sábado, 27 de outubro de 2018

“Centro integrado de valorização de resíduos” na Marinha das Ondas: PSD avança com queixa às Entidades competentes se o município der parecer favorável

"Foi o PSD Figueira da Foz quem tornou pública a iminente instalação do aterro de "lamas", ou “centro integrado de valorização de resíduos” na localidade de Marinha das Ondas. Se o Município da Figueira da Foz der um parecer favorável à instalação do aterro, o #PSD avançará com uma queixa às Entidades competentes, visando a perda de mandato, por violação ao #PDM em vigor, recentemente aprovado." - daqui

Notícia de hoje no DIÁRIO AS BEIRAS:

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

A Figueira dos eventos...

Na Figueira promovem-se e subsidiam-se, "generosamente", alguns eventos.
Por exemplo, assim, "a talhe de foice", lembro a passagem de ano, o carnaval, a comboiada, o sunset, o glinding barnacles...
A justificação é sempre a mesma: o impacto financeiro, o retorno mediático e o número de visitantes que pode trazer.
Todavia, passadas várias edições de qualquer destas realizações, nunca consegui saber o impacto financeiro, o retorno mediático e o número de visitantes da passagem de ano, do carnaval, do sunset ou do glinding barnacles, já que da comboiada nem vale a pena falar...
O meu pedido é simples: embora sabendo, como todos sabemos, que "a vida na Figueira não é justa para todos", porque é que não se promovem e subsidiam "generosamente" todos estes eventos,  apenas pelo gosto de superar desafios, e por amor às actividades e à terra onde elas acontecem?..

Leslie: mais um episódio... (2)

Via DIÁRIO AS BEIRAS

"Para Lauriene Lemasson, de 29 anos, investigadora numa prestigiada universidade francesa, a “Leslie” foi a “tempestade perfeita”. A gaulesa encontrava-se no seu veleiro, de nove metros, amarrado na marina de recreio da Figueira da Foz, quando a intempérie do passado dia 13 se abateu sobre a cidade, vivendo momentos de pânico durante cerca de uma hora, tendo como única companhia o seu cão, que não estaria menos assutado. Segundo dados a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, a francesa terá enviado vários pedidos de socorro para a Polícia Marítima e, já em desespero, acionou um pan-pan – chamada via vhf para pedir socorro em caso de emergência a bordo de barco –, todos, alegadamente, sem resposta. Isto segundo o que consta na queixa-crime...

O skipper (tripulante de veleiro) Papiro, que no dia 14 foi ao encontro da francesa, na marina, afirmou que, “no dia seguinte, Lauriene Lemasson ainda estava em estado de choque”. E, garantiu, “afirmou-me que não foi avisada pela marina que havia um alerta vermelho de tempestade”. Segundo o skipper figueirense, havia pelo menos uma pessoa que se encontrava na sua embarcação durante a tempestade, mas na parte antiga da marina, sem ligação à zona onde se encontrava a gaulesa. Lauriene Lemasson só terá 
conseguido sair da marina horas depois da “Leslie”. E terá saído porque, segundo Papiro, alguém serrou a porta do porto de recreio, que continuava bloqueada...

Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o comandante da Polícia Marítima, Silva Rocha, confirmou que a força de segurança que comanda recebeu a queixa-crime, garantindo que seria enviada para o Ministério Público, o que já aconteceu...

Joaquim Sotto Maior, coordenador portuário, por seu lado, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que o máximo que a investigadora francesa terá estado sitiada na marina terão sido duas horas, “porque o funcionário da marina [que terá reaberto as portas] encontrava-se fora da Figueira da Foz e regressou ao local cerca de uma hora depois da tempestade”.
Joaquim Sotto Maior adiantou que o episódio está a ser analisado pela administração portuária, que gere a marina, para “estudar um sistema que possa ser acionado remotamente, ou então haver uma equipa de prevenção, em caso de alertas”. E ressalvou: “Estamos a falar de situações extremas para as quais não estávamos preparados, mas estamos a estudar soluções”."...

Nota: notícia completa na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS.

Fica o desafio: para quando uma discussão franca, aberta e democrática sobre isto?..

foto sacada daqui
Na Figueira, antes e depois da "Leslie", existem dois concelhos: o da máquina de agitação e propaganda do poder e o da realidade...

Há lá coisa mais útil, espantosa e linda do que uma árvore?



Na Figueira, as árvores não são cuidadas, nem conservadas e nem tratadas. 
Antes, são mutiladas, agredidas, abatidas e substituídas, como se fossem objectos de decoração descartáveis e sujeitos à ditadura da última moda.
Quando estão em causa valores tão nobres, importantes e elementares, como a preservação de um património, que temos a obrigação de legar às gerações vindouras, o direito à informação, os afectos, o respeito por todas as formas de vida, a qualidade de vida  e o bem-estar da população - ficar-se calado não serve!
Na Figueira, como tivemos oportunidade de ver há pouco tempo, cultiva-se a ignorância, acenando com pragas e alergias e a velhice excessiva das árvores (quando árvores com 60 anos devem ser consideradas jovens). 
Alimenta-se o ódio ao choupo, ao plátano e a outras espécies.
É verdade que, na Figueira, esta insensibilidade e este menosprezo pelo indispensável contributo dado pela árvore à cidade e por aqueles que as defendem, não são de agora. 
Arrancar árvores, para os políticos a que temos direito na Figueira, é introduzir nos lugares de onde elas saem, imediatamente, um aspecto que, por não ser devido a elementos que levaram muito tempo a formar, vai merecer logo o título pacóvio de novidade ou modernismo...

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

12 dias depois do Leslie...

... e 48 horas depois do comunicado do PSD, câmara reage: "Autarquia da Figueira da Foz cria equipas para apoiar pessoas carenciadas, afectadas pela Tempestade Leslie"...

Na sequência da Tempestade Leslie, para além de danos severos em estruturas e espaços públicos, empresas, equipamentos desportivos, associativos e outras, muitas foram também as habitações particulares que sofreram com a intempérie, incluindo casas de pessoas ou agregados familiares com baixos rendimentos.
Para socorrer as situações mais urgentes, a Autarquia colocou no terreno duas equipas, compostas por técnicos municipais dos Departamentos de Obras, Urbanismo e Ação Social, preparadas para diagnosticar e encaminhar as diferentes situações para os apoios necessários, bem como efetuar pequenas reparações em habitações afetadas pela Tempestade Leslie e onde vivam pessoas com, comprovadamente, escassos recursos económicos. «A nossa preocupação é garantir que ninguém esteja a viver em casas sem condições de salubridade e habitabilidade ou que, por não as terem, se vejam obrigadas a deixar as casas e as comunidades que integram», explica o Vereador com o Pelouro de Projetos e Obras Municipais, Carlos Monteiro.
Os interessados em obter este apoio que ainda não tenham sido contactados pelas equipas municipais, devem dirigir-se às sedes das suas Juntas de Freguesia. Cada Junta de Freguesia agendará, posteriormente, com as equipas municipais, a respetiva avaliação.

Leslie: mais um episódio...

As palavras

Assim não...
Na Aldeia,  as palavras há muito que não chegam ao destino.
Muito menos, na Aldeia,  sequer são ouvidas.
Já que as palavras, na Aldeia, há muito não chegam ao destino e nem sequer são ouvidas, para quando, na Aldeia, aulas de artes marciais na escola, ao invés de educação cívica?

E é isto...

S. PEDRO: ELEITORADO, SABEMOS QUE TEMOS… ERA SÓ O QUE FALTAVA DEIXAR UM “BOLSONARO” DE TRAZER POR CASA À SOLTA!..

"HÁ AMEAÇAS DE INTERDITAR O ACESSO AO EDIFÍCIO DA JUNTA A CIDADÃOS NASCIDOS, CRIADOS E RESIDENTES NA COVA E GALA"!
Neste caldo de "cultura", espanta-me como é que ainda vamos tendo a tranquilidade que temos… 

Há nervos em franja na junta de freguesia de S. Pedro...

Quem avisa amigo é...
Senhor presidente da junta de freguesia de S. Pedro:
"Após a tempestade vem sempre a bonança", diz o Povo...
Contudo, por vezes, os estragos entretanto feitos são de uma dimensão tal, que a bonança apenas vem evidenciar que a procela atingiu o efeito pretendido...
Para ler melhor, clicar na imagem

Via Lu Santana

Calma, 12 anos passam depressa: só faltam mais 3!..

Nove anos depois, que mais valias existem para o nosso concelho, devido ao resultado eleitoral que colocou como presidente o dr. João Ataíde, e acabou com o domínio laranja, que embandeirava em arco neste Concelho, desde 1997, ano em que Santana Lopes conseguiu derrubar o domínio socialista, que vigorava na Figueira desde a primeira eleição autárquica democrática pós 25 de Abril de 1974?
Na altura, em Outubro de 2009, ninguém ficou indiferente ao derrube do que sobrava do regime laranja que vigorava há 12 anos no concelho.
Nove anos depois, o que mudou?
Continuamos nisto: anos e anos de mais do mesmo. Na campanha de 2009, João Ataíde usou sonhos caros, sem saber realmente quanto custavam...
Foi apenas mais do mesmo.

Aliás, é fácil de perceber os resultados eleitorais que se verificaram nas eleições autárquicas na Figueira nos últimos 40 e tal anos anos.
Os eleitores figueirenses são mais facilmente seduzidos por sonhos do que por mensagens baseadas em promessas exequíveis ou em obra feita.
É claro que há políticas com mérito, que são mal explicadas, ou cuja “explicação”, ou a falta dela, acaba por ser o seu principal óbice. Contudo, não são tantas como isso, são mais a excepção do que a regra. 
O seu reverso é igualmente verdadeiro, há políticas erradas que uma boa comunicação torna “boas”.
Mas, isso não é sustentável durante muito tempo

Não se esqueçam, portanto, de olhar para os 9 anos, nove, de gestão autárquica do presidente Ataíde e das suas equipas...
O saldo "espectacular", que apurariam se se dessem a esse trabalho, assenta numa fórmula mágica. 
Já testada por outros políticos, é uma fórmula com riscos mínimos. Funciona quase sempre  e pode ser aprendida em pouco tempo de poder...
A separação de águas, que se verifica - e é visível - no seio do poder político, na Figueira, entre o PS local, e quem manda na câmara, foi feita à custa da exclusão do partido.

Mudaram, desde o primeiro executivo presidido por João Ataíde, alguns vereadores, para que o presidente passasse a mensagem que, mandato após mandato, trouxe sangue novo para amparar a sua vontade e alicerçar ainda mais o total controlo de um Concelho subjugado às suas diretrizes.
O concelho estagnou. A indefinição continua. Esta Câmara, manifestamente, anda à deriva e nada faz para atenuar os problemas.
A semana a seguir ao Leslie foi disso a melhor prova.
Num concelho amorfo, virado para o marasmo de uma governação que se arrasta no poder, que parece julgar vitalício, ainda temos de esperar 3 anos, pois só lá para outubro de 2021 veremos se é possível a mudança, que a acontecer, será sem dúvida uma lufada de ar fresco, diga-se de passagem, bem necessária!

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Se eu pudesse fechava isto e atirava a chave ao mar na ponta do molhe sul...


Falhas de luz na ETAR de Maiorca permitem a passagem de lamas para a linha de água, mas as Águas da Figueira desmentem qualquer tipo de contaminação. Os Verdes e o PSD já questionaram a situação.




Voz da Figueira

O nó que está a sufocar a Figueira

Um texto de Pedro Agostinho Cruz, fotojornalista, que me fez reflectir sobre o nó que está a atrofiar a Figueira há vários anos. Passo a citar.

"Esta reportagem da RTP, Linha da Frente RTP "O Furacão" é só um bocadinho daquilo que infelizmente vi, e é bastante reveladora de tudo aquilo que os figueirenses teimosamente parecem não querer ver (...)
No dia 13 de Outubro estava a trabalhar em Ançã, Portunhos. Recebi alguns telefonemas e sms´s a informar-me que a situação na Figueira estava bastante grave. Saí de Ançã perto das 00h, e demorei mais de uma hora a chegar à Figueira. Depois de passar por um labirinto de árvores na A14 não queria acreditar no que estava a ver. A Figueira estava um caos. Passei a ponte, a Cova-Gala estava ainda pior. Na freguesia de São Pedro vi pessoas na rua aos gritos, desesperadas... um rasto de destruição incrível. Nessa noite cheguei de casa de madrugada. Provavelmente as primeiras fotografias dos efeitos do Leslie a circularem na comunidade virtual fui eu que as publiquei.
7 da manhã, o telefone toca (...) minutos depois estava no Parque de Campismo do Cabedelo e no Porto de Pesca. As pessoas ficaram impressionadas com aquilo que publiquei nessa manhã. De Lisboa veio o Observador e fez a reportagem que se exigia. Um trabalho de proximidade, coisa que os jornais locais não tiverem a capacidade de fazer.
Quem conseguir, comente o discurso e postura do presidente da CMFF.
Quem conseguir, comente a preocupação do presidente da Junta da Freguesia de S.Pedro sobre o "problema" dos barcos/monumentos que decoram as rotundas da freguesia, estarem destruídos (...)
Sim é tempo de meter mãos à obra. Concordo a mil por cento! Mas, também é tempo de reflectir, e muito. Muito, mesmo!.."


Em tempo.
Nó, é uma palavra ambivalente.
Tanto pode significar a existência de um problema, como reflectir a ideia de necessidade de ajuda.
Neste mome
nto, na Figueira, o fundamental era podermos criar as condições para enveredarmos por dar um novo sentido da vida do nosso concelho.
Como sempre aconteceu desde o 25 de Abril de 1974, grande parte dessa escolha reside em nós.

Dias maus para o presidente Ataíde?.. Não foram dias maus, foram dias diferentes e mais exigentes!..

"Acontece a todos: há alturas em que circunstâncias menos boas convergem nos nossos dias e fazem deles maus dias. Nessas alturas, a pressão que sentimos pode fazer-nos ter reações invulgares ou dizer coisas que não queremos. Quero acreditar que foi isso que aconteceu ao Sr Presidente da Câmara da Figueira quando foi entrevistado para este jornal, uma semana depois dos terríveis acontecimentos associados à tempestade Leslie. Responder à menção de que o Presidente é o responsável máximo da Proteção Civil com “Essa é uma coisa vaga” dá ideia de um desconhecimento que por certo não é real: a lei 65/2007 (que regula os Serviços Municipais de Proteção Civil) é clara quando diz “O presidente da câmara municipal é a autoridade municipal de proteção civil.” E diz ainda que ele “… é competente para declarar a situação de alerta de âmbito municipal”. Resumir os estragos a “uns telhados” e apresentar isso como justificação para ser preferível ficar no gabinete a contactar as autoridades em vez de visitar as pessoas e locais afetados, parece duma insensibilidade que não é comum ou desejável em quem desempenha cargos públicos. Dizer que o Presidente da República (que vai a todo o lado) não veio à Figueira porque “não tinha conhecimento dos danos causados” é surpreendente e faz-me perguntar “Quem o devia ter informado?” 
Tamanho desprendimento só pode ter sido dos dias maus. Oxalá passe depressa." 

Dias maus, uma crónica de João Armando Gonçalves, professor do ensino superior, publicada no DIÁRIO AS BEIRAS.

..."aplicação de multas por várias infracções financeiras por negligência respeitante a actos praticados naquela instituição entre 2012 e 2014"...

Em directo da zona industrial


Leslie... Ainda continua o rasto na zona industrial.