quarta-feira, 29 de abril de 2020
terça-feira, 28 de abril de 2020
Da série fuga para a frente...(Esperemos que a promessa do multiusus tenha sucesso, ainda que a esperança não seja muita...) 2
"Embora tema de conversa e de referência de interesse em determinados círculos figueirenses desde há vários anos, a inclusão da construção de um Pavilhão multiusos enquanto parte do “top-3” das prioridades da autarquia tem apenas alguns dias.
De facto, na entrevista que o atual presidente da Câmara da Figueira concedeu a este jornal, a propósito do primeiro aniversário da sua ascensão ao cargo, depois de dez anos de vice-presidência intermitente, ficámos a saber que à (parada? demorada?) requalificação do estádio municipal se seguirão as construções da piscina municipal coberta e depois a de um pavilhão multiusos com caráter desportivo (de acordo com as mesmas declarações, ainda está a ser trabalhado se o mesmo será um multiusos ou se os equipamentos devem ser distintos)…
E é assim que se vai vivendo na Figueira: sem que se tenha sequer a ideia do que verdadeiramente se quer, nem porquê nem para quê, nem pago por quem ou até em que local, aí está o dito como prioridade absoluta!
Numa altura em que a preocupação do povo ainda é sobretudo sanitária e de contenção do vírus e do seu rasto triste e infeliz que vai deixando, deveria fazer parte da ação do Presidente da Câmara garantir que, no dia seguinte, o concelho da Figueira está preparado, de forma efetiva e com os instrumentos adequados, para enfrentar o desemprego, as necessárias adaptação e transição industriais, a emergência climática, a urgente coesão, o novo digital, a reorganização tão difícil do sector do turismo, a defesa das ligações ferroviárias, afinal as áreas fundamentais para auxiliar a sair da convalescença os residentes e/ou trabalhadores no nosso concelho, perspetivando o regresso dos que nos queiram visitar.
Assim, neste momento trágico, não posso aceitar que a construção de um novo pavilhão na sede do concelho (e em tantas freguesias há pavilhões degradados ou mesmo incompletos…) possa sequer constar das preocupações de quem nos governa, muito menos elegê-la como prioritária. Haja respeito por quem está a sofrer!"
Via Diário as Beiras
De facto, na entrevista que o atual presidente da Câmara da Figueira concedeu a este jornal, a propósito do primeiro aniversário da sua ascensão ao cargo, depois de dez anos de vice-presidência intermitente, ficámos a saber que à (parada? demorada?) requalificação do estádio municipal se seguirão as construções da piscina municipal coberta e depois a de um pavilhão multiusos com caráter desportivo (de acordo com as mesmas declarações, ainda está a ser trabalhado se o mesmo será um multiusos ou se os equipamentos devem ser distintos)…
E é assim que se vai vivendo na Figueira: sem que se tenha sequer a ideia do que verdadeiramente se quer, nem porquê nem para quê, nem pago por quem ou até em que local, aí está o dito como prioridade absoluta!
Numa altura em que a preocupação do povo ainda é sobretudo sanitária e de contenção do vírus e do seu rasto triste e infeliz que vai deixando, deveria fazer parte da ação do Presidente da Câmara garantir que, no dia seguinte, o concelho da Figueira está preparado, de forma efetiva e com os instrumentos adequados, para enfrentar o desemprego, as necessárias adaptação e transição industriais, a emergência climática, a urgente coesão, o novo digital, a reorganização tão difícil do sector do turismo, a defesa das ligações ferroviárias, afinal as áreas fundamentais para auxiliar a sair da convalescença os residentes e/ou trabalhadores no nosso concelho, perspetivando o regresso dos que nos queiram visitar.
Assim, neste momento trágico, não posso aceitar que a construção de um novo pavilhão na sede do concelho (e em tantas freguesias há pavilhões degradados ou mesmo incompletos…) possa sequer constar das preocupações de quem nos governa, muito menos elegê-la como prioritária. Haja respeito por quem está a sofrer!"
Via Diário as Beiras
Proposta para incluir na Ordem de Trabalhos da Reunião de Câmara Municipal da Figueira da Foz a realizar dia 4 Maio de 2020...
"O PSD Figueira da Foz vai propor, que o Município da Figueira da Foz, através de Protocolo com a Concessionária “Águas da Figueira”, proceda à redução dos Tarifários de Água, e Saneamento de abril a setembro."
COVID19, um tiro em cheio no sector da comunicação social
"A crise da Comunicação Social deve-se a vários fatores. Uns surgem-lhe como elementos externos à sua vontade, outros resultam de responsabilidade próprias.
Uns são estruturais e obedecem a objetivos estratégicos do poder dos mercados e das suas instituições, outros resultam da substituição da informação por notícias, verdadeiras ou falsas, que servem poderes subversivos e atacam a democracia e outros, ainda, podem residir na subversão da profissão de jornalista. Sobre esse caldo de pressões e de irresponsabilidades é evidente, também, a incapacidade do poder político criar barreiras à penetração de poderosas multinacionais que roubam, sem contemplações, as receitas de uma atividade que precisa de uma dimensão nacional.
Entre as causas externas encontra-se a expansão, radical e rápida, das transformações no mercado de comunicação, tanto no que se refere a formas de a fazer, como quanto à apreensão da informação: as plataformas que dão vida a redes sociais, a desmultiplicação de suportes de informação, a concorrência de múltiplas formas de suporte de informação.
Os detentores de meios de Comunicação Social não souberam nem antever nem acompanhar o que estava a acontecer e muito menos fazer-lhe frente. Aderiram em massa à inovação em marcha (ofereceram a sua produção na Internet ao mesmo tempo que a queriam vender em papel), ignorando, por interesses imediatos, que ela viria a cavar a sua sepultura. Os jornalistas - trabalhadores qualificados e relevantes nas nossas sociedades - não são os grandes responsáveis dos problemas existentes, contudo têm todo o interesse em proceder a uma análise crítica do percurso feito e em encontrar saídas. E podem ajudar a construí-las.
Os jornalistas acabaram por sofrer em grande medida às suas próprias mãos. Inicialmente agiram como se estivessem protegidos pelos poderes emergentes, que por vezes catalogaram facilmente de modernidade.
Segundo, não resistiram às ideias dominantes de desarticulação das instituições representativas e de libertação de poderosas forças da sociedade sem contrapoderes. Por vezes têm feito parte de processos que atacam as instituições de mediação indispensáveis ao funcionamento da democracia.
Terceiro, ao vestir individualmente a camisola de uma concorrência que não era a sua, não conseguiram contrapor-se à opção recessiva adotada pelos grupos de Comunicação Social - cortes de pessoal, degradação do produto, menos audiências, menos receitas, mais cortes de pessoal. Reproduziu-se neste setor a desigualdade social que se vive em amplos setores por todo o país: chefes muito bem pagos a coordenar jornalistas recém-criados mal pagos e explorados.
Deste cenário todo e com a publicidade a ser canibalizada pelas multinacionais, como o Google e o Facebook, em prejuízo dos grupos nacionais, resultou que não só os produtos não mudaram como, pior ainda, a informação tradicional e credibilizada mimetizou aquilo que as novas formas de produção de notícias fornecem: a notícia do momento (verdadeira ou falsa) sem preocupação informativa, o superficial, o risível.
A crise que se vive é a expressão, neste sector, dos objetivos e práticas do sistema capitalista, nesta sua fase de neoliberalismo, de financeirização da economia e mercantilização do trabalho, com um pensamento dominante e uma forma de estar na vida social. A classe profissional jornalistas, como outras, tem tolerado em demasia este rumo, tendo apenas reações típicas de agentes assustados.
Como se reverte isto?
Os órgãos de poder não podem ficar indiferentes. O espaço da Comunicação Social é público e é concessionado e, como tal, o Estado deve ter uma palavra. Intervir mas com princípios e regras inerentes ao Estado Social de Direito Democrático e não com remendos dando dinheiro ou proteções a entidades ou empresas que continuarão a reger-se pela lógica de um Estado ao serviço dos mercados.
O Estado é imprescindível na regulação, por outro lado, poderá agir quer na criação de limites a plataformas de contrainformação, quer no fomento de experiências alternativas com apoios a grupos nacionais, escrutinados, que ajudem a modificar positivamente o panorama que temos. Mas o Estado está longe de poder fazer tudo."
Este texto tem mais de 2 anos. Foi escrito por Manuel Carvalho da Silva no início de Dezembro de 2018 e foi publicado no Jornal de Notícias.
A crise da comunicação social já vem de longe, mas esta crise do COVID19 agravou-a: a quebra abrupta da actividade económica, tinha de ter efeitos na publicidade. Se não se vende não se promove.
A comunicação social tem nas receitas publicitárias uma boa parte do seu equilíbrio financeiro. Contudo, também depende do número de leitores ou espectadores.
Seria de todo o interesse ser pluralista. Por isso, é que os canais de televisão, estações de rádio e a maioria dos jornais, se afirmam “independentes”. Todavia, essa independência, na prática, consiste quase sempre numa atitude reverencial perante o poder.
A fragilização dos colectivos redactoriais teve consequências: «A assessoria de imprensa trabalha em cima das brechas do jornalismo», nomeadamente a falta de meios humanos e de tempo para pensar. «A tendência vai no sentido da diminuição da cobertura jornalística por iniciativa dos jornalistas e do aumento do aproveitamento do que vem das agências».
Há quem considere que "não é a crise dos media que faz perigar a democracia; é a democracia que está em perigo com media destes"...
Há quem "não precise para nada de media que se alvoroçam contra «fake news» e «redes sociais» onde, porém, se encontra todos os dias informação, dados, perguntas, dúvidas, debate, críticas que escapam aos media, miseravelmente."
Há até quem se "agonie com a reverência dos media perante primeiro-ministro e governo, a passividade e falta de contraditório com que acolhem todos os ditames."
Um dia li que "o especialista é o único que sabe que nem os especialistas percebem nada do assunto."
Como leitor de jornais há 50 e tal anos (com 10 de idade, não todos os dias (só quando o meu estava em casa no intervalo das viagens ao Cabo Branco...), mas tinha acesso a jornais como A Bola, O Mundo Desportivo, O Primeio de Janeiro, o Diário de Notícias, o Século), penso que a crise (que não é recente) tem vários culpados.
Os meios de comunicação social já vivem num mar encapelado e cheio de dificuldades, pelo menos, há cerca de 30 anos, mas na última dezena de anos o problema agravou-se. A crise provocada pela pandemia foi um tiro em cheio. O Presidente Marcelo, que sabe para que serve a comunicação social, melhor do que ninguém, em Dezembro de 2019 (antes da pandemia...) já andava a alertar: "os poderes públicos têm de colocar a comunicação social no centro das prioridades e das medidas orçamentais."
Uns são estruturais e obedecem a objetivos estratégicos do poder dos mercados e das suas instituições, outros resultam da substituição da informação por notícias, verdadeiras ou falsas, que servem poderes subversivos e atacam a democracia e outros, ainda, podem residir na subversão da profissão de jornalista. Sobre esse caldo de pressões e de irresponsabilidades é evidente, também, a incapacidade do poder político criar barreiras à penetração de poderosas multinacionais que roubam, sem contemplações, as receitas de uma atividade que precisa de uma dimensão nacional.
Entre as causas externas encontra-se a expansão, radical e rápida, das transformações no mercado de comunicação, tanto no que se refere a formas de a fazer, como quanto à apreensão da informação: as plataformas que dão vida a redes sociais, a desmultiplicação de suportes de informação, a concorrência de múltiplas formas de suporte de informação.
Os detentores de meios de Comunicação Social não souberam nem antever nem acompanhar o que estava a acontecer e muito menos fazer-lhe frente. Aderiram em massa à inovação em marcha (ofereceram a sua produção na Internet ao mesmo tempo que a queriam vender em papel), ignorando, por interesses imediatos, que ela viria a cavar a sua sepultura. Os jornalistas - trabalhadores qualificados e relevantes nas nossas sociedades - não são os grandes responsáveis dos problemas existentes, contudo têm todo o interesse em proceder a uma análise crítica do percurso feito e em encontrar saídas. E podem ajudar a construí-las.
Os jornalistas acabaram por sofrer em grande medida às suas próprias mãos. Inicialmente agiram como se estivessem protegidos pelos poderes emergentes, que por vezes catalogaram facilmente de modernidade.
Segundo, não resistiram às ideias dominantes de desarticulação das instituições representativas e de libertação de poderosas forças da sociedade sem contrapoderes. Por vezes têm feito parte de processos que atacam as instituições de mediação indispensáveis ao funcionamento da democracia.
Terceiro, ao vestir individualmente a camisola de uma concorrência que não era a sua, não conseguiram contrapor-se à opção recessiva adotada pelos grupos de Comunicação Social - cortes de pessoal, degradação do produto, menos audiências, menos receitas, mais cortes de pessoal. Reproduziu-se neste setor a desigualdade social que se vive em amplos setores por todo o país: chefes muito bem pagos a coordenar jornalistas recém-criados mal pagos e explorados.
Deste cenário todo e com a publicidade a ser canibalizada pelas multinacionais, como o Google e o Facebook, em prejuízo dos grupos nacionais, resultou que não só os produtos não mudaram como, pior ainda, a informação tradicional e credibilizada mimetizou aquilo que as novas formas de produção de notícias fornecem: a notícia do momento (verdadeira ou falsa) sem preocupação informativa, o superficial, o risível.
A crise que se vive é a expressão, neste sector, dos objetivos e práticas do sistema capitalista, nesta sua fase de neoliberalismo, de financeirização da economia e mercantilização do trabalho, com um pensamento dominante e uma forma de estar na vida social. A classe profissional jornalistas, como outras, tem tolerado em demasia este rumo, tendo apenas reações típicas de agentes assustados.
Como se reverte isto?
Os órgãos de poder não podem ficar indiferentes. O espaço da Comunicação Social é público e é concessionado e, como tal, o Estado deve ter uma palavra. Intervir mas com princípios e regras inerentes ao Estado Social de Direito Democrático e não com remendos dando dinheiro ou proteções a entidades ou empresas que continuarão a reger-se pela lógica de um Estado ao serviço dos mercados.
O Estado é imprescindível na regulação, por outro lado, poderá agir quer na criação de limites a plataformas de contrainformação, quer no fomento de experiências alternativas com apoios a grupos nacionais, escrutinados, que ajudem a modificar positivamente o panorama que temos. Mas o Estado está longe de poder fazer tudo."
Este texto tem mais de 2 anos. Foi escrito por Manuel Carvalho da Silva no início de Dezembro de 2018 e foi publicado no Jornal de Notícias.
A crise da comunicação social já vem de longe, mas esta crise do COVID19 agravou-a: a quebra abrupta da actividade económica, tinha de ter efeitos na publicidade. Se não se vende não se promove.
A comunicação social tem nas receitas publicitárias uma boa parte do seu equilíbrio financeiro. Contudo, também depende do número de leitores ou espectadores.
Seria de todo o interesse ser pluralista. Por isso, é que os canais de televisão, estações de rádio e a maioria dos jornais, se afirmam “independentes”. Todavia, essa independência, na prática, consiste quase sempre numa atitude reverencial perante o poder.
A fragilização dos colectivos redactoriais teve consequências: «A assessoria de imprensa trabalha em cima das brechas do jornalismo», nomeadamente a falta de meios humanos e de tempo para pensar. «A tendência vai no sentido da diminuição da cobertura jornalística por iniciativa dos jornalistas e do aumento do aproveitamento do que vem das agências».
Há quem considere que "não é a crise dos media que faz perigar a democracia; é a democracia que está em perigo com media destes"...
Há quem "não precise para nada de media que se alvoroçam contra «fake news» e «redes sociais» onde, porém, se encontra todos os dias informação, dados, perguntas, dúvidas, debate, críticas que escapam aos media, miseravelmente."
Há até quem se "agonie com a reverência dos media perante primeiro-ministro e governo, a passividade e falta de contraditório com que acolhem todos os ditames."
Um dia li que "o especialista é o único que sabe que nem os especialistas percebem nada do assunto."
Como leitor de jornais há 50 e tal anos (com 10 de idade, não todos os dias (só quando o meu estava em casa no intervalo das viagens ao Cabo Branco...), mas tinha acesso a jornais como A Bola, O Mundo Desportivo, O Primeio de Janeiro, o Diário de Notícias, o Século), penso que a crise (que não é recente) tem vários culpados.
Os meios de comunicação social já vivem num mar encapelado e cheio de dificuldades, pelo menos, há cerca de 30 anos, mas na última dezena de anos o problema agravou-se. A crise provocada pela pandemia foi um tiro em cheio. O Presidente Marcelo, que sabe para que serve a comunicação social, melhor do que ninguém, em Dezembro de 2019 (antes da pandemia...) já andava a alertar: "os poderes públicos têm de colocar a comunicação social no centro das prioridades e das medidas orçamentais."
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Imprensa regional vive momentos dramáticos
O grupo Diário de Coimbra, o maior da imprensa regional, tem 90 por cento dos trabalhadores em lay-off. Continua a resistir, a fazer quatro jornais todos os dias mas só vai conseguir sobreviver mais três ou quatro meses.
"As quatro publicações jornalísticas do grupo Diário de Coimbra estão em ‘lay-off’ parcial desde sexta-feira, na sequência das dificuldades criadas pelo estado de emergência devido à covid-19, confirmou fonte do grupo empresarial.
Em declarações à agência Lusa, Teresa Veríssimo, do grupo Diário de Coimbra, confirmou a entrada parcial em ‘lay-off’ e, sem querer avançar pormenores sobre o processo, explicou que a medida visa garantir a “sobrevivência” e “dar continuidade aos quatro projetos jornalísticos (Diários de Coimbra, Aveiro, Leiria e Viseu)”.“Trata-se de uma medida tomada para podermos sobreviver. Os jornais vão continuar a ser editados parcialmente e dentro das limitações”, frisou.
Teresa Veríssimo realçou ainda que neste momento o “problema é muito grave, com a falta de publicidade”.
“É uma fase muito complicada”, acrescentou.
O grupo Diário de Coimbra, que inclui ainda o Diário de Aveiro, o Diário de Leiria e o Diário de Viseu, é uma referência na imprensa regional portuguesa, servindo prioritariamente a região Centro."
Da série fuga para a frente...(Esperemos que a promessa do multiusus tenha sucesso, ainda que a esperança não seja muita...)
"A ideia da construção de raiz de um Pavilhão Multiusos é mais uma obra sobre a qual há muitas dúvidas. Parece mesmo extemporânea e deslocada das necessidades do concelho, até prova sólida em contrário. Isto porque o concelho da Figueira da Foz tem imenso património construído devoluto, abandonado e até subutilizado.
Pensar em gastar milhões de Euros para um pavilhão multiusos é estrategicamente errado e mostra falta de imaginação. Quem irá sustentar o pavilhão? Tem viabilidade económica? Ou é apenas uma forma de ir buscar mais uns fundos à União Europeia? Quanto custa? 12 milhões de Euros? (tendo como exemplo de Leiria que cancelou em março o projeto de um novo pavilhão multiusos).
Há várias alternativas à realização de eventos e feiras, algumas móveis e desmontáveis, outras com aproveitamento de espaços existentes. Por exemplo, a Expofacic em Cantanhede faz-se com grande sucesso sem que haja um “pavilhão multiusos”.
Os investimentos do município devem ter uma lógica de manifesta e evidente sustentabilidade. O que não acontece agora. Basta pensar no milhão e meio de Euros a gastar no Jardim Municipal sem que se vislumbre a sua utilidade para além da construção de um coreto!
Estamos a iniciar mal uma década (anos 20 do séc. XXI) que é decisiva para a sobrevivência do concelho como o conhecemos. Desde a crise do Covid19 até à adaptação às alterações climáticas, a sociedade em que crescemos alterou se profundamente. Contudo, persistem vícios políticos difíceis de mudar, um deles surge na forma de uma tendência para fazer “obra” que pouco acrescenta face aos desafios fundamentais e sem que haja uma coerente fundamentação estratégica.
Sou contra a ideia de mais construção megalómana, não precisamos de um novo pavilhão multiusos, necessitamos sim de investimento verdadeiramente produtivo e que melhor a qualidade de vida, e atratividade, do concelho."
Pensar em gastar milhões de Euros para um pavilhão multiusos é estrategicamente errado e mostra falta de imaginação. Quem irá sustentar o pavilhão? Tem viabilidade económica? Ou é apenas uma forma de ir buscar mais uns fundos à União Europeia? Quanto custa? 12 milhões de Euros? (tendo como exemplo de Leiria que cancelou em março o projeto de um novo pavilhão multiusos).
Há várias alternativas à realização de eventos e feiras, algumas móveis e desmontáveis, outras com aproveitamento de espaços existentes. Por exemplo, a Expofacic em Cantanhede faz-se com grande sucesso sem que haja um “pavilhão multiusos”.
Os investimentos do município devem ter uma lógica de manifesta e evidente sustentabilidade. O que não acontece agora. Basta pensar no milhão e meio de Euros a gastar no Jardim Municipal sem que se vislumbre a sua utilidade para além da construção de um coreto!
Estamos a iniciar mal uma década (anos 20 do séc. XXI) que é decisiva para a sobrevivência do concelho como o conhecemos. Desde a crise do Covid19 até à adaptação às alterações climáticas, a sociedade em que crescemos alterou se profundamente. Contudo, persistem vícios políticos difíceis de mudar, um deles surge na forma de uma tendência para fazer “obra” que pouco acrescenta face aos desafios fundamentais e sem que haja uma coerente fundamentação estratégica.
Sou contra a ideia de mais construção megalómana, não precisamos de um novo pavilhão multiusos, necessitamos sim de investimento verdadeiramente produtivo e que melhor a qualidade de vida, e atratividade, do concelho."
Ainda bem que na Figueira a rede funciona a 100%!..
"Covid-19: Montemor-o-Velho reclama intervenção urgente da ANACOM face a internet deficiente"...
"...o presidente da autarquia, Emílio Torrão, argumenta que, para além de em algumas freguesias de Montemor-o-Velho “a rede de internet não garantir a ligação oficial, não existindo serviço de fibra ótica, a qualidade deficiente do serviço, as quebras de ligação e a baixa velocidade têm vindo a agravar-se face às exigências de teletrabalho e ensino à distância actuais”, devido à pandemia de covid-19.
“Existem alunos que, pese embora sejam clientes de tais serviços, não conseguem assistir às aulas ‘online’, materializando-se tal facto numa violação do direito ao ensino e à igualdade de oportunidades, constitucionalmente consagrado”, argumenta, na nota, Emílio Torrão."
Dias de relexão
"Um dia vamos descobrir que estes foram alguns dos melhores dias da nossa vida.
O período em que descobrimos o valor de tanto que tomávamos como garantido.
Para alguns, os dias foram melhores porque os puderam passar com as pessoas que mais amam, com todo o tempo do mundo para os amar.
Outros descobriram agora que afinal não era esta a vida que queriam. Não são estas as pessoas com quem querem viver.
Quem está sozinho sofre mais, mas quem sabe se não está mais acompanhado do nunca.
Solidários e abertos ao mundo, descobrem novas amizades à janela da casa ou nas portas que se abrem na internet.
Vamos à janela e vemos o mundo mais quieto do que nunca. Não há pressa sem sentido. As pessoas vivem o que têm de viver e não sentem a angústia de demonstrar que são úteis numa sociedade que nos força a ser o que não somos.
Uma longa aprendizagem. Como se todos sofrêssemos de uma doença grave e esperamos pela cura para que voltemos a viver, mas desta vez com os olhos abertos para o que realmente interessa."
Daqui
O período em que descobrimos o valor de tanto que tomávamos como garantido.
Para alguns, os dias foram melhores porque os puderam passar com as pessoas que mais amam, com todo o tempo do mundo para os amar.
Outros descobriram agora que afinal não era esta a vida que queriam. Não são estas as pessoas com quem querem viver.
Quem está sozinho sofre mais, mas quem sabe se não está mais acompanhado do nunca.
Solidários e abertos ao mundo, descobrem novas amizades à janela da casa ou nas portas que se abrem na internet.
Vamos à janela e vemos o mundo mais quieto do que nunca. Não há pressa sem sentido. As pessoas vivem o que têm de viver e não sentem a angústia de demonstrar que são úteis numa sociedade que nos força a ser o que não somos.
Uma longa aprendizagem. Como se todos sofrêssemos de uma doença grave e esperamos pela cura para que voltemos a viver, mas desta vez com os olhos abertos para o que realmente interessa."
Daqui
Ensino à distância...
"Se não possui um computador ou outro dispositivo para acompanhar as aulas à distância, saiba que a Câmara do Porto comunicou ainda em março, aos Agrupamentos de Escolas da cidade, que podiam usar verbas já então transferidas para aquisição de material informático e Internet para alunos que estivessem impedidos, por falta de dispositivos, de aceder ao ensino à distância.
Com efeito, a 24 de março, o vereador da Educação, Fernando Paulo, comunicou a todos os agrupamentos de escolas que poderiam usar as verbas já disponíveis e transferidas, através dos contratos interadministrativos (190 mil euros), para esse efeito. Esses contratos, suportados pela autarquia do Porto, visavam custear atividades extras das escolas que agora se encontram suspensas.
Até hoje, nenhum agrupamento reportou falta de verba ou pediu reforço relativamente a estas necessidades à Câmara do Porto. O Município entende que, nesta fase, devem ser disponibilizados equipamentos apenas a alunos carenciados e que estejam impedidos por esse motivo de acompanhar as aulas e depois de identificados pelos agrupamentos de escolas, tanto mais que o Governo anunciou para o próximo ano letivo um programa universal de distribuição de computadores, tablets e Internet.
Por forma a melhor preparar o próximo ano letivo, o Presidente da Câmara do Porto escreveu já há dias ao Primeiro-Ministro, questionando-o sobre a execução do programa de distribuição de material informático a todos os alunos, por si anunciado numa entrevista à Agência Lusa, a 11 de abril. Na sua missiva, o Rui Moreira alerta António Costa para a necessidade de não se replicarem ou duplicarem esforços nesta matéria, já que não fará sentido generalizar um programa de entrega de equipamentos informáticos a todos os alunos quando o Governo o prometeu para daqui a poucos meses.
O Governo já entrou em contacto com a Câmara do Porto, assegurando que o programa do Governo vai ser cumprido e que não faz, por isso, sentido, replicar com poucos meses de antecedência a distribuição massiva de computadores que nem estão disponíveis no mercado. Por outro lado, um procedimento dessa natureza obriga a concurso público e demoraria meses a ser concretizado."
“Grândola” à janela na Figueira da Foz
Via Diário as Beiras
"O jornalista e bloguer figueirense Rogério Neves e a mulher, Isabel Mendes, foram dos que não deixaram passar a efeméride ao lado e responderam ao apelo da Associação 25 de Abril, cantando a contrassenha da Revolução dos Cravos, à janela do apartamento, e exibindo a bandeira nacional."
Com o apoio de uma aparelhagem, o casal não desafinou com o “espírito de Abril”. Na vizinhança também se ouviu a canção de Zeca Afonso e viu-se a bandeira das “quinas”. “Ambos sabemos ver e analisar o que foi o antes e o depois do 25 Abril. Somos activistas e defensores do 25 de Abril, desde a primeira hora”, afirmou Rogério Neves. Além disso, acrescentou: “Foi a seguir ao 25 de Abril que constituímos família”.
Posso dizer que tenho alguns bons Amigos.
O Rogério Neves, nos idos de 1978, meu ex-companheiro de Redacção no Barca Nova, pelo menos há mais de 45 anos, é um deles.
Neste tempo de dúvidas e incertezas, com a Liberdade confinada, não sabemos é se vai ficar tudo bem...
Um abraço Rogério: 25 de Abril, Sempre!..
"O jornalista e bloguer figueirense Rogério Neves e a mulher, Isabel Mendes, foram dos que não deixaram passar a efeméride ao lado e responderam ao apelo da Associação 25 de Abril, cantando a contrassenha da Revolução dos Cravos, à janela do apartamento, e exibindo a bandeira nacional."
Com o apoio de uma aparelhagem, o casal não desafinou com o “espírito de Abril”. Na vizinhança também se ouviu a canção de Zeca Afonso e viu-se a bandeira das “quinas”. “Ambos sabemos ver e analisar o que foi o antes e o depois do 25 Abril. Somos activistas e defensores do 25 de Abril, desde a primeira hora”, afirmou Rogério Neves. Além disso, acrescentou: “Foi a seguir ao 25 de Abril que constituímos família”.
Posso dizer que tenho alguns bons Amigos.
O Rogério Neves, nos idos de 1978, meu ex-companheiro de Redacção no Barca Nova, pelo menos há mais de 45 anos, é um deles.
Neste tempo de dúvidas e incertezas, com a Liberdade confinada, não sabemos é se vai ficar tudo bem...
Um abraço Rogério: 25 de Abril, Sempre!..
"Docapesca investe na lota mais de 1 milhão de euros". Em Janeiro passado não estava em orçamento...
Via Diário de Coimbra
"Ainda a recuperar dos prejuízos da tempestade “Leslie”, que rondaram os 500 mil euros, a Docapesca tem vários projectos em andamento para a lota da Figueira da Foz. Sérgio Faias, administrador da Docapesca, disse ao nosso jornal que vão construir um novo pavilhão «para apoio à transformação de pescado», num investimento de cerca de 600 mil euros, já apoiado pelo programa “Mar 2020”."
Recorde-se.
"O deputado do PSD Paulo Leitão, eleito por Coimbra, questionou, na Assembleia da República, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, sobre a zona portuária. Começou por perguntar se a Figueira da Foz irá beneficiar das verbas destinadas a dragagens e intervenções de emergência nos portos do Centro e Norte do país.
Paulo Leitão afirmou ainda que, na visita que fez à lota, “foi possível constatar os graves da-nos nas instalações” provocados pela tempestade “Leslie”, em outubro de 2018. “Em contraponto ao desfile de governantes no rescaldo da tempestade”, acrescentou, “este é mais um exemplo da inoperância deste e do anterior Governo”, criticou.“Quanto mais tempo é que temos de aguardar pela recuperação das in-fraestruturas afetadas?”, indagou Paulo Leitão. Por outro lado, indicou “a falta de investimento na modernização da estação de tratamento de águas salgadas e fábrica de gelo”. O deputado perguntou, também, se está previsto um montante de 400 mil euros para a construção de um novo edifício naquela área de concessão. E afirmou que “o assoreamento da entrada da barra tem sido um dos principais entra-ves à segurança de tripulantes e embarcações”.
As respostas chegaram através do secretário Estado José Apolinário. O membro do Governo esclareceu que o referido plano de dradagens não inclui áreas sob jurisdição das administrações portuárias. No caso da Figueira da Foz, destacou, são feitas “dragagens regulares” pela administração do porto.
Acerca dos prejuízos provocados pela “Leslie” na zona portuária, José Apolinário afirmou que foram realizadas obras, através do acionamento do seguro, incluindo as da Docapesca. Contudo, ressalvou: “Reconheço que é necessário fazer outras intervenções de requalificação no espaço”. E comprometeu-se a “ver em que medida, no Orçamento do Estado [deste ano], se pode responder a algumas das questões” colocadas pelo deputado da oposição."
"Ainda a recuperar dos prejuízos da tempestade “Leslie”, que rondaram os 500 mil euros, a Docapesca tem vários projectos em andamento para a lota da Figueira da Foz. Sérgio Faias, administrador da Docapesca, disse ao nosso jornal que vão construir um novo pavilhão «para apoio à transformação de pescado», num investimento de cerca de 600 mil euros, já apoiado pelo programa “Mar 2020”."
Recorde-se.
"O deputado do PSD Paulo Leitão, eleito por Coimbra, questionou, na Assembleia da República, o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, sobre a zona portuária. Começou por perguntar se a Figueira da Foz irá beneficiar das verbas destinadas a dragagens e intervenções de emergência nos portos do Centro e Norte do país.
Paulo Leitão afirmou ainda que, na visita que fez à lota, “foi possível constatar os graves da-nos nas instalações” provocados pela tempestade “Leslie”, em outubro de 2018. “Em contraponto ao desfile de governantes no rescaldo da tempestade”, acrescentou, “este é mais um exemplo da inoperância deste e do anterior Governo”, criticou.“Quanto mais tempo é que temos de aguardar pela recuperação das in-fraestruturas afetadas?”, indagou Paulo Leitão. Por outro lado, indicou “a falta de investimento na modernização da estação de tratamento de águas salgadas e fábrica de gelo”. O deputado perguntou, também, se está previsto um montante de 400 mil euros para a construção de um novo edifício naquela área de concessão. E afirmou que “o assoreamento da entrada da barra tem sido um dos principais entra-ves à segurança de tripulantes e embarcações”.
As respostas chegaram através do secretário Estado José Apolinário. O membro do Governo esclareceu que o referido plano de dradagens não inclui áreas sob jurisdição das administrações portuárias. No caso da Figueira da Foz, destacou, são feitas “dragagens regulares” pela administração do porto.
Acerca dos prejuízos provocados pela “Leslie” na zona portuária, José Apolinário afirmou que foram realizadas obras, através do acionamento do seguro, incluindo as da Docapesca. Contudo, ressalvou: “Reconheço que é necessário fazer outras intervenções de requalificação no espaço”. E comprometeu-se a “ver em que medida, no Orçamento do Estado [deste ano], se pode responder a algumas das questões” colocadas pelo deputado da oposição."
domingo, 26 de abril de 2020
Querem ver que o COVID-19 vai ser a salvação da Figueira!.. (2)
“Na Figueira da Foz há espaço, há dimensão, as pessoas podem desenvolver as suas actividades com as distâncias devidas”...
Via Diário de Coimbra, 26 de Abril de 2020.
Via Notícias de Coimbra, 24 de Abril de 2020.
"Câmara prepara campanha para divulgar as praias"
Via Diário de Coimbra, 26 de Abril de 2020.
sábado, 25 de abril de 2020
Quiaios – Uma bonita Terra com muita ilusão e pouca razão.
"Muitos ainda não notaram, mas já estamos a viver um tempo dolorosamente novo desde que a crise iniciou. Seria portanto expectável que os velhos hábitos da política – velhos dos últimos vinte ou trinta anos, porque para trás não era bem assim – perante uma crise tão avassaladora, tivessem ficado pelo caminho e recuperássemos rapidamente a ajuda ao próximo pelo próximo e não por oportunismos em torno da desgraça alheia.
Prometi, publicamente, fazer uma espécie de diário de crise onde vou registando as ocorrências que nos vão acompanhando e que farão a história destes tempos improváveis.
Por cá, tudo iniciou oficialmente no dia 26 de fevereiro de 2020. Recebemos o primeiro contacto da câmara no dia 23 de março, talvez para experimentar se ainda tínhamos força para atender o telemóvel. Da junta de freguesia, não sabemos se ainda tem telefones ou se perderam os contactos da Casa do Povo. Podíamos sempre comunicar por fumos; afinal, as duas sedes distam apenas 277 metros. Estamos a 25 de abril e nem sinal. Bem… com tanto comunicado “chapa cinco” e tanta partilha nas redes sociais a prometer o que não quantificaram antes e a Lei não permite, não houve ainda tempo para saber se estamos vivos, quais as nossas reais carências e se podem usar o nome da instituição para fazer publicidade ao que ainda não sabem se podem dar.
Materialmente - não sendo para a nós a questão mais relevante por agora, mesmo com pouco dinheiro - não podemos agradecer dádivas que não existem, nem sabemos se existirão, porque, insistimos: apesar dos constantes atropelos às Leis da República a que vamos assistindo, a democracia, embora mal tratada, ainda não foi de férias, o que imporia prudência e bom senso no que se anuncia.
Chegados aqui, 25 de abril de 2020, 60 dias depois da crise ter iniciado, já alguém fez alguma coisa de concreto que não fosse publicidade, replicada à exaustão nas redes socias, à custa da desgraça alheia? Sim, fizeram. A velha política da caridadezinha natalícia que tem sido a imagem de marca de uma parte significativa das autarquias portuguesas antes da crise, agora alargada também à páscoa.
Os que realmente precisam de ajuda sabem onde recorrer e sabem também que ninguém lhes pede votos em troca. Por isso não têm que se expor; já lhes chega o infortúnio de terem acordado sem rendimentos num qualquer dia do passado mês de março. A pobreza envergonhada está de volta pela segunda vez em dez anos e exige de nós ações concretas, proximidade e pouca ou nenhuma publicidade.
Portanto, desiludam-se se estão à espera de mudanças! Por cá é tudo à antiga...e, volvidos dois meses , “não poderá ser de outra maneira”.
25 de abril hoje… e o resto do ano!"
Via Jossé Augusto Marques
Prometi, publicamente, fazer uma espécie de diário de crise onde vou registando as ocorrências que nos vão acompanhando e que farão a história destes tempos improváveis.
Por cá, tudo iniciou oficialmente no dia 26 de fevereiro de 2020. Recebemos o primeiro contacto da câmara no dia 23 de março, talvez para experimentar se ainda tínhamos força para atender o telemóvel. Da junta de freguesia, não sabemos se ainda tem telefones ou se perderam os contactos da Casa do Povo. Podíamos sempre comunicar por fumos; afinal, as duas sedes distam apenas 277 metros. Estamos a 25 de abril e nem sinal. Bem… com tanto comunicado “chapa cinco” e tanta partilha nas redes sociais a prometer o que não quantificaram antes e a Lei não permite, não houve ainda tempo para saber se estamos vivos, quais as nossas reais carências e se podem usar o nome da instituição para fazer publicidade ao que ainda não sabem se podem dar.
Materialmente - não sendo para a nós a questão mais relevante por agora, mesmo com pouco dinheiro - não podemos agradecer dádivas que não existem, nem sabemos se existirão, porque, insistimos: apesar dos constantes atropelos às Leis da República a que vamos assistindo, a democracia, embora mal tratada, ainda não foi de férias, o que imporia prudência e bom senso no que se anuncia.
Chegados aqui, 25 de abril de 2020, 60 dias depois da crise ter iniciado, já alguém fez alguma coisa de concreto que não fosse publicidade, replicada à exaustão nas redes socias, à custa da desgraça alheia? Sim, fizeram. A velha política da caridadezinha natalícia que tem sido a imagem de marca de uma parte significativa das autarquias portuguesas antes da crise, agora alargada também à páscoa.
Os que realmente precisam de ajuda sabem onde recorrer e sabem também que ninguém lhes pede votos em troca. Por isso não têm que se expor; já lhes chega o infortúnio de terem acordado sem rendimentos num qualquer dia do passado mês de março. A pobreza envergonhada está de volta pela segunda vez em dez anos e exige de nós ações concretas, proximidade e pouca ou nenhuma publicidade.
Portanto, desiludam-se se estão à espera de mudanças! Por cá é tudo à antiga...e, volvidos dois meses , “não poderá ser de outra maneira”.
25 de abril hoje… e o resto do ano!"
Via Jossé Augusto Marques
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