terça-feira, 12 de novembro de 2024

Erosão Costeira no concelho da Figueira da Foz: tem a palavra o governo da AD...

   
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Para que conste, por ser verdade, ficam os nomes dos deputados por Coimbra, do PS, que votaram contra a implementação do sitema sedimentar (bypass) da barra da Figueira da Foz, no Orçamento geral do Estado para 2024, quando o PS era governo: Marta Temido;  Pedro Coimbra;  Tiago Estêvão Martins;  Raquel Ferreira; José Carlos Alexandrino; Ricardo Lino.
-Será que serão os armadores de pesca que estão contra uma solução que evite a morte dos seus Pescadores à passagem da Barra mais fatal do país?
-Será que são os operadores do Porto Comercial que estão contra uma solução que lhes permita ter a barra mais vezes aberta e com condições para receber Carregueiros de maior calado, e assim movimentar um maior número de mercadorias?
-Será que são os figueirenses que estão contra a possibilidade de recuperar as características da melhor praia urbana do país que tanto os seus antepassados a relembram com saudade?
-Será que são as populações entre o sul do Mondego e a Nazaré que estão contra a uma solução que lhes permita enfrentar o inverno sem a constante angústia sobre se o Mar lhes levará as suas casas?
Mas afinal que raio falta para se inscrever o BYPASS no próximo Orçamento de Estado?
É por falta de dinheiro…NÃO!
É por falta de consenso científico…NÃO!
É por falta de vontade das populações…NÃO!
Falta o quê? Que Partido político terá a coragem de votar contra uma proposta de inclusão do BYPASS na especialidade do OE2025?
Numa altura em que a Europa se encontra numa posição geoestratégica extremamente delicada e enfrenta, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos, é hora de, de uma vez por todas, resolver o maior atentado ambiental da costa portuguesa, proporcionando o natural desenvolvimento desta região e honrando as mortes e as famílias em luto que a falta de ação do Estado tem, tão dolorosamente, provocado.

Agricultores “aguardam com expetativa” a promessa da reconstrução das comportas da Maria da Mata e do Alvo

João Pimenta, então deputado do PCP, esteve no local em Abril de 2023

"O colapso das comportas de Maria da Mata e do Alvo, perto da estação de bombagem das celuloses, no Alqueidão, representa um problema cada vez mais grave." 
A depressão Elsa aconteceu em meados de Dezembro de 2019!.. 
Entretanto, passaram mais de 5 anos.
Segundo o Diário de Coimbra, esta promessa sucessivamente adiada, vai ser concretizada pela Agência Portuguesa do Ambiente, ao realizar obra nas comportas da Maria da Mata e pôr travão à invasão dos campos pelas águas salgadas.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) publicou o aviso para a “Substituição da Estrutura de Comportas da Maria da Mata, no Aproveitamento Hidráulico do Mondego”. Uma empreitada avaliada em 1.850 mil euros, apoiada pelo Programa Regional do Centro (Centro 2030). 
Uma boa notícia no entender da Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO) e da Junta de Freguesia de Alqueidão, que finalmente, cinco anos depois do colapso da estrutura e depois de um sem fim de diligências, veem “luz no fundo do túnel” para o problema que aflige os agricultores do Vale do Pranto. «O importante é resolver o problema», afirma Clarisse Oliveira, presidente da Junta de Freguesia, que não acredita que a obra possa ter reflexos na próxima cultura do arroz, mas está confiante que já terá efeitos visíveis na sementeira e, sobretudo, na colheita de 2026. «Os agricultores estão a perder 25% da produção de arroz», sublinha, lembrando que o Alqueidão «é uma freguesia que vive do arroz» e o «desânimo» dos produtores tem sido grande, com problemas uns atrás dos outros. Em 2019, o forte temporal e as cheias que se fizeram sentir ditaram o colapso das comportas da Maria da Mata, uma estrutura que impedia, na maré cheia, que as águas salgadas entrassem pelos terrenos agrícolas adentro, destruindo as culturas. Comportas que, recorda, foram «construídas em 1944/45» e garantiram, durante décadas, esta barreira protetora aos campos de arroz.

 

Por enquanto, ERSUC em 2025 vai manter o atual tarifário....

 Via Diário as Beiras


Elon Musk, vice-presidente dos EUA

Via Público


«... não vale a pena assumir a posição de virgem ofendida quando sabemos que os ricos e poderosos sempre procuraram influenciar em seu proveito os caminhos da política. Agora, foi só mais descarado e com novas e mais influentes ferramentas. Um dia após a vitória de Trump, graças à subida das acções da Tesla, Musk acrescentou quase 20 mil milhões de dólares à sua fortuna. Seja por contratos federais que esperará ganhar, seja graças à desregulação que quer ver em vários sectores onde tem interesses, Musk irá ter muitos mais milhões a arrecadar. O que vale mesmo a pena sublinhar é que não será só Trump a ser imitado em todo o mundo. Com Musk, abriu-se uma nova era para a capacidade que os super-ricos têm para infuenciar os destinos da política e da sociedade. As democracias que se cuidem.»

Pedido de pronúncia sobre a proposta de escala de turnos de farmácias para 2025 indeferido pelo Município figueirense

 Via Diário as Beiras

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Isabel Damasceno vai para a reforma, mas Emílio Torrão ainda é muito novo....

Nas eleições autárquicas de 2021, o Partido Socialista escolheu Emílio Torrão, para ser recandidato à Câmara Municipal de Montemor-o-Velho.
O actual presidente da CIM da Região de Coimbra, está no terceiro e último mandato no concelho de Montemor-o-Velho.
A actual presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR Centro) não vai apresentar uma recandidatura ao cargo. Isabel Damasceno, no ECO dos Fundos, o podcast do ECO sobre fundos europeus, revelou que não pretende recandidatar-se ao cargo que ocupa desde que Ana Abrunhosa foi convidada para integrar o Executivo do António Costa.
Isabel Damasceno, “tem planos muito firmados na cabeça. Não haverá eventual recandidatura”. “Julga que faz todo o sentido, no próximo acto eleitoral, que se imagina que seja após as eleições autárquicas (é o que está previsto), dar lugar a outro e ir gozar a reforma”.
Contudo, Emílio Torrão, ainda muito novo para a reforma, que planos terá?


domingo, 10 de novembro de 2024

Onze casos. Cresce o número de mortes associadas a atrasos no INEM...

 Imagem via Correio da Manhã

«São já 11 as vítimas mortais associadas aos atrasos no atendimento de emergência médica. Os técnicos de emergência médica pré-hospitalar, que fizeram greve, não se sentem responsáveis por estas vítimas. A Procuradoria-Geral da República abriu cinco inquéritos aos casos de mortes associadas a atrasos no 112. Um foi, entretanto, arquivado. A Inspeção Geral das Atividades em Saúde também está a investigar. Os tempos médios de espera têm vindo a baixar desde os últimos problemas: na sexta-feira, a média era de 17 segundos. Na sexta-feira, a secretária de Estado da Gestão da Saúde, que substituiu a ministra da Saúde numa visita ao Hospital Distrital do Pombal, revelou que o Ministério sabia do pré-aviso de greve dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalarPor sua vez, o Sindicato dos Técnicos de Emergência pré-hospitalar garante que avisou a ministra 20 dias antes do início da greve, mas não teve resposta. Uma versão que contraria Ana Paula Martins, que afirmou ter sido surpreendida pela paralisação. 

Perante o acentuar das críticas dos partidos da oposição, com o Bloco de Esquerda a exigir a demissão da ministra e o PS a denunciar "negligência", o primeiro-ministro, Luís Montenegro, recusa afastar Ana Paula Martins e afirma que é preciso resolver os problemas do INEM.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, insiste que o importante é que os problemas no Instituto Nacional de Emergência Médica sejam resolvidos o mais rapidamente possível: “Temos de pensar do ponto de vista das pessoas. E, portanto, que seja rápida a resolução deste problema”.

Em cinco anos, o Instituto Nacional de Emergência Médica perdeu quase 70 técnicos de emergência pré-hospitalar. Estes operacionais representam 68 por cento do total de efetivos e também são eles os responsáveis pelo atendimento de pedidos de ajuda e são eles que acionam os meios.

O Portal da Queixa recebeu mais de 300 denúncias sobre falhas nos serviços do INEM desde janeiro - mau atendimento telefónico, recusa de socorro e demora na chegada da ajuda são as principais críticas sobre o INEM.»

Texto via RTP

Como fazer coisas com votos

Via Público

"Voltar ao rio"...

A Gala, dos meus tempos de menino e moço, tinha uma ampla e invejável frente de rio.

Autor: Cunha Rocha

Era uma zona linda, vibrante, que fazia a ligação natural do povoado ao rio e, ao mesmo tempo, ao mundo do trabalho (a pesca) e ao mundo do lazer (na altura, era o nosso parque infantil, o nosso parque desportivo, era até a zona com algo de marginal, como, por exemplo, o jogo das cartas que se ia praticando pelos recantos discretos dos armazéns...).
Há anos, porém, tudo isso - e também a paisagem magnífica - nos foi roubado com a construção da variante, que não é mais que um muro que nos separou do nosso rio.
Na altura, ninguém conseguiu contrariar a força das circunstâncias...
Passaram os anos e veio o Portinho da Gala e, pensei eu, estava encontrada a nova janela de oportunidade para os covagalenses se reconciliarem com o rio.
Pensei que poderia estar ali, no enorme aterro da estrutura portuária, a área para a mudança, com a abertura de espaços para o lazer, a cultura, o entretenimento, o turismo, etc.
“Voltar ao rio”, seria a oportunidade de rentabilizar um espaço que orçou mais de 500 mil contos.
Entretanto, e já lá vão uns anos, nada disso aconteceu. Recorde-se, que o Portinho da Gala foi inaugurado, com pompa e circunstância, pelo então Ministro de Estado, da Defesa e dos Assuntos do Mar, Dr. Paulo Portas, no dia 5 de Outubro de 2004.
Posteriormente, o local foi dotado com um centro cultural e de convívio, que custou cerca de 120 mil euros, para a comunidade piscatória. Pelo meio, foram construídos os 80 armazéns. 
Até agora, o espaço, o enorme espaço, lá está, quase desaproveitado.
Até agora, constitui uma oportunidade perdida.
Que o mesmo é dizer: na nossa Terra, continua latente e por concretizar a necessidade de potenciar, ao máximo, a relação com o rio.

Presidentes de junta recuperam direito a participar em todas as votações

A Procuradoria Geral da República (PGR) não vê razões para que os presidentes de Junta sejam impedidos de votar, nas assembleias municipais, contratos interadministrativos de delegação de competências que envolvem as suas freguesias.
Assim, os presidentes de junta de freguesia vão poder votar, em assembleia municipal, assuntos que beneficiem o seu território, de acordo com um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), a que o PÚBLICO teve acesso. O documento vem dissipar as dúvidas em torno da possibilidade de os presidentes de junta votarem em causa própria. Este parecer, pedido pelo Ministério da Coesão Territorial ao conselho consultivo da PGR a 8 de Agosto, foi homologado pelo ministro Manuel Castro Almeida ontem e deve ser publicado em Diário da República em breve.

sábado, 9 de novembro de 2024

Iniciativa realiza-se no próximo dia 30 em Santana

 Via Diário as Beiras

A concessão de água e saneamento terminava em 2029, mas foi prorrogada até 2042

Via Diário as Beiras


Águas da Figueira vai investir 21 milhões de euros em 12 anos

A concessionária do sistema de água e saneamento da Figueira da Foz, Águas da Figueira, vai investir 21 milhões de euros em 12 anos. A concessão terminava em 2029, mas foi prorrogada até 2042. A nova versão do 4.º aditamento ao contrato de concessão, assinado pelo município e pela empresa, foi aprovado ontem, na reunião de câmara. Além daquele investimento, que inclui 750 mil euros por ano para a conservação do sistema, o executivo camarário de Santana Lopes encaixa mais 7.300 euros por mês, provenientes da renda da sede da concessionária, que subiu para 10 mil euros. A vice-presidente da câmara, Anabela Tabaçó, disse aos jornalistas que, em 12 anos, o total representa “um pacote financeiro de 42 milhões de euros”. Sem “implicar aumento extraordinário do tarifário”, garantiu.

O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse ontem que não está satisfeito com a atuação da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
No final da reunião daquela autarquia do distrito de Coimbra, Pedro Santana Lopes manifestou, aos jornalistas, insatisfação por existirem “vários projetos e processos, em áreas vitais para os municípios, cujo andamento não está a correr bem”.
No caso da CIM da Região de Coimbra, o autarca eleito pelo movimento “Figueira a Primeira” deu como exemplo a questão da recolha dos resíduos sólidos urbanos, que teve aumentos brutais nos últimos anos, e o concurso para os transportes públicos intermunicipais, “que dura há três ou quatro anos e ainda não acabou”.
“Nos transportes ainda vão formar motoristas e ter um período de transição e o concurso dura mais do que um mandato, o que é uma coisa de anedota”, enfatizou.
Salientando que sempre falou bem da realidade das comunidades intermunicipais, o presidente do município figueirense realçou que, neste momento, a atividade da CIM Região de Coimbra “não está numa altura especialmente frutífera”.
A insatisfação de Santana Lopes estende-se também à CCDRC, que “não resolveu até hoje um assunto dos processos pendentes” da Câmara da Figueira da Foz.
“Temos de andar aí a esgravatar por todo o lado”, queixou-se o autarca, lamentando que aquele organismo “nunca tenha conseguido encaixar em nenhum fundo o programa Portugal 2020” nem resolvido a questão do financiamento da Ponte Eurovelo 1, sobre o rio Mondego, “embora a Câmara tenha as suas garantias de fundos”.
Santana Lopes enumerou ainda outros processos por resolver na CCRDC para concluir que o município da Figueira da Foz “não tem ajuda em áreas que devia ter mais”.
O presidente da Câmara é taxativo ao afirmar que as entidades criadas para descentralizar a relação com o Estado não estão a funcionar bem.
“Quando se descentraliza e isso implica criar mais circuitos pesados, a descentralização não vale a pena. Só vale a pena quando é para as coisas andarem mais depressa”, sustentou o autarca, que, no entanto, defende a continuidade deste tipo de organismos, embora saliente que o país está a preparar uma nova organização administrativa.
Na reunião foram, ainda, aprovadas 20 bolsas de estudo para estudantes figueirenses que, neste ano letivo, frequentam o ensino superior, no valor de mil euros cada. 

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Há mais vida para além de Trump!

«O Mundo vai ficar mais perigoso, sobre isso não tenhamos dúvidas. O populismo ganhou uma nova força com o resultado destas eleições norte-americanas. 

Esperemos que a sensatez e razoabilidade continuem nos países onde os valores democráticos são uma realidade. A União Europeia vai ter um papel mais importante na definição dos equilíbrios mundiais. Oxalá esteja à altura de o desempenhar. 

Haverá sempre mais vida para além de Trump.»

A Figueira da Foz é um dos municípios portugueses que mais estão a investir em habitação municipal

 Via Diário as Beiras


Quem está contra o BYPASS?

Manuel Traveira, 07.11.2024

«Hoje faz precisamente 10 anos que defendi a minha tese de mestrado intitulada: [Figueira da Foz: Do Cabaret ao Deserto (Evolução urbana da frente marítima/fluvial da Figueira da Foz, do século XIX à actualidade: O Mar no projecto da Cidade)], na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.

Foi o culminar de 2 anos de estudo, onde demonstrei cabalmente que as dificuldades quer do consecutivo assoreamento do Porto da Figueira, quer da brutal erosão costeira a sul do rio Mondego e acumulação de areias a norte com que nos deparamos nos dias de hoje, não só eram conhecidas pelos técnicos do LNEC, como tinham sido estudadas exaustivamente (há mais de 60 anos).
E o que é que os técnicos concluíram de mais relevante em 1958, no primeiro relatório do “Estudo em Modelo Reduzido do Porto da Figueira da Foz”?:
1-Que seria impossível resolver a questão do assoreamento da Barra apenas com a construção dos molhes exteriores;
2-Que o excessivo crescimento da Praia da Figueira da Foz, em todas as soluções ensaiadas era altamente prejudicial à manutenção de boas profundidades no canal da barra;
3-Que seria necessário recorrer a meios artificiais de bombeamento de areias de norte para sul do rio Mondego, a fim de evitar que estas entrassem no canal da barra e, consequentemente, o assoreassem.
“3.Os problemas levantados pela existência dos bancos(de areia) exteriores e interior são,
em princípio, inevitáveis. Para os atacar e resolver, a pré-eliminação das
areias é, sem dúvida, a solução mais eficaz, além de ainda resolver o grave
problema das erosões que fatalmente se irão verificar na praia sul.
4.Afigura-se ao Laboratório que, qualquer que fosse a solução adoptada, e desde
que não se faça qualquer espécie de eliminação de areias, nada há que faça
esperar que as profundidades, a longo prazo, do futuro banco da barra exterior
sejam muito diferentes da do actual.”
Tudo isto antes de terem iniciado sequer a construção dos molhes exteriores do Porto (1960-1966).
Passaram-se 10 anos após a defesa da tese…10 ANOS…, e após inúmeras participações em colóquios, debates, tertúlias, entrevistas, programas de rádio, exposições etc. com o Movimento cívico SOS Cabedelo a ser a entidade aglutinadora desta nova visão para a cidade, muita coisa mudou…, no entanto, teima em perdurar “o irritante” da não inclusão do BYPASS no próximo Orçamento de Estado.
Vejamos:
Depois das recomendações urgentes do Grupo de Trabalho do Litoral para a costa Portuguesa em 2014, só mesmo em 2021 é que o Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes do Partido Socialista assumia:
[..que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (“bypass”) é a mais indicada, e será realizada.
“Avaliada esta solução (da transferência de areias) não há qualquer dúvida de que o ‘bypass’ é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O “Estudo de Viabilidade de Transposição Aluvionar das Barras de Aveiro e da Figueira da Foz”, esta quinta-feira apresentado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), avalia quatro soluções distintas de transposição de areias e conclui, para a Figueira da Foz, que embora todas as soluções sejam “técnica e economicamente viáveis”, o sistema fixo é aquele “que apresenta melhores resultados num horizonte temporal a 30 anos”.
O estudo situa o investimento inicial com a construção do “bypass” em cerca de 18 milhões de euros e um custo total, a 30 anos, onde se inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 59 milhões de euros.]
Ou seja, passados 63 anos a comunidade científica e o poder político não só chegava à mesma conclusão técnica preconizada pelo LNEC em 1958, como comprovavam ser a solução mais viável.
Porém em Novembro de 2023, perante a proposta do partido Livre de inclusão do BYPASS para o Orçamento de Estado de 2024, o Partido Socialista que tinha a maioria absoluta decidiu votar contra, com todos os outros Partidos da oposição a votarem a favor menos o PAN que se absteve…
O Partido Social Democrata perante tal paradoxo, decidiu colocar nas praias do Sul do Concelho cartazes com a pergunta:
“Os deputados do Partido Socialista votaram contra o BYPASS PORQUÊ?”
Tendo mesmo, a Concelhia do PSD, conseguido aprovar por unanimidade na Freguesia de São Pedro uma “moção de repúdio pela não aprovação, em sede de Orçamento do Estado para 2024, da proposta de lançamento do concurso concessão/construção do sistema fixo de transposição sedimentar na barra da Figueira da Foz"
A 12 de Outubro o armador de pesca figueirense António Lé, publicava um grito de revolta nas redes sociais pedindo por SOCORRO face ao estado da Barra da Figueira da Foz e consequente perigosidade para os seus pescadores.
Perante tal posição, e estando a Aliança Democrática no poder com o Partido Social Democrata na liderança, seria de esperar que no dia 31 de Outubro na discussão geral do Orçamento de Estado para 2025, a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho viesse apresentar finalmente a inclusão do BYPASS no OE2025. Mas não foi o caso…interpelada pela deputada socialista figueirense Raquel Ferreira sobre a proteção do litoral, limitou-se a responder:
“…Nós temos 140 milhões de euros no PO Sustentável para 25 para a protecção do litoral, como já fizemos este ano com 27 milhões para a zona da Figueira da Foz…”
E nem uma palavra sobre o BYPASS, e a pergunta que resta é: Afinal, quem está contra o BYPASS?
-Será que serão os armadores de pesca que estão contra uma solução que evite a morte dos seus Pescadores à passagem da Barra mais fatal do país?
-Será que são os operadores do Porto Comercial que estão contra uma solução que lhes permita ter a barra mais vezes aberta e com condições para receber Carregueiros de maior calado, e assim movimentar um maior número de mercadorias?
-Será que são os figueirenses que estão contra a possibilidade de recuperar as características da melhor praia urbana do país que tanto os seus antepassados a relembram com saudade?
-Será que são as populações entre o sul do Mondego e a Nazaré que estão contra a uma solução que lhes permita enfrentar o inverno sem a constante angústia sobre se o Mar lhes levará as suas casas?
Mas afinal que raio falta para se inscrever o BYPASS no próximo Orçamento de Estado?
É por falta de dinheiro…NÃO!
É por falta de consenso científico…NÃO!
É por falta de vontade das populações…NÃO!
Falta o quê? Que Partido político terá a coragem de votar contra uma proposta de inclusão do BYPASS na especialidade do OE2025?
Numa altura em que a Europa se encontra numa posição geoestratégica extremamente delicada e enfrenta, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos, é hora de, de uma vez por todas, resolver o maior atentado ambiental da costa portuguesa, proporcionando o natural desenvolvimento desta região e honrando as mortes e as famílias em luto que a falta de ação do Estado tem, tão dolorosamente, provocado.
QUEM ESTÁ CONTRA O BYPASS?»

Nota.
OUTRA MARGEM, na postagem A barra da Figueira está assim por vontade dos homens, publicada em 18 de outubro de 2015, citou sub- capítulos desta tese do arquitecto figueirense Manuel Traveira, sobre a questão dos molhes.  

O algodão não engana...

Via Expresso

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

INEM não atendeu. PSP levou mulher ao hospital onde viria a morrer

Notícia foi avançada pelo jornal "Público". A idosa terá tido um AVC durante uma diligência no Tribunal de Almada.

Uma mulher na casa dos 70 anos estava a ser ouvida na segunda-feira à tarde no Tribunal de Almada quando se começou a sentir mal. Os serviços do Ministério Público de Almada, onde tinha ido prestar declarações enquanto queixosa num processo de violência doméstica, ligaram para o 112 para accionar o socorro, mas durante hora e meia não conseguiram ser atendidos pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Acabou por ser a PSP a transportar a idosa ao Hospital Garcia de Orta, onde morreu.

O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, Rui Lázaro, disse ao PÚBLICO desconhecer este caso. Não ignora, contudo, que fruto da greve que o seu sindicato decretou às horas extraordinárias (começou na passada quarta-feira e não tem data para terminar) têm estado menos profissionais nos CODU a atender e a triar as chamadas de emergência. Estes técnicos, a classe mais representativa dentro do INEM, exigem aumentos salariais — ganham brutos 922 euros e precisam de dez a 13 anos para passarem para o nível seguinte, onde ganham mais 50 euros — e uma revisão da carreira. 

Porque ignora isso Ana Paula Martins, Ministra da Saúde? 

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Essa é que foi essa, como diria o Eça: tanta promessa e nada aonteceu...

Os dois prédios, com seis pisos cada e um total de 24 apartamentos, localizam-se em zona residencial, na avenida Joaquim de Carvalho, junto ao parque das Abadias e defronte das instalações da Divisão Policial da PSP, localizadas num antigo quartel.
Foram construídos em meados da década de 1980, mas encontram-se devolutos há vários anos, com os pisos térreos emparedados, já depois de terem sido vandalizados.
Na reunião de câmara realizada a 25 de Nombro de 2019, a então vice-presidente, Ana Carvalho, anunciou que os dois blocos de apartamentos “estão num fundo do Estado”. Até final de 2020, iriam sofrer obras de reabilitação.
“Vão por frações a arrendar, com renda acessível, virada para a classe média. Não é habitação social, serão praticados preços 10 a 20% abaixo do preço de mercado”, disse Ana Carvalho.
Já o presidente da autarquia, Carlos Monteiro, disse na altura acreditar que no início de 2021 os blocos de apartamentos “já estavam reabilitados e a ser habitados”.
Entretanto passaram os anos e não conteceu nada. 
Com este investimento, a Figueira da Foz está entre os municípios portugueses que mais investem em habitação pública. Desde o primeiro mandato do presidente da câmara, Santana Lopes (1997 – 2001), que não era lançada nova construção de habitação pública no concelho.
"Esta é uma obra com a qual ficamos todos felizes”, frisou Santana Lopes, na cerimónia da assinatura do contrato da empreitada do Bloco 4. Antes havia dito que “isto [construção e reabilitação de habitação pública] é fazer cidade”. Quando os dois novos blocos estiverem construídos e os outros dois reabilitados e habitados, já ninguém se lembrará da “vergonha” que era o abandono dos antigos prédios de habitação militares, devolutos e degradados há duas décadas, assinalou ainda o presidente da Câmara da Figueira da Foz. “Daqui a 20 anos, ninguém se vai lembrar disto”, vaticinou. Entretanto, defendeu o autarca, “temos de saber celebrar [o que está a ser feito e o que será feito naquela zona da cidade]”. Mas também é tempo de “ter consciência do esforço que está a ser feito pelo concelho”...