas e 15 minutos

Citando o Diário as Beiras,  "a empresa municipal de habitação social Figueira Domus (FD) apresenta hoje, na reunião de câmara, para conhecimento do executivo camarário, o relatório de execução orçamental do segundo trimestre do corrente ano."

A ordem de trabalhos da sessão tem 13 pontos e inclui, também, a apreciação do relatório de actividades e contas do primeiro semestre da FD, para aprovação, e mandatar o representante da câmara municipal na assembleia geral da empresa municipal de gestão de habitação.
Esta é a segunda reunião de câmara do actual mandato autárquico (quadriénio 2025/2029). A sessão começa às 10H15M.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Deixem o Ventura falar!...

"O presidente preferido de Ventura", é:


Ciclo Terças com Poesia

 Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

F!Next, promovida por um consórcio liderado pela Streak, realiza-se este mês

 Via Diáro as Beiras

Ecomuseu da Praia de Quiaios transformado no posto de informação Ponto Q

Via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

O drama de Ventura

Todos os dias Ventura tem dado uma entrevista nas televisões. 
Ontem, foi na RTP
Anteontem, tinha sido na CNN.
Não há cassete que resista a tanta exposição. Esta desmesurada exposição de Ventura já começa a cansar largos sectores de eleitores portugueses. Aquilo é sempre a mesma coisa. Quando não consegue falar ao megafone, sobra o homem. E é aí que se percebe o drama: «sem gritar, Ventura não existe.
“Os seus argumentos sobre imigração são como a carne picada do supermercado. Até podem ter alguma coisa boa, mas ninguém confia nela.” É o ponto em que se vê nos olhos de Ventura o mesmo pânico de quem percebe, à saída do talho, que o rótulo diz “validade até Janeiro”.
“Vale mais um deputado do Chega condenado do que um imigrante ou um cigano cumpridor da lei?” E foi aí que o silêncio (aquele som que Ventura mais teme), ainda que momentâneo, se fez ouvir por cima dos gritos. Porque não há resposta boa para quem construiu o prestígio à custa de medir o valor das pessoas pela origem e não pela decência. E Ventura sabe-o: o eco dessa pergunta é mais alto do que todos os seus berros juntos.»

Chuva, vento forte e agitação marítima

Via Município da Figueira da Foz: "Segundo o Instituto do Mar e da Atmosfera (IPMA) são esperadas, nos próximos dias, condições meteorológicas adversas para o Distrito de Coimbra."

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Já não é só a oposição que quer saia...

"Ministra da Saúde terá pedido para abandonar o cargo a Luís Montenegro"...

VEREAÇÃO ABERTA

Via PS/Figueira

Santana assume Planeamento, Ordenamento do Território, Urbanismo Projetos e Obras Estruturantes, Turismo e Desenvolvimento Económico, Proteção Civil e Bombeiros, Assuntos Jurídicos e Contencioso, Património e Ciência, Investigação e Inovação

Via Diário as Beiras: "Presidente delegou 28 competências nos cinco vereadores da maioria absoluta conquistada pela coligação Figueira a Primeira.

Os vereadores da coligação Figueira a Primeira exercem funções a tempo inteiro, conforme a proposta aprovada na reunião de câmara. Seguindo uma prática antiga, apenas os autarcas da força política vencedora das eleições autárquicas assumem pelouros. Santana Lopes tem-se mostrado favorável à distribuição de pelouros pela oposição, que esta tem rejeitado. A exceção, no anterior mandato, em junho de 2023, foi o vereador único do PSD, Ricardo Silva, que se juntou à vereação do movimento FAP, ao abrigo de um acordo que envolveu altas figuras nacionais do PSD, alcançado à margem da direção local do partido.

Das últimas eleições autárquicas resultou a vitória da coligação Figueira a Primeira (FAP) - PPD/ PSD e CDS/PP - , lidera por Santana Lopes, que se recandidatou ao segundo mandato consecutivo na presidência da Câmara da Figueira da Foz, cargo que já havia desempenhado de 1997 a 2001, num mandato único. A candidatura da coligação venceu as eleições com maioria absoluta, na câmara (seis vereadores da FAP, dois do PS e um do Chega) e na Assembleia Municipal. E conquistou a presidência de 10 das 17 juntas de freguesia do concelho. O atual ciclo autárquico começou no dia 26 de outubro."


PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2026 E OS INTERESSES QUE DEFENDE

"PARA COMPREENDER A PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2026 E SABER QUE INTERESSE DEFENDE - A Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2026 e os relatórios que a acompanham têm 813 paginas. É difícil, para não dizer mesmo impossível, para quem não esteja habituado a fazer a análise deste tipo de documentos, identificar o que é essencial para os trabalhadores e pensionistas. Num primeiro estudo que divulguei, e que está disponível gratuitamente para todos os interessados em www.eugeniorosa.com, fiz uma primeira analise e mesmo essa poderá não ser facilmente entendível para muitos leitores dos efeitos deste orçamento. No entanto como existe uma campanha muito forte por parte de muitos órgãos de comunicação social e do governo para que a opinião publica acredite que este orçamento é diferente dos anteriores e é um orçamento pacifico para todos os portugueses, o que não é verdade, decidi elaborar este vídeo, que é um vídeo pedagógico, onde de uma forma pausada procuro esclarecer o impacto que este orçamento, se for aprovado, terá nos trabalhadores e pensionistas. Espero, que este acréscimo de trabalho possa ser útil a todos aqueles que se interessam pelas consequências das decisões dos governos nas nossas vidas, como simples cidadãos interessados."

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Passos Coelho vai ser o unificador da direita

"Ο regresso de Passos Coelho era para acontecer antes: uma eventual derrota de Luís Montenegro nas europeias abriria o caminho a que o ex-primeiro-ministro se voltasse a candidatar à liderança. Só que, entretanto, António Costa demitiu-se, houve novas legislativas antes das europeias, Montenegro ganhou e o retorno de Passos ficou em banho-maria. 
Foi há precisamente 10 anos que Passos Coelho (em aliança como CDS de Portas) foi o "candidato a primeiro-ministro" mais votado. Nessa época, o PS não era especialmente forte, mas a esquerda era-o e, com a maioria de esquerda no Parlamento, António Costa conseguiu formar governo com o apoio do PCP e do Bloco de Esquerda e remeteu Passos à oposição. 
Os dias de Passos na oposição foram duros. São sempre, mas ainda mais quando já se foi primeiro-ministro, com o novo governo em estado de graça. A frase "vem aí o diabo" - a sua previsão sobre a gestão das contas públicas pelo governo PS - marcou esse tempo. O diabo não veio. Agora, Passos avisa para novo diabo, desta vez com um Governo PSD. 
Passos podia ter ido trabalhar para um sítio qualquer e, neste momento, estar a ganhar muito dinheiro. Oportunidades destas nunca faltam a antigos primeiros-ministros. Não o fez: manteve-se professor universitário, com um salário que qualquer antigo primeiro-ministro haveria de considerar baixo: pouco mais de 2000 euros. 
As suas intervenções públicas têm confirmado uma aproximação ao discurso do Chega - desde o combate às aulas de cidadania ao mais recente apontar do risco de "os portugueses se sentirem estrangeiros na sua terra". 
É um facto que o Governo também se tem aproximado do discurso do Chega, mas há uma diferença - Passos é contra o "“não é não". A sua relação com André Ventura é conhecida. Foi Passos que indicou Ventura para candidato do PSD à Câmara de Loures e que não lhe retirou a confiança depois do discurso anti-ciganos, ao contrário do que fez Assunção Cristas, na altura líder do CDS. 
Com Pedro Passos Coelho na liderança do PSD será fácil um acordo de governação com André Ventura. Ventura é fã de Passos: seria o único candidato presidencial que admitia apoiar, depois da desilusão com Gouveia e Melo. Passos não quis ser candidato a Belém, mas agradeceu o apoio de Ventura (ao contrário do que fez Gouveia e Melo). Quando lhe perguntaram se sentia incomodado com este anunciado apoio, respondeu, a 20 de Setembro: "Porque é que eu havia de ficar incomodado com alguém que diz que votava em mim e me apoiava sempre que me candidatasse? Não estou a ver por que é que havia de ficar incomodado". 
Na sexta-feira, Passos Coelho fez uma crítica violenta e uma verdadeira demarcação ao Governo de Montenegro e ao Orçamento, crítica com a qual até o secretário-geral do PS se identificou. "Chegámos ao fim das margens de manobra que nos permitem adiar decisões importantes. Agora, não vale a pena haver mais cálculos eleitorais nem perder tempo com preocupações distributivas", disse Passos, criticando as "habilidades orçamentais para salvar o ano" e defendendo um crescimento que não seja apenas por via do consumo. 
Tem havido um crescendo nas críticas de Passos a Montenegro. As eleições foram em Maio e o avanço de Passos para o poder (em coligação com Ventura) pode parecer a muitos uma coisa fora de tempo. 
Mas uma sombra paira sobre o primeiro-ministro. Até agora, que seja público, Luís Montenegro ainda não deu os esclarecimentos ao Ministério Público no âmbito da averiguação preventiva do caso Spinumviva. A 19 de Setembro o primeiro-ministro disse que "iria aproveitar a tarde para tentar reunir os documentos que foram solicitados e enviá-los o mais rápido possível". É verdade que Montenegro disse, aa 8 de Outubro, que enviou elementos, mas devem ter-se perdido pelo caminho e não terão chegado ao destinatário.
É muito difícil conceber que não venha a ser aberto um inquérito-crime tendo em conta o que está em causa. È certo que os portugueses não são um povo muito exigente com a transparência dos seus políticos e a vitória de Montenegro em Março funcionou como uma espécie de absolvição em tribunal popular. Mas ficou muito por esclarecer. 
A dúvida é se Montenegro terá condições de continuar primeiro-ministro se o Ministério Público abrir o inquérito. Num cenário em que as condições não estejam reunidas, é óbvio que Pedro Passos Coelho é o primeiro da fila para a sucessão (Carlos Moedas nunca se candidatará contra o ex-primeiro-ministro). E já sabemos que Passos faz o acordo com o Chega."

"Empreitada arranca até ao fim do ano. USF Nautilus será deslocalizada durante as obras"

 Diário as Beiras

domingo, 2 de novembro de 2025

Como a extrema-direita chega ao poder

"A extrema-direita lidera as intenções de voto com 25% à frente de todos os outros partidos na Alemanha.
É preciso recuar 103 anos para ver como tudo começou - como o NSDAP chegou a poder - e em que armadilha corremos o risco de voltar a cair.
NSDAP
1928: 2,6%
1930: 18,3%
1932: 33,1%
1933: 43,9%
Quem votava no NSDAP do senhor Adolfo não eram todos nazis, fascistas ou nacionalistas racistas. Eram pessoas desiludidas, preocupadas, pessoas normais que se sentiam traídas pelo sistema e atraídas pelas soluções fáceis.
O partido de extrema-direita do senhor Adolfo deveria ter sido proibido em 1928 ou 1930 por violar preceitos fundamentais da República de Weimar. Não o foi. Em 1932, quando Brüning, o chanceler democrata-cristão, tentou proibir o NSDAP, era tarde demais.
A abertura de um processo de proibição da AfD, um partido xenófobo e racista, está neste momento a ser discutido na Alemanha e é apontada como um passo necessário por muitos políticos e juristas.
Um relatório de centenas de páginas do "Verfassungsschutz", os serviços de segurança interna alemães, aponta o partido como um risco para o regime democrático e classifica-o como uma força desestabilizadora e "confirmadamente de extrema-direita", não pelo que diz o programa partidário, mas por causa dos discursos públicos dos seus líderes e das suas comunicações internas.
Nos anos 50 foram proibidos na Alemanha dois partidos, um partido de extrema-esquerda e um de extrema-direita (o SRP sucessor do NSDAP). Ambos tinham, na opinião dos juízes, como objectivo derrubar o regime constitucional vigente. Houve também vários processos que avaliaram a proibição do NPD (partido neo-nazi que nas últimas eleições a que concorreu teve 0,1% dos votos), estes processos mais recentes decorreram já nos anos 2001 e 2017. A proibição não avançou, por o Tribunal Constitucional ter considerado que o partido era… "demasiado pequeno e insignificante” para pôr em prática os seus objectivos anticonstitucionais e de derrube do regime.
Será outra vez tarde para parar a extrema-direita? A Alemanha está prestes a ter outro 'momento Brüning', o chanceler que acordou tarde demais? Será que nas próximas eleições a intolerância chega ao poder? E em Portugal?
As consequências de não se proibir o discurso de ódio e a xenofobia são previsíveis. Porque a tolerância democrática para com os intolerantes e anti-democráticos tem consequências: o fim da tolerância e o fim da democracia."