quinta-feira, 23 de setembro de 2021
Manuel António Pina, um autor “singular”
"O mínimo que nos é exigível é o máximo que somos capazes de fazer".
Manuel António Pina, um dos mais destacados poetas, cronistas e autor de livros ‘chamados’ de literatura infanto-juvenil das últimas décadas, Prémio Camões em 2011.
A biografia do escritor, “Uma vida de palavras” vai estar disponível em breve.
Via Jornal de Letras
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Autárquicas 2021 na Figueira: a virtude do debate de ontem à noite
Não tendo sido nada de particularmente entusiasmante, foi oportuno e esclarecedor.
Mais e melhor ainda: deixou a nu a complexidade da crise e do momento e ponto político em que se encontra o concelho, mostrando que a Figueira vai "continuar a definhar" e que este estado de anomia vai ser demorado e, portanto, perigoso.
Enquanto os “optimistas profissionais” não entenderem algumas coisas, nada vai mudar. A meu ver, entre muitas outras coisas, o seguinte:
1. que o mal não é o pessimismo, mas a estagnação e o atraso;
2. que o mal não é a desconfiança, mas os embustes criados por ficções políticas constantes e continuadas;
3. que o mal não é a descrença, mas a incompetência já amplamente demonstrada por quem tem governado a autarquia figueirense;
4. que o mal não é a falta de desenvolvimento, mas a permanência no poder de quem o tem bloqueado;
5. que o mal não são os problemas do mundo ou de Portugal, mas a incapacidade figueirense para lutar para vencer os nossos próprios problemas - e são muitos.
6. Só começaremos a dar a volta a isto, quando os figueirenses tomarem consciência do estado a que a Figueira chegou.
7. Para isso é preciso coragem. Desde logo, dizer a verdade e não propagandear histórias de ficção.
A crise da Figueira, em 2021, é, antes de tudo, anímica e política.
O concelho vive há quase 5 décadas dominado por um clientelismo que tudo tem triturado e devorado. O objectivo é a “ocupação” do poder autárquico.
Tirando os 12 anos de hegemonia do PSD - de 1997 a 2009 -, na Figueira o PS tem governado e repartido os lugares pela sua clientela.
Os outros partidos - tirando os tais 12 anos de PSD, que fez o mesmo que o PS tem feito desde a década de 80 do século passado - sem horizontes próximos de assunção de responsabilidades, limitam-se a constatar por parte do poder autárquico, aquilo que com a minha conhecida bonomia classificaria como a inexistência de capacidade para realizar (ou para dar para a realizar) obra, o que demonstra uma confrangedora e ingénua incompetência e um latente equívoco sobre as prioridades.
Por isso mesmo, o debate de ontem à noite, foi oportuno e esclarecedor. Em 2021, na Figueira, a poucos dias de umas eleições autárquicas, fora do arrivismo, da fantasia ou do sofisma, vai-se reduzindo perigosamente o espaço para a verdade e para a acção política séria. Citando Séneca: "Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável."
A democracia, assim, é um engano e em breve teremos mais uma terrível desilusão. Há quase 50 anos que temos para usar a "arma do povo" - O VOTO - e não saímos disto: o clientelismo partidário encontra um aliado decisivo no “partido do poder”. Sem "poder", não há votos suficientes. Sem votos não há “ocupação do poder”. Sem "ocupação do poder" não há distribuição de benesses.
Como sair disto em 2021: com Santana Lopes?
Na minha opinião - mas é só a minha opinião e vale o que vale - tenho dúvidas.
terça-feira, 21 de setembro de 2021
Autárquicas 2021 na Figueira: coisas realmente importantes para os figueirenses, que têm andado desaparecidas da campanha...
"O tarifário da água no concelho da Figueira da Foz"
... esta, é uma série que já vem longe...
Mas que, curiosamente, tem andado arredada da campanha autárquicas 2021.Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreende estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.
Desde que os preços da água aumentaram, em Janeiro de 2005, as acções de protesto não têm parado. O mesmo movimento que entregou ontem a petição, avançou, no início deste mês, com uma providência cautelar entregue no Tribunal da Figueira, com o intuito de suspender os aumentos dos preços da água. Sensivelmente na mesma altura, três blogs na Internet começaram a apelar aos consumidores para remeterem a Duarte Silva a cópia da última factura paga à Águas da Figueira."
Nota: em 2005 ainda não existia o blogue OUTRA MARGEM (foi fundado a 25 de Abril de 2006).
Na altura, para continuar "as rondas de negociação e o estudo e preparação do plano para a redução do tarifário da água."
Na altura, estávamos em campanha eleitoral...
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"
Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"
Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".
Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior...
Fazer coincidir o anúncio da medida por se estar a meia dúzia de dias do acto eleitoral!.. Mas alguém iria pensar isso?..
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
Autárquicas 2021 na Figueira, virou conto de fadas?..
Via Carlos Monteiro - Figueira, mais qualidade de vida
- Travessia de barco elétrico entre a Figueira e o Cabedelo – Barco em construção
Chegados aqui, justifica-se uma reflexão serena. Campanha sem promessas não dá votos, costuma dizer-se.A verdade, porém, é que outros compromissos feitos em campanhas eleitorais, não se cumpriram. Lembram-se da Aldeia do Mar? Quem nessa altura fez promessas sabia muito bem que assim ia acontecer. Perante esta realidade, parece que o mais importante é reflectir sobre o que se promete e o seu interesse para o conjunto da comunidade.
De quem se propõe governar, espera-se sempre e muito legitimamente, um testemunho de sensatez, de verdade, de respeito pelo eleitorado e pelos outros candidatos.
Uma campanha eleitoral é, normalmente, um espectáculo desagradável e nada edificante, pelo que se diz e pelo que se promete. Contados os votos, lá vêm palavras de felicitação com sorrisos de circunstância, mas, para trás, ficaram feridas difíceis de curar e lama difícil de limpar.
Vêm, depois, as promessas para cumprir. E o povo? Pelo que vamos vendo, conta pouco, ou conta cada vez menos. O que realmente conta é o "arrebanhar" do seu voto.
Caso da bandeira colocada no monumento a Manuel Fernandes Tomás, vai ser abordado na última reunião de Câmara do mandato 2017/2021, que se realiza hoje
Foto António Agostinho |
domingo, 19 de setembro de 2021
sábado, 18 de setembro de 2021
Autárquicas 2021: inauguração de um edifício sede de uma Junta de Freguesia a oito dias das eleições!
Todos sabemos a forma como chegou a presidente de câmara.
Com a frontalidade que, presumo, embora não gostando de mim nem um bocadinho, me reconhece, digo-lhe que nunca fui seu admirador, enquanto político. Já agora, para ser completamente sincero, ainda menos o apreciei enquanto vereador e vice-presidente. E, ainda menos, desde Abril, de 2019, como presidente.
Esclarecido isto, o facto é que V.a Exa. é o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Na política, o Senhor e eu sabemos, que das palavras com promessas aos actos, vai uma enorme distância.
Na política, o Senhor e eu sabemos como é importante o parecer. Infinitamente mais que o ser.
Na política, o Senhor e eu sabemos como é importante a gestão da imagem e da agenda de que todos falam, mas poucos conseguem gerir e dominar.
Ambos sabemos que o concelho da Figueira, nestas autárquicas de 2021, vive uma campanha marcada por uma circunstância extraordinária - a candidatura de Santana Lopes -, não pelo facto de ser um ex-Primeiro-Ministro, mas por ter sido o político que, em 1997, tirou o PS da cadeira do poder autárquico, depois de cerca de 2 décadas de liderança.
A Figueira - e o concelho -, tem questões acumuladas por solucionar, por anos e anos de problemas empurrados com a barriga ou olimpicamente ignorados.
O Senhor está há 12 anos seguidos no Poder, 8 dos quais em maioria absoluta.
Sou franco: não confio na sua competência política, nem na competência da sua equipa de vereadores.
Desconfio também da competência da sua equipa. Desconfio ainda de muitas das medidas que anunciou, nomeadamente os objectivos da autarquia para 2020, em declarações aos jornalistas, na passagem de ano de 2019 para 2020.
No sector da saúde, onde é que está a solução para Maiorca?
Que eficácia tem a penalização do IMI para imóveis devolutos? Por exemplo, quanto é que pagam de IMI os proprietários do Edifício o Trabalho?
A limpeza de espaços públicos tem sido alvo de críticas. Que eficácia teve “a grande novidade de 2020", que foi o anúncio da Câmara "investir muito na limpeza do concelho, no sentido de que a Figueira da Foz seja uma referência de qualidade de vida, tendo a sustentabilidade sempre presente"?
Ao menos o concelho tem mais e melhor internet?
V.a Exa. sabe que não pode, nem tem condições para protagonizar a mudança que a Figueira precisa. Não é com uns remendos aqui, outros ali, uma gestão criteriosa de inaugurações, que se pode aspirar a uma reeleição.
Pode acontecer. Mas, se acontecer os figueirenses estarão a contribuir para adiar o desenvolvimento do concelho. Estarão a contribuir, ainda mais, para adiar o que é inadiável.
A situação do concelho é preocupante. Não basta, presumo eu, a oito dias da realização das eleições, inaugurar um edifício´sede de uma Junta de freguesia, para ganhar eleições.
Uma simples pergunta final: ao menos as obras estão terminadas no edifício sede da Junta de Freguesia de Vila Verde no dia da inauguração?
PAVILHÃO MULTIUSOS NAS ANTIGAS OFICINAS DA CP, UMA PROMESSA ELEITORAL DA CANDIDATURA PS À CÂMARA MUNICIPAL
Via CDU
«No comício do PS desta manhã, realizado no Largo Dr. Luís Melo Biscaia, Carlos Monteiro, actual presidente da Câmara e candidato à reeleição afirmou a determinado ponto do seu discurso eleitoral “ser sua intenção construir um Pavilhão Multiusos nas antigas instalações da EMEF".
Será que "Carlos Monteiro quer COLOCAR O ÚLTIMO “PREGO NO CAIXÃO” e inviabilizar a reabertura das oficinas da CP na Figueira da Foz e a criação efectiva de novos postos de trabalho?»