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Porém, a situação que é visível a olho nu, revela bem a miopia intelectual que tem imperado na gestão da autarquia figueirense.
Nos últimos anos, a Figueira, ao que dizem, tem sido gerida de uma forma administrativa competente mas, infelizmente, falha de visão.
Isto é, tem sido gerida sem uma estratégia de futuro.
Para quem tenha a sorte de conhecer cidades costeiras, em Portugal e noutros países, ainda é mais deprimente o contraste. Ainda é mais triste verificar que, aqui, apenas miopia, ignorância, indolência ou negligência podem ter conduzido a este estado de coisas.
Uma das grandes mais-valias da Figueira é a sua localização privilegiada.
Os problemas são para serem resolvidos. Como, por exemplo, no Bairro Novo o edifício "O Trabalho"....
É para isso que existe a gestão autárquica: para resolver os problemas.
Que burocracia, que indolência é esta?
Deveríamos ter passeios largos e seguros, jardins, restaurantes, bares, esplanadas, hotéis de qualidade, comércio de qualidade, galerias de arte, museus, esculturas, desportos náuticos, passeios de barco....
Enfim, um sem número de actividades, não apenas para os figueirenses, mas também para termos o tal turismo de qualidade.
É isto a incúria que leva ao desprezo pela beleza que a natureza condescendeu em dar-nos, o desdém pelos recursos naturais, o desmazelo, o lixo, a degradação deprimente.
E, claro, tudo graças a nós que, acriticamente, vamos dando o voto (ou abstendo-nos ou votando em branco) a quem não sabe fazer melhor que isto.
Contra mim falo: ainda não descobri a forma de fazer eleger quem seja capaz de fazer a diferença.