quarta-feira, 7 de abril de 2021

Jornalismo na Figueira em 2021...

Ontem no OUTRA MARGEM, via Diário as Beiras.
Sobre o mesm assunto, ontem no Diário de Coimbra.
Em tempo.
Quem assistiu à reunião, como foi o meu caso, teve oportunidade de ouvir a leitura da seguinte missiva, pelo vereador executivo a meio tempo Miguel Pereira:

Exmº. Sr Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz,
Exmºs. Srs. Vereadores da Câmara Municipal da Figueira da Foz,

Serve o presente documento, para inequívoca clarificação da minha posição individual enquanto Vereador Eleito pelo Partido Socialista da Câmara Municipal da Figueira da Foz, relativamente ao ponto 1.1.7. , apresentada pelos Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata  Carlos Tenreiro e Miguel Babo na presente Reunião de Câmara, passando a expor a minha posição:
Enquanto eleito e enquanto vereador executivo, assumi com honra e humildade a gratificante missão de dar o meu melhor contributo para a resolução dos problemas de todos os cidadãos da Figueira da Foz. É este o meu esforço e o meu desassossego para diariamente encontrar soluções, que vão de encontro às reais ansiedades da população. Decisões partilhadas, após auscultação, geram consciência coletiva e transmitem serenidade, requisito que considero de primordial importância num detentor de um cargo público.

Após consulta das competências da Câmara Municipal, que anexo ao presente documento, e não sendo jurista, não descortinei que o assunto a que se refere o ponto 1.1.7, tenha qualquer enquadramento em sede de Reunião de Câmara, conforme invocado na proposta.

Reprovo e como é natural, qualquer facto político, que coloque em causa a dignidade e a honra de qualquer eleito político, considerando ainda, e de acordo com o aludido anteriormente, que caberá às estruturas sejam elas partidárias ou independentes o ónus da prova das suas afirmações, cabendo em última instância aos eleitores o julgamento através das urnas como prova maior da democracia.

Defendo o princípio da equidade, consignado no direito de oposição, de toda e qualquer força política, em situações idênticas poder auferir de tratamento idêntico. Ora o presente facto com o presente tratamento, abriria um precedente, fora das competências da Câmara Municipal, transformando o Órgão Câmara Municipal num “Reatity Show”, o que em nada dignifica o presente órgão.

Ao órgão Câmara Municipal, através das suas reuniões, no presente caso públicas, compete essencialmente aprovar medidas de governação ativas dentro das suas atribuições e competências, com a máxima elevação, dignificando a honra de todos os presentes em servir a causa pública, outros tipos de decisões caberão a outras instâncias.

Face ao exposto anteriormente e dentro de espírito democrático e de liberdade, não votarei o ponto 1.1.7., considerando a proposta sem qualquer fundamento para ser discutida no âmbito de uma reunião de Câmara, declarando-me ausente.

Figueira da Foz, 05 de Abril de 2021
Fernando Miguel Gonçalves Pereira 

É preciso acrescentar algum coisa?

terça-feira, 6 de abril de 2021

O sul deveria ter um sistema autónomo de forneciemneto de água? (2)

"Ouvir. Estudar. Quantificar.", uma crónica de Teotónio Cavaco no Diário as Beiras.

Que pena não termos a Aldeia do Mar, pois certamente que teríamos muito mais esplanadas... No tempo de Santana é que a taxa de execução de fundos europeus era a sério....

Imagem via Diário as Beiras


 

A Figueira é só cromos"?.. (para memória futura: "assunto encerrado", digo eu...)

Se "os presidentes de junta têm de prestar contas aos seus fregueses e não ao presidente da Câmara", porque é que o presidente da concelhia do PSD/Figueira teria de prestar contas ao presidente e ao executivo camarário?
 Via Diário as Beiras

Ao contrário das obras, os orçamentos na Figueira, aparentemente, são muitos rápidos a fazer!..

Via Diário as Beiras

Esta porra de ter razão antes do tempo é tramada: "margem sul pode vir a receber terminal do porto comercial"

 Via Diário de Coimbra

"A Câmara da Figueira da Foz, em conjunto com a Administração do Porto (APFF) e a Comunidade Portuária, está a estudar a possibilidade de criar um terminal na margem sul, para «acostagem de uma ou duas embarcações para cargas específicas», ou seja, papel, pas­ta e madeira, «dentro da perspectiva ambiental e de retirar trânsito de cima da ponte». «É algo que está a ser estudado, faz parte de um pré-estudo e há interesse das partes», explicou ao nosso jornal o presidente da autarquia, no final da reunião do executivo camarário."

Em tempo.
Há cerca de 20 anos, precisamente na edição de 18 de Junho de 2001, na coluna que escrevia todas as semanas, o responsável pelo OUTRA MARGEM, publicou no jornal Linha do Oeste uma crónica a defender isso mesmo.
Passo a citar.
As razões são óbvias: basta verificar qual será a função principal do porto comercial.
Fácil de responder: proporcionar o escoamento a mercadorias da zona centro do país, em especial das empresas sediadas na zona industrial da Figueira da Foz e das celuloses.
Sendo a Figueira, como sabemos, um porto problemático a vários níveis, nomeadamente por sofrer a influência das marés, enferma de um erro estratégico de fundo: a localização. A teimosia, ou a falta de visão, em manter o porto comercial na margem norte é um factor condicionante para as condições de funcionalidade da estrutura portuária.
Duas razões simples:
1º. Se estivesse na margem sul estaria mais perto das fábricas, o que pouparia as vias de comunicação que dão acesso ao porto comercial e evitaria a sobrecarga no tabuleiro da ponte da Figueira.
2º. Principalmente no inverno, os navios acostados no cais comercial têm frequentes problemas de segurança, ao ponto de, por vezes, ser necessária a sua deslocação para a zona abrigada do porto de pesca com as demoras e despesas daí resultantes, o que torna mais onerosa e menos operacional a vinda dos navios à barra da Figueira.

"ÉS LIBERAL E NÃO SABIAS"...


«Amazon reconhece que há trabalhadores forçados a urinar em garrafas durante turnos. 
A polémica começou na semana passada por causa de um membro democrata da Câmara dos Representantes, Mark Pocan, que disse numa mensagem publicada na rede social Twitter que "o facto de pagar 15 dólares por hora", não faz da Amazon um "lugar progressista para trabalhar". "Não, quando obrigam os vossos empregados a urinar em garrafas de plástico"...»

Texto: daqui.
Foto: daqui.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA: FIGUEIRA EM NÍVEL DE RISCO

Na área da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, apenas três concelhos estão num nível considerado de risco, de acordo com os novos parâmetros definidos, por 100 mil habitantes, segundo o boletim epidemiológico ontem divulgado pela Direção-Geral da Saúde
Penela, com 167 casos, Soure com 123 e Figueira da Foz, com 121, são os três concelhos com maior número de casos.
Se não reduzirem a incidência nas próximas duas semanas, poderão não avançar com o desconfinamento.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O sul deveria ter um sistema autónomo de forneciemneto de água?


"O valor da água", uma crónica de João Vaz no Diário as Beiras.

Autárquicas 2021: ponto da situação em 5 de Abril de 2021

 Candidatos assumidos na Figueira:
Entretanto, ou andamos distraídos ou perdemos a meada do fio...
Todavia, amanhã, ou depois, ou depois do depois, pode ser o dia...

A ética é uma peruca?..

«Viver “da” política ou viver “para” a política? Para quem se candidata nestas próximas autárquicas, ou até para quem já exerce funções públicas, eu gostaria de lançar o convite para uma visita ao interior de um discurso proferido há mais de cem anos. “A política como vocação” é uma célebre conferência feita por Max Weber, no inverno de 1919, na Universidade de Munique.

A ética não devia ser uma espécie de ângulo morto na conduta de alguns políticos, que nos enganam compulsivamente com sorrisos melosos. Um dos desafios daqueles que realmente vivem com vocação “para” a política é o de superar um inimigo bastante comum e demasiado humano: a vaidade vulgar.»

Bruno Paixão, via Diário as Beiras.

P.S.
- As pessoas que mais falam de ética são as que mais se preocupam, afinal, com as questões relativas à imagem: a sua.

O presidente da câmara, Carlos Monteiro, concorda, mas empurra o tema para depois das próximas Eleições Autárquicas...

Imagem via Diário as Beiras
“Temos de começar a pensar em construir um hospital novo”, defende na edição de hoje do Diário as Beiras, Manuel Teixeira Veríssimo, presidente do HDFF.» 
O mesmo jornal recorda, que «decorria a segunda metade da primeira década deste século quando o então presidente do conselho de administração do HDFF Vítor Leonardo lançou o assunto para a agenda mediática. O ex-administrador defendia que o novo hospital devia ser construído na zona de Vale de Murta, junto aos acessos das autoestradas A14 e A17, na margem norte, no lado da cidade e onde reside a maioria dos habitantes do concelho, evitando-se, assim, atravessar a ponte.
É claro que, do “pensar” ao fazer, podem passar vários anos. Ou, até, décadas. Como, aliás, ressalvou o administrador do HDFF.»

O vazio ganha terreno na Figueira?..

A MURALHA DO ZAGALO
«...uma boa governança permitirá sempre preservar paisagens, lugares, monumentos e outras representações do passado, que são expressões da memória colectiva e de um tempo que se prolonga pela matriz identitária da população e com o qual se conhecerá melhor o mundo em que vivemos.
Vem isto a propósito de uma obra licenciada para um bar, tapando parte significativa da muralha de continuidade do forte de Santa Catarina, imóvel classificado de interesse público. Não se percebendo, por não se conhecer, a fundamentação legal que deu respaldo ao parecer da Direcção Regional de Cultural do Centro e consequentemente à autorização da construção pela Câmara Municipal, estamos em crer que tal decisão se mostra ofensiva da paisagem cultural, em nada valorizando o espaço, em que o executivo camarário corrobora ao permitir o apagamento visual da memória colectiva na continuidade da leitura da muralha, agora escondida como algo a esconjurar, sem maior importância do que um estabelecimento de bebidas.
É pena que assim seja, tanto desconhecimento do valor património cultural para as sociedades, dos direitos e responsabilidades que lhe são relativos e que todos, individual ou colectivamente, temos direito de beneficiar e a responsabilidade de respeitar numa sociedade democrática, protegendo e preservando o interesse público.»


Como definir isto?
Indeferença? Uma sensação? Um sentimento?
Será possível que a ausência de sentimento seja um sentimento em si? 
Seja como for, é um estado de ânimo que atordoa. 
A sua equação pressupõe a falta de tudo. 
É um vazio?
Estranho pelo seu significado.  
Estranho pela sua natureza destrutiva.
Que sensação esta!..

domingo, 4 de abril de 2021

Bom domingo de Páscoa

Jornal Sol - 7 de Fevereiro de 2009

A arrogância dos que vão surgindo na política, para quem acompanha atentamente há décadas o meio em que está inserido, fica como alerta para a uma possível continuação da marca da desinteligência e da impunidade de um poder absoluto autárquico, que os figueirenses deveriam recordar, para não repetirem os mesmos erros.
Que a Páscoa nos traga vida nova, saúde reforçada e confiança e fé no futuro revigorada. Não esqueçam, porém: um político ambicioso e voraz de uma maioria absoluta, sacrifica tudo em nome do poder...
A Páscoa é a ressurreição das almas. Podemos sempre renascer e começar tudo de novo. Sobretudo, de nos libertamos do mal e descobrirmos de novo a pureza da alma que tivemos um dia.

sábado, 3 de abril de 2021

Confesso-me abanado...

 ... acabei de receber uma chamada de alguém que muito prezo, só para me dizer que o OUTRA MARGEM não é um blog fútil!

Divirtam-se: afinal isto é só um blog, nunca se esqueçam disso....

Frédéric Chopin: entre as 264 peças que nos deixou o versátil polaco, contam-se sonatas, noturnos, mazurcas, valsas, estudos, improvisos, polonesas. Lamentavelmente, porém, nenhum concerto para violino...“Escrever é uma forma de terapia; às vezes pergunto-me como é que todos aqueles que não escrevem, compõem ou pintam conseguem escapar à loucura, melancolia, pânico e medo inerentes à situação humana”.

Escritor inglês, falecido a 3 de abril de 1991.

TRISTE ...

... saber que o meu neto só vai ter noção que a sul do Quinto Molhe existiu duna pelo blogue do avô...
Foto Pedro Agostinho Cruz

sexta-feira, 2 de abril de 2021