segunda-feira, 1 de março de 2021
O verdadeiro artista, finalmente, em "alerta costeiro"...
A protecção da Orla Costeira Portuguesa é uma necessidade de primeira ordem...
O processo de erosão costeira há muito que assume aspectos preocupantes numa percentagem significativa do litoral continental.
Atente-se, no estado em que se encontra a duna logo a seguir ao chamado “Quinto Molhe”, a sul da Praia da Cova.
Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Como andamos para aqui a alertar há quase 15 anos, o problema é sério e não se compadece com politiquices. Venham de onde vierem. Basta de demagogia política, venham soluções.
Deixo uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...
Apesar de tantos anos de chamadas de atenção, de tanto alerta costeiro e de tantos avisos para o que estava a passar aos olhos de todos (recordo, por exemplo, Manuel Luís Pata, Pinheiro Marques e este OUTRA MARGEM...), OS POLÍTICOS LOCAIS, tirando alguma demgogia e propaganda, andaram a chutar para canto, a dormir ou completamente distraídos...
Em 2009 acrescentaram 400 metros ao molhe norte... Não vi uma manifestação (uma única) da parte da autarquia de S. Pedro de inquietação sobre essa obra, quando já existiam estudos que apontavam para a realidade que se vive hoje: EM 2021, ALÉM DA BRUTAL EROSÃO, A SUL, E DO BRUTAL DESERTO, A NORTE, TEMOS O BRUTAL PROBLEMA NA BARRA!
Sabem o que é ser um um verdadeiro artista: é isto!
Vai ficar por cerca de 350!..
Canil/gatil: em outubro de 2018 custava 500 mil euros. Em julho de 2019, 300 mil euros era o orçamento aproximado do futuro canil...
Miguel Pereira, vereador do «bem-estar animal» |
"O concurso para a construção do novo centro de recolha e tratamento de animais é
lançado esta semana, segundo
adiantou o presidente da câmara, Carlos Monteiro, na Assembleia Municipal. O equipamento
vai ser construído em Santana,
numa área de 3,2 hectares, por
cerca de 350 mil euros.
Numa primeira fase, o equipamento terá capacidade para 240
cães e 60 gatos. Se se justificar,
serão acrescentados módulos. O
canil inclui uma área descoberta
para 200 canídeos assilvestrados. O vereador Miguel Pereira
disse, recentemente, ao DIÁRIO
AS BEIRAS que a obra não arrancou antes porque não foi possível construir o equipamento na
Várzea de Tavarede nem no Bom
Sucesso, atrasando o processo
vários anos."
Esta nossa barra: Armadores exigem segurança na barra
Vídeo sacado daqui
“Já que os
pescadores não conseguem
através do Ministério das Infraestruturas que haja segurança no porto, que tem falta de
água porque o assoreamento
é mais do que muito, vamos
fazer tudo por tudo pela via
do Ministério do Mar, que tem
pessoas sensíveis e que se desdobram em esforços para que
não se venha sequer a lembrar
o drama do passado”, afirmou
António Lé.
Na Assembleia Municipal, o deputado do PSD Manuel Rascão Marques afirmou que, este ano, a barra esteve aberta um único dia. Confrontado com os números da capitania, o autarca da oposição esclarece na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, que não o tendo especificado no órgão autárquico, pretendia referir-se apenas às embarcações de pesca.
Na Assembleia Municipal, o deputado do PSD Manuel Rascão Marques afirmou que, este ano, a barra esteve aberta um único dia. Confrontado com os números da capitania, o autarca da oposição esclarece na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS, que não o tendo especificado no órgão autárquico, pretendia referir-se apenas às embarcações de pesca.
Por seu lado, António
Miguel Lé disse que foram
“pouco mais de meia dúzia”
os dias em que a barra esteve
aberta para o sector piscatório.
domingo, 28 de fevereiro de 2021
Política figueirense: ar puro precisa-se...
O desenho de Fernando Campos não é inédito. No jornal "A linha do Oeste" servia de cabeçalho a uma rubrica que destacava afirmações dos políticos na campanha eleitoral de 1997. |
Daqui a un meses, temos eleições para escolher quem tomará conta dos destinos da Figueira e das freguesias entre 2021 e 2025.
A escolha, passará maioritariamente por listas de nomes que serão avalizadoss pelos directórios dos partidos.
Há muito que se discute a qualidade dos nossos políticos e da política.
É um lugar comum ouvir dizer que em Portugal os políticos são maus - como se a excelência noutros sectores da sociedade fosse regra e a classe política fosse a triste excepção.
Claro que não é assim: a classe política representa o Portugal real.
Já na década de 30 do século passado, Schumpeter, historiador e ministro da economia austríaco, teorizou sobre a mediocridade na política. Seguindo a sua teoria, a mediocridade na política podia ser extinguida (sic) com a despartidarização da política abrindo esta actividade a outros quadrantes da sociedade, movimentos e associações cívicas, estabilizadas e com credibilidade. Schumpeter, há qause 90 anos, já constatou a dependência das elites das estruturas do Estado dos partidos, prevendo a sua degradação inexorável.
Na Figueira, como no resto do País, existe uma ditadura partidária que só admite para os lugares de topo quem convém ao chefe.
Uma reforma a sério poderia dar uma certa saúde à democracia na Figueira. Mas, isso, nenhum partido quer porque seria contra as práticas internas e contra os interesses dos políticos instalados no poder partidário.
Os políticos falam no bem do partido, mas o objectivo é o seu próprio bem. Importante é ganhar as eleições, como enganar o povo, como fazer demagogia, como fazer propaganda, quando deveriam é pensar o que é que convém ao interesse colectivo e o que é que podiam fazer mais e melhor ou, ao menos, tentar corrigir o que está errado e procurar melhorar as coisas.
Um político não tem, necesssariamente, de ser um técnico competente. Um político tem é que ser capaz de gerir as forças sociais de maneira a introduzir certas reformas e ser capaz de escolher as reformas certas. Isso é que faria um bom político.
Um bom presidente de câmara - e isso até está na ordem do dia na Figueira - não precisa de saber fazer pontes. Precisa é de saber se se deve fazer a ponte ou não, porquê, onde é que se deve fazer e que espécie de ponte.
Depois, precisa de saber comunicar às pessoas a necessidade da ponte.
Mas não tem que saber como é que se faz a ponte.
O problema não é só de pessoas. Mas, também das instituições políticas, nomeadamente os partidos, que promovem e privilegiam a escolha da mediocridade.
Actualmente, uma carreira política não promove o mérito, portanto, acaba por atrair pouca gente de qualidade. Isto, aliás, não é novo: o Eça conta que em algumas casas da burguesia os políticos não eram recebidos porque as senhoras tinham nojo.
Como mudar isto?
A meu ver, só haveria uma maneira, melhor dizendo, uma utopia: se o escrutínio público fosse mais atento, pressionando as lideranças de forma a estas deixarem sobreviver os mais competentes nos partidos.
Na Figueira, estou para ver como é que o PS e o PSD - o centrão do poder desde Abril de 1974 - vão conseguir evitar o mau ambiente político, renovando o ar que lá dentro se respira...
Seiça: até ao momento, "vai-se a ver e nada", tirando o desejo de arranjar "2,7 milhões de euros para estabelizar ruínas"...
Na Figueira, a criatividade na propaganda política vive uma crise terrível, há muitos anos. Quando se aproximam eleições autárquicas, é sempre mais do mesmo. Resumindo e lembrando alguma da matéria já dada sobre este assunto: Seiça, é um convento em ruínas que continua abandonado... Propaganda, é o que continua a preocupar os "nossos" autarcas...
Em 21 de Setembro de 2017, uma notícia publicada no jornal AS BEIRAS, dava conta que o "Convento de Seiça já tinha anteprojeto para preservação".
A Câmara disse que quis saber quanto é que iria custar a preservação das ruínas do convento, mas não obteve resposta.
O ateliê, ficou de avançar as previsões orçamentais dentro de um mês. Entretanto, alertaram que, em obras como aquela, nunca se sabe o que se vai encontrar, pelo que a margem de erro remete para meras estimativas.
Será que já se conhecem os números necessários para a preservação das ruínas?
A empreitada, conforme se podia ler na edição do jornal AS BEIRAS de 21 de Setembro de 2017, a 9 dias da realização das autárquicas desse ano, tem cabimento num programa de fundos europeus.
No fundo, sobre este assunto, os anos vão passando e continua a resumir-se tudo a uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Tirando a agitação e a propaganda, nada de novo...
sábado, 27 de fevereiro de 2021
Autárquicas de 2021, Rio, Santana e a Figueira...
"O nome de Santana Lopes chegou a ser aventado para Coimbra ou para a Figueira da Foz.
Rio não
quis comprar uma guerra com a
concelhia da Figueira da Foz (que
escolheu Pedro Machado para candidato), ao contrário, por exemplo,
de Coimbra, em que optou pelo independente José Manuel Silva, ex-
-bastonário da Ordem dos Médicos,
em detrimento de Nuno Freitas.
Em relação a Santana, ainda é cedo para saber se o PSD contará
com ele como independente."
Para conseguir ler a imagem, clicar em cima.
Imagem via jornal Nascer do Sol.
Em S. Pedro o Leslie e a pandemia não nos afectou todos?.. Ou foi só ao património e ao negócio da junta?..
Na edição de hoje do Diário as Beiras, o presidente da junta de freguesia de S. Pedro, diz que "a pandemia está a gerar prejuízos. Nomeadamente, financeiros."
Mas a quem? - pergunta OUTRA MARGEM.
Segundo o presidente, "à junta de freguesia e aos seus concessionários"!..
E os restantes comerciantes da freguesia? - pergunta OUTRA MARGEM.
A junta «tem cinco espaços comerciais concessionados – três na Praia da Cova, um na Praia do Hospital e outro e junto ao rio – e confeciona as refeições escolares e gere o refeitório do centro escolar local. Com os estabelecimentos e as escolas encerradas, não há receitas.
“Temos tido bastantes dificuldades. Os nossos concessionários estão a pedir-nos ajuda. Estamos a tentar saber, em termos legais, o que poderemos fazer para os ajudar. E ainda temos o problema acrescido no refeitório do centro escolar, que tem quatro funcionários permanentes, pagos pelas refeições que servimos às crianças. Como, neste momento, não há serviço de refeições, é mais um prejuízo enorme para a junta de freguesia, de mais de três mil euros por mês. Durante o confinamento, os salários estão a ser pagos pela tesouraria da junta de freguesia”, afirmou o presidente da junta da freguesia do sul da Figueira da Foz, António Salgueiro.
Por outro lado, ao abrigo da delegação de competências, as juntas de freguesia têm direito às verbas relativas à publicidade dos estabelecimentos comerciais e outros, no entanto, devido à crise pandémica, em 2020, não foram cobradas as respetivas taxas.
“Em 2021, também não iremos receber, devido à pandemia”, disse ainda António Salgueiro.»
“Em 2021, também não iremos receber, devido à pandemia”, disse ainda António Salgueiro.»
Importantes e, pelos vistos, relevantes e preocupantes, são os prejuízos sofridos pela junta!
Será que as pessoas que não têm negócio com a junta de freguesia de S. Pedro também não têm problemas, prejuízos e outras situações complicadas para resolver?
Se têm, desenrasquem-se... A junta tem problemas próprios, e esses para o presidente, é que têm de ser resolvidos prioritariamente...
Assembleia Municipal aprova por unanimidade moção apresentada pelo PSD sobre requalificação da linha do oeste
Ontem,
na Assembleia Municipal, foi aprovada por unanimidade uma moção apresentada pelo PSD, que defende a inclusão no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da requalificação da Linha do Oeste.
A
proposta foi apresentada pelo líder da
bancada social-democrata,
Teotónio Cavaco.
O autarca da oposição frisou a necessidade da apresentação desta moção, devido à omissão
do presidente da câmara,
Carlos Monteiro, sobre a
defesa da inclusão daquele investimento no PRR. O
edil da maioria socialista,
contudo, lembrou que a
Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra,
da qual é vice-presidente,
já tomou uma posição sobre aquele e outros investimentos para região que
deveriam ser incluídos na
“bazuca” da União Europeia.
“É uma moção pertinente”, defendeu o líder da
bancada do PS, João Portugal, quando anunciou o
voto a favor dos socialistas.
Não obstante, deixou claro que não acompanhava as
críticas a Carlos Monteiro,
pelas razões que este apontou.
PSD «vai recorrer a todas as instâncias das "manobras" do PS para evitar eleições em Quiaios»...
"...o MAI foi informado em 21/12/2020 da dissolução da Assembleia da Freguesia de Quiaios, este Ministério dispôs de tempo suficiente para a marcação da eleição, mas não o fez!
Porquê?
O que andou o MAI a fazer entre 21/12/2020 e 21/01/2021? O que fez durante um mês?
A não marcação da eleição traduz-se num prejuízo para a freguesia de Quiaios que não dispõe da possibilidade de voltar à normalidade democrática.
Visto que não existem órgãos da freguesia a funcionar legalmente, como se pode resolver esta situação?
A solução parece residir numa Comissão Administrativa a nomear pelo Governo e que deverá assegurar os assuntos correntes até às eleições gerais autárquicas de 2021.
Esperamos pois que o Sr. Presidente da Câmara requeira com urgência, ao Sr. Ministro da Administração Interna, a nomeação da Comissão Administrativa, porque não existe nenhum órgão de Freguesia.
Lembrar que não é o Partido Socialista que define o que quer para Quiaios é a lei e a população de Quiaios.
Chega de incompetência, de prepotência e na incapacidade de terem um projeto para a Figueira da Foz e para Quiaios.
Não aceitamos estas “manobras” para evitar eleições tentando fazer aparecer um candidato com campanha paga por todos nós.
Temos a intenção de recorrer a todas as instâncias, de anular todas as deliberações tomadas pelo Sr. Ricardo Manuel Rodrigues Santos enquanto hipotético Presidente da Junta bem como as votações em que participou como tal nesta Assembleia Municipal."
Da série, deixem-se de politiquices e exijam mas é soluções políticas aos políticos e técnicas aos engenheiros para os problemas de erosão costeira a sul do estuário do Mondego
Via Diário as Beiras, edição de hoje:
«A Junta de São Pedro está a promover um
abaixo-assinado em defesa
da costa.
A moção propõe
a construção de um quebra-mar paralelo à praia
do quinto molhe, na Cova,
para afastar o mar das dunas e fazer crescer o areal.
Ao final da manhã de
ontem (dia 26 de fevereiro de 2021), um dia depois de
ter sido tornado público, o
abaixo-assinado já contava
com mais de 200 assinaturas.
Por outro lado, na
próxima segunda-feira, o
executivo daquela junta
de freguesia da margem
sul da Figueira da Foz avançará com uma petição pública na internet sobre o
mesmo assunto.
Os documentos serão enviados à
tutela do Ambiente e ao
executivo camarário.»
No passado dia 22 de fevereiro de 2021, no OUTRA MARGEM, deixámos a seguinte postagem:
Como andamos para aqui a alertar há quase 15 anos, o problema é sério e não se compadece com politiquices. Venham de onde vierem. Basta de demagogia política, venham soluções.
Deixo uma sugestão, aliás, conhecida dos técnicos, há muito...
Na passada quinta- feira, via Diário de Coimbra, lemos a seguinte notícia:Espero que isto sejam contributos sérios para a resolução de um problema que já atormenta as populações do sul do concelho da Figueirada Foz, há demasiados anos.
Não quero, sequer, colocar a hipóteses destas movimentações aconteceram em 2021 por ser ano de eleições autárquicas. Para demagogia e propaganda política, chega o que chega. Basta.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Como se acabou na Figueira o mito Santana...
Chopin não compunha para violinos: toda a obra do compositor foi escrita para piano.
Santana, "o menino guerreiro", «tem charme e fama de ‘playboy’.» Eterno ‘enfant térrible’ do PPD/PSD, os seus próprios apoiantes admitem que “acelera primeiro e pensa depois”. Mesmo quem não o conhece pessoalmente define-o como um animal político, "age por impulso e não por instinto". E até já aprendeu a tocar piano.
Porque não é possível afastar a incerteza da política, em certos momentos a confiança torna-se necessária. Cautela e caldos de galinha, porém, nunca fizeram mal a ninguém.
FOTO VIA OBSERVADOR |
"Take it easy." Em vez das certezas partilhadas, o que se exigia era uma espécie de solidão visionária e inspirada. O recato, nas ocasiões certas, muitas vezes está na origem dos mitos.
Uma comédia romântica com uma péssima encenação...
Via Diário as Beiras
Foi sem imaginação ou criatividade que esta peça de teatro foi levada à cena. Aborreceu, sobretudo, pela previsibilidade do desfecho final. Todavia, neste caso o importante era mesmo alcançar o fim, e não usufruir da viagem.E era tão fácil de prever como esta comédia iria acabar. Com mais ou menos variações de pormenor, o que os personagens fizeram para lá chegar também nunca se demarcou das mesmas rotinas. Depois, há jovens políticos que não se cansam de apostar no "cavalo errado". Assim, dificilmente conseguirão chegar lá....
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