Via Diários as Beiras
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Assim se vai fazedo o caminho...
A comunicação social, em vez de cumprir o seu papel, tem prazer em explorar a iliteracia financeira dos seus consumidores. «É todo um programa político onde só há um perdedor, o suspeito do costume, conhecido como "cidadão", ou "contribuinte", se bem que a melhor de todas, ainda que nunca invocada, seja "eleitor".»
«Não é a primeira nem será a última vez que ouviremos que a Saúde deu “prejuízo”. Comprovadamente, os empreendedores da Saúde contam com uma comunicação social feita à medida dos seus interesses para difundirem a mitologia que melhor serve a sua fúria privatizadora. Energia, combustíveis, auto-estradas, banca, é longa a série de sectores de actividade onde o risco e a concorrência estão ausentes, que Garantem rendas e não lucros. Rendas exorbitantes, inigualáveis por qualquer actividade desenvolvida em sectores com risco e concorrência, onde o poder político que distribui as rendas não se mete. A Saúde é um dos sectores que ainda lhes falta conquistar. Não há-de faltar muito. "Era uma vez uma Saúde que ainda era pública e já havia muito boa gente a dizer que dava "lucros"/"prejuízos" [riscar o que não interessa]".»
O grau zero da governação
«A crise do INEM diz-nos mais acerca da governação do Estado. No caos agora posto a descoberto está também contida a insustentável falácia com que nos entretiveram os últimos governos de Costa e que o executivo de Montenegro se esforça por manter viva: a ideia de que governar não é sempre gerir recursos escassos e fazer opções dolorosas. Talvez seja mesmo apócrifa a frase atribuída a Lincoln e alegadamente pronunciada em Clinton, Illinois, em 1858: “Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente.” Mas a frase é no mínimo ben trovata. Não há cativações, não há horas extraordinárias, não há expedientes ou artimanhas, por mais engenhosos que sejam, que possam dar a todos, durante todo o tempo, a ilusão de que se concluiu finalmente a quadratura do círculo na gestão da coisa pública: servir todas as clientelas e ainda cumprir o milagre das contas certas. E o problema, convém desmontar o equívoco, não é Bruxelas nem são as contas certas que outra coisa não são, aliás, do que a saudável garantia de que não obrigamos os nossos netos a pagar os nossos desmandos. O problema, por mais cruel e desagradável que seja dizê-lo, é que não é possível ter a TAP, ter a Efacec, ter autoestradas sem portagens, ter 35 horas de trabalho semanal e mais um sem número de ideias generosas e pias financiadas por recursos públicos e ainda assegurar que o Estado não falha naquilo que são os seus deveres essenciais.
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Francisco José Viegas é o convidado de novembro das 5.ªs de leitura
O professor, jornalista, escritor e editor Francisco José Viegas é o convidado de novembro do projeto de promoção e incentivo à leitura «5as de Leitura», cuja sessão terá lugar dia 21 pelas 21h30, na Sala de Leitura da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, tendo como moderadora a professora e crítica literária Teresa Carvalho.
Vamos lá malta, salvem o prolongamento das Abadias...
«O presidente da Câmara da Figueira da Foz garantiu, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que o prolongamento do Parque das Abadias, para norte e até perto do parque de campismo municipal, continua na agenda. Isto apesar de Santana Lopes lamentar que a atual área tenha pouca utilização. “[Não desisti do prolongamento do Parque das Abadias], mas esses investimentos são muito pesados. Se confirmarmos que que os vamos fazer, as pessoas têm de saber que isto não é de ânimo leve”, defendeu. “Até pode ser que o prolongamento venha a ajudar a uma utilização maior que aquela que existe, mas tenho pena que atualmente não seja muito mais utilizado”, vincou Santana Lopes. Aquele espaço, inserido na cidade, frisou ainda o autarca, “é um sítio onde as pessoas nem precisam de se meterem no carro para irem lá, e está a servir uma grande comunidade de pessoas que mora ali à volta”. Mas nem assim é frequentado por muita gente. Entretanto, avançou Santana Lopes, o processo do prolongamento do Parque das Abadias está em curso.»
Hugo Soares a deixar pistas sobre a tal "refundação do INEM"...
Imagem: daqui |
Foram três os partidos da esquerda que no passado fim de semana se mostraram preocupados com privatizações na área da Saúde, mais especificamente no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O silêncio da ministra Ana Paula Martins, no sábado, não ajudou a acalmar os ânimos face às acusações do líder do PS, Pedro Nuno Santos, de que o Governo estaria a desistir do INEM para passar a “privatizar a prestação da emergência médica”.
No domingo, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, voltou a exigir a demissão da ministra, tal como de toda a sua equipa, antes de elencar uma série de ligações entre o setor privado e o Governo nesta área. E o líder do PCP, Paulo Raimundo, afirmou, em tom de crítica, que o Governo é “extraordinariamente eficaz em transformar cada um dos problemas com o qual nós vivemos numa grande oportunidade de negócio para o setor privado”.
Da série, esta nossa barra, ai esta nossa barra!.. Esta nossa barra...
Pescadores preocupados com o estado da Barra.
(Notícia RTP. 18 de novembro de 2024)
Em devido tempo, tudo foi avisado, tudo foi dito, tudo se cumpriu: depois da construção do acrescento dos malfadados 400 metros do molhe norte, a erosão costeira a sul da foz do mondego tem avançado, a barra da Figueira, por causa do assoreamento e da mudança do trajecto para os barcos nas entradas e saídas, tornou-se na mais perigosa do nosso País para os pescadores, a Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade, a Figueira, mais rapidamente do que esperava, perdeu.
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Leitão adulto
"O meu avô tinha dois apelidos e um deles era Leitão. No Carnaval, havia sempre um anónimo que lhe ligava para casa, perguntando à pessoa que tinha a sorte ou o azar de atender:
– Estou? É de casa do senhor Leitão?
– É, sim.
– Podia dizer-me quando é que chega a porco?
E pronto, era uma diversão.
Não herdei o saboroso apelido do meu avô, fiquei-me por um Nabais que, felizmente, me tem valido alguns trocadilhos que divertem e confirmam a minha geral inabilidade.
O ministro António Leitão Amaro, em declarações recentes, insinuou que há acidentes ferroviários que se devem ao facto de haver maquinistas a conduzir alcoolizados.
Será injusto, mas o porco é um animal muitas vezes associado a falta de higiene e a falta de respeito – ora, o respeito é extremamente higiénico.
A afirmação do ministro desrespeita uma classe profissional inteira, ao mesmo tempo que desresponsabiliza o governo da obrigação de contribuir para a resolução dos acidentes ferroviários.
Já há uns anos, o tão católico Mota Soares espalhou lama sobre os beneficiários do rendimento mínimo – a generalização é a arma habitual dos porcos que refocilam na política como se fosse uma pocilga, se é que me são permitidas as metáforas.
O meu avô viveu mais de 80 anos e não cresceu além do apelido. Leitão Amaro já chegou à idade adulta."
"Que Natal seja luz"... (II)
Via Diário as Beiras:
"O Município da Figueira da Foz deverá investir este ano cerca de 260 mil euros na iluminação e na animação de Natal, segundo disse aos jornalistas a vice-presidente da câmara, Anabela Tabaçó, ressalvando que este montante carece de confirmação. No ano passado, foram investidos perto de 130 mil euros. Por outro lado, a autarca sustentou que o principal objetivo do investimento é «atrair mais gente ao comércio tradicional, à restauração e à hotelaria locais.»
Também há iluminação natalícia nas freguesias rurais do concelho da Figueira da Foz, com o apoio do município, mas é na zona urbana que se concentra o maior investimento, uma vez que é também ali que há maior atividade comercial e turística e residem mais pessoas. Na Baixa, no dia 30 deste mês, será instalada uma árvore de Natal de 35 metros de altura e um parque de diversões para crianças. Entretanto, foi instalado um Pai Natal gigante no Jardim Municipal."
Estou em crer que a maioria da população do concelho apoia esta opção política camarária. Por outro lado, Santana Lopes, tal como os seus antecessores, «quer que a cidade receba bem e que as pessoas voltem e desfrutem».
Porém, é mais do mesmo. Esse é o busílis...
domingo, 17 de novembro de 2024
Auditorias...
Imagem via Diário as Beiras |
Em Setembro de 2023, há pouco mais de um ano, a Câmara da Figueira da Foz avançou com uma auditoria financeira à dívida do município.
A auditoria abrangeu os exercícios compreendidos entre 1998 e 2021, conforme já tinha adiantado o presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, eleito em 2021 pelo grupo de independentes Figueira a Primeira.
Segundo o anúncio publicado no Portal Base, a auditoria foi realizada pela Deloitte & Associados por 69.400 euros, com um prazo de execução de 70 dias.
No início 2023, Santana Lopes tinha anunciado a intenção de a Câmara avançar com uma auditoria à evolução da dívida a partir de 1998, que era uma das suas promessas eleitorais.
“É um trabalho de que não prescindo, de conhecimento, que até pode ser contra mim”, disse, na altura, em sessão de Câmara, o autarca, que já tinha liderado a autarquia figueirense entre 1997 e 2001.
“Por mais que eu peça aos serviços, não consigo ter uma resposta esclarecedora da evolução da dívida, nem há ninguém que me a consiga explicar”, justificou o presidente da Câmara, no início de janeiro.
Se este espaço comum, a que chamamos concelho da Figueira da Foz, fosse uma empresa, há muito teria encerrado as portas, por falta de competência e má gestão de quase todos que a governaram nas últimas 4 décadas.
Já o fiz em 5 de Julho de 2015, mas pergunto novamente:
Quem é responsável por termos uma das águas mais caras de Portugal? Quem é responsável por termos um dos IMIs mais caros de Portugal? Quem é responsável pelo mau aspecto, sujidade, desleixo e abandono, estradas esburacadas, a situação miserável da Serra da Boa Viagem, as praias, com o deserto a norte e a erosão a sul, o esquecimento das lagoas o abandono a que estão votadas aldeias e lugares mais isolados do nosso concelho? Quem é responsável pela dívida camarária? Quem é que, no fundo, assume a responsabilidade e muda isto?
É para isso que servem os líderes, para tomar o comando, nas situações que fogem ao habitual…
Como habitante, cliente e pagante líquido desta Figueira, fica o registo desta preocupação de Santana Lopes em procurar perceber o "estado a que isto chegou"…
Explicações precisavam-se. Porém, ficámos a saber o que já sabíamos. Segundo o Diário as Beiras, Santana Lopes anunciou ontem que o relatório da auditoria à evolução da dívida municipal será apresentado na próxima reunião de câmara, no dia 28 deste mês.
Recorde-se: a auditoria, encomendada em 2023 por iniciativa do presidente da Câmara da Figueira da Foz, refere-se aos exercícios autárquicos de 1998 a 2021. Assim, abrange o primeiro mandato de Santana Lopes e os mandatos de Duarte Silva (2001 – 2009), João Ataíde (2009 – 2019) e Carlos Monteiro (2019 – 2021).
O autarca adiantou que a dívida dos últimos 25 anos “confirma, no geral, aquilo que já todos sabemos”, isto é, “a maior parte dos investimentos e da dívida que se gerou” foi no seu primeiro mandato (1997 – 2001) e no primeiro mandato de Duarte Silva, “e parte nos mandatos subsequentes”.
Pouca gente se deve recordar, mas em 2011 tinha havido um auditoria que deu, mais ou menos, os mesmos resultados... A saber: o resultado da auditoria encomendado pela autarquia figueirense à anterior gestão do PSD, não tinha (ainda) sido tornado público, mas o vereador do Movimento Figueira 100%, a propósito do lamento dos presidentes de junta (alguns) de nem sequer terem dinheiro para pagar aos funcionários, resolveu abordar a questão numa reunião de câmara, estranhando que o presidente não tenha dado um maior «ênfase» ao documento.
Para Daniel Santos, estas e outras conclusões a que aludiu são «preocupantes», sublinhando que «por razões que têm a ver com má gestão do executivo anterior, hoje estamos a viver uma situação de carência económico/financeira na câmara» e por isso, deixou o recado ao presidente da câmara: «o seu pecado não é não conseguir fazer as coisas, foi ter prometido, quando não as podia fazer».
sábado, 16 de novembro de 2024
"Que Natal seja luz"...
Estamos na época de investir a engalanar as árvores, as ruas e avenidas da cidade. A quadra natalícia aproxima-se, e a acreditar no optimismo reinante, o executivo figueirense está sem medo de gastar na luz, no som, na cor e na alegria.
"A 𝗙𝗶𝗴𝘂𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗷á 𝗶𝗿𝗿𝗮𝗱𝗶𝗮 𝗹𝘂𝘇 ... 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝘁𝗮𝗹
O município da Figueira da Foz efetuou este ano um reforço do investimento nas iluminações de Natal, por forma a ir ao encontro dos anseios dos munícipes, do comércio local, da hotelaria e da restauração. Juntamente com a animação de Natal que se encontra a ser ultimada, espera que a Figueira da Foz e os espaços de comércio local sejam mais procurados por turistas e locais.
Decorreu ao final da tarde de ontem, na rua Cândido dos Reis, a cerimónia inaugural das iluminações de Natal. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, fez-se acompanhar pelos vereadores do executivo e pelos presidentes de Junta de Buarcos e São Julião e de Tavarede.
Foi ao som de músicas natalícias, interpretadas por jovens intérpretes (canto e violino) da Associação Pequenas Vozes da Figueira da Foz, acompanhados ao piano pela maestrina Alexandra Curado, que os diversos elementos decorativos natalícios ganharam luz, brilho e cor.
Pedro Santana Lopes agradeceu aos serviços municipais e à empresa responsável pela montagem das iluminações o trabalho realizado e salientou que, este ano, o município decidiu alargar as zonas de colocação de iluminação decorativa de Natal a outras áreas da zona urbana, nomeadamente a Tavarede.
“O presidente da junta disse-me que Tavarede nunca teve tanta luz”, referiu Pedro Santana Lopes que lembrou que as 14 freguesias do concelho terão iluminações de Natal, de acordo o apoio financeiro atribuído pelo município para o efeito.
Pedro Santana Lopes aproveitou para anunciar que dia 30 de novembro ou 1 de dezembro será inaugurada uma árvore de Natal, com 35 metros altura, na Baixa da cidade, no parque de estacionamento situado em frente à praça 8 de Maio. Esta virá juntar-se à árvore de Natal natural de 32 metros - a araucária situada no largo Antunes Martins, ao Pai Natal gigante instalado no jardim municipal e a muitos outros adereços luminosos natalícios colocados em diversos locais da cidade, bem como às iluminações das fachadas de alguns edifícios municipais, nomeadamente os Paços do Município, a Casa do Paço, o Mercado Municipal Engenheiro Silva, o Castelo Engenheiro Silva, a Muralha de Buarcos."
O programa de animação de Natal e Passagem de Ano foi sempre uma opção dos executivos figueirenses. Podemos apoiar ou torcer o nariz a esta forma de autarcas gastarem o dinheiro. Estou em crer, porém, que a maioria da população do concelho, apoia esta opção política camarária.
Santana Lopes, tal como os seus antecessores, «quer que a cidade receba bem e que as pessoas voltem e desfrutem».
Isto é mais do mesmo: o desgaste e a falta de novas ideias é visível no actual executivo.
O que, por um lado se lamenta, pois é o resultado da desgraça de um concelho, mas, ao mesmo tempo, também não deixa de constituir um sinal e motivo de esperança.
Foto: Pedro Agostinho Cruz |
Governo ordenou seis semanas de operações policiais para “aumentar o sentimento de segurança dos cidadãos”
Instrumentalizar a polícia em operação de propaganda = aumentar o sentimento de segurança dos cidadãos.
Costumava haver uma diferença entre Estado de direito democrático e totalitarismo. Costumava.
(daqui)
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Morreu Celeste Caeiro, a mulher que deu nome a uma Revolução
Tinha cerca de um metro e meio e olhos brilhantes. Deu o nome a uma revolução – a Revolução dos Cravos – e nunca se julgou merecedora de qualquer medalha ou homenagem; talvez por essa razão nunca lhe foi atribuído um reconhecimento geral e oficial. Celeste Caeiro, uma mulher que nunca deixou de ser pobre, morreu aos 91 anos de idade.
Na imagem, Celeste assiste emocionada às celebrações dos 50 anos do 25 de Abril.
O PDM é mesmo uma questão importante...
Portanto: não o utilizem para fazer politiquice. Na política figueirense anda sempre muito ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM.
Porém, porque aqui o que interessa é tentar contribuir para o esclarecimento tentemos evitar, tanto quanto possível, a politiquice. Recordemos: Portugal, no que concerne ao ordenamento do território, visando a segurança dos seus cidadãos, não é exemplo para ninguém. Daí, a importância dos Planos Municipais de Ordenamento do Território - Plano Director Municipal (PDM), Planos de Urbanização (PU) e Planos de Pormenor (PP) - como instrumentos da política de ordenamento do território.
A proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) actualmente em vigor, foi aprovada na reunião de câmara realizada em 22 de Junho de 2017, com cinco votos a favor do PS e três votos contra e uma abstenção do PSD.
Imagino, contudo, que muitas sugestões poderiam ter sido dadas e consideradas...
Todos sabemos que não é uma tarefa fácil, mas, na Figueira, em 26 anos, vários executivos presididos por 4 autarcas - dois do PS e dois do PSD - não conseguiram realizar a revisão do PDM.
Teve de ser feita, obrigatoriamente.
Contudo, para isso, alguém teve de decidir.
E esse alguém não foi a Câmara Municipal da Figueira da Foz: foi o Governo.
Isto não é construir cidade, antes pelo contrário, estamos a descaracterizá-la e a destruí-la a pouco e pouco."
Tal como acontece normalmente na política figueirense, o que continua a interessar é manter ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM.
INEM só há um: o público e mais nenhum...
«Ao fim de 11 dias, o Presidente da República decidiu dar um murro na mesa e avisar o primeiro-ministro de que terá de haver consequências políticas e não apenas administrativas pela falha do INEM, no socorro a situações de emergência. Foi, definitivamente, o fim do estado de graça do Governo para o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, que tem mantido um especial equilíbrio com este executivo.»