Contando já com o parecer favorável da Direção-Geral do Património Cultural, a iniciativa visa promover o reconhecimento do valor identitário das referidas construções palafíticas intrinsecamente ligadas à Arte-Xávega local, assinalando e preservando a sua singularidade face a todas as outras ao longo da costa norte portuguesa, de modo a acentuar a sua expressividade sociocultural e reforçar o seu potencial turístico.
Ambos datados do século XIX, os palheiros foram adquiridos pela Câmara Municipal de Cantanhede e posteriormente transferidos do areal para a entrada da zona urbana, onde foram sujeitos a obras de reabilitação e adaptação para os fins a que se destinavam, bem como para ajudar a manter e estimular a conservação da identidade da Praia da Tocha, que de resto é percetível em outras construções e na atmosfera urbanística que a caracteriza.
Todos os povos conheceram uma fase de expansão cultural, de difusão dos seus modos de vida e valores, e todos os povos devem pretender, em todo o momento, manter as suas particularidades, as suas formas, o seu conteúdo vital e cultural como garantia de sobrevivência na História.
A identidade é, por definição, a qualidade do idêntico, mas num mundo em constante evolução, onde a realidade tende para uma constante diversificação, o “idêntico” pode resultar num conceito equívoco e ter-se-ia que falar de afinidades e não de igualdades.
S. Pedro é uma mera entidade administrativa. Não tem alma.
Cova e Gala é a nossa Identidade, a nossa História, a nossa Alma.