Na Figueira, as árvores não são cuidadas, nem conservadas e nem tratadas.
Antes, são mutiladas, agredidas, abatidas e substituídas, como se fossem objectos de decoração descartáveis e sujeitos à ditadura da última moda.
Quando estão em causa valores tão nobres, importantes e elementares, como a preservação de um património, que temos a obrigação de legar às gerações vindouras, o direito à informação, os afectos, o respeito por todas as formas de vida, a qualidade de vida e o bem-estar da população - ficar-se calado não serve!
Na Figueira, como tivemos oportunidade de ver há pouco tempo, cultiva-se a ignorância, acenando com pragas e alergias e a velhice excessiva das árvores (quando árvores com 60 anos devem ser consideradas jovens).
Alimenta-se o ódio ao choupo, ao plátano e a outras espécies.
É verdade que, na Figueira, esta insensibilidade e este menosprezo pelo indispensável contributo dado pela árvore à cidade e por aqueles que as defendem, não são de agora.
Arrancar árvores, para os políticos a que temos direito na Figueira, é introduzir nos lugares de onde elas saem, imediatamente, um aspecto que, por não ser devido a elementos que levaram muito tempo a formar, vai merecer logo o título pacóvio de novidade ou modernismo...