domingo, 24 de janeiro de 2021

Onde é que estão, em 2021 na Figueira, as vozes da utopia e da liberdade com menos de 40 anos?.

 
Em dia de cofinamento (já votei na semana passada), dou comigo a pensar como as coisas mudaram na Figueira nas últimas décadas.
Na nossa cidade, não consigo ouvir uma voz desinteressada, livre e democrática, com menos de 40 anos.
Os poucos que andam por aí, «sabemos o que querem e ao que andam».
As coisas são o que são. Se calhar sempre foram assim...

Já o percebi há muito. 
Antes percebê-lo antes que depois.
Porém, não podemos esquecer que nunca existiu depois, sem ter primeiro ter existido antes.
Vivemos numa cidade (se calhar também num País...) onde parece que toda a gente se resignou.
Se forem questionados, negam ser fatalistas. Todavia, todos se regem pelo comodismo seguidista, a pretensa ordem natural das coisas - na vida e na política dentro dos partidos locais.
 
Foi por isso que nunca me consegui integrar em qualquer partido.
Nunca pactuei com o cinismo em estado puro e a cobardia em todo o seu esplendor.
Nunca tive medo de perder, medo de ousar, medo de ir contra as maiorias, medo de ir contra quem tem o poder.

Sempre corri em pistas na outra margem da cidade dos figueirinhas.
Não sou saudosista. Mas ser jovem hoje na Figueira, é diferente do que era nas décadas 70 e 80 do século passado.
A Figueira dividiu-se em três: a dos que assistem no sofá, como se nada fosse com eles. Os que se escondem. E os redentores Carlos Monteiro e João Portugal (e as suas claques seguidistas tipo terceiro-mundistas..), que se disponibilizam a fazer o grande sacríficio de pensar, governar, decidir por (quase) todos os figueirenses.

Do pluralismo

"Este é o painel de comentadores de uma TVI controlada por piratas laborais para as emissões presidenciais: Paulo Portas, Miguel Sousa Tavares, Manuela Ferreira Leite, Fernando Medina e Rui Moreira.
Na SIC, pelo menos, permitem a entrada de um intelectual de esquerda, que chega e sobra para dois facilitadores de direita e de extrema-direita: Luís Marques Mendes, José Miguel Júdice e Francisco Louçã são os comentadores. 
Apoiantes de João Ferreira ou de Ana Gomes não podem comentar. 
Este é o pluralismo de análise nas televisões ditas privadas criadas pelo cavaquismo."

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sábado, 23 de janeiro de 2021

Da "esperança", que está difícil de lobrigar, passando pela "realidade e o futuro"...

 Via Diário as Beiras

Sintético do Cova-Gala: espero que não seja preciso esperar mais 3 anos...


Como podem conferir aqui, o contrato de adjudicação para o piso de relva sintética para o Campo do Grupo Desportivo Cova-Gala aconteceu no passado dia 03.12.2020, pelo preço contratual de 144.900,00 € e com o prazo de execução de 90 dias. A empresa adjudicatária, a Playpiso, infraestruturas e equipamentos desportivos, S.A., é a mesma que tem a responsabilidade das obras que estão em curso no Municipal José Bento Pessoa, que começaram em 2 de Agosto de 2019 e tinham um prazo de execução de 90 dias...
Imagem sacada daqui

Montemor-o-Velho vai efectuar testes de rastreio à covid-19 a todos os membros das mesas de voto e equipas de apoio às eleições presidenciais

 Via Diário as Beiras

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Covid-19: por motivos alheios à Câmara hoje não há dados...

"... o sentimento generalizado da sociedade figueirense é que podemos ainda melhorar em muitos aspectos»...


«Na minha visão devem existir alguns desígnios centrais na agenda concelhia. O primeiro deve ser a questão da erosão costeira, é por demais importante resolver a situação que afeta as nossas praias. Acho que já ninguém dúvida que o nível do mar está a subir e futuramente a marés podem ser ainda mais perigosas. Esta matéria não é um pormenor, é uma questão de manutenção de povoações e infraestruturas.»

A malta está a organizar-se no confinamento...

Na Figueira não pode ser sempre carnaval...

 "Canceladas iniciativas previstas para o Carnaval"

Neste difícil momento que atravessamos, todos somos poucos para ajudar: "Vereadores Carlos Tenreiro e Miguel Babo solidários com agentes da saúde, forças de segurança e autarquia"

Não é por pedantismo, preciosismo ou por querer mostrar qualidades maiores do que as nossas, mas...

Ontem, pelas 9 horas e 7 minutos, publiquei esta postagem.


Algumas horas depois, pelas 14 horas e 30 minutos, o Município da Figueira da Foz reativa o Plano de Contingência para Idosos e Pessoas em situação de Isolamento Profilático e Quarentena, sem Resposta Social.
Só podemos sublinhar e divulgar este importante apoio.

Manifesto contra a arrogância


«Não gosto de manifestos. Mas deixo aqui o meu.

Não gosto dos que não são generosos. Dos que se acham especiais e a última coca-cola no deserto…
Cala-te, Luís.
Já chega.
Diz-me o grilo falante.
Chega, Luís.
Mas não chega.
Não chega porque domingo são as eleições e há um fascista no boletim de voto. E não deveria ser permitido que tal acontecesse.
Não chega.»

Já que não posso ir passear para o Cabedelo por causa do confinamento e do tempo e também não me apetece ver televisão...



O Cabedelo foi fechado. 
E, ao contrário do que acontece hoje na marginal citadina (Avenidas 25 de Abril e do Brasil), não foi o confinamento, nem o mau tempo, que o fechou.

Ao longo da vida sempre fui um self-made man. 
Mas, puro, autêntico, concreto e absoluto. 
Bem ou mal, foi assim. Bem ou mal, é assim.

Venho de uma família modesta, mas onde, desde sempre, a verdade, a autencidade e a seriedade são valores fundamentais.
Foram valores preservados e transmitidos às gerações que me antecederam e às que me vão seguir.

Em casa, desde sempre, os estímulos para a leitura vieram do meu Pai. 
Morreu jovem em 1974. Tinha 47 anos de idade.
Antes de mim, tirando o meu Pai, não havia leitores na minha família.

Com as novas gerações, a minha filha, as minhas sobrinhas, o meu sobrinho, tudo mudou.
Se na minha famíla houve antepassados analfabetos, depois de mim já existem vários licenciados e uma com um Mestrado de 19 valores.

Na minha juventude, na minha Aldeia, fosse no círculo familiar, ou num espectro mais alargado, eu fui das poucas aves raras que tinham gosto e apetência pela leitura. 
Muito jovem, lia tudo a que tinha acesso: jornais (sobretudo, os desportivos que o meu Pai comprava quando estava em terra no intervalo das viagens à pesca), os romances que ele comprava em segunda mão num alfarrebista em Lisboa, os livros que o carro Biblioteca da Gulbenkian emprestava.

Depois, quando comecei a ganhar algum dinheiro comecei a comprar os meus primeiros livros. Até hoje nunca mais parei. 
Não tenho os que quero. Tenho os que posso, pois o dinheiro nunca abundou para as bandas deste jovem há muito tempo.

Num País onde muita pouca gente continua a ler, continuo a sentir-me uma ave rara. 
Por vezes, mesmo algo exótica.
Chego a ter inveja daquele género de pessoas que levam a vida ao nível da inutilidade intelectual. Não veem, não olham, não reparam e não falam.
Como diz o povo, «eles é que a levam direita».

«O mundo é dos burros e dos espertos», ouve-se dizer muitas vezes.
Porventura, será assim em alguns casos.
Essa, aliás, é a normalidade nos dias de hoje.

Todavia, este jovem há muito tempo, ainda não teve necessiade de ir parar ao hospital psiquiátrico. 
Todos sabemos que a normalidade actual, é a nova loucura. 
Mas não se pense que me sinto bem na pele de marginal, ou ovelha perdida do rebanho.

Aliás, nem admito que seja assim: como a maior parte casei, tive uma filha e divorciei-me.
Marginal ou ovelha perdida porquê? 

E tenho uma mais valia de que poucos se podem gabar: tenho gente em quem confio e a quem me posso confessar sem medo.
São os Amigos. E as Amigas.
Quem, como eu tem Amigos e Amigas, só pode ser um gajo porreiro. E rico.
Resumindo: isto, hoje, vai ainda vai dar chuva...

Isto é para levar a sério

«Em toda a marginal (avenidas 25 de Abril e do Brasil), junto à entrada para os passadiços da praia, barreiras metálicas proíbem a passagem de peões, uma medida que visa evitar a aglomeração de populares de forma a cumprirem-se as determinações do Governo para travar a pandemia.

De igual forma, é possível ver já junto à marginal oceânica, nomeadamente na zona de Buarcos/Tamargueira, diversas barreiras metálicas que serão colocadas com este propósito.
Segundo adiantou ao Figueira Na Hora o presidente da Câmara Municipal, estas barreiras serão colocadas, previsivelmente ainda hoje, impedindo a passagem na marginal da zona do cemitério para a frente, ficando como alternativa a via interior, a Rua D. Maria.
Explica ainda Carlos Monteiro que idêntico procedimento será tomado na estrada junto às muralhas de Buarcos, que ficará interditada ao trânsito automóvel e pedestre.
O confinamento é para as pessoas estarem em casa, não para andarem a correr sem máscara ou a passear. Temos todos de contribuir para a redução e achatamento da «curva», é urgente que todos o façamos. A situação é grave e veja-se que das 10 camas que foram acrescentadas à capacidade do Hospital Distrital da Figueira da Foz, já só estão quatro disponíveis”.»

Foi o que se arranjou...

 Imagem via Diário as Beiras