sexta-feira, 3 de março de 2023
«Estória» antiga de "famílias políticas"...
Citação via Filipe Tourais
"Não é de agora, é o que sempre foi. PS e PSD põem-se sempre de acordo quando o que está em causa são os supremos interesses das clientelas que partilham.
Que vai fazer o PS figueirense? O partido, a nível distrital, gosta de corridas de "popós"...
Coimbra, segundo o seu presidente de câmara, José Manuel Silva, deixou escapar a Super Especial para a Figueira da Foz, por "falta de dinheiro para acolher a prova".
Tal facto, foi criticado pela vereadora do PS Regina Bento, considerando que se desperdiçaram “anos de trabalho” em torno do evento desportivo.
Na próxima reunião de câmara da Figueira, a realizar no dia 8 do corrente, para já, existe um forte motivo para estar atento: qual será a posição do PS figueirense?Imagem via Jornal Campeão das Províncias
Os estádios do Euro
"Em Agosto do ano passado escrevi neste mesmo jornal, a propósito dos concertos dos Coldplay, que constituíam uma oportunidade para inverter o estado de degradação do Estádio Cidade de Coimbra. Meio ano depois, o tema Coldplay volta à agenda mediática face ao anúncio, pelo presidente da Câmara, José Manuel Silva, de que a Académica seria compensada – pela promotora – pela cedência do recinto. Caiu o carmo e a trindade, mas qual o espanto?
Para quem tem lapsos de memória, a gestão do Estádio Cidade de Coimbra foi entregue em 2004, pela Câmara então presidida por Carlos Encarnação, à Académica/OAF, por um período de 20 anos. O prazo deste acordo termina no ano que vem. Até lá, a Académica/OAF continua responsável pela manutenção do recinto – pagamento de luz, água, conservação do relvado, bancadas e outros espaços -, mas também recolhe a receita do arrendamento dos espaços comerciais que integram o estádio. Ou da cedência do mesmo para espectáculos musicais e outros eventos.
Mesmo desconhecendo os termos do protocolo de cedência, seria bizarro que agora a Câmara viesse reclamar uma compensação financeira à empresa que promove os concertos dos Coldplay. Bizarro e ilegal.
A inquietação generalizada que pulula por aí, sobretudo nas redes sociais, deveria centrar-se, isso sim, no facto de a Câmara, enquanto proprietária do equipamento, não ter imposto à Académica/OAF, ao longo dos anos (e não apenas com o actual Executivo), uma eficaz e regular manutenção do recinto. A degradação crescente estava à vista de todos – até dos frequentadores do camarote presidencial. E todos assobiaram para o lado.
Posto isto, fica a pergunta: que Estádio – sim, cerca de 50 milhões pagos por todos nós -, vai ser devolvido à Câmara Municipal em 2024?"
quinta-feira, 2 de março de 2023
"... paguemos aquilo que os vampiros da distribuição nos exigem"...
"A frase é atribuída pelo Expresso a um inspector-geral da ASAE que ontem participou numa acção de fiscalização em 38 supermercados do país.
Escusado será dizer de que supermercados falamos. São os vampiros de que nos falava o Zeca. Que comem tudo e não deixam nada. Que inflacionam os preços de forma artificial, aproveitando, com a ganância canalha que os caracteriza, a tempestade internacional. Obrigando não só os pobres, mas também a classe média a passar dificuldades para que os lucros de meia dúzia não sejam beliscados.
O capitalismo precisa de uma trela, e de um governo forte que a saiba segurar. Não precisa de ser abolido, nem a propriedade de ser expropriada, nem de um governo que se confunda com a economia, que não vale a pena alimentar ainda mais os delírios chalupas dos cheerleaders dos vampiros."
Como andamos a escrever há mais de meia dúzia de anos, algumas das maiores fortunas de Portugal, foram conseguidas através do negócio de mercearia, que gera alguns milhares de empregos, mas não cria riqueza.
A criação dos postos de trabalho é uma questão sensível para a autarquia, mas há quem duvide que o saldo seja positivo, colocando na equação os empregos que se perdem no comércio tradicional.
Fica o registo...
Tal como escrevemos em 11 de dezembro de 2006, já lá vão quase 17 anos, o processo de erosão costeira da orla costeira da nossa freguesia, a sul do quinto molhe, a nosso ver, era já então uma prioridade. Continua a ser...
Neste momento, está-se a fazer alguma coisa...
Segundo o Diário as Beiras, "o regresso do Rali de Portugal à Figueira da Foz está a gerar entusiamo entre os figueirenses"...
Imagem sacada do facebook de Pedro Miguel Duarte
Nota: Dado o entusiasmo, certamente "não será por falta de voluntários para colocar as grades da câmara para disciplinar o público que a prova ficará por realizar"...
A Revisão do PDM de 2017...
Já que o não fizeram em devido tempo, que tal deixarem-se de politiquices e passarem a preocupar-se com coisas importantes para o concelho?
Isto não é construir cidade, antes pelo contrário, estamos a descaracterizá-la e a destruí-la a pouco e pouco."
Luís Pena, advogado.
Em 5 de Abril de 2017, fiz a publicação abaixo no OUTRA MARGEM
Passados quase 6 anos, via Movimento Parque Verde, tive conhecimento do seguinte.
"Mais uma Machadada no Corredor Verde na Figueira da Foz, mais uma Herança da Actividade Moto - Serra, com PDM - Plano Director Municipal - à maneira em 2017 para Interesses Não Verdes."
Pelos vistos, o PDM é mesmo uma questão importante. Por isso mesmo, antes da revisão de 2017, durante meses, o blogue OUTRA MARGEM colocou, a quem de direito e à consideração da opinião pública, diversas questões que considerou pertinentes para a melhoria do documento que foi aprovado em Junho de 2017.
Tal como acontece em 2023, na política figueirense andava então muito ruído no ar. Sobre tudo e nada e, também, sobre o PDM.
Porque aqui no OUTRA MARGEM o que continua a interessar é tentar contribuir para o esclarecimento e para a compreensão histórica dos factos, tentando evitar, tanto quanto possível, a politiquice, recordemos.
Portugal, no que concerne ao ordenamento do território, visando a segurança dos seus cidadãos, não é exemplo para ninguém. Todos sabemos, que as cidades portuguesas evidenciam ainda uma vulnerabilidade excessiva aos fenómenos climáticos extremos, como o demonstram os importantes prejuízos materiais e humanos que resultam sempre que ocorrem situações de pluviosidade intensa.
Daí, a importância dos Planos Municipais de Ordenamento do Território - Plano Director Municipal (PDM), Planos de Urbanização (PU) e Planos de Pormenor (PP) - como instrumentos da política de ordenamento do território.
O PDM abrange todo o território municipal, enquanto os PU abrangem áreas urbanas e urbanizáveis e, também, áreas não urbanizáveis intermédias ou envolventes daquelas. Os PP têm como área de intervenção, em princípio, subáreas do PDM e dos PU.
O PDM é, pois, um instrumento de planeamento de ocupação, uso e transformação do território municipal, pelas diferentes componentes sectoriais da actividade nele desenvolvidas e de programação das realizações e investimentos municipais.
Tal como disse em tempos a ex-vereadora Ana Carvalho (minuto 14 do vídeo): "o PDM também foi feito à medida. Claro que sim...".
Proprietários de todos os países, uni-vos!
Via Revista Visão
«Odeio chegar à conclusão, mas é flagrante: boa parte dos opinion makers fala de uma crise que desconhece. A avaliar pelos argumentos expostos nos painéis de comentário, vários dos mais sonantes líderes de opinião não vivem, não sentem – nem fazem o suficiente para conhecer – os problemas enfrentados pelos portugueses comuns nesta crise. (...) Num país onde a crise na habitação é uma catástrofe social, onde o direito à habitação digna é uma miragem para milhões, é espantoso que o debate sobre a intervenção do Estado num mercado selvagem decorra sob o ponto de vista do senhorio. Invoca-se o fantasma do PREC perante medidas de regulação já aplicadas na Holanda, na Dinamarca e numa série de países insuspeitos de esquerdismo.
(...) Uma pivô quis levantar uma questão “que os portugueses se colocam neste momento” e perguntou à ministra da Habitação o que seria de alguém que comprasse uma casa para oferecer à filha e a quisesse deixar vazia um ano, ou dois, até que a filha decidisse regressar do estrangeiro. Noutro programa de televisão, um comentador alegou não ser possível mobilizar as casas de alojamento local para arrendamento tradicional, porque são demasiado pequenas. Ouvimos, em horário nobre, alguém afirmar que os jovens não querem viver nas zonas de alojamento local, como o Castelo de S. Jorge, porque não há garagens ou estacionamento para o carro. Estas e outras declarações ficam gravadas em talha dourada num pitoresco monumento à falta de noção.»
quarta-feira, 1 de março de 2023
O autoelogio de Fernando Medina...
O autoelogio de Fernando Medina em relação à redução da dívida pública, mais do que chocante é desagradável e fere.
Desde logo, porque vivemos num país com mais de 2 milhões de pobres, com serviços públicos no caos, SNS de rastos, mortes nas Urgências, sem-abrigo, justiça de rastos, professores, médicos e enfermeiros humilhados e polícias com falta de meios.
“A dívida pública em Portugal irá reduzir-se para 113,8% do Produto [Interno Bruto] em 2022. Este é um valor que recua para níveis pré-pandemia e já ainda para níveis pré-troika”, declarou o ministro.
“É uma descida impressionante de quase 12 pontos percentuais dos 125,4% que tinham sido registados em 2021 e é o menor valor desde 2010”.
Mais do que impressionante é a escassez de sensibilidade política do Ministro das Finanças...