domingo, 7 de maio de 2023
"Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar"... *
* Com o óbvio pedido de deculpas a Sophia de Mello Breyner.
Via SOS Cabedelo. Para ver melhor, clicar na imagem. |
Olhemos para Luís Montenegro, «alguém que, dizem os politólogos, quer beneficiar politicamente da incógnita em torno do seu pensamento»...
«PSD e o “enigma” ideológico chamado Montenegro: entre a social-democracia e o liberalismo — as duas grandes famílias do PSD —, a que espaço político pertence o actual líder, Luís Montenegro?»Como todos sabemos o PSD comemora, esta semana, 49 anos de existência. Durante estas quase cinco décadas, duas grandes correntes deram rumo ao partido: sociais-democratas - com Pinto Balsemão, Cavaco Silva ou Marcelo Rebelo de Sousa - e liberais — com Santana Lopes ou Passos Coelho.
À beira de ser tornar quinquagenário, o PSD é liderado por Luís Montenegro, «alguém que, dizem os politólogos, quer beneficiar politicamente da incógnita em torno do seu pensamento.»
Mas, alguns politólogos dizem mais: «dizem que a “indefinição” é propositada.»
Perante o actual momento de crispação política entre Marcelo e Costa, há quem diga que «a liderança de Montenegro, como rosto da oposição, começou agora».
O que irá fazer Montenegro? Por exemplo, se formos a eleições, o que não é um cenário tão afastado como isso...
Limitando-me à minha insignificancia, sem pretender desempenhar o papel de estrela premonitória sobre o futuro político, pós António Costa, tendo em conta o passado, lembro:
1. As coligações - à esquerda e à direita - no Portugal democrático, fizeram-se por semelhanças de políticas entre os partidos, por programas do governo comuns, por oposição perante alianças adversárias que assumiam igualmente a forma de coligações.
2. Tudo isto - à direita e à esquerda - partir de «um mínimo denominador comum», tanto mais mínimo quanto maior era o sentido de urgência e necessidade.
3. Não é de descartar, que após um acto eleitoral que dê a maioria relativa a Luís Montenegro, que não possa ser encontrado o tal «mínimo denominador comum» para uma aliança PSD-Chega-IL.
4. Uma aliança pelo mínimo, mas que assentaria em motivações e razões puramente tácticas, cujo objectivo passaria por ter as condições instrumentais para o exercício do poder.
5. Que também poderá ser de outra maneira: por exemplo, um acordo parlamentar. Mas, isso, a acreditar no que diz Ventura (o que não é fácil...) é capaz de ser mais difícil de conseguir por Luís Montenegro.
Luís Montenegro, «alguém que, dizem os politólogos, quer beneficiar politicamente da incógnita em torno do seu pensamento», sabe o que está a fazer e porquê.
Câmara Municipal de Aveiro vai homenagear Pedro Machado
Praia da Costa Nova veio navegar nas águas da Figueira
"A embarcação que “pintava” a Ria de Aveiro de cores vivas e que dava a conhecer a imensidão dos seus canais, desde a Costa Nova até à Torreira, mudou de águas. Muito em breve, a lancha Praia da Costa Nova vai começar a operar na Figueira da Foz, regressando à sua função inicial, a de fazer carreiras. «A lancha vai fazer o transporte regular de passageiros entre a cidade da Figueira da Foz e a Gala», avançou Gustavo Barros ao Diário de Aveiro, recordando que a embarcação tem capacidade para cerca de 80 pessoas."
sábado, 6 de maio de 2023
A DECLARAÇÃO DO PR ESMIUÇADA
Foi uma declaração que não só marca o seu mandato presidencial, como representa um ponto de mudança quase drástica não só na sua forma de relacionamento com António Costa, como inaugura uma nova fase do seu mandato presidencial.
É uma declaração que vai estar presente, cada vez que tomar qualquer intervenção, até ao fim do seu mandato.«Marcelo Rebelo de Sousa desmontou o argumento usado pelo governo em torno dos resultados económicos:
“Eles [portugueses] esperam e precisam de mais e melhor”
Pôs em causa a competência e, pior do que isso, a “confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade e respeitabilidade do governo”.
“E isso exige capacidade, confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade, autoridade.
E a autoridade, para existir, ser confiável, ser credível, ser respeitada, tem de ser responsável.”
Arrasa o ministro das Infraestruturas descredibilizando-o enquanto político e governante:
“Como pode esse Ministro não ser responsável por situações rocambolescas, muito bizarras, inadmissíveis ou deploráveis — as palavras não são minhas ...”
Diz de uma forma clara que que foi feito um pedido de intervenção do SIS, entrando em claro conflito com as declarações feitas a este propósito por António Costa, o que é de ums extrema gravidade política:
“levando a apelar aos serviços mais sensíveis de proteção da segurança nacional, que, aliás, por definição, estão ao serviço do Estado e não de Governos?”
Associa as decisões de Costa ao crescimento da extrema-direita:
“A responsabilidade política e administrativa é essencial para que os Portugueses acreditem naquelas e naqueles que governam.”
Descredibiliza António Costa enquanto primeiro-ministro:
“Mas sobre uma realidade, a meu ver, muitíssimo mais importante — a responsabilidade, a confiabilidade, a credibilidade, a autoridade do Ministro, do Governo e do Estado.”
Não esconde a rotura com António Costa e mesmo a “ofensa” que a sua decisão parece ter significado para si:
“Foi pena. Não por razões pessoais ou de disputa entre cargos que a Constituição distingue muito bem entre si, em termos de peso institucional, absoluto e relativo.”
Aponta de forma clara os domínios em que o governo terá fahado:
“Os preços dos bens alimentares. O funcionamento das escolas. A rapidez na justiça. O preço da aquisição da habitação.”
Não só assume a rotura, como não esconde que se sente enganado em relação ao apoio dado ao governo até aqui:
“Terei de estar ainda mais atento à questão da responsabilidade política e administrativa dos que mandam.
Porque até agora eu julgava que, sobre essa matéria, existia, com mais ou menos distância temporal, acordo no essencial.
Viu-se que não.”
Diz claramente que o que vai fazer nos próximos dois anos será diferente do que tem feito até aqui:
“Para esse efeito importa ir, ao longo destes mais de dois anos, sinalizando, de modo mais intenso, tudo aquilo que possa afastar os Portugueses dos poderes públicos.”
Assume claramente que há um ‘fusível’ que pode estourar e ao usar este termo assue que pode ocorrer um corte de corrente, afasta-se do governo e faz um claro apelo ao povo e à sua sabedoria, isto é à sua capacidade de avaliar e votar em conformidade:
“Para que as duas conclusões retiradas sejam passiveis de concretização, espero poder contar com a sensatez, o sentido de Estado e o patriotismo de todos e, claro está, como sempre, mas sempre com a experiência, a prudência e a sabedoria do Povo português.”
A rotura é óbvia, como é óbvio que só as incertezas das sondagens permitiram a Costa partir para o confronto, da mesma forma que Marcelo nada fará para ajudar a melhorar a imagem do governo, postura que no passo foi uma das principais razões para o sucesso aparente de António Costa.
Esta foi a declaração mais dura e objetiva que ouvimos de um Presidente da República nos últimos 50 anos e face à imagem que o Presidente da República tem junto dos eleitores, não é difícil de adivinhar o impacto que esta mudança e estas declarações terão na imagem do governo, do primeiro-ministro e dos ministros.
Há alguns dias António Costa declarou que se tivesse sabido das declarações do ex-secretário de Estado das Infraestruturas a propósito da viagem de regresso do Presidente da República, aquando da visita a Moçambique, uma declaração extraordinária já que em momento algum António Costa foi lesto a demitir um dos seus, por mais absurda que fossem as circunstâncias.
O problema é que as declarações do então secretário de Estado ainda ressoam na cabeça de António Costa e de todos os dirigentes do PS: "É o nosso maior aliado, mas pode tornar-se no nosso maior pesadelo", isto é, vão comecar as noites mal passadas de António Costa. O secretário de Estado destravado tinha muita razão e isso viu-se no silêncio do PS ou nos disparates dos poucos comentadores ligados ao PS que apareceram ontem na televisão, os que não chegaram a receber a ordem para ficar calados, já que outros anularam os compromissos respeitando diretivas que receberam para se manterem em silêncio.
Compreende-se o silêncio que se fez e certamente teremos um fim-de-semana bem tranquilo do que o último. Um silêncio que será ainda mais ensurdecedor do que a conferência de imprensa desastrada protagonizada pelo ainda ministro das Infraestruturas.»
Depois de 70 anos de espera, Carlos III é hoje coroado Rei
Empreitada da segunda fase da requlificação da frente marítima de Buarcos
«“Ligação” do STOP ao Chega é do tamanho de um camião»
Via Revista Visão
"Desde as primeiras manifestações e protestos deste ano que o novo Sindicato de Todos os Professores (STOP), utiliza um camião TIR com palco móvel e outras estruturas fixas com tela, luz e som pertencentes a uma empresa de Juliana Escaleira e Ricardo Pinheiro, militantes e candidatos do Chega à assembleia municipal de Arruda dos Vinhos em 2021 (ele enquanto efetivo, ela suplente)."António Costa desvaloriza as divergências, elogia repetidamente a sua governação e garante "total convergência" com o Presidente para o futuro....
"Quanto custou?" ...
Segundo o Expresso, "líder do PSD não diz"...
sexta-feira, 5 de maio de 2023
O 25 de abril e a raíz do mal
Via Estátua de Sal
(Hugo Dionísio, in Facebook, 05/05/2023)
"Abril é passado, tem de ser presente e futuro! As imagens falam mais do que 1000 palavras! Assistir à performance do partido do ódio e da raiva no parlamento, no dia de Abril, para quem quiser vê-lo, constituiu um momento de rara revelação da verdade.
Tal como um bando de hienas famintas, coordenadas por uma qualquer inteligência artificial, tratou-se de um espectáculo deplorável, assistir, no nosso país, ao desfilar de sessões televisivas, parlamentares e radiofónicas de bullying– na senda do que se faz nos EUA – contra Lula da Silva, sempre, mas sempre, com os insuspeitos do costume à cabeça. O que se fez aqui com Lula da Silva, com partidos como o que mais lutou e conhece a fera fascista, com os generais, jornalistas e figuras públicas que, contra uma corrente fortíssima e esmagadora, têm a coragem de dizer o que pensam, é uma amostra bem real de que o mundo em que vivemos mudou, e mudou para bem pior.
Foi sempre, sempre, a extrema-direita e os seus interesses de classe quem traçou o caminho da guerra…. É fundamental que a experiência histórica nos ensine a reconhecê-la quando está na frente dos nossos olhos! Seja qual a forma, costumes e discurso que assume em cada uma das suas reaparições.
O fascismo não surge de repente, nem por decreto, eles está sempre cá e vai-se instalando. Quando o fizer, veremos quem ficará para contra ele lutar, desta feita… Para já, são os mesmos de sempre! Depois venham cá dar lições de democracia! O 25 de Abril é a lição que basta e revelou-nos, uma vez mais, o seu sentido!"
𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮𝘁𝗼-𝗣𝗿𝗼𝗴𝗿𝗮𝗺𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗪𝗥𝗖 𝗩𝗼𝗱𝗮𝗳𝗼𝗻𝗲 𝗥𝗮𝗹𝗹𝘆 𝗱𝗲 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝟮𝟬𝟮𝟯 foi 𝗮𝘀𝘀𝗶𝗻𝗮𝗱𝗼 esta manhã na Casa do Paço
Via Município da Figueira da Foz
"Decorreu esta manhã, na Casa do Paço, a cerimónia de assinatura do Contrato-Programa com o Automóvel Clube de Portugal (ACP), os Municípios da Figueira da Foz, Arganil, Coimbra, Góis, Lousã e Mortágua, e a Turismo Centro de Portugal (TCP), que estabelece os termos necessários à realização do WRC Vodafone Rally de Portugal 2023, na Região Centro."
António Augusto Menano, vai ser homenageado por “amigos e leitores dos livros e apreciadores da pintura”...
Via Diário as Beiras
"A exposição de pintura reúne 40 telas. Por seu lado, o novo livro, editado com a chancela da Minerva Coimbra, tem como título “É proibido acampar nas cavernas”, que também será apresentado na Figueira da Foz, após o lançamento em Condeixa-a-Nova."
A Figueira precisa de mudanças? Precisa...
Fi-lo sempre de forma desinteressada, desapaixonada e descomprometida.
Critiquei o que havia, a meu ver, a criticar no modo e no tempo oportuno.
As pessoas dos presidentes, dos vereadores, dos deputados municipais, dos presidentes das juntas e das assembleias de freguesia, nunca me interessaram para nada.
A Figueira em Setembro de 2021 era um caos. O poder já estava instalado há 12 anos e as mordomias eram muitas para alguns.
Entrou Santana na corrida autárquica e facilmente se percebeu que Santana, só ele, tinha condições para provocar a mudança.
Como sabe quem me lê há muitos anos, Santana Lopes nunca foi um político particularmente apreciado por mim, nem mesmo enquanto autarca.
Dito isto: o facto é que Santana é, neste momento, fruto da sua vitória em Setembro de 2021, o Presidente de Câmara do meu concelho. O que, para quem tiver um mínimo de memória, não deixa de ter significado e importância.
Vinte anos depois, apesar "do lavar de roupa suja", que aconteceu nas autárquicas de Setembro de 2021, "que mais pareceu uma guerra", Santana Lopes, voltou a ganhar na Figueira da Foz, agora como independente. |
Na altura, conseguir apear dos Paços do Município uma maioria absoluta robusta comodamente sentada em 12 anos de poder, com tudo o que isso tem de decisivo em actos eleitorais a nível local, foi obra.
Não sou hipócrita, portanto, é fácil de advinhar que fiquei agradado com a mudança de actores políticos ocorrida na Figueira em Setembro de 2021. Isto arejou, respirou-se melhor e a cidade ficou mais "solta".
Como é expectável, há os que não concordam comigo. Por isso, passei a ser um alvo. Nunca me preocupei. Essa, foi sempre um das minhas caraterísticas: embora esteja sempre disponível para ouvir os outros, o que faço com a minha vida, sou eu que decido.
Posto isto, todos sabemos que a Figueira atravessa circunstâncias difíceis e extraordinárias, não pelo facto de ter o Presidente de Câmara que agora tem, mas derivadas de anos e anos de gestão deficiente que adiou e ignorou os problemas. Santana, nesta sua segunda passagem pela autarquia figueirense deve ter encontrado muito "lixo debaixo do tapete".
Tal como me apercebi, em Setembro de 2021, que Santana era o único dos candidatos que tinha possibilidades de vencer, não o PS Figueira, mas a facção que estava no Poder, espero que Santana não desperdice a oportunidade de demonstrar, a mim e a muitos outros, que durante alguns anos estivemos enganado e que, efectivamente, tem as qualidades que se exigem a um Presidente de Câmara da Figueira da Foz - fibra, estaleca, visão, "mundo", responsabilidade e competência para dar a volta a isto.
A Figueira há muito que precisa de mudança, mas mudança a sério, estrutural e de planeamento. Contudo, as mudanças, as grandes mudanças, não se fazem a um ano, a dois, ou mesmo em quatro, que é o tempo de duração de um mandato: levam muito mais tempo.
E, a acontecerem, serão mudanças necessariamente dolorosas, porque interferirão com muitos, dado o peso que a autarquia tem na sociedade figueirense.