sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Que pena que eu tenho por não poder votar em Brenha

A verdade sobre Luís Pedro e a Freguesia da Brenha

Américo Coelho - o responsável pela petição em termos nacionais para os projetos das reversões das freguesias fossem debatidos na Assembleia da República em tempo útil para estas eleições autárquicas

"Conheci o Luís Pedro num momento decisivo: quando me contactou para pedir ajuda no processo de restauração da Freguesia da Brenha. Desde então, acompanhei de perto a sua luta, a sua entrega e o seu amor profundo pela terra que o viu crescer.
Vi-o enfrentar obstáculos com coragem. Vi-o emocionado quando, na Assembleia da República, a primeira votação chumbou a desagregação da Brenha. Vi-o persistir, trabalhar incansavelmente, dedicar milhares de horas do seu tempo pessoal para que Brenha voltasse a ser freguesia. E conseguiu.
Luís Pedro foi o grande obreiro desta conquista. E por isso, não posso ficar em silêncio perante as acusações injustas e falsas que lhe têm sido feitas. Não sou habitante da Brenha, mas conheço este processo melhor do que a esmagadora maioria dos candidatos. E posso afirmar, com total isenção: Luís Pedro agiu sempre com verdade, com dedicação e com amor pela sua comunidade.
É claro que serão os brenhenses a escolher o futuro Presidente da Junta. Mas peço que o façam com base em factos, não em calúnias. A verdade importa. A justiça importa. E a Brenha merece líderes que tenham demonstrado, na prática, o que significa servir.
Peço desculpa por esta intervenção, mas não podia deixar passar em branco a mentira. A minha solidariedade é total com Luís Pedro — porque quem luta pela sua terra com esta entrega merece respeito, não difamação."

Nota de rodapé.
Por não ser freguês de Brenha o meu voto nas eleições do próximo domingo, dia 12 de Outubro de 2025, vai ser em branco.

A "irrelevância" do CHEGA e a "relevância" do PS...

Carneiro diz que o Governo respeitou as suas linhas vermelhas e que a porta à viabilização está “aberta”.
«Ao segundo Orçamento do Estado (OE) do segundo Governo de Montenegro, a história parece estar contada: a viabilização da proposta por parte do PS está mais próxima. E o Executivo pode nem vir a precisar do voto do Chega, mesmo que tenha ido ao encontro das exigências tanto dos socialistas como de André Ventura. A decisão final ainda não está tomada, falta ser debatida e carimbada pelos órgãos do partido, mas o secretário-geral do PS já marcou o tom e a margem para um voto contra passou a ser quase nenhuma. “O Governo correspondeu às exigências do PS, nomeadamente em relação às questões laborais, ao SNS, à Segurança Social pública e ainda ao tratamento fora do orçamento das questões de natureza fiscal”, disse José Luís Carneiro. E por isso a porta está mais aberta à viabilização, ainda que com a ressalva de que este OE “não é” do PS.»

Nota de rodapé.
"Um PS que acha normal aprovar (ou abster-se) quanto a um orçamento que reduz para 10% o IRS de senhorios que colocam rendas a 2.300€, enquanto enfermeiras que recebem os mesmos 2.300€ pagam 35,5% de IRS não serve para nada.
Um PS que "viabiliza" um orçamento que continua a isentar meninos ricos que compram casas de 330 mil euros, com o dinheiro dos papás, ou lhes aplica a taxa mínima de IMT de 8%, enquanto decide não aumentar o RSI - Rendimento Mínimo de Inserção, para pessoas que vivem no limiar da pobreza e da indignidade tornar-se-á um verbo de encher.
Quem concorda, "viabiliza".
Quem discorda, apresenta um Orçamento alternativo que demonstre as diferenças das opções orçamentais.
E vota contra.
Ficar a meio do muro é que não.
Depois, não se queixem que outros lideram a oposição".

Domingo é dia de ir votar...

No próximo domingo vamos a votos.
Na Figueira, concelho e freguesias, vai ser escolhido quem vai governar nos próximos 4 anos.
É um momento importante. 
Precisamos de políticos que gostem das pessoas, da Figueira e das suas freguesias.

Não é  momento para ficar em casa.
Em 2025 tudo está diferente. 
Política não é apenas votar; é também disputar narrativas.
Os abstencionistas são os cidadãos que o sistema convenceu de que não vale a pena votar, porque são todos iguais. 
O problema é que, em democracia, os maus governos só podem ser afastados do poder pelo voto!
No domingo vamos votar. 
Como quiserem, em quem quiserem, mas votem.

terça-feira, 7 de outubro de 2025

As obras desta nossa ponte...

 Via Diário as Beiras

"Empresários da restauração da margem sul afirmam que cortes noturnos reduziram faturação"

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Sting em concerto único em Portugal

Será no dia 17 de julho de 2026, uma sexta-feira, na Praia do Relógio, na Figueira da Foz. Bilhetes vão custar entre os 60 e os 120 euros.

A flotilha: valha-nos Ferro Rodrigues, Pedro Nuno e “Chicão”

 Ana Sá Lopes

"Se tivesse sido André Ventura a enviar à família uma mensagem de que estava há 48 horas sem comida nem água, nos centros de detenção da Venezuela, a compaixão seria imensa neste país político."
Para ler melhor clicar na imagem


5 de Outubro de 1910, a Figueira e os Homens de bem

Quem sempre determina o rumo do mundo, são duas espécies de seres humanos.
Os que fazem da sua vida uma inspiração a luta pela esperança, pela democracia e pelo futuro. 
E os outros.
É por isso, que quando desaparece alguém que deu exemplo de generosidade e dedicação, que olhou para diferentes como semelhantes ou para semelhantes como iguais, ficamos abandonados à sorte de uma humanidade que continua a revelar-se animalesca, verificando-se, nos últimos tempos, uma  revalorização do ódio, uma perseguição do outro, a obsessão da identidade nacional como desculpa para a agressão.
É por isso que Portugal em 2025 está a ficar tão perigoso.

A implantação da República em Portugal, aconteceu como um golpe inevitável dado o clima que se vivia no país.
Nos últimos anos de monarquia a situação sócio- económica do país agravava-se de dia para dia, a crise tinha-se instalado, o povo vivia na miséria em contraste com a abundância em que viviam a classe política, a burguesia e a nobreza. Esta situação agravou-se com a questão do Ultimato Inglês, onde era exigido que Portugal se retirasse do território entre Angola e Moçambique (zona do Mapa cor-de-rosa), perdendo os benefícios de que usufruía nessa região. O descontentamento foi geral, tanto mais que ainda reforçava o poder do Rei, e os ânimos exaltaram-se. A partir de 1906 conjurava-se já o derrube da monarquia constitucional. Em 1908 deu-se, efectivamente, uma primeira tentativa de destituição da monarquia, mas falhou, tendo sido, no entanto, morto o Rei D. Carlos I e o Príncipe herdeiro D. Luís Filipe. O regicídio deu-se no Terreiro de Paço, onde foram ambos abatidos a tiro. D. Manuel foi o seu sucessor. Nos anos seguintes o clima foi-se agravando e, em 1910 o país vivia num caos com conspirações dos republicanos de um lado, conspirações dos monárquicos do outro, os operários faziam greve reclamando melhores condições de trabalho e de vida e a classe média, mostrava-se tão furiosa como o operariado, pois perdiam com a falência do banco Crédito Predial Português, dirigido por chefes políticos da monarquia. Os republicanos reclamavam, acima de tudo, com a ordem forçada em que se vivia, reclamavam uma “greve geral” e a ideia, por muito disparatada que parecesse, começou a soar bem. As operações que levaram à queda da monarquia revelaram-se fáceis face à desorganização das forças monárquicas.

A Figueira também viveu os acontecimentos de Outubro de 1910.
Manuel Gaspar de Barros, Memórias
"Nos anos que precederam a proclamação da República, os republicanos organizavam conferências de propaganda em todo o país. Na Figueira isso acontecia frequentemente, com numerosos vultos políticos. Só quero agora referir que conhecei então o Prof. Miguel Bombarda. Veio uma vez fazer umas dessas conferências no Teatro Príncipe, que mais tarde ardeu.
Em 1910 eu tinha 9 anos. A nossa habitação era na rua da Lomba e o meu pai tinha um pequeno escritório no rés-do-chão. No dia 3 de Outubro à noitinha o meu pai disse-me: “Vais ser um homenzinho e quero-te dizer uma coisa. Rebentou em Lisboa uma revolução para proclamar a República. Hoje aqui não sabemos mais nada”. Mas no dia seguinte, 4 de Outubro, o meu pai não veio almoçar e à noite não veio jantar. Não sabíamos dele e, ao entrar da noite, minha Mãe começou a ficar inquieta, não sabia o que havia de fazer. A cidade estava agitada, corriam muitos boatos, na madrugada do dia 5, perante a inquietação de minha mãe a minha avó, que tinha grande ascendente sobre meu Pai, resolveu-se afazer alguma coisa. Mandou um empregado procurá-lo pela cidade e dizer-lhe que ela lhe queria falar; ele não apareceu à hora matutina do primeiro almoço, e contou que, de pé, dum banco da praça Nova, tinha conseguido pelo seu prestígio político, manter ordeira toda a população agitadíssima pela vitória da República em Lisboa.
Nos dias seguintes, talvez nos dias 5 e 6 de Outubro, eram manifestações e cortejos por toda a cidade. Vivas, discursos, a cada paragem, homens roucos de tanto gritar. Meu pai seguia nessas manifestações e eu acompanhava-o. Um dos tribunos mais em evidencia era o Snr. António Lino Franco, farmacêutico na Praça Velha. Nas manifestações as filarmónicas tocavam incessantemente a “Portuguesa”, o nosso hino. Em seguida foi a mudança da bandeira azul e branca, da Monarquia, pela verde rubra da República, nos edifícios públicos. No forte de Santa Catarina deixaram-me puxar a adriça para içar a bandeira verde-encarnada. Possuo uma fotografia da cerimónia."

Na foto da comemoração do 5 de Outubro de 1971 na Figueira, (obtida via Mário Bertô Ribeiro) é visível o Homem e  o Mestre da política e da escrita, de seu nome José Fernandes Martins.
Morreu em 28 de Abril de 2000. Tinha nascido a 17 de Fevereiro de 1941. Nome completo: José Alberto de Castro Fernandes Martins. Para os Amigos, simplesmente o ZÉ. 
Purista do verbo e do enredo no dissertar da pena, concebia o jornalismo como uma arte e uma missão nobre. “Também a lança pode ser uma pena/também a pena pode ser chicote!” 
Andarilho e contador de histórias vividas, passou em palavras escritas pelo Notícias da Figueira, Diário de Coimbra, Diário Popular, Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, República, Opinião, Vértice, Mar Alto (de que foi co-fundador), Barca Nova (de que foi fundador e Director) e Linha do Oeste. 
No associativismo passou pelo Ginásio Clube Figueirense e Sociedade Boa União Alhadense. 
Lutador contra o regime deposto pelo 25 de Abril de 1974, teve ficha na PIDE. Foi membro da Comissão Nacional do 3º. Congresso da Oposição Democrática que se realizou em 1969 em Aveiro. Chegou a ser preso pela polícia política. 
Com a sua morte, a Figueira perdeu uma parte do seu rosto. Não a visível, mas a essencial. Era crítico e exigente. Mas, ao mesmo tempo, bom, tolerante e solidário. 
Mais de 25 anos depois da sua morte, a Figueira, a cidade que amou toda a vida, continua a ignorá-lo.
Zé Martins, de costas e em primeiro plano, é o terceiro a contar da direita

domingo, 5 de outubro de 2025

PARABÉNS. AGORA E SEMPRE "POR UMA FRATERNA UNIÃO"

 Hoje, 5 de Outubro de 2025, o Grupo Desportivo Cova-Gala completa 48 anos de existência.

Foi aqui que se realizou em 9 de Junho de 1978, em casa emprestada, na sede do Centro Social da Cova e Gala, a primeira Assembleia Geral do Grupo Desportivo Cova-Gala.

Como é que as pessoas votam se Portugal é um deserto de notícias?

«A expressão "deserto de notícias" terá nascido no Canadá e ganhou força nos Estados Unidos quando centenas de jornais começaram a fechar a partir de 2000 e picos. Hoje, nos EUA, haverá 1300 comunidades que são desertos de notícias, ou seja, 55 milhões de pessoas.

....dos 308 municípios portugueses, 166 (54%) estavam em deserto de notícias, semideserto ou ameaçados de virem a ser um deserto. Lembro: isto inclui jornais que não são jornais verdadeiros. 

Nova lupa: 78 municípios (25,3%) não tinham nenhum órgão de comunicação social com sede nos municípios sobre os quais produziam informação e, desses, 54 (17,5%) estavam num deserto total. Isto em 2022. Como é hojе? Pior. Em 2024, havia 83 municípios em deserto de notícias total (26%), ou seja, sem um único registo de jornal (em papel ou online); e havia 74 municípios sem uma rádio local. Fiz a conta no Excel: estamos a falar de 627.045 pessoas. Este mais de meio milhão de cidadãos vive em cidades, vilas e aldeias onde não há um único jornalista que faça perguntas aos políticos no poder, à oposição ou a quem quer que seja. Cruzando os dois dados: 28 municípios portugueses não têm um único jornal ou rádio que faça cobertura jornalística do seu território. Aqui, estamos a falar de 125.309 pessoas. Sem surpresa, o Norte, o Centroeo Alentejo concentram mais de 80% dos desertos e semidesertos de notícias: 63 dos 78 municípios são desertos e semidesertos. Os distritos de Beja, Bragança, Évora, Portalegre e Vila Real têm a maior parte dos municípios com algum tipo de deserto de notícias. Em Bragança e Portalegre, mais de metade dos municípios está em deserto oп semideserto. No distrito de Portalegre, dos 15 municípios, nove (60%) estão em deserto e, em Bragança, em sete (58,3%) dos 12 municípios é o mesmo.»

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

A extrema-direita é "feia, porca e má"! OK, e novidades?

E olhar para os nossos próprios erros, para as nossas próprias falhas, para as nossas próprias desistências e cobardias?


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Passaram dez anos

Passaram dez anos, mas a Figueira não esqueceu outubro de 2015, a segurança e o salvamento marítimo, um caso grave na barra da Figueira que o acidente do Olívia Ribau pôs a nu...

José Esteves, então presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, também ele um homem do mar, considerou que “o maior inimigo da Figueira é o homem”, numa alusão às condições de navegabilidade na barra.

Passaram dez anos, mas a Figueira não esqueceu o arrastão naufragado à entrada do porto da Figueira da Foz. As preocupações causadas por esta nossa barra continuam presentes... E vão continuar a acompanhar-nos...

Naufrágios na barra da Figueira aconteceram muitos nos últimos 15 anos. Entre eles, o mais presente na memória das pessoas, foi o ocorrido no dia 6 do mês de Outubro de 2015.

Passaram dez anos, mas a Figueira não esquece o agente da Polícia Marítima Carlos Alberto Silva Santos, mais conhecido pelo Agente "Chapas", nesse dia de folga, que por mero caso estava próximo da Figueira, e se muniu de uma mota de água e conseguiu salvar duas vidas.

Para quem tem a memória curta, recordo que em 2015, a viva um vazio de ideias e competências.
A Figueira, era uma cidade  irrelevante. É isso que continua a ser importante combater tendo em vista o futuro. 

Em 2025, continuam a existir pessoas que ufanamente gostam de apregoar a sua coerência por sempre terem pensado e agido do mesmo modo. 

A esses, eu contraponho que, coerentemente, já mudei de opinião várias vezes e que não me arrependo nada de o ter feito, nem me envergonho de o confessar publicamente. 
É tudo uma questão de se ser coerente.

Imagem via Diário as Beiras (para ler melhor clicar na imagem)

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Despedidas na Assembleia Municipal

Via Diário as Beiras

"Na última Assembleia Municipal (AM) da Figueira da Foz do mandato autárquico, todos os pontos da ordem de trabalhos foram aprovados praticamente sem reparos. A sessão realizou-se a duas semanas de distância das eleições autárquicas.

A sessão ficou marcada pelas declarações de despedida de cerca de metade dos deputados que não integram as listas à assembleia. E também pelos breves balanços do mandato, com destaque para os líderes das bancadas das diversas forças políticas com assento no órgão autárquico.

Os líderes das bancadas das forças políticas com assento na assembleia – João Portugal (PS), Rosa Reis (FAP), Manuel Rascão Marques (PSD), Silvina Queiroz (CDU) e Pedro Jorge (BE) – também se despediram com declarações políticas da Assembleia Municipal, à qual não se recandidatam.
Por sua vez, Rosa Batista (FAP) despediu-se na qualidade de presidente da Junta de Buarcos e São Julião, uma vez que as freguesias retomarão a sua autonomia administrativa na sequência das eleições autárquicas que se realizam este mês.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz, que se recandidata ao segundo mandato consecutivo, despediu-se dos deputados municipais presentes na sessão, em particular daqueles que não se recandidatam."