sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Covid-19: surto na Fontela e nas escolas


Imagens via Diário as Beiras

Agora que o COVID-19 está a atacar a sério, tenham atenção ao conselho da Acção Social municipal:

"O Município da Figueira da Foz e a Autoridade de Saúde Pública recomendam que seja cada vez mais prudente e cumpra todas as medidas de proteção individual recomendadas.

Seja um agente de saúde pública!"
Cuide de si. Cuide de todos!"

Registe-se a atitude do Paulo Pinto, presidente de Junta do Paião:

«Polícia faz buscas na casa de ministro da Saúde»

 Calma: é em França...

Ortopedia do HDFF encerrada devido a surto de Covid-19

Via Diário de Coimbra
"Na noite de quarta-feira, três doentes internados no Serviço de Ortopedia do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) e um funcionário testaram positivo para a Covid-19. Uma situação que não criou qualquer alarmismo, mas que obrigou ao encerramento do serviço ontem e hoje. «Agora estamos a fazer todo trabalho de isolamento, selecção de profissionais que contactaram com eles (infectados), para avaliar este surto, localizá-lo e sustê-lo», explicou ao nosso jornal o presidente do Conselho de Administração daquela unidade de saúde."

O medo vai ter tudo

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Da série, de parque verde a retail park...

Aos poucos, as superfícies comerciais estão a ocupar o espaço.

INAUGURAÇÃO DO POSTO NÁUTICO DA NAVAL REMO ADIADA...


Face ao atual estado da Pandemia pelo vírus COVID-19 e em virtude do governo ter decretado o Estado de Calamidade, o Núcleo de Antigos Remadores da Associação Naval 1º de Maio informa que a inauguração prevista para o próximo dia 17 de outubro às 17H00 se encontra cancelada.
Oportunamente, será comunicada nova data para a realização da cerimónia de inauguração.

"O nosso pulmão verde, a maravilhosa Serra da Boa Viagem, nunca deverá ser tutelada pelo Município"


Via Diário as Beiras

«Grupo lembra, na carta a que a Lusa teve acesso, que três anos após o incêndio que devastou a quase totalidade do Pinhal de Leiria não foram levadas a cabo “quaisquer ações de relevo no terreno”»

Três anos depois, o Pinhal de Leiria continua pouco mais do que um monte de cinzas sem trabalhos de reflorestação em curso, para lá de ações pontuais pouco mais do que simbólicas, sem o investimento público necessário à sua regeneração e à manutenção do pinhal sobrevivente e sem um real compromisso do Estado na recuperação da área ardida”, escrevem. 
O grupo chama também a atenção para uma nova ameaça ao Pinhal de Leiria: “as espécies invasoras que impedem a regeneração natural, sufocando os pinheiros entretanto nascidos naturalmente, a falta de meios humanos e de investimento que garanta a boa manutenção e a regeneração daquela área natural”.

Rui Curado da Silva, via Diário as Beiras

«Discordo que a Serra da Boa Viagem seja tutelada pelo município.
... tendo em conta a visão estética e urbanística deste executivo que permitiu o multiplicar sem controlo das grandes superfícies comerciais à volta da Figueira, deixando impermeabilizar extensas áreas, algumas delas atravessadas pelos cursos de água com origem na própria Serra da Boa Viagem, sinceramente teria muito receio que essa tutela ainda pudesse resultar na abertura de um supermercado daquelas empresas que pagam impostos na Holanda em pleno Miradouro da Bandeira. Não. Discordo.»

COVID-19: nas três últimas semanas, registaram-se casos positivos e focos de contágios envolvendo várias escolas do concelho

Isoladas duas turmas da escola do Paião

Via Diário as Beiras 

Democracia: estamos a ficar longe...

"Não usar máscara na rua ou não ter app StayAway Covid na escola poderá dar multa até 500 euros.

A proposta do Governo deu entrada na Assembleia da República durante a noite desta quarta-feira e terá ainda de ser aprovada pelo Parlamento."


Vamos continuar a brincar ao faz de conta e fingir que ninguém percebe a diferença entre instalar uma app no telemóvel por livre e espontânea iniciativa e instalar uma app no telemóvel por decreto governamental...

Sinal de fraqueza...

Tentar desautorizar os críticos sempre foi a estratégia dos poderosos que se sentem em risco.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O estranho mundo do futebol

"SELEÇÃO PORTUGUESA ESTÁ A ENFRENTAR UM SURTO"...

Se aparecer um caso de COVID-19 num barco de pesca, a embarcação fica amarrada ao cais... 

Se um jogador de uma selecção estiver infectado, há jogo... 

O espectáulo não pode parar...

Costa e Marcelo: vão gozar com o catorze. Eu sou o quinze...

"O princípio que nunca houve, o mandato único que jamais existiu"

28 de Outubro de 2005: Presidente da República [Jorge Sampaio], sob proposta do Governo [de José Sócrates], nomeia Oliveira Martins como novo presidente do Tribunal de Contas.

20 de Novembro de 2009: Presidente da República [Cavaco Silva], sob proposta do Governo [de José Sócrates], reconduz Oliveira Martins como presidente do Tribunal de Contas.

13 de Novembro de 2013: Presidente da República [Cavaco Silva], sob proposta do Governo [de Passos Coelho], reconduz Oliveira Martins como presidente do Tribunal de Contas.

19 de Maio de 2016: Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa], sob proposta do Governo [de António Costa], nomeia Vítor Caldeira como novo presidente do Tribunal de Contas.

4 de Outubro de 2020: Governo decide não reconduzir Vítor Caldeira como presidente do Tribunal de Contas - proposta que o Presidente da República aceita.

6 de Outubro de 2020: António Costa justifica afastamento de Caldeira invocando o «princípio da não-renovação de mandatos em funções de natureza judiciária».

8 de Outubro de 2020: Marcelo Rebelo de Sousa justifica assim a decisão: «A revisão constitucional de 1997 estabeleceu um mandato único para o presidente do Tribunal de Contas».

Leitura complementar:

As sete críticas do Tribunal de Contas que não caíram bem em São Bento

De Pedro Sousa Carvalho, no Eco.

Por baixo do fato de gala, o corpo podre da democracia...

"Isabel Damasceno foi eleita para a presidência da CCDRC, com 1.909 votos num universo de 2.836 eleitores. Na eleição, participaram 2.420 membros do colégio eleitoral, composto por autarcas dos 77 municípios da região Centro envolvidos no sufrágio. Segundo os resultados definitivos do ato eleitoral, revelados hoje pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), foram registados 416 votos brancos e 95 nulos. Presidente social-democrata da Câmara de Leiria, entre 1998 e 2009, a economista Isabel Damasceno Vieira de Campos Costa, de 64 anos, já liderava a CCDRC desde o início do ano, tendo sido então nomeada por despacho da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa."
Via Jornal de Notícias

Na hora em que os constrangimentos tácitos vêm à tona de água

"O PS e o BE aprovaram, ontem, na AssembleiaMunicipal da Figueira daFoz o contrato do empréstimo bancário, contraídopela câmara, para pagar aindemnização aos credores das obras de reabilitação do Paço de Maiorca"...

Há três novos rostos e zero surpresas nas presidências das CCDR

«O PCP criticou esta terça-feira o “logro” do processo de eleição indireta dos presidentes das comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e ironizou com este processo de “democratização” que une PS e PSD para “impedir a regionalização”.»

"Eleições para as cinco comissões de coordenação realizaram-se esta terça-feira em todo o país. A CCDR alentejana era a única em que havia duas candidaturas. Ganhou o candidato socialista. 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Raiva, um filme que "procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida aqueles que viviam com menos do que pouco. " ...

A tragédia que atingiu a vida de António Dias Matos aconteceu no início dos anos 30 do século passado no Cantinho da Ribeira, um monte perto de Beja. A vida que acabou abatida pela GNR inspirou o livro Seara de Vento de Manuel da Fonseca e está, agora, nos grandes ecrãs no filme Raiva de Sérgio Tréfaut, que leva os espectadores ao Alentejo durante o Estado Novo e fala sobre as relações de poder e da pobreza vivida na altura. 
A obra-prima de Manuel da Fonseca foi publicada em 1958 e esteve interdita pelo Estado Novo até 1947. Exemplo máximo do neo-realismo português, o livro tem como base a luta entre ricos e pobres, entre quem possui terras e quem a trabalha - e centra-se no drama de uma família atingida pela miséria e pela injustiça. Agricultor e pai de sete filhos, António Dias Matos (que no livro se chama Palma) foi acusado de roubar um latifundiário e, consequentemente, deixou de ter quem lhe desse trabalho, numa sociedade onde as forças das famílias ricas, e da própria GNR, oprimiam violentamente os camponeses. Apesar dos protestos da filha, Matos dedica-se ao contrabando, decisão que molda o futuro de toda a família. A mulher é detida e forçada a confirmar a actividade ilegal a que o marido se dedicava, acabando por se suicidar. 
Depois de cumprir pena de prisão, o camponês vai a casa do latifundiário e mata-o, a ele e ao filho, com tiros de caçadeira. Refugia-se em casa, é cercado pela GNR, durante mais de dez horas, e acaba por ser abatido pelas autoridades. 
Filmado a preto e branco, Raiva procura contar a luta pela sobrevivência, a fome, a morte e a vida daqueles que viviam com menos do que pouco. "Filmar assim é um acto de resistência e um dever para com todos os que viveram assim, para que as suas vidas e as suas histórias não sejam totalmente apagadas", disse Tréfaut, em entrevista ao Observador, onde confessou que chegou a pensar chamar O Pão ao filme por todas as personagens terem fome.  
Gostaria de não ter razão neste meu desassossego. Há quem continue a tentar defender o que existia antes do 25 de Abril. Prefiro seguir o meu caminho. Pensar pela minha cabeça: pensar e saber dizer não. Nunca me irei conformar com este rotativismo reacionário que perdura desde 1976.